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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Ferramenta online e gratuita corrige textos em inglês na hora

4 de Abril de 2017, 17:58, por COMUNICA TUDO


A habilidade de escrita em outro idioma é uma das mais difíceis de se desenvolver sem o acompanhamento de um professor ou mentor. Isso porque as correções e feedbacks sobre a estrutura do texto são fundamentais para o amadurecimento da escrita. Mas e se fosse possível realizar esta correção de forma automatizada e – melhor ainda – gratuita?

O Write&Improve, do Cambridge English Language Assessment, se propõe a fazer exatamente isso: correção de redações em inglês. Trata-se de uma ferramenta online dentro da qual é possível escolher um tema, escrever um texto em inglês sobre ele e receber um feedback em segundos com melhorias sobre gramática e vocabulário.

O exercício é interativo e é possível escolher entre elaborar redações em inglês no nível iniciante (que conta com temas como e-mail de apresentação e descrição da vida cotidiana); intermediário (com temáticas mais aprofundadas como reportar um problema de extravio de mala para a companhia aérea ou discorrer sobre o que acontece quando não há uma boa conexão com a internet); ou ainda avançado (em que são exigidas construções mais complexas como uma carta de candidatura ou uma análise sobre um serviço).

Quando o texto estiver pronto, basta clicar no botão para enviar e em segundos o conteúdo aparece corrigido em uma tela ao lado, com uma avaliação geral e dicas sobre pronomes faltantes, palavras pouco usadas ou grafias e construções incorretas, por exemplo. A partir disso, o usuário pode refazer sua redação e submeter à correção novamente. O progresso é acompanhado em um gráfico que contabiliza a quantidade de vezes que o conteúdo foi reescrito e sua evolução em termos de nível, que segue os parâmetros internacionais do Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR), que categoriza o domínio em níveis que vão do A1, considerado básico, até o C2, correspondente à proficiência plena. Avalie sua própria proficiência em idiomas estrangeiros a partir do quadro CEFR aqui.

“A tecnologia está cada vez mais presente na educação e isso é positivo, já que ela permite que cada um trabalhe de forma focada as suas dificuldades particulares”, explica Alberto Costa, senior assessment manager de Cambridge English no Brasil. Segundo ele, os temas propostos pelo Write&Improve são pensados de forma a incluir o idioma em um contexto de uso cotidiano, tornando o raciocínio mais natural. “E a possibilidade de acompanhar o desempenho faz com que o usuário tenha mais segurança em aplicar os conhecimentos na vida real”, completa.

Construído com princípios de gamificação, ao evoluir na escrita, a pessoa recebe selos comemorativos que podem ser compartilhados com outros usuários dentro da plataforma. Para quem deseja ir além, é possível criar um login e senha e convidar outras pessoas para acompanhar o progresso do aprendizado.

Além do Write&Improve, Cambridge English Language Assessment disponibiliza ainda a seção Learning English, que reúne mais de 80 opções de exercícios gratuitos, com temas cotidianos como alimentação, entretenimento, relacionamentos interpessoais e trabalho.

(Via Estudar Fora)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



MPF aciona a Record por racismo contra Ludmilla

4 de Abril de 2017, 17:44, por COMUNICA TUDO

‘Era pobre e macaca’, disse Marcão do Povo sobre Ludmilla. Demitido pela Record, foi contratado pelo SBT

O Ministério Público Federal acionou a TV Record de Brasília por racismo no caso envolvendo o apresentador do programa Balanço Geral DF, Marcos Paulo Ribeiro de Moraes, o “Marcão do Povo”, e a cantora Ludmilla, chamada pelo comentarista de “macaca”durante o quadro “A Hora da Venenosa”, no dia 9 de janeiro de 2017.

O inquérito civil pede exibição de programação anti-racista por 10 dias no mesmo horário e duração do quadro original e indenização por dano moral coletivo no valor de R$500 mil. (Leia a íntegra abaixo)

O inquérito civil contra a rede de televisão e o apresentador foi instaurado a partir de representação do coletivo Intervozes e Andi – Comunicação e Direitos.

“É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca. Pobre, mas pobre mesmo”, disse o apresentador na ocasião, veiculada na capital federal, em suas cidades satélites e em três cidades de Goiás, enquanto comentava uma notícia sobre Ludmilla ter evitado fotos com fãs. “Eu sempre falo… eu era pobre e macaco também”, continuou, tentando consertar a ofensa.

“A expressão ‘macaco’ é diuturnamente utilizada na sociedade brasileira nas mesmas circunstâncias verificadas no caso, isto é, com propósitos evidentemente racistas, sempre visando à fragilização do negro com base na cor da pele que ostenta”, diz ação do Ministério Público Federal.

