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Novo programa da TVE analisará a mídia
2 de Dezembro de 2013, 17:07 - sem comentários aindaAtração será apresentada por Celso Schröder e terá a presença de Alberto Dines, Suzana Singer e Maria Helena Weber na estreia
A TVE estreia na quarta-feira, 4 de dezembro, às 22h30, um espaço dedicado à análise e discussões sobre questões que envolvam a imprensa. O programa Mídia em Debate será apresentado pelo jornalista Celso Schröder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc), e discutirá como os fatos repercutem nos meios de comunicação e refletem na sociedade. Semanalmente, três personalidades ligadas à academia ou ao mercado de trabalho serão convidados a analisar assuntos relevantes ligados à comunicação e buscar entender o que está por trás da notícia.
A primeira edição do programa abordará a importância dos Observatórios de Mídia e por que instituições de comunicação em geral não fazem análises a respeito de si mesmas. A crise do jornalismo impresso também estará em pauta no programa, que receberá como convidados o professor e escritor Alberto Dines, jornalista premiado internacionalmente e criador do Observatório da Imprensa; a jornalista Suzana Singer, ombudsman da Folha de São Paulo; e Maria Helena Weber, doutora em Comunicação e professora do Programa de Pós-graduação da Ufrgs.
O Mídia em Debate também será exibido em horário alternativo aos sábados, às 16h30. O programa tem produção de Janice Brasil e Maria Lúcia Melão.
(Por Coletiva)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Canais de TV reagem ao Netflix
2 de Dezembro de 2013, 16:58 - sem comentários aindaNo universo virtual, os canais tradicionais de televisão vêm experimentando diferentes modelos de negócios. André Nava, gerente de novas mídias da Globosat, explica que o objetivo principal da empresa com serviços de vídeo por demanda na internet não é gerar receita, mas manter a relevância das marcas no espaço online. "Nosso negócio hoje é TV por assinatura. Os novos produtos de internet vêm para prestar mais um serviço ao público e reforçar nossas marcas", diz. E também uma forma de fazer frente às empresas que oferecem serviços parecidos. "É claro que isso protege nossa cadeia de valor dos concorrentes que cobram por esse serviço", afirma, lembrando que o negócio também permite a coleta de informações sobre hábitos dos usuários, que são usadas para melhorar a programação linear. Dona de mais de 30 canais, a Globosat já tem sete desses produtos de vídeo por demanda (VoD) no portfólio, que contam com uma base de 800 mil usuários. Os dois maiores, Muu (que é gratuito e disponibiliza filmes e séries) e Telecine Play , que oferece filmes. A expectativa de Nava é chegar a 1 milhão de usuários até o fim do ano.
Na mesma linha está o HBO GO, serviço de internet com mais de 1.500 títulos de séries, filmes e documentários para assinantes da rede HBO, sem custo adicional. A proposta de acessar conteúdos mediante um simples cadastro tem atraído muita gente que não quer mais uma cobrança na fatura do cartão de crédito -o que acontece para quem é assinante do Netflix. A ideia é fidelizar os assinantes de TV a cabo que, em algum momento, se sentiram atraídos pelos baixos preços praticados por provedores de conteúdo over the top (OTT).Hoje, o pacote mais básico de canais fechados custa, em média, R$ 30 ao mês, enquanto as OTTs, como a Netflix, cobram a metade do valor.
A Sony foi além e criou plataformas inteiramente abertas ao público. Para usar o Crackle e o recém lançado Kalixta, os usuários não precisam nem mesmo de cadastro e só deixam suas informações se desejarem receber notificações sobre conteúdos novos. A estratégia, no entanto, tem limitações: entre os filmes, séries e programas disponíveis não constam os conteúdos mais novos do canal Sony, só filmes e séries antigas. Mesmo assim, segundo a empresa, os serviços têm tido bom desempenho e são sustentados por publicidade própria. Presente em seis países em um ano e meio de existência, o Crackle já teve mais de 50 milhões de visitas, das quais metade foram só no Brasil. O sucesso levou a Sony a inaugurar, em setembro último, o Kalixta, serviço que é voltado para o público feminino.
Na lista de novidades, também está o +Bis, também da Globosat. Inaugurado no final de outubro só para assinantes da GVT, o serviço é pago e está voltado para os amantes de música, reunindo shows e documentários que não são mais monetizados por grandes gravadoras como Som Livre, Universal Music e Biscoito Fino.
