Trata-se de uma barriga histórica, tão memorável quanto o próprio titulo das moças. Assunto para debates em cursos de jornalismo e marketing esportivo, mas principalmente para uma boa explicação das empresas omissas diante de seu público fiel. Faltou dinheiro? Investidores? Vontade? Esperteza?
O caso é muito mais grave do que parece. Primeiro porque envolve concessões públicas que deveriam priorizar o interesse coletivo e a relevância do seu conteúdo. Segundo porque insinua o rompimento do contrato de prestação de serviços no qual o cliente paga caro para receber produtos de qualidade (e por “qualidade” podemos entender torneios mundiais de modalidades olímpicas com participação nacional). E terceiro, mas não menos importante, porque escancara a hipocrisia mercantilista do apoio ao esporte que a mídia corporativa se orgulha de fornecer.
Um pouco desse mistério é esclarecido quando lembramos que o suporte financeiro à seleção campeã parte de órgãos do governo federal. Detalhe relevante, mas esquecido pela imprensa especializada, talvez porque esta seja contrária aos investimentos públicos no esporte. Ou retornaremos, mais uma vez, à velha questão das prioridades do país?
(Por Guilherme Scalzilli)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
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