“A palavra macaco é uma das poucas expressões que consegue simbolizar com tanta força e clareza a discriminação racial e a perpetuação de uma cultura racista e preconceituosa”, afirmam os procuradores.

No entendimento do MPF, neste caso, o insulto racista não ficou restrito apenas à figura particular da cantora, ferindo a dignidade coletiva das pessoas negras.

Conteúdo anti-racista

A emissora alegou ao Ministério Público que, como o programa é ao vivo, seria “impossível filtrar previamente os comentários daquele que apresenta o programa”.

Apesar da Record afirmar que não compactua com a frase dita e de ter afastado o apresentador e publicado uma nota de esclarecimento na Internet, “não houve providência para oportunizar direito de resposta ou esclarecimento veiculado no próprio programa para afirmar seu repúdio às ofensas racistas por ela exibidas”.

Assim, na visão do MPF, a emissora não reparou o dano moral coletivo advindo das agressões verbais racistas de Marcão do Povo.

Para o MPF, nas expressões “pobre, macaca”, “pé de cachorro” e “vira gente”, fica claro que “todas as agressões tem uma mesma ideia central, que é negar a condição de ser humano” à Ludmilla.

Segundo o MPF, os comentários a respeito da conduta da cantora, que culminaram no insulto “macaca”, “incutiu ao público a mensagem de que aos negros não é outorgado o direito de administrar, com liberdade e da melhor forma que lhes convier, a fama e o sucesso alcançados”.

Por conta da ofensa, os procuradores pedem a exibição de uma programação com conteúdo antiracista na emissora durante 10 dias úteis.

O conteúdo deve ser voltado à antidiscriminação, à igualdade racial e à herança cultural e a participação da população negra na história do Brasil. Além disso, deve ser exibido no mesmo horário do quadro “A Hora da Venenosa” e veiculada nos mesmos locais da transmissão original. Todos os custos deverão ser pagos pela Record.

A emissora também deverá arcar com o pagamento de indenização por dano moral coletivo de R$500 mil. O dinheiro deve ser revertido em ações de promoção da igualdade ética.

(Via Desacato)

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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



Instagram: usuários reclamam de contas banidas para as sombras

3 de Abril de 2017, 15:47, por COMUNICA TUDO


Nas últimas semanas começaram a surgir relatos de contas do Instagram 'banidas para as sombras' (tradução livre da expressão original SHADOW BANNING ou SHADOW BAN). Essa prática, ostensivamente limitada às contas de negócios, está destruindo o engajamento nos perfis de fotógrafos que usam o Instagram como meio de publicidade de seu trabalho.

O termo "banido para a sombra" refere-se à proibição da conta de um usuário, sem que ele saiba. Da perspectiva do próprio usuário, tudo está normal, mas ninguém pode realmente ver as fotos ou comentários ou vídeos postados.

No caso do Instagram, estas "proibições" ou "banimentos" parecem estar limitadas ao sistema de HashTags. De acordo com vários relatos e confirmados com screenshots enviados, suas imagens não são mais visíveis nas páginas hashtag do Instagram, quando a página é visualizada por alguém que não segue sua conta.

Aqui está apenas um exemplo. Na primeira imagem, você vê a foto original completa com as duas hashtags #soexcited e #howheasked.


Esta foto é visível nas páginas de hashtag, contanto que você seja a própria pessoa que publicou a foto. No entanto, quando o usuário efetuou login usando uma nova conta, a imagem desapareceu, não ficando mais visível em "recente", como você pode ver nas duas telas a seguir:



Outros usuários mostraram exemplos semelhantes. Quando visualizadas a partir de sua própria conta, as fotos estão lá, onde devem estar, mas quando você está conectado a partir de uma conta que não segue este perfil de negócios, as imagens se foram.

Aqui está mais um exemplo. Visto do perfil de negócios do fotógrafo, a foto circundada está lá. Visto de outra conta, ele se foi:



Idealmente, um "banimento para a sombra" deveria ser invisível, mas os usuários notaram o problema porque o engajamento em suas fotos caiu inesperadamente.

"Eu observei há aproximadamente uma semana que meu engajamento apenas afundou. Eu estava recebendo cerca de 1/3 dos gostos normais e eles eram quase inteiramente de pessoas que me seguem", um usuário disse. "Aparentemente há muitos de nós, nenhum dos quais parece saber nada sobre o porquê isso está nos afetando, e não recebendo qualquer resposta em vários questionamentos enviados ao Instagram."