Uma outra característica desse mercado é o caráter experimental dos produtos. Nava, da Globosat, conta que não há um plano fechado para estes serviços, que podem se tornar tanto comerciais quanto gratuitos, a depender do desempenho. Um exemplo é a transição pela qual deve passar o Receitas GNT, que reúne programas de culinária editados em blocos de cinco a dez minutos para que funcionem como um tutorial a ser seguido na cozinha pelo usuário. "Dentro dos nossos testes de formato, este é o produto que teve o melhor desempenho em termos de interatividade, por isso queremos abrir", conta. Hoje pago, ele estará disponível de forma gratuita até o final do ano para atrair mais audiência ao canal GNT, que integra a grade da TV paga.
(Por ABINEE)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Canais de TV reagem ao Netflix
2 de Dezembro de 2013, 16:58 - sem comentários aindaNo universo virtual, os canais tradicionais de televisão vêm experimentando diferentes modelos de negócios. André Nava, gerente de novas mídias da Globosat, explica que o objetivo principal da empresa com serviços de vídeo por demanda na internet não é gerar receita, mas manter a relevância das marcas no espaço online. "Nosso negócio hoje é TV por assinatura. Os novos produtos de internet vêm para prestar mais um serviço ao público e reforçar nossas marcas", diz. E também uma forma de fazer frente às empresas que oferecem serviços parecidos. "É claro que isso protege nossa cadeia de valor dos concorrentes que cobram por esse serviço", afirma, lembrando que o negócio também permite a coleta de informações sobre hábitos dos usuários, que são usadas para melhorar a programação linear. Dona de mais de 30 canais, a Globosat já tem sete desses produtos de vídeo por demanda (VoD) no portfólio, que contam com uma base de 800 mil usuários. Os dois maiores, Muu (que é gratuito e disponibiliza filmes e séries) e Telecine Play , que oferece filmes. A expectativa de Nava é chegar a 1 milhão de usuários até o fim do ano.
Na mesma linha está o HBO GO, serviço de internet com mais de 1.500 títulos de séries, filmes e documentários para assinantes da rede HBO, sem custo adicional. A proposta de acessar conteúdos mediante um simples cadastro tem atraído muita gente que não quer mais uma cobrança na fatura do cartão de crédito -o que acontece para quem é assinante do Netflix. A ideia é fidelizar os assinantes de TV a cabo que, em algum momento, se sentiram atraídos pelos baixos preços praticados por provedores de conteúdo over the top (OTT).Hoje, o pacote mais básico de canais fechados custa, em média, R$ 30 ao mês, enquanto as OTTs, como a Netflix, cobram a metade do valor.
A Sony foi além e criou plataformas inteiramente abertas ao público. Para usar o Crackle e o recém lançado Kalixta, os usuários não precisam nem mesmo de cadastro e só deixam suas informações se desejarem receber notificações sobre conteúdos novos. A estratégia, no entanto, tem limitações: entre os filmes, séries e programas disponíveis não constam os conteúdos mais novos do canal Sony, só filmes e séries antigas. Mesmo assim, segundo a empresa, os serviços têm tido bom desempenho e são sustentados por publicidade própria. Presente em seis países em um ano e meio de existência, o Crackle já teve mais de 50 milhões de visitas, das quais metade foram só no Brasil. O sucesso levou a Sony a inaugurar, em setembro último, o Kalixta, serviço que é voltado para o público feminino.
Na lista de novidades, também está o +Bis, também da Globosat. Inaugurado no final de outubro só para assinantes da GVT, o serviço é pago e está voltado para os amantes de música, reunindo shows e documentários que não são mais monetizados por grandes gravadoras como Som Livre, Universal Music e Biscoito Fino.
Uma outra característica desse mercado é o caráter experimental dos produtos. Nava, da Globosat, conta que não há um plano fechado para estes serviços, que podem se tornar tanto comerciais quanto gratuitos, a depender do desempenho. Um exemplo é a transição pela qual deve passar o Receitas GNT, que reúne programas de culinária editados em blocos de cinco a dez minutos para que funcionem como um tutorial a ser seguido na cozinha pelo usuário. "Dentro dos nossos testes de formato, este é o produto que teve o melhor desempenho em termos de interatividade, por isso queremos abrir", conta. Hoje pago, ele estará disponível de forma gratuita até o final do ano para atrair mais audiência ao canal GNT, que integra a grade da TV paga.
