A violência contra jornalistas cresceu 232% no último ano, segundo levantamento do Conselho de Defesa da Pessoa Humana (CDPH), do governo federal, apresentado nessa terça-feira, 8, durante o seminário “Liberdade de Expressão e Poder Judiciário", no Rio de Janeiro. O número de casos de agressões chegou a 136.
Neto investigava crimes no Vale do Aço e foi assassinado em março de 2013 (Imagem: Arquivo/Comitê Rodrigo Neto) |
Para Tarciso Dal Maso Jardim, membro do CDPH, o aumento aconteceu após os protestos iniciados em junho. Ele apresentou o estudo do órgão, que contabilizou 321 casos de violência desde 2009, sendo 18 assassinatos. “A federalização das investigações do crimes contra jornalistas e comunicadores é, atualmente, a maior demanda do setor”, comentou.
Entre as sugestões para prevenção e proteção dos profissionais, ele sustentou a necessidade de um protocolo de ação policial e citou o caso do assassinato do radialista Rodrigo Neto, em Ipatinga (MG). “É um exemplo emblemático, a morte suscitou a participação da Polícia Militar e Cívil”.
O assessor regional da Unesco, Guilherme Canela, falou sobre as áreas de conflito e lembrou especificamente de Santiago Andrade, cinegrafista morte durante protesto no centro do Rio. "Se o cidadão percebe que nem os jornalistas estão protegidos, ele imagina que ele também não está, bem como o seu direito de se expressar", afirmou, alegando que a agressão a comunicadores é um ataque à liberdade de expressão.
Outra questão apontada durante o debate foi a falta de punição devida para os crimes. “A impunidade retroalimenta a violência. Mesmo em lugares em que há poucos casos de violência, já existe uma autocensura absurda, porque ameaças anteriores deram conta do recado”, explicou Canela.
Entre as sugestões para prevenção e proteção dos profissionais, ele sustentou a necessidade de um protocolo de ação policial e citou o caso do assassinato do radialista Rodrigo Neto, em Ipatinga (MG). “É um exemplo emblemático, a morte suscitou a participação da Polícia Militar e Cívil”.
O assessor regional da Unesco, Guilherme Canela, falou sobre as áreas de conflito e lembrou especificamente de Santiago Andrade, cinegrafista morte durante protesto no centro do Rio. "Se o cidadão percebe que nem os jornalistas estão protegidos, ele imagina que ele também não está, bem como o seu direito de se expressar", afirmou, alegando que a agressão a comunicadores é um ataque à liberdade de expressão.
Outra questão apontada durante o debate foi a falta de punição devida para os crimes. “A impunidade retroalimenta a violência. Mesmo em lugares em que há poucos casos de violência, já existe uma autocensura absurda, porque ameaças anteriores deram conta do recado”, explicou Canela.
(Por Comunique-se)
INFORME: Independente, o Comunica Tudo é mantido por um único autor/editor, com colaborações eventuais de outros autores. Dê o seu apoio a esta iniciativa: clique nas publicidades ou contribua.
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
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