Na verdade, o Instagram respondeu publicamente a essas preocupações, mas de certa forma um usuário chamou isso de "irremediavelmente inepto". Em um post na página do Facebook, do Instagram For Business, a empresa admitiu que havia um problema, mas não ofereceu nenhuma solução. Em vez disso, basicamente disseram às pessoas para parar de confiar em hashtags.



"Ao desenvolver o conteúdo, recomendamos focar no seu objetivo de negócio ou meta, em vez de hashtags", diz o post. "Ter uma estratégia de crescimento que visa ao público certo é essencial para o sucesso no Instagram".

Como você pode imaginar, essa resposta não agradou muito aos usuários que viram tanto quanto 2/3 de seu engajamento sair pela janela com esse "bug". Como você vai focar num público que você não pode alcançar porque este público ainda não te segue?

Mas quando pressionado que uma correção de software pode ser implementada, Chelsey, da Equipe Instagram, só tinha isso a dizer:
"Nós entendemos sua frustração. No momento, não temos recursos suficientes para corrigir a falha na busca da hashtag. Você pode continuar a reportar este erro aos nossos engenheiros para nos informar sobre sua experiência no Instagram. Obrigado, Chelsey". (Imagem abaixo)


Com base na resposta do Instagram e no fato de que os seguidores ainda podem ver essas fotos, parece que essas contas não estão sendo "banidas para a sombra" no sentido tradicional. Uma verdadeira proibição significaria perder toda a visibilidade, mas os seguidores, pelo menos, parecem ainda ver e interagir com as imagens. Mas esses relatos estão sendo seriamente bloqueados.

Alguns usuários afirmam que estiveram à mercê desta situação por meses e há relatos de usuários online queixando-se sobre isso já em janeiro. Alguns têm 'corrigido' o problema convertendo de volta para uma conta pessoal, outros iniciando a partir de um dispositivo diferente com um novo IP, mas nenhuma dessas correções parece durar muito tempo ou cobrir todos os problemas. E a julgar pelos relatos cada vez mais desesperados, o problema só está piorando.

Dado que as hashtags são o principal mecanismo de descoberta no Instagram, uma questão como esta não é uma bobagem qualquer. O que é pior, ninguém sabe se este é um bug verdadeiro ou se algum algoritmo que está tratando as contas altamente ativas como bots e reduzindo sua visibilidade. Instagram, entretanto, ainda está sendo obscuro sobre a questão, rotulando-a simplesmente como "problemas com a nossa pesquisa hashtag".

Se você teve problemas com isso, deixe-nos saber nos comentários.

(Via Petapixel, livremente traduzido)

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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



“Fugi e fiquei viva, minha filha enfrentou e morreu”

3 de Abril de 2017, 14:17, por COMUNICA TUDO

Segundo Sônia, o sonho de Eliza desde criança era ser modelo (Foto: José Cícero da Silva/Agência Pública)
Em entrevista à Pública, Sônia narra a história de violência que marcou sua vida e a de sua filha, Eliza Samudio, vítima de feminicídio – um crime que mata uma mulher a cada 90 minutos no Brasil

Quando dona Sônia entra na sala, minha garganta dá um nó. A semelhança entre ela e a filha é impressionante. Por vezes, durante nossas conversas, tenho a sensação de que é a própria Eliza Samudio, mais velha, quem relembra a barbárie a que foi submetida por ter tido “a audácia” de engravidar de um encontro sexual casual com um jogador de futebol famoso.

Mas não é só fisicamente que Sônia e Eliza se parecem. Também as histórias de violências sofridas por mãe e filha se encontram em muitos momentos. “A diferença é que eu fugi e fiquei viva e a minha filha enfrentou e morreu”, diz Sônia, tentando secar as lágrimas que teimam em cair, quase sete anos depois do assassinato da filha.

Na época, o crime ganhou muita atenção da mídia e da sociedade, um tanto por causa das personagens – um jogador de futebol famoso, goleiro titular do Flamengo, uma modelo, fã de futebol que havia participado de filmes adultos, um amigo obcecado, um ex-policial sanguinário, ex-esposas e namoradas – e outro tanto pela crueldade do crime: sequestro, assassinato a sangue-frio e ocultação do corpo, provavelmente esquartejado e jogado aos cães do executor, segundo o depoimento de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno e principal testemunha do caso. A opinião pública se dividiu entre os que achavam que Eliza não passava de uma “Maria chuteira”, uma atriz de filmes pornôs que só queria se aproveitar da fama e do dinheiro do “talentoso jogador” e, portanto, “merecia” morrer; e os que viram em Bruno um “monstro”, um “assassino de sangue-frio”, alguém à margem da sociedade. Não se tocou na palavra exata para descrever o crime: feminicídio. É esse o nome do assassinato de mulheres em contextos marcados por desigualdade de gênero, considerado crime hediondo no Brasil desde 2015. Por dia no país acontece um feminicídio a cada 90 minutos, 5 espancamentos de mulheres a cada 2 minutos e 179 relatos de agressão. Esses dados estão compilados, com definições, informações e análises importantes, no livro Feminicídio #invisibilidademata, lançado no último dia 30 pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo.

