O que Gilmar Mendes tem oferecido ao Brasil? |
Um dado temporal pouco ou nada contemplado na repercussão midiática do evento: a 'revelação' do falso diálogo só vem a público um mês depois do ocorrido; coincidentemente, quando a CPI do Cachoeira avança --aos trancos e barrancos, é certo--, no acesso e divulgação das escutas telefônicas da PF que ampliam os círculos envolvidos no intercurso entre ganguesterismo, mídia e expoentes conservadores do país. A revista VEJA que narrou o falso diálogo um mês depois de ocorrido estranhamente não ouviu Jobim antes de publicar a matéria . Uma testemunha importante, a única, Jobim não foi ouvido ou não quis se comprometer com a operação?
A revista também não explica a razão pela qual Gilmar Mendes só se indignou a ponto de revelar o explosivo diálogo --que tanto o escandalizou, como faz crer em declarações-- 30 dias depois do ocorrido. O dispositivo midiático demotucano passa ao largo dessas miunças.Prefere repercutir o 'escandaloso' comportamento de Lula. Usa a condicional 'se de fato ocorreu' no miolo do texto, mas ordena as manchetes e comentários seletos como se a reportagem de VEJA fosse verdadeira. Repete assim o comportamento da manada conservadora observado em 2008 quando a mesma VEJA e o mesmo Gilmar Mendes, denunciaram um suposto grampo telefônico de conversas travadas entre o então presidente do STF e o demo Demóstenes Torres.
O 'escândalo' levou Gilmar a acusar o governo Lula de instaurar um "estado policial no Brasil'. Mostrou-se igualmente indignado então. O dispositivo midiático demotucano endossou o destampatório sem um grama de evidência objetiva.A pressão derrubou Paulo Lacerda, então chefe da ABI. O grampo, comprovou-se depois, era falso. Uma peça desse jogo xadrez vai depor no Conselho de Ética nesta 3ª feira: Demóstenes Torres é parte da verdade escondida no cipoal de mentiras, interesses políticos e pecuniários que a novilíngua midiática tenta minimizar; se possível vitimizar.
Parte da mesma verdade é a viagem a Berlim em 18 de abril deste feita por ambos: o senador e o personagem togado. As particularidades que envolvem a ida e a volta dos dois podem explicar o suor frio do desesespero excretado nas páginas da corneta do conservadorismo golpista brasileiro.
Postado por Saul Leblon
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