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Aécio e Alckmin são ligados a dono do helicóptero da cocaína
27 de Novembro de 2013, 9:44 - sem comentários aindaUm helicóptero carregado de pó foi apreendido em fazenda de um deputado ligado a Aécio Neves. Piloto que levava 450 kg de cocaína diz que deputado está tentando ‘empurrar pepino’ para ele
(Por Viomundo)
O advogado Nicácio Pedro Tiradentes disse que o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade-MG) está mentindo. Tiradentes representa o piloto Rogério Almeida Antunes, que dirigia o helicóptero apreendido em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, Espírito Santo, com mais de 400 quilos de cocaína a bordo.
Perrela afirma que o piloto roubou o helicóptero.
Tiradentes passou algumas horas com o acusado. Ele saiu do encontro dizendo que Rogério era “homem de confiança” do deputado Perrella, tanto que ocupava um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais mesmo sem dar expediente.
De acordo com o advogado, o piloto fez duas ligações para o deputado Perrella antes do voo em questão.
Ele sustenta que tanto o piloto quanto o deputado acreditavam tratar-se de implementos agrícolas. Disse também que o deputado estaria tentando “empurrar o pepino” para o piloto. Ele sugeriu que haveria a tentativa de livrar outro envolvido, pessoa “de posses”.
Além do piloto foram presos o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, de 26 anos, o comerciante Róbson Ferreira Dias, de 56, e Everaldo Lopes de Souza, de 37.
O advogado disse que a fazenda destino da carga era de propriedade do senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro e pai de Gustavo Perrella. Segundo o advogado, a propriedade está em nome da Limeira Agropecuária e teria sido comprada “por cinco vezes o valor” de mercado.
Nicácio Tiradentes informou que pretende entrar nas próximas horas com habeas corpus para tirar o piloto da cadeia.
“O deputado não poderia enlamear o menos favorecido pela sorte”, disse o advogado, se declarando “magoado”.
Segundo ele, o piloto “não fez nada sem autorização”. Para provar isso, Nicácio pretende pedir quebra do sigilo telefônico do piloto: “Deu duas ligações [para o deputado]. Aí que mora o perigo”.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Nada a perder: justiça absolve Edir Macedo de crime de falsidade ideológica
27 de Novembro de 2013, 9:15 - sem comentários aindaO Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve, em julgamento realizado na tarde desta terça-feira, 26, a absolvição do religioso Edir Macedo Bezerra, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e da TV Record, dos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica. A decisão da 7ª Turma foi unânime.
Edir Macedo responde processo criminal desde 2005, quando foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo bispo Marcelo Nascentes Pires por falsificação de uma procuração outorgada pelo último. Este alega que Macedo teria inserido informações diversas na procuração, bem como utilizado o documento para alterar o contrato social da TV Vale Itajaí (SC), excluindo-o da sociedade contra sua vontade.
O MPF e Pires recorreram no tribunal após a Justiça Federal de Itajaí absolver Edir Macedo e Honorilton Gonçalves da Costa, também réu na ação, por ausência de provas.
A relatora da ação, juíza federal Salise Monteiro Sanchotene, convocada para atuar no tribunal, afirmou que, embora existam suspeitas, a condenação criminal não pode ser embasada em presunções ou conjecturas sobre a existência da fraude.
“Não se ignora serem suspeitas a inserção de designação de empresa com denominação inexistente à época da outorga de poderes (Televisão Xanxerê Ltda., cujo nome surgiu em 1998, sendo o instrumento de mandato de 1996), a autenticação de firma do outorgante após 6 anos da confecção do documento e a concessão de amplos poderes de gestão em favor de quem assevera dedicar-se somente a questões de natureza espiritual, relacionada à Igreja da qual é fundador e principal liderança”, escreveu Salise.
Entretanto, a juíza ressaltou que não há comprovação de que as cotas transferidas pertenceriam, efetivamente, a Marcelo Nascentes Pires, o qual não teria capacidade econômica para integrar quadro societário de emissora filiada de televisão. “De tal fato se extrai fundada dúvida de que o intuito do mandante, ao repassar procuração com abrangentes poderes de gestão de bens e espaço passível de ser posteriormente preenchido, era mesmo, à época da confecção do documento, o de permitir operações como as que se sucederam, não havendo falar em falso ideológico”, concluiu.