Quando Bruno foi solto por uma liminar concedida no habeas corpus 139612 pelo ministro do STF Marco Aurélio –, dona Sônia assistiu estarrecida às cenas do assassino de sua filha posando para fotos com fãs e dando entrevistas sorridentes a repórteres que evitavam perguntas desagradáveis. O assunto era futebol: ele havia sido contratado pelo time de futebol Boa Esporte Clube, de Minas Gerais (que está pagando um alto preço pela aquisição). Nenhuma pergunta sobre o crime que levou a filha dessa mulher pequena e magra que desde então tem perdido peso, noites de sono e até a concentração para fazer os doces e salgados que vende para complementar a renda da família: “Eu emagreci 27 quilos na época [desaparecimento e morte de Eliza], mas consegui recuperar 16 com tratamento. Essa semana emagreci mais três. Volta tudo, não estou conseguindo dormir nem trabalhar”, conta.

Enquanto vemos fotos antigas no sofá da casa de sua comadre, ela diz também temer por sua vida e a do neto. Conta que recebe ligações no meio da madrugada, vindas de números desconhecidos, e vê carros estranhos passeando por seu bairro. Lembra que na época do julgamento recebia ligações dizendo que um rolo compressor iria passar sobre sua cabeça, que era para ela desistir do processo, pra não medir forças. “Mas minha maior preocupação hoje é com o Bruninho”, diz, referindo-se ao filho de Eliza e Bruno, que ironicamente herdou o nome do pai.

Sônia cuida do neto desde a morte da filha, tentando protegê-lo da própria história para salvar sua infância. Por segurança, nossos dois encontros ocorreram longe do menino e de sua casa. “Quando ele [Bruno] diz que 300 anos em prisão perpétua não vai trazer a vítima de volta, minha filha é essa vítima, assassinada, dada aos cães. Eu não pude enterrar seu corpo, não sei se isso vai me ser dado um dia, se a Justiça vai conseguir fazer eles falarem o que fizeram com o corpo da minha filha. Mas meu neto vai ter que viver com essa dúvida também? Se pra mim é difícil, imagino pra ele. Porque na vida dele existe um peso a mais: foi o pai que matou a mãe. Eu tento proteger sua inocência e sua infância, mostro foto da mãe, digo que ela virou uma estrela no céu, em casa a gente não liga a televisão, ele tem contato com poucas pessoas. Mas em algum ponto ele vai saber o que aconteceu e eu temo por esse momento.”

Isso tudo a mãe de Eliza tem dito à imprensa. O que ela raramente conta é que, assim como aconteceu à filha, seu companheiro também queria que ela abortasse de Eliza. Foi contra Bruno que a filha registrou um boletim de ocorrência no dia 13 de outubro de 2009 dizendo que, além de sofrer ameaças, confinamento e agressão – comprovada em exame de corpo de delito –, ele a obrigou a engolir vários comprimidos para abortar. Eliza pediu medida protetiva para ela, sua família e amigos e gravou esse vídeo assustador em que praticamente anuncia sua morte, incluindo nomes de alguns de seus futuros algozes. Nem a mãe nem ela tiveram ajuda efetiva do Estado, da polícia ou da Justiça.
À esquerda, o boletim de ocorrência registrado por Eliza; à direita, o laudo do exame de corpo de delito a que foi submetida (Foto: Agência Pública)

O pedido de medida cautelar de Eliza foi negado pela juíza titular Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas. Segundo essa reportagem do jornal O Globo, a juíza disse que Eliza, por não manter nenhum tipo de relação afetiva, familiar ou doméstica com o jogador, não podia se beneficiar das medidas protetivas nem “tentar punir o agressor”, “sob pena de banalizar a finalidade da Lei Maria da Penha”. A denúncia de Eliza ficou parada na Justiça, assim como o processo com o pedido de alimentos gravídicos e posteriormente de pensão para o filho. A contestação de Bruno à ação de alimentos movida por Eliza diz coisas como “a autora já vinha tentando manter relações com atletas de futebol profissionais há muito tempo provavelmente com objetivos financeiros”; “a autora manteve relação sexual com o réu na primeira vez em que se conheceram […], o que pode revelar sua conduta nada reservada. Se assim fez com o réu provavelmente faz e fazia com outros homens”; “na época dos fatos narrados na inicial, ao contrário do que expôs na inicial, a autora trabalhava em filmes pornográficos de baixíssimo nível”. Também diz no documento que a denúncia a respeito da tentativa de aborto é “mirabolante” e que “o réu acredita que a autora possa ter ingerido tais comprimidos por ter certeza que o filho que espera não é dele”.
Trecho da contestação da defesa de Bruno à ação movida por Eliza (Foto: Agência Pública)

