Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir.
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A difícil reflexão após uma tragédia - Santa Maria
27 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda2 - Estranho foi o fato de nenhuma reportagem que eu tenha visto ontem, sequer questionar a responsabilidade da Prefeitura de Santa Maria. Sim, esta instituição que costuma emitir alvarás de funcionamento, entre outras fiscalizações e obrigações para com o bem-estar público.
3 - Não me estenderei no quesito cobertura midiática por odiar repetição. Receita é quase sempre a mesma: sensacionalismo, imagens horríveis e desnecessárias repetidas insanamente, jornalistas e apresentadores despreparados falando ao vivo (sem saber o que falar), clichês, especulações idiotas, etc.
4 - Incrível como articulistas da imprensa brasileira fazem carnaval desnecessário, num momento de tamanha tragédia, com detalhes ridículos. A Nota de Solidariedade do ex-presidente Lula provocou um verdadeiro 'piti' no Reinaldo Azevedo. Leia mais no Blogue Do Cadu. Assim como a visita solidária da Presidenta Dilma, Padilha e Tarso Genro. Todos os brasileiros podem ser solidários em momento de tragédia, menos a classe política, caso contrário, não teremos de quem falar mal em nossas conversinhas de bar. Será por isso?
5 - Fica a pergunta abaixo, enviada pelo Twitter:
@carloslatuff Nenhuma reportagem verificou o nome do projetista, o fiscal da prefeitura q aprovou, o CB, .. E o nome da empresa de SEGURANÇA
— Sebastian Archer (@sebastianarcher) January 28, 2013
ONG denuncia monopólio da mídia no Brasil
24 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil
PARIS (AFP) – A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou nesta quinta-feira 24 o monopólio midiático no Brasil, que parece “pouco modificado, 30 anos após a ditadura militar (1964-1985)”.
A ONG definiu o Brasil como o “país dos 30 Bersluconi”, em referência ao magnata italiano da mídia e ex-primeiro ministro italiano.
Uma investigação da RSF, realizada em novembro e revelada nesta quinta-feira, mostra que fora uma dezena de grupos que dividem o monopólio da informação principalmente no eixo Rio-São Paulo, o País “conta com múltiplos meios de comunicação regionais, fragilizados pela extrema dependência em relação aos grandes centros de poder nos estados”.
“Uma tutela que afeta diretamente a independência” da imprensa, além de ser um “vetor de insegurança”, ressalta a organização. A ONG lembra que 11 jornalistas e blogueiros foram assassinados no Brasil em 2012, o que coloca o país na quinta posição entre as nações com mais registros de mortes na área. Dois outros foram forçados ao exílio por questões de segurança.
No ano passado, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) colocou o Brasil na lista dos países mais perigosos para o exercício da profissão na América Latina, onde 19 assassinatos de jornalistas foram denunciados, seis deles no Brasil.
Devido a este cenário, a organização considerou o Brasil como uma espécie de “país dos 30 Bersluconi”.
“O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil”, explica a ONG de defesa da liberdade de imprensa.
“O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da democracia”, assinala a RSF.
Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder”.
“Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massas”, lamenta a RSF.
Sempre segundo a RSF, a este sistema se acrescenta a censura na internet e denúncias que levaram ao fechamento de blogs durante as eleições municipais de 2012.
Nesse sentido, citou o caso do diretor do Google Brasil, que ficou preso brevemente por não retirar do YouTube um vídeo que teoricamente atacava um candidato a prefeito.
A organização faz referência a Fábio José Silva Coelho, que foi preso pela Polícia Federal em setembro passado a pedido do candidato a prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.
Para reequilibrar o cenário da mídia brasileira, a Repórteres Sem Fronteiras recomenda reformar a legislação sobre a propriedade de grandes grupos e seu financiamento com publicidade oficial, assim como a melhoria da atribuição de frequências audiovisuais para favorecer os meios de comunicação e um novo sistema de sanções que não inclua o fechamento de mídias ou páginas, entre outras medidas.
Leia mais em AFP Movel.
A ONG definiu o Brasil como o “país dos 30 Bersluconi”, em referência ao magnata italiano da mídia e ex-primeiro ministro italiano.
Uma investigação da RSF, realizada em novembro e revelada nesta quinta-feira, mostra que fora uma dezena de grupos que dividem o monopólio da informação principalmente no eixo Rio-São Paulo, o País “conta com múltiplos meios de comunicação regionais, fragilizados pela extrema dependência em relação aos grandes centros de poder nos estados”.
