Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir.
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Como se fosse da família: minidocumentário sobre domésticas
13 de Dezembro de 2013, 12:12 - sem comentários aindaÁurea e Vander, domésticas a vida inteira, refletem sobre a nova lei que regulamenta a sua profissão neste vídeo co-produzido pela Pública |
Vanderlea, conhecida como Vander, começou a trabalhar como doméstica aos 14. Com o consentimento de sua mãe, que veio com ela de Juazeiro, na Bahia, foi servir à família Marcondes, em Jundiaí, no interior de São Paulo. Em pouco tempo começou a dormir no trabalho, e logo estava morando na residência. Trabalhava como babá e ajudava nas outras tarefas domésticas – o que faz até hoje. Aos 40 anos, é a governanta da casa, coordenando as outras duas empregadas, sempre uniformizadas.
Essas duas mulheres dedicaram a maior parte das suas vidas ao trabalho doméstico – profissão que foi regulamentada apenas este ano – servindo a patrões que as tratavam “como se fossem da família”. A emenda constitucional Nº72/2013, conhecida como PEC das domésticas, regularizou pela primeira vez a profissão, garantindo que elas tenham os mesmos direitos que os demais trabalhadores brasileiros, no regime da CLT. Assista ao curta “Como se fosse da família”, uma parceria com a Grão Filmes que foi contemplada pelo 4º edital Sala de Notícias do Canal Futura, para conhecer como essas mulheres vêem a PEC e o seu trabalho de toda uma vida:
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Como se fosse da família: minidocumentário sobre empregadas domésticas
13 de Dezembro de 2013, 12:12 - sem comentários aindaÁurea e Vander, domésticas a vida inteira, refletem sobre a nova lei que regulamenta a sua profissão neste vídeo co-produzido pela Pública |
Vanderlea, conhecida como Vander, começou a trabalhar como doméstica aos 14. Com o consentimento de sua mãe, que veio com ela de Juazeiro, na Bahia, foi servir à família Marcondes, em Jundiaí, no interior de São Paulo. Em pouco tempo começou a dormir no trabalho, e logo estava morando na residência. Trabalhava como babá e ajudava nas outras tarefas domésticas – o que faz até hoje. Aos 40 anos, é a governanta da casa, coordenando as outras duas empregadas, sempre uniformizadas.
Essas duas mulheres dedicaram a maior parte das suas vidas ao trabalho doméstico – profissão que foi regulamentada apenas este ano – servindo a patrões que as tratavam “como se fossem da família”. A emenda constitucional Nº72/2013, conhecida como PEC das domésticas, regularizou pela primeira vez a profissão, garantindo que elas tenham os mesmos direitos que os demais trabalhadores brasileiros, no regime da CLT. Assista ao curta “Como se fosse da família”, uma parceria com a Grão Filmes que foi contemplada pelo 4º edital Sala de Notícias do Canal Futura, para conhecer como essas mulheres vêem a PEC e o seu trabalho de toda uma vida:
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Ensaio sobre o tempo perdido pela falta de tempo
13 de Dezembro de 2013, 11:47 - sem comentários aindaA CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada em 1943, regulamentando a jornada de trabalho, dentre outros. Nos últimos 70 anos, pode-se dizer que houve pouca variação nas horas dessas jornadas. Mas, neste mesmo período, houve muita alteração e criação de tecnologias que vieram para facilitar nossas vidas. Uma das melhorias? A economia do tempo. Mas será?
Hoje temos veículos velozes para transporte. Temos tablets, smartphones, notebooks, tv com internet, eletrodomésticos inteligentes, babás eletrônicas e uma infinidade de outras invenções. Fica difícil fazer uma lista completa de tantas facilidades que o dinheiro pode comprar.