(Por ABINEE)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Coca-Cola: usos mostram que ela não é para o consumo humano
2 de Dezembro de 2013, 13:39 - sem comentários aindaCoca-Cola é a marca mais valiosa da história. Porém, alguns fatos mostram que ela também pode ser a mais perigosa para o consumo humano
Coca-Cola é a marca mais valiosa na história, e " Coca- Cola" é a segunda palavra mais reconhecida do mundo depois de "Olá". No entanto, a própria bebida mostra ser um veneno absoluto para o metabolismo humano. A Coca-Cola está muito próxima do nível de acidez do ácido de bateria e, conseqüentemente, ela muitas vezes pode limpar locais melhor do que muitos produtos de limpeza tóxicos por ai.
É mais barato e mais fácil comprar Coca-Cola em alguns países do terceiro mundo do que ter acesso à água limpa. Acredite. A marca Coca-Cola usa "relações públicas de propaganda " para convencer os consumidores e nações inteiras que se trata de uma "empresa ambiental ", quando na verdade ela está ligada à poluição, escassez de água, e da doença.
As pessoas que consomem refrigerantes como a Coca-Cola tem um aumento de 48 % no risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, em comparação com pessoas que não bebem refrigerantes em todas refeições ou não bebem todos os dias. Um estudo publicado na revista Respirology revela que o consumo de refrigerantes também está associado a doenças do pulmão e distúrbios respiratórios como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
A carbonatação na Coca-Cola faz com que a perda de cálcio nos ossos ocorra através de um processo que envolve 3 fases:
1º A carbonatação irrita o estômago.
2º O estômago "cura" a irritação da única maneira que sabe. Acrescentando o único antiácido à sua disposição: o cálcio. Ela recebe este a partir do sangue.
3º O sangue, agora acessível em cálcio, repõe o seu fornecimento a partir dos ossos. Se ele não fizer isso, a função muscular e cerebral seria severamente prejudicada.
Mas, a história não termina aí. Outro problema que a coca oferece, é também conter o ácido fosfórico (não a mesma que a carbonação, o dióxido de carbono, que é misturado com a água). Ácido fosfórico também causa um impacto contra o cálcio no corpo humano.
Assim, a Coca-Cola amolece seus ossos (na verdade, torna-os fracos e quebradiços) de 3 maneiras:
1º A carbonatação reduz o cálcio nos ossos.
2º Ácido fosfórico reduz o cálcio nos ossos.
3º A bebida substitui uma alternativa contendo cálcio, como o leite ou água. Leite e água não são excelentes fontes de cálcio, mas são fontes.
O câncer de esôfago era muito raro duas gerações atrás - agora, é comum. O mecanismo de base funciona da seguinte maneira:
1º Danos mecânicos às células são fatores de grande risco para o câncer. É por isso que as partículas de amianto, por exemplo, podem causar câncer de pulmão.
2º Todos os refrigerantes causam refluxo ácido ( o ácido do estômago subindo passado a válvula do esôfago ). Esta é mais pronunciada quando o corpo está na horizontal (como no sono) , mas o volume da Coca-Cola e refrigerantes consumidos nos EUA mostram que o refluxo ácido é bem além do ponto de perigo. Toda vez que você ingerir uma bebida gasosa, você está obtendo ácidos arrotos para o esôfago. Mas o quanto é demais? A pesquisa não diz onde o limite é - isso só mostra que a maioria de nós tem um nível a ser respeitado.
3º Ácido stomach dissolve o tecido - esse é o seu propósito. O revestimento do estômago não se estende para o esôfago , assim o esôfago inferior fica danificado pelo ácido muito mais freqüentemente em usuários de refrigerantes do que em pessoas que não tomam . Isso resulta em um aumento radical na mutações celulares , juntamente com um nível muito mais elevado de radicais livres.
Para mostrar que a Coca-Cola não é para o consumo humano , aqui estão algumas maneiras práticas em que você pode usar a Coca-Cola como um produto de limpeza doméstica:
Remove manchas de graxa das roupas e tecidos
Remove ferrugem; métodos incluem o uso de tecido embebido em Coca-Cola, uma esponja ou até mesmo uma folha de alumínio. Também solta parafusos enferrujados
Remove manchas de sangue , de roupas e tecido.
Limpa manchas de óleo a partir de um piso de garagem , deixe a mancha de molho , mangueira fora.