(Por Portal Comunique-se)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Redes sociais, um novo palco para a sátira da imprensa
26 de Novembro de 2013, 20:49 - sem comentários aindaA mídia sempre foi o maior instrumento de satirização dela mesma. Por sua abrangência e notoriedade, os produtos midiáticos sempre foram alvo de brincadeiras e da atenção do público. Quem não tem um amigo que imitava o Gil Gomes? Os produtos jornalísticos também sempre tiveram seu espeço no humor, exemplos como “TV Pirata” e “Almanaque Casseta Popular”.
A sátira destilada sobre a imprensa geralmente esteve dentro do controle de suas próprias organizações midiáticas nos veículos impressos, rádio e televisão. Esses humorísticos sempre exploravam largamente o estético e raramente seu conteúdo. Agora, com as redes sociais na Internet, onde as instituições não detêm mais o controle total da produção de conteúdos, o espaço de divulgação das sátiras da mídia ganhou um novo e enorme palco. Os usuários estão, como se diz na expressão popular, deitando e rolando sobre os conteúdos noticiados.
Nas últimas semanas, duas peças jornalísticas geraram uma repercussão enorme envolvendo uma série de brincadeiras nas redes. O primeiro deles, sobre a matéria da revista Veja São Paulo sobre os reis do camarote. Facebook e outras redes foram tomadas de banners irônicos sobre uma das fontes utilizadas na reportagem. O empresário Alexander de Almeida fui ridicularizado e chegou a declarar para os veículos de imprensa que estava arrependido de ter aceito participar da matéria. Houve inclusive uma polêmica sobre a veracidade da reportagem e sua relevância (para saber mais, acesse o texto “Uma brecha para se aproveitar da imprensa”)
O segundo assunto que se transformou em humor, foi a capa do diário “Folha de São Paulo”, do dia 8 de novembro, que estampou manchete duvidosa: “Prefeito sabia de tudo, diz fiscal, em gravação”. O título se reportava ao ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), mas deixou enorme margem para a interpretação do leitor que poderia concluir que o prefeito nas gravações fosse Fernando Haddad (PT).
Usuários da rede Tumbl criaram uma página com sugestões satíricas para manchetes da Folha, tanto na versão impressa como na Internet. A manchete foi duramente criticada, inclusive pela ombudsman da Folha, Silvana Singer, na coluna dominical “Sujeito oculto”. Questões ideológicas à parte, o veículo se tornou mais um alvo do humor incontrolável das redes.
Função de bobo da corte
Nos tempos do absolutismo, em que reis rainha faziam, literalmente, as cabeças rolarem por uma simples crítica. Existia apenas uma figura em todo o reino que poderia falar algumas verdades aos soberanos sem medo de ir ao degredo ou coisa pior. Esta figura era o bobo da corte que sempre que podia ridicularizava sobre os podres da corte. Os nobres, convidados e até os soberanos riam de situações cotidianas que, se fossem tratadas com a seriedade devida, gerariam um derramamento de sangue.
A imprensa como instituição, muitas vezes, pensa ter o papel de soberana. Do alto do trono de sua relevância social e em defesa dos interesses do cidadão e da liberdade expressão, as organizações jornalísticas não estão acostumadas às críticas e as recebem com extrema dificuldade.
Os meios jornalísticos devem perceber por de trás dessas sátiras nas redes sociais na Internet que para além da satirização existe uma crítica revestida de humor, mas que pode e deve ser levada em conta. Inclusive, essas piadas só comprovam que as instituições jornalísticas continuam sendo importantes para a sociedade, porque se assim não fossem seriam ignoradas. Nesses nossos tempos em que os públicos também podem produzir seus próprios conteúdos, o bom exercício profissional do jornalismo pautado pelos procedimentos de verificação e certificação ganha maior relevância em meio ao turbilhão de informações. Talvez estes e outros exemplos contribuam para um jornalismo melhor, um jornalismo que está sempre correndo atrás daquilo que já aconteceu.
(Por Thiago Amorim Caminada)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
TV corrói o cérebro das crianças, diz um novo estudo
26 de Novembro de 2013, 17:48 - sem comentários aindaNo século passado, antes de as crianças ficarem reféns de games, smartphones e iPads, havia outro inimigo dos pais: a televisão. Acreditava-se que ela fazia mal para a visão, para a educação, para o comportamento. Logo se passou a acreditar que era lenda urbana.
Não era.
Uma nova pesquisa da Universidade de Ohio constatou que meninos em idade pré-escolar que tinham uma TV no quarto, ou cujos pais deixavam o aparelho ligado de maneira inercial, tiveram um desempenho pior nos níveis mental e emocional. Sua compreensão dos sentimentos de outras pessoas era superficial — crenças, desejos, intenções etc.