Quinhentos anos atrás, por exemplo, não se tinha toda essa moleza para a economia de tempo e mesmo assim havia pessoas como Leonardo da Vinci. Ele foi capaz de criar sozinho uma quantidade inimaginável de obras diversas e originais em arquitetura, pintura, engenharia, medicina, matemática, ciências, escultura, botânica, poesia, música, etc. Nós, humanos modernos, temos tanta facilidade ao nosso dispor que não somos capazes de criar, em quantidade pelo menos, algo parecido com Da Vinci. O tempo nos falta para coisas básicas:
- Foi ao dentista ver aquela cárie?
- Acredita que ainda não? Estou tão sem tempo...
- Leu minha última postagem?
- Texto grande demais. Estou sem tempo...
- Leu minha última postagem?
- Texto grande demais. Estou sem tempo...
O diálogo imaginário acima é bastante corriqueiro em nossas vidas. Temos toda a tecnologia do mundo em nosso favor, para administrar e economizar tempo, porém, há tempos que vivemos sem ele. Onde estará o problema?
Cada novo acessório que adquirimos para economizar tempo e facilitar nossas vidas, também demanda tempo para compreender o seu manuseio. Se forem aparelhos para comunicação, existem atualizações e modificações semanais ou mensais, que também exigem tempo. Além disso, se o meio é mesmo a mensagem, cada novo produto adquirido também cria novos hábitos e necessidades que antes não tínhamos, consumindo mais tempo.
Parece que de um modo bastante simples, gastamos muito tempo para economizar tempo e por isso ficamos cada vez com menos tempo. Vivemos ansiosos por não perder tempo, muitas vezes até mesmo agressivos.
Compramos carros que atingem 300 km/h para andar em vias da cidade que não ultrapassam 80 km/h. Em verdade, ficamos a maior parte do tempo parados em engarrafamentos intermináveis, reclamando do que está sendo perdido e ficamos felizes quando atingimos 40 km/h.
Compramos smartphones e tablets para agilizar nossas vidas. A comunicação em qualquer lugar. Pessoalmente, conheço pessoas que não largam seus aparelhos mesmo quando estão conversando fisicamente com outros. Adquiriram hábitos que se tornaram vícios e por isso assistem ao grande espetáculo de seu tempo ir embora. Sem parar e se perceber.
É importante avaliarmos quais são as reais prioridades em relação ao tempo. E principalmente: qual é a extensão e a importância de nossa obra? O que estamos fazendo de verdade?
Vale a pena se questionar se estamos consumindo ou sendo consumidos pelo tempo e sua falta. Tudo o que desejamos para nos libertar da falta de tempo, muitas vezes, acaba nos transformando em escravos de elementos periféricos e passamos a vida com a ilusão de termos mais tempo para viver. Há quem trabalhe infinitamente, sacrificando sua saúde mental e física, com intuito de acumular dinheiro para ter tempo e fazer o que desejar. Majoritariamente, o que conseguem é se tornar viciados neste esquema ilusório: ter um enfarto, um câncer, um AVC e morrer antes do tempo.
Envelhecemos desejando a liberdade e morremos escravos da ilusão. Talvez, ser livre signifique não precisar economizar tempo, nem adquirir artifícios que nos deixam mais presos ainda. Talvez, estar em liberdade é ser autônomo, dono de seus pensamentos, desejos e sentimentos, vivendo com intensidade o tempo presente de tal modo que o próprio tempo desaparece diante de ti. Como fazer amor, tocar uma música, abraçar e beijar seus filhos: momentos para os quais o tempo não existe.
Cada novo acessório que adquirimos para economizar tempo e facilitar nossas vidas, também demanda tempo para compreender o seu manuseio. Se forem aparelhos para comunicação, existem atualizações e modificações semanais ou mensais, que também exigem tempo. Além disso, se o meio é mesmo a mensagem, cada novo produto adquirido também cria novos hábitos e necessidades que antes não tínhamos, consumindo mais tempo.
Parece que de um modo bastante simples, gastamos muito tempo para economizar tempo e por isso ficamos cada vez com menos tempo. Vivemos ansiosos por não perder tempo, muitas vezes até mesmo agressivos.
