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Blog do Bertoni

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 1 person following this article.
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Prisão de Lula pode ser uma questão de horas

14 de Setembro de 2016, 16:56, por Blogoosfero - 0sem comentários ainda

Depois das declarações nada isentas do procurador Dallagnol de que Lula é o comandante máximo do esquema criminoso, a prisão do ex-Presidente da República e ex-líder sindical metalúrgico passa a ser uma questão de horas. Temposmodernos0

Como escreveu o amigo Theo Rodrigues no Telegram "Vão prender o Lula. Dessa vez não é alarmismo. O procurador está dizendo com todas as letras".

Pois é. A base desta prisão é o "domínio de fato", tese jurídica nazista aplicada apenas no Brasil dos golpistas.

O tal do "domínio de fato" usado pelo STF no julgamento da AP 470 está na base do golpe de 2016.

É golpe.

Prisão de opositores ao regime faz parte de qualquer golpe. Principalmente num golpe de classes.

Espero que nunca mais ninguém repita o besteirol de que a luta de classes acabou.

Quando será que a esquerda brasileira vai se libertar da falida Teoria da Revolução por Etapas do Komintern?

Aliança com a burguesia nacional progressista?

Revolução Nacional Libertadora?

Falácias.

No Brasil não há burguesia, muito menos progressista e nacional.

No Brasil só há Casagrande e Senzala.


O TCU e os interesses das transnacionais estrangeiras

13 de Setembro de 2016, 9:44, por Bertoni

A divulgação pela Bloomberg, uma agência norte-americana de informações, da investigação do TCU (Tribunal de Contas da União) em relação à operação de empréstimo da Caixa Econômica Federal que possibilitou a compra da Alpargatas (dona da marca Havaianas) pela J&F (dona da JBS-Friboi) demonstra os verdadeiros objetivos da elite vassala e rentista brasileira.

Alpargatas

A aquisição da Alpargatas custou à J&F R$ 2,67 bilhões, 100% financiados pela Caixa com carência de 2 anos.

O pedido de investigação foi feito pelo Ministério Público no TCU há cerca de dois meses por suspeita de que a J&F tenha sido beneficiada com esse financiamento ocorrido no fim do ano passado, quando a construtora Camargo Corrêa vendeu sua participação acionária na companhia de calçados. Na época da operação, o presidente do conselho da J&F era o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A presidente da Caixa era a ex-ministra do Planejamento no governo Dilma Rousseff Mirian Belchior.

A Alpagartas, é uma das poucas empresas brasileiras com mais de 100 anos de existência. Fundada em 1907, com o nome original de Fábrica Brasileira de Alpargatas e Calçados, pelo escocês Robert Fraser, que havia criado fábricas de Alpargatas na Argentina e no Uruguai, em 1909 passa a se chamar São Paulo Alpargatas Company S.A.

Na década de 1930 o controle acionário da São Paulo Alpargatas foi transferido para a Alpargatas Argentina. Em 1948 inicia-se um lento processo de renacionalização do capital da Alpargatas que termina em 1982 quando o grupo brasileiro Camargo Correia assume o controle acionário da empresa. Em 1999 a São Paulo Alpargatas adquire 3% do capital da Alpargatas Argentina, sua antiga controladora, e em 2013 encerra o processo de compra de 100% das ações da empresa argentina transformando-a em subsidiária da transnacional brasileira. Com esta operação a Alpargatas transformou-se no maior grupo calçadista da América do Sul.

Parte deste sucesso da Alpargatas brasileira se deve a um projeto de reposicionamento de mercado de um de seus produtos mais populares: os chinelos de borracha com a marca Havaianas, produzidos desde 1962. De 1994 a 2000, as Havaianas passam por um processo de sofisticação que inclui muitos lançamentos (variações do modelo original) e fortes campanhas publicitárias com a participação de modelos e celebridades. As exportações aceleraram e a marca ganhou espaço em revistas e nas principais vitrines de moda, levando a bandeira do Brasil mundo afora.