Como a filha, dona Sônia poderia ter entrado para a estatística caso não tivesse fugido de seu agressor de Foz do Iguaçu para o Mato Grosso do Sul. “A imprensa, as pessoas e até mesmo o próprio Bruno me julgam muito, dizendo que eu não criei a minha filha e que eu choro lágrimas de crocodilo na frente das câmeras, mas ninguém sabe da minha história, ninguém sabe o que eu passei. O pai da Eliza era violento, eu fugi dele pra não morrer” diz. Ela conta que foi morar com Luiz Carlos Samudio ainda muito jovem, aos 17 anos, e que, além da insistência pelo aborto que ela não fez, as agressões continuaram até que, quando Eliza tinha por volta de 4 anos, não aguentou mais e fugiu, pensando em arrumar um trabalho, se estabelecer e então buscar a filha pra viver com ela. Durante esse tempo, pediu a familiares para que cuidassem da menina e ia vê-la escondida sempre que podia, com medo do ex-marido. “Quando eu já estava melhor, fui pegar a Eliza pra morar definitivamente comigo. O pai dela, então, me disse que me entregaria ela, mas me entregaria aos pedaços.” Nessa hora, dona Sônia não consegue mais conter o choro. “É difícil pra uma mãe, sabe? Fazer uma escolha dessas.” A amiga que a recebeu no Mato Grosso, cujo nome vamos preservar, diz: “Se você soubesse o jeito que ela chegou aqui… Machucada, com medo, mal falava”.

Para Eliza, a infância também não foi fácil. Seu pai, com quem morou a maior parte da vida, está foragido da Justiça desde que sua prisão provisória foi expedida em 12 de maio de 2011, em processo que responde por abuso sexual contra a filha caçula, na época com 10 anos. A condenação, por oito anos de prisão em regime fechado, ocorreu em 2005, foi contestada e teve recurso negado pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Dona Sônia suspeita que Eliza também possa ter sofrido abuso do pai, já que a filha pediu para se mudar para a casa dela no Mato Grosso quando tinha 14 anos sem dar muitas explicações e sem querer falar com o pai. Mas aos 16, diante da insistência de Luiz Carlos e das promessas de que faria um book e a colocaria em contato com agências – o sonho de Eliza desde menina era ser modelo –, ela acabou voltando para Foz do Iguaçu e depois fugiu para São Paulo, sozinha, aos 18 anos, sem que nenhum dos dois soubesse de seu paradeiro por quase um ano.
Sônia mostrou à reportagem diversas fotos antigas. Nesta, Eliza aparece carregando o filho (Foto: José Cícero da Silva/Agência Pública)

O estupro de crianças e adolescentes por pais e parentes próximos também não é raro. Levantamento do Ipea, feito com base nos dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Segundo a mesma pesquisa, 24,1% dos agressores das crianças são os próprios pais ou padrastos, e 32,2%, amigos ou conhecidos da vítima.

Quando Eliza se envolveu com Bruno, dona Sônia não ficou sabendo. As duas se falavam apenas por telefone e a filha seguia sua vida morando na casa de amigas em São Paulo e, depois da gravidez, se dividia entre São Paulo e Rio de Janeiro, em hotéis pagos por Bruno, reivindicando os direitos do filho que carregava no ventre, em uma negociação conturbada. “Ela estava desempregada, queria proteger o filho. Diziam que ela era culpada da própria morte por ter feito as coisas, os filmes. Se a mulher arruma um amante é vagabunda, mereceu. Se o homem arruma amante é pegador”, diz dona Sônia.

Uma a cada três mulheres sofre violência de gênero

A médica e professora do departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP Ana Flávia d’Oliveira participou da pesquisa que deu base ao livro Feminicídio #invisibilidade mata. Ela falou à Pública sobre como as histórias de Eliza e Sônia se relacionam com a violência de gênero cotidiana.