“Uma tutela que afeta diretamente a independência” da imprensa, além de ser um “vetor de insegurança”, ressalta a organização. A ONG lembra que 11 jornalistas e blogueiros foram assassinados no Brasil em 2012, o que coloca o país na quinta posição entre as nações com mais registros de mortes na área. Dois outros foram forçados ao exílio por questões de segurança.
No ano passado, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) colocou o Brasil na lista dos países mais perigosos para o exercício da profissão na América Latina, onde 19 assassinatos de jornalistas foram denunciados, seis deles no Brasil.
Devido a este cenário, a organização considerou o Brasil como uma espécie de “país dos 30 Bersluconi”.
“O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil”, explica a ONG de defesa da liberdade de imprensa.
“O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da democracia”, assinala a RSF.
Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder”.
“Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massas”, lamenta a RSF.
Sempre segundo a RSF, a este sistema se acrescenta a censura na internet e denúncias que levaram ao fechamento de blogs durante as eleições municipais de 2012.
Nesse sentido, citou o caso do diretor do Google Brasil, que ficou preso brevemente por não retirar do YouTube um vídeo que teoricamente atacava um candidato a prefeito.
A organização faz referência a Fábio José Silva Coelho, que foi preso pela Polícia Federal em setembro passado a pedido do candidato a prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.
Para reequilibrar o cenário da mídia brasileira, a Repórteres Sem Fronteiras recomenda reformar a legislação sobre a propriedade de grandes grupos e seu financiamento com publicidade oficial, assim como a melhoria da atribuição de frequências audiovisuais para favorecer os meios de comunicação e um novo sistema de sanções que não inclua o fechamento de mídias ou páginas, entre outras medidas.
Leia mais em AFP Movel.
Filme sobre WikiLeaks é mentiroso, diz Assange
24 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
Ativista disse que a obra é um ataque de propaganda contra o site
Julian Assange não gostou do filme que conta a história do site que ele criou. Em videoconferência a alunos da universidade de Oxford, o ativista comentou ter obtido uma cópia do roteiro de “The Fifth Estate”, que chamou de “ataque de propaganda massiva contra o WikiLeaks”.
“Mentira sobre mentira”, atacou Assange, que está asilado na Embaixada do Equador em Londres há meses. O australiano ainda acusou os responsáveis pela produção por jogarem “mais lenha na fogueira” nos conflitos com o Irã ao sugerirem que a República Islâmica fabrica uma bomba nuclear.
A primeira cena do filme, de acordo com a AFP, mostra o interior de um complexo militar iraniano e documentos que ostentam símbolos nucleares. “O que isso tem a ver conosco?”, questionou.
Na última terça-feira, 22, a DreamWorks anunciou o início das filmagens e ontem já tinha saído a primeira imagem de Benedict Cumberbatch caracterizado de Assange.
(Publicado no Olhar Digital)
Jornalista é novamente condenado a pagar indenização exorbitante a empresário
23 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda Os mais de 30 processos judiciais movidos contra Lúcio Flávio Pinto desde os anos 1990 representam uma tentativa de inviabilizar a produção do jornal alternativo que denuncia fraudes e desmandos de empresários e grupos de poder locais.Do Somos Todos Lúcio Flávio Pinto
Belém, 23 de janeiro de 2013 – Reconhecido no final do ano passado com o Prêmio Especial Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, entre as várias homenagens recebidas por seu trabalho nos últimos anos, o jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, que edita há 25 anos o Jornal Pessoal, foi novamente condenado pelo judiciário paraense. Desta vez, ele deverá pagar a quantia de R$ 410 mil (ou 600 salários mínimos) ao empresário Romulo Maiorana Júnior e à empresa Delta Publicidade S/A, de propriedade da família dele, também detentora de um dos maiores grupos de comunicação da Região Norte e Nordeste, as Organizações Romulo Maiorana.
A decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, que negou o recurso interposto pelo jornalista no primeiro semestre de 2012, data de 21 de novembro de 2012, mas foi publicada apenas em 22 de janeiro com uma incorreção e, por causa disso, republicada nesta quarta-feira, dia 23. O jornalista vai recorrer da decisão, tentando levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teme que a condenação seja confirmada.
Romulo Maiorana Júnior alega ter sofrido danos morais e materiais devido à publicação, em 2005, do artigo “O rei da quitanda”, no qual o jornalista abordava a origem e a conduta do empresário à frente de sua organização. Por causa desse texto, em 12 de janeiro do mesmo ano, Lúcio Flávio foi agredido fisicamente pelo irmão do empresário, Ronaldo Maiorana, junto com dois seguranças deste em um restaurante de Belém.