A Alpargatas, assim como Oderbrecht, Petrobras, Embraer e JBS são companhias de capital brasileiro bem sucedidas nos mercados nacional e internacional e que fazem parte do seleto grupo de empresas conhecidas como Translatinas, empresas multinacionais cuja sede e controle acionário se encontram nos países latinoamericanos.

Deste seleto grupo de empresas transnacionais brasileiras a única que ainda não está sendo investigada pelas autoridades brasileiras é a Embraer. Contudo, a terceira maior produtora de jatos comerciais do mundo está sendo acusada nos EUA por suposto suborno a autoridades da Republica Dominicana para vendas de aeronaves militares, enquanto sete escritórios de advocacia dos EUA anunciaram que estão avaliando ações contra a empresa por violação da legislação norte-americana ou pela divulgação de informações enganosas a investidores.

Fica evidente que o surgimento, crescimento e sucesso de empresas transnacionais sediadas em países latinoamericanos incomoda as transnacionais sediadas nos EUA e que todo o sistema do império (governo, justiça, imprensa, interesses privados, etc) se juntam para evitar que suas empresas percam espaço para concorrentes do chamado terceiro mundo.

Já aqui no Brasil, a elite rentista e vassala se esforça para defender os interesses de seus patrões estrangeiros e "investiga" impiedosamente as translatinas, enquanto fecha os olhos para os absurdos cometidos por empresas transnacionais estrangeiras instaladas no Brasil.

Os mesmos Ministério Público e TCU que tanto se preocupam com a transação entre a Camargo Correia e JBS, não se mostraram tão interessados em investigar e processar a Ásia Motors e sua controladora KIA, que se valeram de benefícios fiscais na Bahia, mas jamais construíram a fábrica prometida. Ao contrário, em setembro de 2013, a justiça brasileira liberou a KIA de pagar a multa de R$ 1,7 bilhões, alegando que a KIA não era dona da operação brasileira da Asia Motors, o que é bastante questionável já que a KIA detinha o controle acionário da Ásia Motors desde 1976.

Recentemente, a KIA inaugurou no México a megafábrica que deveria ter sido construída no Brasil no final da década de 1990.

Certamente, você não verá os falsomoralistas, que tanto reclamam da "doação" de dinheiro público brasileiro aos cubanos para a construção do porto de Mariel, dizendo que a fábrica da KIA no México foi construída com o dinheiro público brasileiro. Afinal, para eles, sonegar é a regra privada.

Os orgãos brasileiros que não parecem interessados em investigar as denúncias contra a Alstom e o cartel de trens no estado de São Paulo, nem tampouco as denúncias relativas aos processos de privatização ocorridos no Brasil nos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC, mostram-se aplicadíssimos nas investigações contra empresas brasileiras que cresceram e conquistaram mercados estrangeiros importantes nos últimos 13 anos.

Por mais que tenhamos claro que não existem santos operando no mercado e de ser alta a probabilidade de governos e empresas terem cometidos crimes nos processos que permitiram a expansão das últimas, não podemos deixar de notar a seletividade investigativa dos orgãos "competentes" brasileiros.

Mostram um vigor e uma disciplina "investigativa" contra empresas nacionais que obtiveram sucesso nos últimos anos ao passo que fecham os olhos para transações tenebrosas entre bancos públicos e empresas transnacionais estrangeiras em períodos anteriores ou em determinados estados da federação governados pela elite branca.

Estas investigações todas, infelizmente, não são para acabar com os mal feitos e punir os corruptos, mas sim para destruir o pouco que resta da indústria brasileira e matar no ninho as poucas tentativas de soberania industrial e tecnológica do Brasil.

Eis a grande desgraça do capitalismo dependente comandado por uma Casagrande vassala e rentista, cujo sonho maior é ser gerente de transnacional estrangeira.



Cassado, Cunha atira para todos os lados

13 de Setembro de 2016, 1:28, por Bertoni

"Alguém tem dúvida que se não fosse minha atuação, teria processo de impeachment?", perguntou retoricamente o deputado Eduardo Cunha em seu discurso na Câmara dos Deputados.

Cunha, que cunha?