Uma em três mulheres já sofreu ou ainda vai sofrer algum tipo de violência física ou sexual no mundo, 50% delas por parceiros. Por isso, a violência a que Eliza e sua mãe foram submetidas, infelizmente, não me surpreende. 30% da população é muita coisa. Dessa violência, a maior parte é grave – e o que a gente considera grave nas nossas pesquisas com a OMS é quando tem agressão física de soco em diante. Estrangulamento, ameaça com arma de fogo ou arma branca. E essa violência é preocupante tanto pela gravidade dos episódios quanto por sua continuidade; ela é cotidiana. Acho que nesse caso da Eliza especialmente, ficam evidenciados questões de gênero e o controle da sexualidade feminina. Porque a sexualidade feminina continua sendo legitimada apenas dentro de um casamento monogâmico e todas as formas de expressão que saiam desse padrão ainda são estigmatizadas pela sociedade. Isso se expressa claramente quando a juíza não deu para ela a medida protetiva pelo fato de não ter uma relação estável com o pai do filho, por exemplo. Acho que, quando mãe e filha são coagidas ao aborto, isso mostra a dificuldade que ainda temos em obter direitos sexuais e reprodutivos e como isso também está ligado com a violência. Temos ou homem que quer forçar a mulher a interromper a gravidez ou o que quer forçar a mulher a ter o filho, em uma sociedade em que o encargo da reprodução segue majoritariamente das mulheres. Uma mãe, por exemplo, que abandona um relacionamento abusivo e não consegue levar as crianças porque não é fácil, como foi o caso de Sônia, perde a legitimidade social sobre aquelas crianças. Um pai que abandona os filhos porque não quer mais é cobrado muito pouco ou nem é cobrado. Eu acho que de fato tratar esse crime como exceção e tratar esse sujeito como um monstro é uma tentativa de tirá-lo fora da sociedade, desumanizá-lo e não perceber que ele faz parte de nós e que, em graus maiores ou menores, essa violência acontece cotidianamente em uma parte enorme das famílias. A morte da Eliza diz o que pode acontecer com as mulheres que correm atrás dos seus direitos. Esses casos, quando se tornam públicos, surtem um efeito terrível! Eu atendo mulheres em situação de violência e elas dizem ‘mas não adianta ir pra Defensoria, ir pra delegacia. Você viu o que aconteceu com fulana?’. Toda a publicidade desse caso, cada caso em que a mulher morre por fugir de uma situação de violência ou em que tentou pedir pensão alimentícia calam muitas mulheres por medo. E não é um medo irracional. Mesmo o fato de ele ter sido solto é muito complexo. Se ela ganhava dinheiro com sexo ou não, como ela ganhava a vida ou com quantos homens ela dormiu não faz a menor diferença no seu direito a pensão e ao reconhecimento da paternidade. A única coisa que tiraria esses direitos seria se o filho não fosse dele. Como ela vivia a sexualidade é outro assunto. E ela não pode nem ser acusada de não ter ido atrás dos seus direitos porque fez B.O., pediu medida protetiva, pediu pensão alimentícia, acionou os mecanismos legais. Esse caso é de uma injustiça extrema e choca principalmente pelo que fizeram com o corpo, mas, quando fizeram aquela barbaridade, ela já estava morta. O que me choca é a decisão de matá-la, e a decisão de matar é a decisão cotidiana de um monte de homens! Alguns conseguem e outros não.”

Após registrar o B.O. em outubro de 2009, Eliza voltou para São Paulo. Não compareceria à audiência da ação de alimentos por estar com 39 semanas de gravidez, com medo e sem dinheiro para se locomover, como explica em e-mail enviado à sua advogada (confira abaixo).
E-mail que Eliza enviou à advogada explicando porque não havia comparecido à audiência (Foto: Agência Pública)

