É proibido ler em Biblioteca Portuguesa no Rio de Janeiro |
“Porque não pode”, ela responde, já menos simpática, à indagação óbvia. O mistério nos autoriza imaginar que se trata de medida para uma espécie (mal) disfarçada de assepsia social. Temor de que a sacralidade solene do ambiente seja conspurcada pelo populacho ignóbil.
O Real Gabinete é um verdadeiro tesouro arquitetônico, oásis oculto no abandono da região central carioca. Mas essa pretensão a templo de iniciados viola os mais rudimentares conceitos modernos de museologia e administração de aparelhos culturais. Vira gesto característico daquela nobreza colonial que, não à toa, recebeu o devido pagamento histórico na forma de chacota.
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