Compramos carros que atingem 300 km/h para andar em vias da cidade que não ultrapassam 80 km/h. Em verdade, ficamos a maior parte do tempo parados em engarrafamentos intermináveis, reclamando do que está sendo perdido e ficamos felizes quando atingimos 40 km/h.
Compramos smartphones e tablets para agilizar nossas vidas. A comunicação em qualquer lugar. Pessoalmente, conheço pessoas que não largam seus aparelhos mesmo quando estão conversando fisicamente com outros. Adquiriram hábitos que se tornaram vícios e por isso assistem ao grande espetáculo de seu tempo ir embora. Sem parar e se perceber.
É importante avaliarmos quais são as reais prioridades em relação ao tempo. E principalmente: qual é a extensão e a importância de nossa obra? O que estamos fazendo de verdade?
Vale a pena se questionar se estamos consumindo ou sendo consumidos pelo tempo e sua falta. Tudo o que desejamos para nos libertar da falta de tempo, muitas vezes, acaba nos transformando em escravos de elementos periféricos e passamos a vida com a ilusão de termos mais tempo para viver. Há quem trabalhe infinitamente, sacrificando sua saúde mental e física, com intuito de acumular dinheiro para ter tempo e fazer o que desejar. Majoritariamente, o que conseguem é se tornar viciados neste esquema ilusório: ter um enfarto, um câncer, um AVC e morrer antes do tempo.
Envelhecemos desejando a liberdade e morremos escravos da ilusão. Talvez, ser livre signifique não precisar economizar tempo, nem adquirir artifícios que nos deixam mais presos ainda. Talvez, estar em liberdade é ser autônomo, dono de seus pensamentos, desejos e sentimentos, vivendo com intensidade o tempo presente de tal modo que o próprio tempo desaparece diante de ti. Como fazer amor, tocar uma música, abraçar e beijar seus filhos: momentos para os quais o tempo não existe.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
O Brasil que condena por desinfetante e mata por pão de queijo
12 de Dezembro de 2013, 10:54 - sem comentários aindaRafael
Condenado a cinco anos de prisão por carregar pinho sol e água sanitária durante as manifestações de junho. O Ministério Público e a Justiça consideraram que o catador de material reciclável iria fazer um coquetel molotov.
Condenado a cinco anos de prisão por carregar pinho sol e água sanitária durante as manifestações de junho. O Ministério Público e a Justiça consideraram que o catador de material reciclável iria fazer um coquetel molotov.
Maria Aparecida
Mandada para a cadeia por ter furtado um xampu e um condicionador em um supermercado. Perdeu um olho enquanto estava presa.
Mandada para a cadeia por ter furtado um xampu e um condicionador em um supermercado. Perdeu um olho enquanto estava presa.
Sueli
Condenada pelo roubo de dois pacotes de bolacha e um queijo minas em uma loja.
Condenada pelo roubo de dois pacotes de bolacha e um queijo minas em uma loja.
Januário
Espancado por cinco seguranças, durante 20 minutos, no estacionamento de um hipermercado. Acharam que o vigilante estava roubando o próprio automóvel.
Espancado por cinco seguranças, durante 20 minutos, no estacionamento de um hipermercado. Acharam que o vigilante estava roubando o próprio automóvel.
Domingos
Assassinado ao tentar entrar em uma agência bancária. Não adiantou ele mostrar um documento comprovando que usava um marca-passo, o que faria a porta-giratória apita, mesmo assim levou bala.
Assassinado ao tentar entrar em uma agência bancária. Não adiantou ele mostrar um documento comprovando que usava um marca-passo, o que faria a porta-giratória apita, mesmo assim levou bala.
Franciely
Acusada de ter roubado duas canetas mesmo após ter mostrado o comprovante de pagamento por ambas em um hipermercado.
Acusada de ter roubado duas canetas mesmo após ter mostrado o comprovante de pagamento por ambas em um hipermercado.
Ademir
Assassinado por ter furtado coxinhas, pães de queijo e creme para cabelo de um supermercado. O pedreiro foi levado a um banheiro, agredido com chutes, socos e um rodo e deixado trancado, definhando. Morreu por hemorragia interna e traumatismos.
