Nesta segunda (15), MST faz reunião com o INCRA pela manhã. À tarde, a discussão é com o TRF e à noite haverá um ato na ABI |
Uma reunião no INCRA com cerca de 50 acampados (as) e assentados (as) deu início nesta segunda (15) à Jornada de Lutas do MST no estado do Rio de Janeiro. O superintendente Gustavo Souto de Noronha recebeu os militantes em seu gabinete, que ficou lotado. Na pauta, a revisão da situação de todas as áreas de acampamento, e também o estado dos financiamentos e assistência técnica para os assentamentos. “A gente até ri, porque não há inovação das pautas. São sempre as mesmas”,comenta Cosme Gomes, da coordenação estadual do MST no RJ.
Segundo ele, “infelizmente, temos que dizer que a reforma agrária não avança. O governo não tem desejo de fazer andar a reforma agrária no Brasil.” Cosme ressaltou ainda o problema da violência no campo: “Hoje não há nenhum sistema de segurança que atenda a quem vive na área rural. Vários militantes sofrem ameaças, e em alguns casos são assassinados, por conta dessa desorganização fundiária e desse não desejo de fazer a reforma agrária.”
A jornada de lutas segue agora com reuniões no Tribunal Regional Federal e no Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Segundo Cosme, “quando o governo federal destrava no Incra, o caso para no judiciário. As vezes basta só o juiz assinar, e demora cinco anos e ele não sai. Quando destrava nos dois, para no INEA, o órgão ambiental. O curioso é que se for uma empresa do agronegócio, do arco metropolitano, rapidinho resolve. Problemas ambientais ali em menos de um mês destrava. Com isso, os créditos para os assentamentos atrasam, piorando a condição dos assentados.”
A perspectiva, no entanto, não é nada boa. Segundo o superintendente, as vistorias de terra estão paralisadas por 90 dias, por ordem da presidência do INCRA. Após esse período, o INCRA nacional irá avaliar se as áreas reivindicadas têm sobreposição com algum “interesse nacional”, e caso não haja pode haver a vistoria.
O MST realiza hoje à noite um ato em defesa de Reforma Agrária e Justiça no Campo, na Associação Brasileira de Imprensa, às 18h.
Segundo ele, “infelizmente, temos que dizer que a reforma agrária não avança. O governo não tem desejo de fazer andar a reforma agrária no Brasil.” Cosme ressaltou ainda o problema da violência no campo: “Hoje não há nenhum sistema de segurança que atenda a quem vive na área rural. Vários militantes sofrem ameaças, e em alguns casos são assassinados, por conta dessa desorganização fundiária e desse não desejo de fazer a reforma agrária.”
A jornada de lutas segue agora com reuniões no Tribunal Regional Federal e no Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Segundo Cosme, “quando o governo federal destrava no Incra, o caso para no judiciário. As vezes basta só o juiz assinar, e demora cinco anos e ele não sai. Quando destrava nos dois, para no INEA, o órgão ambiental. O curioso é que se for uma empresa do agronegócio, do arco metropolitano, rapidinho resolve. Problemas ambientais ali em menos de um mês destrava. Com isso, os créditos para os assentamentos atrasam, piorando a condição dos assentados.”
A perspectiva, no entanto, não é nada boa. Segundo o superintendente, as vistorias de terra estão paralisadas por 90 dias, por ordem da presidência do INCRA. Após esse período, o INCRA nacional irá avaliar se as áreas reivindicadas têm sobreposição com algum “interesse nacional”, e caso não haja pode haver a vistoria.
O MST realiza hoje à noite um ato em defesa de Reforma Agrária e Justiça no Campo, na Associação Brasileira de Imprensa, às 18h.
(Publicado por MST-RJ)
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