Os preços dos serviços de telecomunicações no Brasil continuam sendo dos mais altos do mundo, segundo relatório Medindo a Sociedade da Informação da União Internacional de Telecomunicações (UIT), divulgado globalmente nesta segunda-feira (7). A telefonia celular tem o mais alto custo a US$ 60 por mês, enquanto na Suécia é US$ 1,10. O relatório analisa os preços praticados em 161 países.
A banda larga fixa no Brasil custa US$ 17,80 mensal, contra US$ 7 na Tunísia. Em Cuba, o serviço custa US$ 1,7 mil, mas esse país enfrenta bloqueios que repercutem no preço.
A telefonia fixa calculada pela UIT ficou em US$ 29,80 e US$ 24,80 de assinatura básica. No Irã, a cesta de telefonia fixa custa US$ 0,20 e não tem assinatura básica. No Reino Unido, por outro lado, chega a US$ 36. Já a banda larga móvel ficou em US$ 35,80 tanto para terminais pré-pagos como pós-pagos. Na Tunísia, o serviço custa US$ 3,60. Já em São Tomé e Príncipe, a banda larga móvel chega a US$ 177.
Quando dividido pelo Produto Nacional Bruto (PNB) per capita, a colocação do país melhora, ficando na 93ª posição entre as 161 economias comparadas. Por serviço, o país está em 117º lugar na telefonia móvel. No caso da telefonia fixa, o preço praticado no país está na 112º colocação, mas fica em 55º na banda larga fixa. O relatório ainda não traz a colocação oficial da banda larga móvel, porém de acordo com os dados divulgados, fica perto da 70ª posição.
Para o chefe da assessoria internacional da Anatel, Jeferson Nacif, a metodologia de cálculo do preço da cesta de serviços leva em conta planos homologados, que não refletem a realidade brasileira. “No país onde mais de 80% dos acessos móveis são pré-pagos, os resultados acabam distorcidos”, disse. Ele afirmou ainda que o cálculo inclui os impostos incidentes sobre os serviços. Nacif espera que a implantação do modelo de custos mude a situação dos preços praticados no Brasil.
Segundo o relatório, as três primeiras cidades com menores custos com serviços de telecomunicações, Macau, Catar e Hong Kong, os usuários consomem respectivamente 0,2%, 0,4% e 0,4% de suas rendas. No Brasil, o percentual da renda consumida é de 4%.
(Publicado por Telesíntese)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
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