Carlinhos Cachoeira não é o primeiro bandido do colarinho branco a parar na cadeia. Outros pilantras dessa estirpe já passaram pelas grades, como Salvatore Cacciola, que ficou alguns anos preso, e Daniel Dantas, cuja velocidade de soltura deve ter entrado no Guiness, o Livro dos Recordes.
Apesar de não ser o primeiro, Cachoeira tem chamado a atenção pelo estrago que vem causando, mesmo sem ter dito absolutamente nada até agora.
Contravenção, propinagem, corrupção, intermediação de negócios, tudo isso já é enredo conhecido por todos.
Nada do que aconteceu até agora é novidade.
O único fato novo, e muito pitoresco, é a escolha do advogado de defesa do bicheiro: o ex-Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, responsável pela indicação de praticamente a metade do Supremo tribunal Federal.
Nada impede legalmente o ex-Ministro de advogar para um bandido. Assim como nada impede legalmente o bicheiro de se defender com quem quer que seja afinal, todos têm direito à defesa.
Mas que é uma situação muito peculiar, para não dizer amoral, isso é.
Quem melhor definiu esta situação fo o ator Marcius Melhem: “Todo mundo tem direito à defesa. Mas quando um ex-Ministro da Justiça vira defensor de réu confesso e chefe de quadrilha, o País fica menor.”
O meio jurídico tem a mania de vomitar alguma lei para justificar seus atos, esquecendo que por trás disso tudo existe a consciência da pessoas.
Só esquecem de dizer que os R$ 30 milhões que Cachoeira está pagando para sua defesa sairá da corrupção e ladroagem.
A única conclusão disso tudo é que parte do dinheiro surrupiado dos cofres públicos em corrupção da Delta irá parar nos gordos bolsos do advogado.
De maneira legal, é claro.
Ou alguém acha que esse dinheiro todo caiu do céu.
Processo de lavagem de dinheiro sujo mais moderno é impossível.
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