Traído pelos deputados que ajudou a eleger, Cunha assume-se golpista. Derrotado, atira para todos os lados:

"O que quer o PT é um troféu para poder dizer que é golpe"

"O governo [Temer] é culpado quando fez o patrocínio [da candidatura de Rodrigo Maia], porque quem elegeu o presidente [da Câmara] foi o governo. Quem derrotou o candidato Rogério Rosso foi o governo [Temer]"

Afirmou ainda que contará os bastidores do impedimento de Dilma em livro.

Somente 10 deputados mantiveram-se fiéis a Cunha

O hiperpelego, traidor da classe trabalhadora brasileira, Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade-SP

O falso pregador, Pastor Marcos Feliciano, PSC-SP

Carlos Andrade, do PHS-RR

Jozi Araújo, PTN-AP

Júlia Marinho, PSC-PA

Wellington Roberto, PR-PB

Artur Lira, PP-AL

João Carlos Bacelar, PR-BA

Dâmina Pereira, PSL-MG

Carlos Marun, PMDB-MS

450 deputados votaram a favor da cassação de Cunha.

9 deputados se abstiveram, ou seja, subiram em cima do muro, pois não tiveram coragem de tomar uma posição clara.



Cristovam Golpista sim!

1 de Setembro de 2016, 16:21, por Bertoni

Extremamente autoritária a posição do senador golpista Cristovam Buarque ao encerrar a sessão da comissão que presidia no senado federal, agora também conhecido como Tribunal da Santa Inquisição Capitalista.

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Senador Cristovam Buarque é chamado de golpista por manifestantes em audiência na comissão de Educação no Senado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado) 

Cristovam quis dar um ar de hombridade e coragem ao seu exílio durante a Ditadura Militar.

Não, senador golpista, há muita diferença entre fugir do Brasil e ser expulso do Brasil.

Muitos fugiram do Brasil não por hombridade, mas por covardia. Muitos fugiram do Brasil por apadrinhamento, porque eram revoltadinhos da Casagrande, cujas famílias possuíam ligações nos quartéis e nos meios golpistas de então. Isso é muito diferente da situação daqueles que lutaram contra os ditadores, que foram presos e torturados e, depois,  obrigados a deixar o país ou trocados por embaixadores.

Pelo que consta, senador golpista, o senhor não está no rol daqueles que lutaram e foram obrigados a deixar o país. O senhor cometeu auto-exílio ou, como se diz aqui na Senzala, "passou sebo nas canelas e picou a mula", um forte indicativo de que ou dispunha de informação privilegiada ou não tinha coragem e/ou capacidade para organizar os Trabalhadores brasileiros e lutar pela Democracia.

Sua posição hoje no Tribunal da Santa Inquisição Capitalista (ex-senado federal) só mostra quão autoritário é.

Não adianta disfarçar. Soou falso o seu marketing de democrata.

O senhor votou a favor de um impedimento sabedor da ilegalidade do mesmo.

O sonhor votou com o fígado, com ódio no coração porque Lula, por telefone, o demitiu do Ministério da Educação. Temos um amigo em comum que à época também ficou revoltado com a atitude do metalúrgico presidente. Óbvio, jamais intelectuais de vosso quilate aceitarão ser demitidos por um operário.

Assuma-se, senador golpista. Siga o exemplo de seu companheiro de AP (Ação Popular) que abertamente se assume como entreguista e pró-americano.

Ou será que o senhor tem algo mais a esconder?

Veja no link a encenação tragicômica de quem não assume seus atos contra a Democracia.

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/09/01/chamado-de-golpista-cristovam-buarque-suspende-sessao-no-senado.htm

Nem todos da geração de 1968 foram santos, heróis, mártires e lutadores. Muito foram verdadeiros traidores do Brasil, de seu povo e dos movimentos em que participaram. Pena que demoramos tanto para entender!

Leia também:

http://www.cartacapital.com.br/cultura/livro-sobre-a-acao-popular-aborda-passado-marxista-e-revolucionario-de-serra

http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2016/05/voo-de-serra-da-acao-popular-ap-ao-itamaraty-e.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristovam_Buarque



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