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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Linchamento absurdo da torcida corinthiana

25 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Todo o anticorintianismo fanático se projeta na cobertura da tragédia da Bolívia

(Publicado no Diário do Centro do Mundo)

Toda a raiva, toda a inveja, todo o ressentimento que o Corinthians provoca entre os demais torcedores brasileiros, sobretudo os paulistas, marcam a repercussão da tragédia do estádio boliviano.

Choremos, choremos sentidamente, choremos compungidamente por Kevin Espada, vítima aos 14 anos de uma dessas fatalidades inexplicáveis e absurdas em que a vida é tão rica.

Mas não cometamos o erro de condenar antecipada e injustamente toda uma torcida apaixonada, fanática, humilde – essencialmente gente simples, pobre, excluída, gente que tem no Corinthians uma das raras fontes de alegria numa vida sem escola, sem consultórios médicos, sem tijolos, sem água potável, e muitas vezes sem pai e sem mãe.

Este é um caso de condenação sumária. Nem mesmo são conhecidas as circunstâncias da morte – foi mesmo de propósito o disparo, ou foi acidenta, para começo de conversa – e mil maldições já recaíram sobre os corintianos.

Compreendo, apoio e repercuto o desespero e a revolta dos pais, da família, dos amigos de Kevin. Mas desprezo as manifestações oportunistas anticorintianas que se misturam com aquela dor genuína.

Vamos apurar com calma os fatos. Vamos extrair as lições que se apresentarem. Vamos lembrar que todos nós estamos expostos a horrores imprevistos oriundos sabe-se lá de onde, porque assim é a vida.

E vamos parar de atacar histericamente, levianamente, absurdamente a torcida corintiana



Na surdina, Congresso pode dar um golpe nos trabalhadores

21 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Por Leonardo Sakamoto

Para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal, de que o veto de Dilma Rousseff à alteração das regras de distribuição de royalties do petróleo só possa ser analisado após a análise de outros 3 mil vetos, o Congresso está desenterrando alguns esqueletos. Alguns com cara de bem feia.

Há parlamentares que, na surdina, estão se articulando para que um dos vetos presidencial, em especial, seja derrubado: o que trata da chamada Emenda 3.


A emenda, que integrou o projeto que criou a Super Receita, propõe que auditores fiscais federais não possam apontar vínculos empregatícios entre empregados e patrões, mesmo quando forem encontradas irregularidades. Apenas a Justiça do Trabalho, de acordo com o texto, é que estaria autorizada a resolver esses casos. Na prática, a nova legislação tiraria o poder da fiscalização do governo, o que dificultaria o combate ao tráfico de pessoas, ao trabalho escravo, ao trabalho infantil e a terceirizações ilegais que burlam direitos do trabalhador.

Originalmente, a emenda foi proposta atendendo à solicitação de empresas de comunicação e de entretenimento que contratam funcionários por meio de pessoas jurídicas, conhecidas como “empresas de uma pessoa só”. O problema é o efeito colateral que isso pode criar para o restante da sociedade.

O Congresso Nacional aprovou a emenda, mas o então presidente Lula a vetou em março de 2007. Na época, trabalhadores foram às ruas para apoiar o veto – milhares de metalúrgicos fizeram passeatas na região do ABC, metroviários cruzaram os braços e bancários protestaram na capital paulista. Com as manifestações, a medida foi posta em compasso de espera, uma vez que assustaram deputados e senadores favoráveis à medida. Agora, como parte da discussão sobre o pacote de vetos, reapareceram articulações, contando com a breve memória do brasileiro e com a dificuldade de analisar atentamente uma única matéria quando são milhares os vetos discutidos ao mesmo tempo.

Em um país onde milhões de pessoas são tratadas como ferramentas descartáveis, a fiscalização do trabalho desempenha um papel fundamental. Ela não é perfeita, mas sem esse aparato de vigilância, as relações de trabalho seriam bem piores do que realmente são. A desregulamentação não levaria necessariamente à auto-regulação pela sociedade, como profetizam alguns economistas, mas sim ao caos. Se, com regras minimamente vigiadas, você – trabalhador – já é maltratado, imagine sem.

De acordo com procuradores e juízes do Trabalho ouvidos por este blog, no campo, por exemplo, a aprovação dessa proposta ajuda muito fazendeiro picareta que monta uma empresa de fachada para o seu contratador de mão-de-obra empregar safristas. Dessa forma, ele se livra dos direitos trabalhistas, que também nunca serão pagos pelo “gato”, o contratador – boa parte das vezes tão pobre quanto os peões. E consegue concorrer aqui dentro e lá fora sem reduzir sua margem de lucro. Que em nosso país é mais sagrado que todos os santos e orixás.

