Ressaca após carnaval do Facebook |
O carnaval em torno do lançamento das ações da empresa Facebook está se transformando rapidamente num coro de reclamações e queixas que pode acabar levando o badalado criador da maior rede social da internet aos tribunais norte-americanos.
Mark Zuckerberg, alguns investidores — entre eles Marc Andreesen, diretor da Facebook e um dos criadores do navegador Netscape — e a corretora de valores Morgan Stanley estão sendo acusados demanipular dados sobre a situação financeira da empresa nos dias que antecederam o leilão de ações na bolsa eletrônica NASDAQ , realizado na segunda feira (21/5).
A polêmica em torno da adulteração de dados relativos ao faturamento, lucros atuais e perspectivas futuras da Facebook jogou um balde de água gelada na cabeça dos que correram para comprar ações da empresa, achando que iriam ficar milionários da noite para o dia. Três dias após o leilão, as ações da Facebook perderam 20% do seu valor e ninguém se arrisca a dizer se a queda continuará ou não.
O fato concreto é que a dúvida e a incerteza se instalaram entre os 900 milhões de usuários da rede em todo mundo, ao mesmo tempo em que cresceu a cautela dos anunciantes, os principais alvos da venda de ações. Ao colocar papéis no mercado financeiro, Zuckerberg sinalizou para os investidores sua intenção de valorizar a lucratividade da empresa criada em 2004, e que cresceu baseada numa relação não lucrativa com os seus usuários.
A manipulação dos dados financeiros está associada a uma suspeita ainda mais perturbadora para os novos acionistas. A de que a os diretores da Facebook, comandados por Zuckerberg, se preocuparam mais em valorizar o seu próprio capital do que em atrair poupadores interessados em participar do crescimento da empresa, a filosofia tradicional em todos os lançamentos de ações negociadas em bolsas de valores.
Estimativas feitas antes do leilão indicavam que cada empregado que tivesse ações da Facebook ganharia em média 2,04 dólares por ação, se as cotações do dia 21 de maio fossem mantidas. Na sexta feira (18/5) , a fortuna de Zuckerberg, hoje com 26 anos, estava avaliada em 19,4 bilhões de dólares. Na segunda feira (21/5) , com a valorização das ações na abertura do leilão, ela saltou para 22,6 bilhões de dólares.
O olho do pessoal da Facebook engordou e eles desdenharam as iniciativas destinadas a seduzir investidores, acreditando que a simples fama da empresa seria suficiente para atrair compradores de ações. A esnobação do mundo financeiro tradicional irritou a turma de Wall Street e a resposta veio já na terça-feira, com os rumores sobre maquiagem de dados. Aí a maré virou e o garoto prodígio da internet viu 4,5 bilhões de dólares de sua fortuna irem para o ralo em três dias.
Os especialistas afirmam que uma desvalorização após a euforia de um leilão de ações é previsível, mas no caso da rede de Zuckerberg a queda foi maior e pode ter desdobramentos imprevisíveis. O contexto das redes sociais é muito mutável, como provam episódios anteriores de outras iniciativas como MySpace e Orkut, que tiveram dias de gloria, pareciam imbatíveis e viraram pó com uma rapidez impressionante.
Mark Zuckerberg, alguns investidores — entre eles Marc Andreesen, diretor da Facebook e um dos criadores do navegador Netscape — e a corretora de valores Morgan Stanley estão sendo acusados demanipular dados sobre a situação financeira da empresa nos dias que antecederam o leilão de ações na bolsa eletrônica NASDAQ , realizado na segunda feira (21/5).
A polêmica em torno da adulteração de dados relativos ao faturamento, lucros atuais e perspectivas futuras da Facebook jogou um balde de água gelada na cabeça dos que correram para comprar ações da empresa, achando que iriam ficar milionários da noite para o dia. Três dias após o leilão, as ações da Facebook perderam 20% do seu valor e ninguém se arrisca a dizer se a queda continuará ou não.
O fato concreto é que a dúvida e a incerteza se instalaram entre os 900 milhões de usuários da rede em todo mundo, ao mesmo tempo em que cresceu a cautela dos anunciantes, os principais alvos da venda de ações. Ao colocar papéis no mercado financeiro, Zuckerberg sinalizou para os investidores sua intenção de valorizar a lucratividade da empresa criada em 2004, e que cresceu baseada numa relação não lucrativa com os seus usuários.
A manipulação dos dados financeiros está associada a uma suspeita ainda mais perturbadora para os novos acionistas. A de que a os diretores da Facebook, comandados por Zuckerberg, se preocuparam mais em valorizar o seu próprio capital do que em atrair poupadores interessados em participar do crescimento da empresa, a filosofia tradicional em todos os lançamentos de ações negociadas em bolsas de valores.
Estimativas feitas antes do leilão indicavam que cada empregado que tivesse ações da Facebook ganharia em média 2,04 dólares por ação, se as cotações do dia 21 de maio fossem mantidas. Na sexta feira (18/5) , a fortuna de Zuckerberg, hoje com 26 anos, estava avaliada em 19,4 bilhões de dólares. Na segunda feira (21/5) , com a valorização das ações na abertura do leilão, ela saltou para 22,6 bilhões de dólares.
O olho do pessoal da Facebook engordou e eles desdenharam as iniciativas destinadas a seduzir investidores, acreditando que a simples fama da empresa seria suficiente para atrair compradores de ações. A esnobação do mundo financeiro tradicional irritou a turma de Wall Street e a resposta veio já na terça-feira, com os rumores sobre maquiagem de dados. Aí a maré virou e o garoto prodígio da internet viu 4,5 bilhões de dólares de sua fortuna irem para o ralo em três dias.
Os especialistas afirmam que uma desvalorização após a euforia de um leilão de ações é previsível, mas no caso da rede de Zuckerberg a queda foi maior e pode ter desdobramentos imprevisíveis. O contexto das redes sociais é muito mutável, como provam episódios anteriores de outras iniciativas como MySpace e Orkut, que tiveram dias de gloria, pareciam imbatíveis e viraram pó com uma rapidez impressionante.
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