Depois da agressão, o jornalista também se tornou alvo de 15 processos judiciais, penais e cíveis, movidos pelos irmãos. Chegou a ser condenado em 2010 a pagar uma quantia de R$ 30 mil, mas recorreu da decisão do juiz Francisco das Chagas. A recente decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, se confirmada, significará um duro golpe às atividades desempenhadas por ele, que não dispõe de recursos financeiros para arcar com as indenizações.
Lúcio Flávio Pinto, que já perdeu todas as vezes em que recorreu às condenações judiciais e vê nesses processos uma clara tentativa de impedimento à realização do seu trabalho junto à imprensa, lamenta o fato de juízes e o próprio Tribunal de Justiça do Pará não terem avaliado o mérito dos recursos por ele apresentados.
“Os tribunais se transformaram em instâncias finais. Não examinam nada, não existe mais o devido processo legal. E isso não acontece só comigo. São milhares de pessoas em todo o Brasil, todos os dias, que não têm direito ao devido processo legal. Em 95% dos casos julgados no país rejeitam-se os recursos. Não tem jeito”, afirma. Ele também informa que há outra ação judicial em curso, ainda a ser julgada, na qual Romulo Júnior pede R$ 360 mil de indenização também por danos morais e materiais.
Perseguição judicial – Lúcio ficou ainda mais conhecido no início de 2012 quando foi alvo de uma condenação que mobilizou pessoas e organizações, nacionais e estrangeiras, que o obrigaria a indenizar a família do falecido empresário Cecílio do Rego Almeida. O crime teria sido chamar de “pirata fundiário” o homem que tentou fraudar e se apropriar ilegalmente de quase 5 milhões de hectares de terras públicas, na região paraense do Xingu, denúncia posteriormente comprovada pelo próprio Estado.
Por fazer uma radiografia minuciosa e crítica da região, o que o tornou um dos maiores especialistas em temas amazônicos, e reportar tentativas de fraudes aos cofres públicos, erros e desmandos do poder judiciário local, o jornalista foi alvo de exatos 33 processos desde 1992.
Já sofreu agressões físicas e verbais por causa de seus artigos, sem declinar o direito de veicular informações de interesse público, em seu jornal quinzenal reconhecido pela qualidade do conteúdo em detrimento de uma produção quase artesanal.
Fotos inéditas da Revolução Russa de 1917 feitas por um pastor
22 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
Fotos inéditas da Revolução Russa de 1917 feitas por um pastor
Um fotógrafo russo vivendo nos Estados Unidos descobriu um acervo inédito de fotos feitas por um pastor americano em plena Revolução Russa.Pastor John Wells Rahill e três meninos russos em um vilarejo* |
Interior de um abrigo para soldados que Rahill estabeleceu em Valk* |
A caixa foi encontrada pela neta de Rahil, no Estado americano do Colorado, que as ofereceu, em 2005, a um tradutor e fotógrafo russo Anton Orlov, então vivendo em San Diego, na Califórnia.
Soldados em uma estação de trem em Omsk* |
Ao traduzir o material, Orlov se deu conta de sua importância histórica. O acervo inclui mais de 500 slides de vidro, ampliações e anotações, junto com um projetor. O grosso das fotos foram feitas por Rahil com uma câmera Kodak; muitas outras fotos compradas de estúdios profissionais russos.
Soldados usam máscaras de gás perto de um abrigo* |
Pelo que Orlov descobriu, Rahil, quando de volta aos Estados Unidos, deu várias palestras sobre seu trabalho na ACM durante a guerra. Mas, segundo Orlov, Rahil acabou entrando em uma lista negra no país, rotulado como comunista.
Prédio em ruínas em Moscou* |
Orlov acabou comprando o acervo e criando um projeto para divulgá-lo, 'The Photo Palace Bus', um laboratório de ampliação fotográfica itinerante, que visa divulgar técnicas analógicas e fotos antigas.
Membros da Associação Cristã de Moços (ACM, a famosa YMCA em inglês) entretendo o público numa estação de trem* |
Mais detalhes sobre os projetos de Orlov e as fotos antigas estão no site http://thephotopalace.blogspot.co.uk/2013/01/wwi-and-russian-revolution-photos-found.html
Um dos slides comprados por Rahill em Moscou, no estúdio Baranov* |
Procissão em um funeral em Pequim, na China* |
Vila de pescadores japonesa e demais habitantes* |