Mata lesmas e caracóis , assim como outros ácidos.
Limpa panelas queimadas , deixe a panela de molho na Coca-Cola, depois enxague.
Limpa manchas de difícil remoção em chaleiras ( mesmo método com as panelas queimadas )
Limpa terminais de baterias de automóveis por vazamento de uma pequena quantidade de Coca-Cola sobre cada um.
Limpa motor, distribuidores de Coca-Cola têm usado esta técnica há décadas.
Faz tostões brilharem ; Imergir os tostões antigos em Coca-Cola irá remover as manchas .
Limpa telha argamassa ; derrame sobre chão da cozinha , deixe por alguns minutos , e depois limpe.
Remove manchas na louça .
Tem uma piscina suja? Adicionando duas garrafas de 2 litros de Coca-Cola você à limpa.
Você pode remover ( ou desaparecer ) tintura de cabelo derramando Coca diet por cima.
Remove manchas de marcador de tapete. Aplicando a coca, lave e em seguida limpe com água e sabão irá remover as manchas de marcadores .
Limpa o vaso sanitário ; derrame em torno tigela , deixe por um tempo, dê descarga .
(Tradução de Folha Social, fonte original)
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..
Nem o diamante azul devolve a paudurescência do velho rock brasileiro
2 de Dezembro de 2013, 8:17 - sem comentários aindaEm A Bundamolização do Rock Brasileiro discorri sobre o fenômeno de endireitamento de alguns roqueiros fodões da antiga e da falta de QI de outros.
Sem querer dar uma de Pereio, mas… porra qual é a destes caras? Porra, eram rebeldes e agora viraram conservadores que discutem até pentelho em vagina alheia?
Antigos rockers dos anos 80 que tentam voltar aos holofotes, apelam para o conservadorismo, derrotismo e para o ódio anti-esquerdista. Nas palavras deles, país vive sob uma ditadura do proletariado (Stálin se revira no túmulo quando um roqueiro velho compara um projeto de centro-esquerda a comunismo). Ainda segundo estes, o Brasil não presta. Nem nunca prestou. O bom mesmo é ser gringo.
Pra tentar embasar suas análises fracas, rasteiras e tacanhas, rendem elogios ao Instituto Mises do Brasil e ao “filósofo” Olavo de Carvalho. E se alguém contrariar ou contrapontear, não tem debate. A culpa não é da ignorância e do analfabetismo político dos rockers geriátricos. O problema é que eles se colocam num patamar superior ao resto. Afinal, todo derrotista de direita sabe que brasileiro são burros e cucarachas.
O que torna a questão interessante é que o derrotismo é explícito, a guinada à direita idem. Mas o direitismo não é assumido.
O motivo de não assumir o direitismo é porque seria um modo de doutrinar a juventude para a direita, mas a direita não educa. Porque doutrinação é coisa de comunista. O melhor é semear a confusão e a dúvida. Então, por via das dúvidas, nenhum político presta. Some a esse tipo de discurso um nariz de palhaço, roupas de adolescente, um show no Rock In Rio, um roqueiro velho e a palavra ‘cara’ 450 vezes em uma frase. É isto que parte da juventude brasileira compra como modelo. (Sim. Desconstruindo o cenário é isto mesmo que temos).
É fácil, já tá pronto, não precisa pensar e é só reproduzir porque é cool.
A indústria não quer que a juventude pense. A indústria quer que a juventude consuma. Quer lucro. Quer capital.
Se a juventude se ligasse em motes que a indústria já lançou antes, veriam que tudo é de plástico e baseado em repetição publicitária. Antes a cena era de ralação e rebeldia. Mas o difícil de aturar são os filhinhos de papai, burgueses e os rebeldes filhos de diplomatas de Brasília tentarem se colocar como faróis do rock e do punk.
Conceitos e slogans como Do it yourself! (Faça você mesmo!) ou (o melhor de todos) “não confie em ninguém com mais de 30 anos”, não são conhecidos pelos jovens, porque o colocam pra pensar.
Velhos roqueiros como Lobão, Roger e Dinho Ouro Preto tentam se manter nos holofotes através da desinformação da juventude e do vácuo ideológico. Pintam cenários apocalíticos da esquerda no poder que em nada condizem com a realidade. E, em alguns casos, evocam os militares para consertarem a bagaça. Afinal, como todo bom derrotista afirma aos pés da imagem sagrada de Olavinho, o Brasil não presta.
