Um movimento pacífico, ordeiro e cidadão em defesa
dos direitos do povo brasileiro e na luta por uma cidade melhor e um governo
mais democrático e transparente. Esse foi o objetivo do ato público realizado
na tarde desta sexta-feira (30) pelas ruas de Ilhéus, em adesão ao Dia Nacional
de Paralisação, ocorrido em todo o Brasil. Com faixas, cartazes e palavras de
ordens, trabalhadores, estudantes e a comunidade em geral ocuparam as ruas de
Ilhéus em sinal de protesto contra a demora do prefeito Jabes Ribeiro em
assinar o acordo de campanha salarial e também por se negar a discutir a
redução no preço da tarifa dos transportes coletivos.
Foto Luiz Fernandez
Em greve a mais de 40 dias, sem que até agora o
governo municipal tenha apresentado uma proposta concreta para a assinatura do
acordo de campanha salarial, os servidores públicos de Ilhéus decidiram ir mais
uma vez às ruas da cidade para denunciar que a paralisação é por culpa do
prefeito, que se recusa a negociar com as categorias. A proposta do movimento
foi mostrar à sociedade civil organizada e à comunidade de um modo geral a
verdadeira situação do município e a necessidade do fechamento do acordo de
campanha salarial para o retorno dos trabalhadores às suas atividades e assim
possa buscar, junto com o governo municipal, alternativas para retirar Ilhéus
do caos em que se encontra.
Os servidores fazem questão de colocar que não foi
a greve que acabou provocando os problemas na cidade, reafirmando que antes
mesmo da paralisação os postos de saúde já estavam fechados, as escolas estavam
sem funcionar desde o início do ano, a merenda escolar ainda não foi
distribuída e a cidade estava escura e abandonada. Há ainda a possibilidade de
muitos ilheenses perderem o benefício do Programa Bolsa Família. Os servidores
afirmam que já fizeram tudo que era possível para fechar o acordo, decidindo
não reivindicar qualquer aumento salarial, mas sim a revisão das perdas com
base na inflação, como determina a Constituição Federal e a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Foto Luiz Fernandez
Já os integrantes do coletivo Reúne Ilhéus
protestaram contra a decisão do prefeito de fugir das discussões pela redução
na tarifa dos transportes coletivos. Os membros do movimento também denunciaram
a postura subserviente dos vereadores da bancada de situação que, na tentativa
de proteger o prefeito, arquivaram o pedido de criação de uma Comissão Especial
de Inquérito para apurar indícios de irregularidades no sistema de transporte
coletivo da cidade. