Por Diego Pignones
Tá rolando no Facebook
uma campanha pela “não à propaganda política no Facebook”.
Primeiramente, vamos
analisar alguns fatos:
- Esta será a primeira
vez que o Facebook será utilizado de maneira maciça para angariar votos;
- Há dois anos, tal estratégia
ainda pertencia ao Orkut, ao Twitter e aos blogs de campanha;
- A internet é um meio
de comunicação;
- As redes sociais são
suportes de comunicação gratuitos aos seus usuários. Mas, lucram vendendo
espaços publicitários para anunciantes;
- Cada conta/usuário é
um veículo de comunicação, pois veicula mensagens/opiniões.
Desse modo, podemos
concluir que as redes sociais são mídia, já que vendem espaços publicitários, são
suportes de comunicação e cada conta/usuário é um veículo de comunicação.
Ou será que ainda
existem ingênuos que pensam que o Facebook é um boteco virtual criado por
Markito Zuckerberg para nos divertirmos de graça sem que ele lucre um puto
centavo?
As redes sociais são o
instrumento de comunicação mais democrático que existe, uma vez que basta que o
usuário se cadastre e comece a veicular conteúdo. Desde de que entrei no
Facebook tenho visto mensagens compartilhadas que não fazem parte de meu
ideário, credo ou gosto pessoal, mas nem por isso lancei indiretas ou agredi
textualmente a pessoa porque ela é livre pra se manifestar.
Afinal, é a liberdade
de expressão.
Compartilhar mensagens
cujo conteúdo seja o de cercear a liberdade de expressão é concordar com a
censura. Então, a esses novos defensores da censura digo:
Não adianta postarem
conteúdo a favor da liberdade de imprensa ou da liberdade de expressão, se
compartilham ou já compartilharam imagens contra a propaganda eleitoral no
Facebook.
Mas qual seria o
argumento de quem esta compartilhando a mensagem contra a propaganda
política/eleitoral no Facebook?
Propaganda indesejada.
Então, os novos defensores da
censura no Facebook nunca receberam um e-mail sobre aumento de pênis, pacotes
de viagens, sites de compras coletivas, enfim, um spam?
Também nunca receberam ligações de
uma central de telemarketing? Nunca receberam filipetas ou encartes de
supermercados em suas caixas de correspondência?
Será que fazem parte do seleto
grupo que ainda pensa que o que sustenta um jornal ou revista são os assinantes
ao invés de a publicidade?
Quanto menos falarmos de política
e enquanto existirem pessoas ‘midiotizadas’ compartilhando conteúdos que visam à
censura política, mais filhos da puta-corruptos-falcatruas são eleitos.
Mas até agora não entendi uma questão: A Europa sempre é utilizada como exemplo de povo politizado, mas o que há de errado em ser politizado no Brasil?
Diego
Pignones
Publicitário
e pesquisador em Comunicação Social.
Twitter: @diegopignones
Tumblr: http://lavalanga.tumblr.com/
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