Alguns meses depois, em meados de julho de 2010, a imprensa falaria de seu sumiço e passaria a revelar os detalhes sórdidos de sua morte. Dona Sônia saberia da morte de Eliza pela televisão, em uma cena emblemática: seu ex-marido, aquele de quem fugiu e que ela achava que estava morto, segurava seu neto, que até então não conhecia, no colo. “Fiquei sabendo da morte da minha filha, do nascimento do meu neto, que meu ex-marido estava vivo e com o bebê tudo ao mesmo tempo. Fiquei sem chão”, lembra. Quando soube da morte da filha, Luiz Carlos, que até então ainda recorria do processo, se apresentou como familiar do bebê. “No último telefonema de Eliza, ela dizia que tinha uma coisa pra me contar e eu sempre brincava: ‘Ó tá chegando meu neto!’. Ela dizia: ‘Mãe, quando eu tiver um filho, eu mato e morro, mas não deixo meu filho pra trás’. Isso toda vida ela falou. Então, quando a Eliza sumiu, eu tinha certeza que ela estava morta.” Quando soube do neto, Sônia criou a coragem que nunca teve e pediu para a advogada entrar com o pedido de guarda de Bruninho. “Ele [Luiz Carlos] achava que eu nunca teria coragem de enfrentá-lo, mas eu tive. Antes eu não teria. Mas hoje estou mais forte. Fomos pra Foz do Iguaçu eu e a Dra. Maria Lúcia e entramos com o pedido. Quando o Bruninho chegou, eu fui por trás da pessoa que estava carregando ele e levantei assim o cobertor da carinha dele. Ele abriu um baita sorriso. Daí peguei ele no colo e ele se aninhou, esfregou a cabecinha em mim, foi um momento meu, sabe?”, lembra emocionada. “Meu neto poderia ter morrido três vezes. A primeira ainda no útero da mãe. A segunda quando levaram Eliza pra morte e iam matar ele também, mas ficaram com dó. E a terceira quando deixaram ele em Minas com desconhecidos. Quando a polícia o encontrou, ele estava sujo, com fome. Se não tivessem encontrado, será que ele estaria aqui?”, pergunta. Para o futuro, a mãe de Eliza diz que quer duas coisas: cuidar do neto em paz e um dia poder enterrar os restos mortais da filha. Se os assassinos de Eliza um dia confessarão o paradeiro do corpo não é possível dizer. Certo é que a violência, as torturas físicas e psicológicas, a condenação pela opinião pública e pela própria imprensa e, por fim, o assassinato brutal de Eliza Samudio não se deram apenas nesse caso.
Dona Sônia diz querer apenas duas coisas para o futuro: cuidar do neto em paz e enterrar os restos mortais da filha (Foto: José Cícero da Silva/Agência Pública)

Bruno não é um monstro nem se aproxima da exceção, ao contrário do que seria muito mais confortável acreditar. Ou, como diz a psicanalista Maria Silvia Bolguese: “A modelo, o jogador de futebol, são lugares cristalizados na sociedade, quase clichês. E eles foram atores que não conseguiram escapar de um tipo de lógica que funciona muito na base da violência e da opressão. A história da Eliza e do Bruno é horrível socialmente também porque é a repetição de 1 milhão de histórias iguais, mas tem o desserviço de ser uma história pública que a sociedade não quer analisar de jeito nenhum. Vai-se tentando pôr para fora, à margem, fazendo deles outros, quando na verdade eles são caricaturas, ampliações. Esse caso é um tapa na cara da sociedade”.

(Via Agência Pública)

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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..



10 motivos pra você não comprar um cachorro e sim adotar

3 de Abril de 2017, 13:55, por COMUNICA TUDO


A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem/mulher.
_____ Arthur Schopenhauer

A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
_____ Mahatma Gandhi

Existem pet shops que compram seus filhotes de canis regulamentados. Mas, mesmo esses filhotes tendem a não ser saudáveis nem socializados. Isso porque esses canis normalmente criam muitas raças diferentes para atender muita gente, ou seja, eles criam pela quantidade, não pela qualidade. Desconfie de canis que criam muitas raças e não focam em uma ou no máximo duas. Isso porque esses canis não prezam pela preservação e criação de uma determinada raça, mas sim pela quantidade de venda que eles conseguem fechar. Então, antes de se apaixonar por aquele filhotinho fofo da vitrine, considere esses fatores em relação aos cães que são vendidos em pet shops:

1. Péssima saúde: devido ao fato da maioria dos cães de pet shops vir de fábricas de filhotes (e donos sem experiência alguma que resolvem cruzar seus cães em casa), esses filhotes não são o resultado de uma criação cuidadosa e normalmente eles não são bem cuidados antes de irem para a loja. Alguns dos problemas mais comuns são problemas neurológicos, problemas oculares, displasia de quadril, problemas sanguíneos e parvovirose. Um canil sério faz exames em suas matrizes e em seus padreadores para que a displasia de quadril não seja passada para a ninhada. Cães que nascem com displasia não devem cruzar. O que acontece é que os donos das fábricas de filhotes, ou mesmo aqueles donos leigos que cruzam seus cães em casa, não sabem da displasia e não sabem que o cão pode ter displasia sem apresentar os sintomas. Então eles cruzam esse cão doente e geram filhotes doentes. A displasia causa a paralisia das patas traseiras do cão. É um crime e uma irresponsabilidade cruzar cães com displasia – ou qualquer outra doença genética.

2. Problemas comportamentais: além do cruzamento de cães com desvios comportamentais, que como já citei, é errado, há o fato de que os cães em uma pet shop são cuidados por atendentes que não sabem sobre adestramento e educação canina. Ou seja, os filhotes adquirem hábitos errados que são difíceis de serem consertados posteriormente.