O estudo foi com 107 crianças na faixa entre 38 e 74 meses. A capacidade cognitiva estava prejudicada. A faculdade de “ler” os demais, dizem eles, um passo fundamental para a maturidade, estava comprometida.
“Tanto a TV ligada sem ninguém assistir quanto sua simples presença no quarto têm um impacto negativo”, afirma o relatório. “A TV expõe as crianças a personagens e situações sem profundidade e que requerem um processo superficial de entendimento”.
Isso acontece, entre outras razões, porque é uma mídia muito menos interativa do que, por exemplo, a Internet ou os videogames. É feita sob medida para o chamado couch potato.
A boa notícia é que ela está morrendo. De acordo com um levantamento do Citi Research, tanto as emissoras abertas quanto fechadas tiveram, em 2013, seu pior ano na história nos EUA. Todos os principais canais a cabo perderam pelo menos 113 mil assinantes no terceiro quadrimestre deste ano — é o fenômeno dos cord-cutters. No Brasil, a tendência não é diferente (o Ibope bate recordes negativos há 13 anos).
Sim, ainda é possível ver coisa boa por assinatura. Mas a situação se complica quando você tem a possibilidade de, com serviços de streaming na Internet, como o Netflix, assistir o que quiser, como quiser e na hora em que quiser.
Ou seja, quando seu filho estiver ali, em seu mundo, com o laptop e o iPad abertos, trocando mensagens ao mesmo tempo, não se desespere. Ele podia estar vendo o Big Brother, tornando-se um pequeno robô anti-social e comentando sobre o próximo capítulo da novela das 9.
(Por DCM)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
"Seus pelos lá de baixo devem ser duros como os da sua cabeça", diz dono de restaurante para uma professora negra da USP
26 de Novembro de 2013, 13:02 - sem comentários aindaProfessora negra da USP é humilhada e sofre ofensa racial em restaurante de São Paulo |
Tudo corria bem, até que ela o seus amigos foram para frente do restaurante, na calçada, para fumar e conversar. O dono do estabelecimento, um holandês de nome Peter, que nunca havia falado com ela, juntou-se ao grupo com a intenção de se aproximar da professora. “Ele começou perguntando se meus dentes eram verdadeiros, por serem muito brancos, eu dei uma risada e respondi que sim. Tentamos mudar o assunto da conversa, quando ele me perguntou se eu gostaria de tomar café da manhã com ele no dia seguinte”, descreve a professora. Ela tentou desconversar novamente, questionando o que a esposa dele acharia da proposta, e ele respondeu “que ela não tinha nada com aquilo”.
Para ver ser Peter desistia das investidas, Adriana foi ao banheiro e ao voltar, se posicionou bem entre seus amigos. O holandês deu a volta para se aproximar dela novamente e perguntou se ela se depilava. Brava e em tom agressivo a professora respondeu que não tinha pelos, quando ele retrucou: “Aposto que tem e os de lá de baixo devem ser duros como os da sua cabeça”. Os amigos não reagiram, um deles era chileno e não falava português. Adriana resolver deixar o local, contra a vontade de Peter que perguntou ainda “qual era a última vez que ela tinha gozado gostoso”.
“Cheguei em casa e desatei a chorar. Pensei, sim, que a motivação dele foi racial. Há várias reclamações no site do restaurante, mas todas por grosseria. Então ele se achou no direito de falar daquela forma comigo, é porque sou negra e sabemos muito bem como a mulher negra figura no imaginário brasileiro”, afirma Adriana. Ela conta ainda que quando relatou o ocorrido aos amigos negros, todos de pronto entenderam o “viés racial” da situação. Já as amigas brancas, disseram que isso é normal e acontece “com qualquer mulher”.
Inquérito foi instaurado
Em agosto, logo após o ocorrido, Adriana Alves se dirigiu à Delegacia de Defesa da Mulher para instaurar inquérito. No entanto, a delegada presente entendeu que crimes de racismo deveriam ser investigados numa delegacia comum. No dia 14 de novembro, assessorada pelo advogado do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Daniel Oliveira, a professora foi orientada a retornar à 3ª Delegacia de Defesa da Mulher para fazer o boletim de ocorrência, e nesta segunda tentativa não houve objeção.
“Trata-se de com caso de racismo, porque o dono do restaurante não apenas a assediou, mas fez uma associação relativa ao cabelo dela, que tem obviamente uma conotação preconceituosa”, explica Oliveira do CEERT.
(Por Silvia Nascimento – Mundo Negro)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..