Assassinado por ter furtado coxinhas, pães de queijo e creme para cabelo de um supermercado. O pedreiro foi levado a um banheiro, agredido com chutes, socos e um rodo e deixado trancado, definhando. Morreu por hemorragia interna e traumatismos.
Maria Baixinha
Assassinada por espancamento, junto a outras seis pessoas em situação de rua, no Centro de São Paulo. Na época, policiais militares e seguranças privados foram apontados como responsáveis, formando uma espécie de grupo de extermínio.
Assassinada por espancamento, junto a outras seis pessoas em situação de rua, no Centro de São Paulo. Na época, policiais militares e seguranças privados foram apontados como responsáveis, formando uma espécie de grupo de extermínio.
Valdete
Condenada a dois anos de prisão em regime fechado por ter roubado caixas de chiclete. Teve um habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal, pois o princípio da insignificância não se aplicaria, afinal não era para saciar a fome.
Condenada a dois anos de prisão em regime fechado por ter roubado caixas de chiclete. Teve um habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal, pois o princípio da insignificância não se aplicaria, afinal não era para saciar a fome.
Walter
Espancado em uma cela para que confessasse o furto de uma máquina de lavar do desembargador Teodomiro Fernandez, crime que ele não cometeu. Cuspindo sangue, pediu pediu que o magistrado fizesse o investigador de polícia interromper a sessão de tortura. “Ele vai parar, quem vai bater agora sou eu”, foi a resposta. Ambos não foram para a cadeia porque o crime prescreveu.
Espancado em uma cela para que confessasse o furto de uma máquina de lavar do desembargador Teodomiro Fernandez, crime que ele não cometeu. Cuspindo sangue, pediu pediu que o magistrado fizesse o investigador de polícia interromper a sessão de tortura. “Ele vai parar, quem vai bater agora sou eu”, foi a resposta. Ambos não foram para a cadeia porque o crime prescreveu.
Mas, calma, não precisa se preocupar. Estado e empresas só agiram dessa forma porque esse pessoal era pobre. Se você não se enquadra nessa categoria (e também não é negro, índio, homossexual, transexual, mulher…), fique tranquilo. Mesmo que tenha antecedentes. O Brasil foi feito para você e continua a ser o país mais legal do mundo.
E vai ter Copa!
(Por Sakamoto)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Danilo Gentili pede "mais pau no cu" para 2014
12 de Dezembro de 2013, 10:13 - sem comentários aindaDanilo Gentili, na foto, é o da direita (embora o Jô não seja de esquerda) |
Sobre meninos e cavalos
Ao ser criticado por internauta, Danilo Gentili distribui coices, pedras e lições de física sobre ação e reação
O humorista-geral da República Danilo Gentili é tão bom em piada como em ciência política. Isso qualquer mortal disposto a encarar suas sentenças definitivas sobre mulheres, minorias e condenados pode conferir em seus acessos de sacadas lógicas na tevê ou redes sociais. O que pouca gente sabe é que o comediante, antes de tudo, é também um mestre da física.
Durante a semana, Gentili exibiu sua intimidade com as leis consagradas de ação e reação ao bater-boca com uma internauta pelo Twitter. Porque no mundo, ensinou o comediante, somos todos pedras. Ensinam-nos nas escolas que para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo B, dele A recebe uma força de mesma direção, intensidade e sentido oposto. A lei da física é, portanto, justa: o movimento é proporcional à ação anterior. Na lei gentílica, não importa que entre uma pedra e outra exista uma claque composta por milhares de pedras com milhares de outras pedras nas mãos: as respostas serão todas equivalentes. Assim, em uma luta entre covardes, estamos todos autorizados a responder um peteleco com um tiro de fuzil.
Em 2012, o escritor Paulo Coelho declarou que Ulysses, clássico do irlandês James Joyce, não renderia um tuíte. A declaração também renderia um tuíte, mas serviu como resgate a uma analogia memorável. Em resposta ao escritor brasileiro, Stuart Kelly, crítico de literatura do britânico Guardian, recorreu a uma frase do escritor e pensador inglês Samuel Johnson para responder a outro crítico no século XVIII: “Uma mosca pode picar um cavalo, mas o cavalo continua a ser um cavalo, e a mosca não mais que uma mosca”.