Velhos roqueiros como Lobão, Roger e Dinho Ouro Preto tentam se manter nos holofotes através da desinformação da juventude e do vácuo ideológico. Pintam cenários apocalíticos da esquerda no poder que em nada condizem com a realidade. E, em alguns casos, evocam os militares para consertarem a bagaça. Afinal, como todo bom derrotista afirma aos pés da imagem sagrada de Olavinho, o Brasil não presta.
Lobão virou um transformista completo. Compõe personagens de acordo com o meio e conforme lhe convém. Como toda criança burguesa mimada quando não consegue a atenção das visitas, caga no meio da sala. E se ainda assim não conseguir atenção, apela para o choque e come a merda recém cagada ainda quente. Isto pode ser visto em seus comentários sobre a política nacional.
O roqueiro afirmou que “há um excesso de vitimização na cultura brasileira. Essa tendência esquerdista vem da época da ditadura. Hoje, dão indenização a quem seqüestrou embaixadores e crucificam os torturadores, que arrancaram umas unhazinhas”. Típico discurso de indignado, que não apresenta embasamento em nenhum ponto. Isso porque a fala reflete apenas um ponto de vista, o dele mesmo. E, Lobão é, e sempre foi uma metralhadora giratória, então, pelo espetáculo e pelo sensacionalismo, gera notícia.
Em entrevista, Lobão toca novamente na questão da ditadura e se vitimiza: “Não acredito em vítima da ditadura, quero que eles se fodam. Eu fui perseguido, passei quatro anos perseguido por agentes do Estado. Por que eu tinha um galho de maconha? Me botaram por três meses na cadeia. Nem por isso eu pedi indenização ao Estado. Devo ter sofrido muito mais do que 90% desses caras que dizem que foram torturados.”
Novamente, discurso indignado, sem embasamento, apenas o ponto de vista do próprio cantor e muitos termos em primeira pessoa para se comparar, equiparar e se vitimizar (acredito, quero, eu, passei, eu, me, eu, pedi e devo, respectivamente). Mas, aposto que Lobão em três meses de cadeia não perdeu nenhuma unhazinha.
Agora, a metralhadora giratória enferrujada de Lobão tenta rugir em coluna na revista do Grupo Naspers, aquele que apoiou o Apartheid na África do Sul e que detém 30% do Grupo Abril. Pois é. O ex-roqueiro fodão trabalha para o sistema. Mesmo que no passado ele tenha tentado comprar uma briga com a indústria fonográfica em relação à venda de álbuns, direitos autorais, preço do CD e numeração unitária.
Será que um dia ele terá colhões pra se levantar contra seus patrões? Não.
Contra a indústria fonográfica não rolou mais nada. Depois de alguns discos independentes lançados durante a luta contra os conglomerados exploradores de artistas, saiu um Acústico MTV pela Sony/BMG quando a concessão da emissora ainda era do Grupo Abril.
Será que um dia ele terá colhões pra se levantar contra seus patrões? Não.
Contra a indústria fonográfica não rolou mais nada. Depois de alguns discos independentes lançados durante a luta contra os conglomerados exploradores de artistas, saiu um Acústico MTV pela Sony/BMG quando a concessão da emissora ainda era do Grupo Abril.
Não era de surpreender a ida de Lobão para a Vejinha.
Não é mérito.
É a recontratação de um empregado por conveniência.
A revista precisa de ares novos.
O rottweiler da publicação tá ficando velho e banguela.
É aí que entra Lobão.
Lobão não foi fagocitado pelo sistema. Ele se aposentou do personagem rebel rocker e apresentou uma nova persona: o neoconservador hipócrita.
Virou um farol conservador que destila ódio contra a esquerda brasileira e contra opositores do sistema, na base do ‘faça o que eu digo e não faça o que eu já fiz. Preferencialmente, esqueça o que já fiz.’
Sinceramente é triste ver um cara que no passado escreveu letras interessantes, estar alinhado com a direita rançosa e revanchista. Inclusive fazendo seus joguinhos.
Mesmo sabendo que isto tudo seja uma persona, é triste ver o cara se prestando a este papel.
Não me surpreenderei se um dia o autor de “Panamericana” virar um stalinista de marca maior… por conveniência pessoal, é claro.
