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O perigo das lâmpadas fluorescentes compactas

20 de Fevereiro de 2013, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Há poucos anos, ambientalistas pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor.

Em seu lugar, foram adotadas as lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia.

O problema é que essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação dos seus circuitos eletrônicos.


Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.

Riscos das lâmpadas fluorescentes compactas


Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo.

E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos.


Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é bem maior.

Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.

O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente.

Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos.

O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de lâmpadas.

Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes.

Convenção de Minamata sobre Mercúrio


A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas.

A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro.

Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.

Efeitos do mercúrio nos humanos
 O mercúrio é uma neurotoxina potente que pode afetar o cérebro, rins e fígado. Testes elaborados por cientistas em 1997 demonstraram que vapor de mercúrio inalado por animais produziram uma lesão molecular no metabolismo de proteínas no cérebro, que é semelhante a 80% das lesões encontradas em humanos com Alzhaimers.
 Ele pode entrar pela pele, atravessar a placenta e as barreiras de sangue do cérebro e se acumular nas membranas do cérebro do feto causando degeneração, se a mãe for exposta a uma quantidade significativa desse metal (em vapor ou outras formas).
 Mulheres grávidas, amamentando, crianças e possíveis futuras mães de 15-44 anos de idade, fazem parte da população de risco com relação a esse tipo de contaminação. O governo americano por exemplo, recomenda que mulheres grávidas não consumam mais que 340gr. semanais de peixe e frutos do mar, para evitar contaminação com mercúrio.
 Uma pesquisa nos Estados Unidos revelou que 1 em cada 12 mulheres em idade de procriação demonstrou níveis perigosos de mercúrio, o que equivale a 300.000 crianças que nascem todos os anos nesse pais, com risco de exposição aos efeitos do mercúrio. ( TRECHO DESTACADO PUBLICADO EM ECO DIGITAL)

(Publicado em Inovação Tecnológica)
Bibliografia:

Potential Environmental Impacts from the Metals in Incandescent, Compact Fluorescent Lamp (CFL), and Light-Emitting Diode (LED) Bulbs
Seong-Rin Lim, Daniel Kang, Oladele A. Ogunseitan, Julie M. Schoenung
Environmental Science and Technology
Vol.: 47 (2), pp 1040-1047
DOI: 10.1021/es302886m

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/blogspot/UkDc/~3/ythkWSMmE0E/o-perigo-das-lampadas-fluorescentes.html

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