3. Nenhuma socialização: os filhotes que são vendidos em pet shops ou mesmo os filhotes de criadores leigos, são desmamados muito cedo, às vezes até com 1 mês de idade. Um cão deve ficar com a mãe até os 90 dias, nunca menos de 70 dias. Tirar um cachorro da ninhada com menos de 70 dias significa que ele não vai aprender com a mãe e com os irmãos o básico do comportamento canino (veja mais sobre o imprinting canino). Pode ficar um cão extremamente medroso (o que reflete em timidez ou agressividade), difícil de educar e com graves problemas comportamentais. Um cachorro precisa desses 60 dias para “aprender a ser cachorro”. Tirar da ninhada com menos tempo é um crime. Não faça isso e não concorde com isso.

4. Padrão da raça: comprar um cachorro em uma pet shop e depois cruzá-lo significa estragar o padrão de uma raça, simplesmente porque os criadores anteriores não estavam preocupados com isso.

5. Falta de informação: um funcionário de uma pet shop ou um dono leigo que resolveu cruzar seu cão não é especialista na raça e normalmente não tem conhecimento profundo sobre cães. Comprar um cachorro dessa procedência significa que você pode adquirir um cão sem saber o que esperar dele.

6. Devolução do filhote: a maioria das pet shops oferecem uma garantia de que você pode devolver o cão se o mesmo apresentar problemas. O que as lojas não te dizem é que, uma vez devolvidos, muitas vezes esses cães são eutanasiados (isso mesmo, mortos), já que geralmente são devolvidos por problemas graves comportamentais ou de saúde.

7. Educação é um desafio: filhotes de pet shops passaram suas vidas em jaulas e gaiolas. Eles não tiveram a oportunidade de desenvolver o instinto canino natural de evacuar longe de sua comida e de sua cama. Isso é um problema quando você tenta educá-los.

8. O que você vê não é o que você recebe: se você vê um filhote que parece um Maltês na vitrine, você pode perceber, quando ele crescer, que parece também um pouquinho com um Terrier. Não existe garantia de que você está levando um cão de raça pura, se isso é o que você quer. Você pagará um preço de raça pura, mas levará um cão misturado. Tem milhares de cães misturados para adoção, que você pode ter de graça e que também te fará muito feliz.

9. Valores: dependendo da loja, você pode encontrar um cão de até R$3.500,00. Isso é mais do que o que você pagaria em um canil sério, por um filhote saudável e dentro dos padrões da raça. Insisto: não caia na tentação de comprar um cão barato em classificados e sites da internet. Desconfie de um Cocker Spaniel por R$150,00. Não contribua com essa criação indiscriminada e sem consciência. Veja aqui o valor médio de cada raça de cachorro em canis regulamentados.

10. Pedigree questionável: principalmente em pet shops maiores, você está pagando caro por um cão com pedigree, registrado no CBKC. Mas, muitas vezes o documento não é original. E mesmo que seja original, ainda não garante que o cão seja um bom examplar da raça – você precisa de um criador renomado e de confiança pra provar isso.

Criadores renomados são reconhecidos pela raça que criam e podem ajudar com problemas físicos e de comportamento que podem surgir posteriormente. Esses criadores sérios sociabilizam os filhotes desde cedo, sabem educá-los e não cruzam cães que tem algum desvio de temperamento ou de saúde. Além disso, quando você for ao canil, vai ver os pais dos filhotes, vai ver como são criados, o ambiente em que vivem e como reagem na presença de pessoas e outros animais.

Adotar também é uma ótima idéia. Tudo bem, normalmente você não vai conhecer os pais do filhote, mas filhotes resgatados por ONGs e instituições sérias são cuidadosamente medicados e examinados, sendo postos para adoção em perfeito estado de saúde. Além disso, por uma questão de seleção natural (os mais fortes sobrevivem), vira-latas costumam ser mais saudáveis e mais resistentes que cães de raça pura.

Então, da próxima vez que você vir um filhotinho lindo na vitrine do shopping, pare e pense em tudo o que você leu nesse artigo. Comprar nessas lojas é apoiar a criação indiscriminada de cães, é apoiar as fábricas de filhotes. E é quase certo que você não terá uma boa experiência.

Normalmente as raças mais populares, pois são as que geram mais lucro para seus “criadores”: labrador, golden retriever, maltês, shih tzu, poodle, cocker spaniel, pug, buldogue francês, chihuahua, yorkshire etc. Fuja imediatamente de canis e criadores que chamam seus cães de ZERO, MINI, ANÃO e qualquer termo semelhantes. Esses criadores procuram diminuir o tamanho de seus exemplares para venderem mais e mais.

(Via tudosobrecachorros)
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Artigo original do Comunica Tudo por M.A.D..