Nos anos 80, tínhamos o rock de primeiro escalão (com músicos e bandas como Lobão, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso, Titãs e Ira) e o rock de segundo escalão (que era meio terra de ninguém e trazia bandas como Inimigos do Rei, Sylvinho Blau Blau e Capital Inicial). Deste período a única banda que foi capaz de se reciclar e de se modernizar, a ponto de ficar atualizada, foi o Capital Inicial.
A atualização veio com um grande desafio, Dinho, um senhor de quase 50 anos, tinha que PARECER ter jeito de jovem e falar como jovem. Não precisava SER jovem, basta emular.
Por isso, o “jovem” de Dinho é meio tosco e, na dúvida, ele coloca “cara” em todas as frases (mesmo que não seja necessário).
Mas, pra fazer rock’n’roll não é preciso saber matemática ou ser um Professor Pasquale. No entanto, o vocalista do Capital Inicial, também quer ser um líder político. Desde as manifestações de junho, Dinho também vem dando vazão ao que imagina ser sua veia política. Numa verborragia pseudo-anarquista-adolescente-que-ligou-o-foda-se.
Durante o show de sua banda no Rock in Rio, Dinho Ouro Preto fez um discurso em que atacou os políticos e Brasília. “Esse Natan Donadon, cara, esse primeiro presidiário congressista, cara, o próprio congresso, cara, por ter mantido o cargo desse sujeito, falou, cara…”. E logo após, lascou uma “canção de protesto” intitulada “Saquear Brasília”, que rima “hipocrisia” com “todo dia”.
A veia política de Dinho se manifestou, também, em “Viva Revolução”, composta em homenagem aos protestos de junho. Nela, Dinho vaticina: “tudo vai ser diferente, o estranho vai ser normal/Vai ser uma comoção internacional”. E escreveu um “manifesto” que fora republicado na página dos Anonymous.
Em um show em Porto Alegre, Ouro Preto, em momento politico-filosófico, afirmou que o estádio Beira Rio estava sendo reformado com verbas públicas.
Dinho errou. Foi desmentido. Porque, na verdade, as obras são realizadas em parceria entre o clube e a Andrade Gutierrez. Pediu desculpas, “É motivo de vergonha para mim por ter falado de um assunto sem estar totalmente informado. Peço desculpas”, escreveu na conta do Capital no Facebook.
Esse deveria ter sido um sinal pra que ele busque informações antes de se manifestar.
Se Lobão e Roger (o Derico do Danilo) agora são personas assumidamente de direita, Dinho faz a linha do jovem semi-alfabetizado politicamente, afinal, “Todo governo é ruim. A gente descobriu que gostava de falar mal de qualquer governo. Fosse ele de direita ou de esquerda, todos são iguais. A regra básica é: nunca confie em político”, disse.
Se Lobão e Roger (o Derico do Danilo) agora são personas assumidamente de direita, Dinho faz a linha do jovem semi-alfabetizado politicamente, afinal, “Todo governo é ruim. A gente descobriu que gostava de falar mal de qualquer governo. Fosse ele de direita ou de esquerda, todos são iguais. A regra básica é: nunca confie em político”, disse.
A emulação de um jovem, a verborragia e a falsa rebeldia faz Dinho subir ao palco de um festival que é um portfólio de marcas e corporações, e posar de punk, bater em políticos, no Sarney, no Donadon e tentar insuflar a revolução no Brasil a partir da infiltração dos protestos do transporte coletivo.
Porém, o Ouro Preto do revolucionário Dinho tem uma origem que contradiz seu posicionamento anti-políticos e a favor dos protestos de junho (aquele dos 0,20 centavos). O vocalista do Capital Inicial vem de uma família de diplomatas e descende do Visconde de Ouro Preto. Afonso Celso de Assis Figueiredo, ainda não era Visconde (era Ministro da Fazenda do Império Brasileiro), quando criou um imposto de 20 réis sobre o preço das passagens de bonde no Rio de Janeiro. E em 1880, desencadeou a Revolta do Vintém.
Não sei se tinha o #VemPraRua, mas a população protestou. Gritando “Fora o vintém”, a população espancou condutores, esfaqueou e matou os burros e mulas que puxavam os bondes, virou os bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana. Os números de mortos e feridos não é unânime, tem-se uma estimativa de entre 15 e 20 feridos e entre 3 e 10 mortos. O ministério caiu, e o novo ministério revogou o tributo.