Nas cidades, isso facilitaria e muito a manutenção de oficinas de costura que contratam trabalhadores de forma precária ou os submetem a condições análogas às de escravo, muitos dos quais imigrantes latino-americanos pobres que vêm produzir para os cidadãos brasileiros. Oficinas que, não raro, surgem apenas para que a responsabilidade dos custos trabalhistas saiam das costas de oficinas maiores e de grandes magazines. Você não vê o escravo em sua roupa, mas ele está lá.

Além de beneficiar os empregadores que querem terceirizar seus empregados (ou legalizar os já terceirizados), a emenda 3 pode funcionar como ponta-de-lança para outras mudanças. Abre a porteira para regularizar de vez a situação das pessoas que ganham pouco, batam cartão e respondam a um chefe, mas que são obrigados a criar uma empresa para ganhar o salário e ficar sem os direitos trabalhistas. Se o bolo de dinheiro fosse distribuído de forma justa entre patrões, chefes e empregados em uma empresa, a defesa do veto da emenda 3 não seria tão necessária. Mas não é o que acontece.

Colocar a emenda 3 em vigor também pode aumentar ainda mais o rombo da previdência, pois ela tende a levar a uma diminuição no carregamento do INSS. Idem para o FGTS, cujo caixa financia a casa própria e banca o Programa de Aceleração do Crescimento. Isso abre a porteira a outros projetos draconianos destinados a resolver os problemas que seriam causados pela emenda 3, como reduzir os reajustes das aposentadorias a fim de economizar.

Projetos como a emenda 3 fazem parte de uma mesma política para diminuir o poder que o Estado tem de garantir que o empresariado tenha um patamar mínimo de bom senso. Com o aumento da competição, cresce também a precarização do trabalho e com ela o discurso da necessidade de desregulamentação, ou seja: pá de cal nos direitos adquiridos e vamos embora que o mundo é uma selva. Durante as manifestações de apoio ao veto à emenda 3 em 2007, uma retórica se tornou constante em círculos empresariais e entre alguns colegas da área de economia: de que era um absurdo trabalhadores fazerem greve que não fosse por emprego e salário, mas por política trabalhista. Em outras palavras, protestar por água e pasto, é horrível, mas vá lá. Já a luta para que o aumento da capacidade de competitividade das empresas não seja feito engolindo os trabalhadores é uma atitude deplorável. “Esse país não quer crescer”, diziam eles.

Nesse ritmo, não me espantaria – num futuro não muito distante – ver anúncios estampados em página dupla nas revistas semanais de circulação nacional dizendo: “O Banco X pensa em seus empregados. Ele paga 13º salário. Isso sim é responsabilidade social”. E nossos filhos olharão para aquilo e, espantados, perguntarão: “pai, mãe, o que é emprego?”



Assange defende aumento massivo de meios de comunicação

20 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Em entrevista à Carta Maior, concedida na embaixada do Equador no Reino Unido, Julian Assange fala sobre seu novo livro, que está sendo publicado no Brasil, e analisa o atual momento da mídia mundial. “O abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema. Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais. Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado”, defende.



O perigo das lâmpadas fluorescentes compactas

20 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Há poucos anos, ambientalistas pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor.

Em seu lugar, foram adotadas as lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia.

O problema é que essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação dos seus circuitos eletrônicos.


Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.

Riscos das lâmpadas fluorescentes compactas


Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo.

E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos.


Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é bem maior.

Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.

O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente.

Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos.

O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de lâmpadas.

Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes.

Convenção de Minamata sobre Mercúrio


A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas.

A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro.

Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.

Efeitos do mercúrio nos humanos
 O mercúrio é uma neurotoxina potente que pode afetar o cérebro, rins e fígado. Testes elaborados por cientistas em 1997 demonstraram que vapor de mercúrio inalado por animais produziram uma lesão molecular no metabolismo de proteínas no cérebro, que é semelhante a 80% das lesões encontradas em humanos com Alzhaimers.
 Ele pode entrar pela pele, atravessar a placenta e as barreiras de sangue do cérebro e se acumular nas membranas do cérebro do feto causando degeneração, se a mãe for exposta a uma quantidade significativa desse metal (em vapor ou outras formas).
 Mulheres grávidas, amamentando, crianças e possíveis futuras mães de 15-44 anos de idade, fazem parte da população de risco com relação a esse tipo de contaminação. O governo americano por exemplo, recomenda que mulheres grávidas não consumam mais que 340gr. semanais de peixe e frutos do mar, para evitar contaminação com mercúrio.
 Uma pesquisa nos Estados Unidos revelou que 1 em cada 12 mulheres em idade de procriação demonstrou níveis perigosos de mercúrio, o que equivale a 300.000 crianças que nascem todos os anos nesse pais, com risco de exposição aos efeitos do mercúrio. ( TRECHO DESTACADO PUBLICADO EM ECO DIGITAL)