Como o humorista brasileiro é especialista em física, e não em cavalos ou moscas, as pedras ancoradas na lei da ação e reação couberam-lhe melhor. Foi um massacre. Para quem não acompanhou, tudo começou quando uma internauta escreveu, em seu perfil no Twitter, que faltava embasamento para as posições políticas do apresentador, algo que até as pedras nas mãos de sua plateia teriam dificuldade em refutar. A crítica aconteceu após a entrevista, na terça-feira 10, com um colunista e escritor autodenominado especialista em caviar e movimentos sociais. Eis o peteleco: “O Jô Soares é de direita, mas é respeitado, pois tem conhecimento (leitura). Agora, esse Danilo Gentili cita a Forbes. Ridículo”.
Até ali, as pedras estavam na posição de origem: uma figura pública, exposta até a alma em ambientes públicos, era alvo de uma crítica (ou peteleco, se preferir). Injusta? Talvez. O silêncio deixaria as coisas como estavam: um peteleco é um peteleco, uma mosca, uma mosca, um cavalo, um cavalo, concluiria Johnson. Faltou combinar com a lei da física, que transforma seres animados (piadistas, inclusive) em fragmentos monolíticos fadados a ação e reação. Pedras e coices voaram. Como reação à ousadia de comparar Gentili a Jô Soares, a internauta foi chamada de “puta” e “chupadora de rola”. Conheceu assim outra lei da física: a que devolve provocação com misoginia.
“Chupadora de rola de genocida e corrupto detected. Quem quiser deixá-la molhadinha, basta assassinar alguém. Ela pira!”, escreveu o humorista para seus mais de 5,3 milhões de seguidores.
A plateia, sem saber se era para rir ou latir, seguiu em coro os ataques contra a internauta conclamados pelo chefe. A palavra de ordem foi: "Fanzocas a xingue (SIC) de puta". Muitos (mulheres, inclusive) obedeceram.
Como comparou um blogueiro em um texto certeiro divulgado no dia seguinte, foi como conclamar uma multidão acéfala – que, como pedras, obedecem acriticamente aos chamados do líder – a invadir a sala da provocadora, que não tem uma multidão em seu favor, e praticar o morticínio. Ao criticar o piadista, a internauta o expôs o humorista ao seu grupo de seguidores (1.246 até o fechamento deste post), um grupo menor do que o dos espectadores ligados na tevê – que tinham, diante da exposição, tanto direito de considerar o piadista um gênio como um “boboca” (estes últimos, como precede a lógica, só não aplaudem as piadas porque são condescendentes com os crimes contra a República cometidos por político corruptos).
“Ela apareceu do nada na minha TL xingando gratuitamente eu e o Roger (SIC). Por quê? Porque não satisfizemos o ego dela falando na TV o que ela queria ouvir. Acredita que cometemos o crime de dizer algo que ela não concorda?", disse Gentili, segundo reproduziu o portal Terra. A essa altura o piadista já se abraçava a tudo o que aprendeu na escola sobre gratuidade, justiça e, claro, física. Ao responder a ela, com coices, pedras e dinamites, o apresentador a jogou na jaula dos leões imaginando estar ancorado na equidade proporcional de forças.
“A dondoquinha só pode xingar os outros, mas receber um xingamento como resposta não pode! Judiação não é mesmo? Ela só quer a metade da lei natural- a da ação. A da reação ela considera 'desrepeito' (SIC). É a ditadura do coitadinho que só pode ofender mas não pode ser ofendido. Qual é a conclusão? A conclusão é que o que falta mesmo é um pau bem grande no cu de todo mundo. Reflitam sobre isso. Esse é o desafio pra 2014: mais pau no cu de todo mundo.”
Refletiremos, Gentili. Estamos todos refletindo.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..