O cara não tem como escolher os parentes, mas, vamos falar sério: como é que filho de diplomata vai ser rebelde e protestar contra o sistema?
Outro exemplo de ex-rocker fodão que endireitou é Roger (o Derico do Danilo). O vocalista do Ultraje virou um Vovô Simpson direitoso que detona o Brasil, reclama de tudo e coloca a culpa nos corruptos. Porém, o ‘proprietário dos 172 de QI’, nunca menciona os corruptores. A jornalista da Carta Capital, Cynara Menezes, em “A volta do filho (de papai) pródigo ou a parábola do roqueiro burguês“, sintetiza, “Os brasileiros, segundo Roger, são um “povo cego, ignorante, impotente e bunda-mole”. Sofre de um complexo de vira-lata que beira o patológico. Ao ver a apresentação bacana dirigida por Daniela Thomas ao final das Olimpíadas de Londres, tuitou, vaticinando o desastre no Rio em 2016: “Começou o vexame”. Não à toa, sua biografia na rede social (@roxmo) é em inglês.”
Sim, Roger é mais um que endireitou, ligou o foda-se e se acha capaz de fazer análises políticas coerentes.
O que une Lobão, Dinho e Roger e justifica seu alinhamento com a direita reaça do país, é a origem burguesa. Depois que passa a adolescência e a juventude se esvai, “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.
No entanto, acredito que além da origem burguesa, se trata de três novos personagens montados com o intuito de chocar.
Afinal, vende mais jornal e revista e um site tem mais acessos com os descalabros direitosos de Lobão e Roger e com os devaneios pseudo-punk-anárquico de Dinho, do que com o fato de Caetano Veloso estacionar o carro no Leblon.
Enquanto os faróis do rock n’roll estiverem voltados para a direita e se importando com holofotes, o velho rock brasileiro perderá sua paudurescência.
E a estas alturas do campeonato, a juventude sem ter contato com as opiniões ácidas e pontuais do passado, segue comprando meros produtos inócuos, insípidos, inodoros e irrelevantes. Pois, na cena comercial da música, não existe mais rock de contestação.
Nem mesmo aquele rock que fala de carros velozes, bebedeiras, aventuras sexuais, pernas sensuais em meias arrastão e cintas-liga.
Talvez, seja porque tudo isso mate o velho e ofende a moral e bons costumes.
Nem o comprimidinho do diamante azul devolve a paudurescência do velho rock brasileiro.
A salvação pode ser encontrada através da internet. Tem muita banda/artista independente ou contestador que, por estar fora do sistema, podem fazer um som mais puro e contestar quem quiser. É o caso de bandas como: Redska (Cesena), Sdemoika (Castiglione del Lago), Talco (Marghera), Eu’s Arse (Udine), Los Fastidios (Verona), Banda Bassotti (Roma), Peter Punk (Roncade), Ska-P (Madrid), Boikot (Madrid), Non Servium (Madrid), Reincidentes (Sevilla), Los Muertos de Cristo (Sevilla), Gatillazo (País Basco), Soziedad Alkoholika (País Basco), Berri Txarraki (País Basco), La Polla Records (País Basco), Creve Nuit (Pépieux), Louis Lingg And The Bombs (Paris), Monalisa Overdrive (Bordeaux), Red Horizon (Moscou), Los Calzones (Buenos Aires), Thetestables (Mendoza), Bersuit Vergarabat (Buenos Aires), Buitres e Trotsky Vengarán (Montevideo).
E pra não dizer que falei apenas de punk, rock, ska, patchanka e hardcore, tem Liliana Felipe, Modena City Ramblers e Bandabardò.
-”Ah! Mas não tem esses sons no Brasil.” Dirão os derrotistas.
Ao contrário, tem sim bandas/artistas independentes/contestadoras no Brasil. É o caso de Fabrício Ramos, Faichecleres, Os Replicantes, Flanders 72, Agrotóxico, As Mercenárias, Garotos Podres, entre inúmeros outros.
O ouro está na cena independente. Porque a indústria não massificou o som independente como um produto enlatado segundo seus desígnios, dogmas e marketing.
É aonde a ralação é diária e o suor é misturado com a terra da estrada.
Isto sim é que é rock n’roll.
E sempre é bom reforçar:
“Não confie em ninguém com mais de 30 anos.”
A propósito, Roger Moreira, 57 anos. Lobão, 56 anos. Dinho Ouro Preto, 49 anos.
Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..