(Publicado em Inovação Tecnológica)
Bibliografia:

Potential Environmental Impacts from the Metals in Incandescent, Compact Fluorescent Lamp (CFL), and Light-Emitting Diode (LED) Bulbs
Seong-Rin Lim, Daniel Kang, Oladele A. Ogunseitan, Julie M. Schoenung
Environmental Science and Technology
Vol.: 47 (2), pp 1040-1047
DOI: 10.1021/es302886m



Tristeza e história - As rapidinhas do Sr Comunica

20 de Fevereiro de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Nos últimos dias, muitos acontecimentos tristes se tornaram históricos e ainda serão relembrados durante longo tempo. Um deles foi o suicídio de Carlos Alexandre Azevedo, que tocou fundo numa imensa ferida de toda a sociedade brasileira. Até mesmo os mais reacionários e conservadores se calaram, quando o horror e a barbárie da ditadura militar brasileira ter torturado um garoto de apenas 1 ano e 8 meses, jorrou de volta em suas caras dissimuladas.

Outro triste acontecimento, menos trágico, mas que também marcará a história deste país, é a derrota da Falha de São Paulo para o jornal conservador e reacionário da Folha de São Paulo. A Folha, que não só apoiou a ditadura como também chegou a emprestar seus carros de reportagem para os torturadores, venceu um site humorístico que fazia paródias das notícias do jornalão.

Há quase 100 anos, Barão de Itararé satirizou o jornal “A Manhã” criando a “A Manha”. De lá pra cá dezenas de outros casos, no Brasil e no exterior, foram na mesma linha – lembra da “Bundas” de Ziraldo, que parodiava a “Caras”? E, desde os tempos do Barão de Itararé, ninguém censurou ninguém. Mas aí vieram os barões de Limeira - publicado por Lino Bocchini.

A mesma advogada que derrubou a obrigatoriedade do diploma jornalístico, além de contínua defensora dos grandes barões do oligopólio midiático no Brasil, também assinou o processo que congelou o site da Falha. Porém, desta vez, teve uma posição diversa da que teve outrora.

A própria advogada Taís Gasparian, que assina o processo de 88 páginas contra nós (irmãos Mário e Lino Bocchini), em 2009, fez outra avaliação. Ao defender José Simão contra um processo que tentava censurá-lo, escreveu: “tratar o humor como ilícito, no fim das contas, é a mesma coisa que censura”. Assinamos embaixo - publicado por Lino Bocchini.

Tanto pela história de vida e morte de Carlos Alexandre Azevedo, como pela censura estúpida aplicada ao site Falha de São Paulo, desejo que neste país nada mais seja alvo de censura, de silêncio. Chega de colocarmos nossa história, nosso povo e nossa voz debaixo do tapete. 

Importante frisar que estes tristes eventos ocorrem no mesmo período onde uma jornalista e blogueira estrangeira promove um espetáculo por todo o país, sendo aplaudida, apoiada e acompanhada de perto por estes mesmos barões da mídia nacional, pela elite financeira, reacionários e conservadores brasileiros. Todos dissimulando coragem, com seus gritos contra a ditadura cubana, em nome da liberdade de expressão, mas incapazes de olhar para a ditadura brasileira, que dentre tantos mortos e torturados, chegou a espancar e dar choques em uma criança de 1 ano e 8 meses de idade. Incapazes de pedir e lutar para que todos os ditadores brasileiros sejam julgados e presos por crimes que cometeram contra toda a sociedade. Incapazes de lutar pelo direito de se fazer humor político e inteligente com um jornal que até hoje insiste em chamar a ditadura de "ditabranda". Essa mesma gente que defende os péssimos humoristas brasileiros que fazem piadas ofendendo as vítimas de toda uma sociedade, protegendo seus carrascos. É um momento histórico sim, para que nada disso continue a se repetir nesse país.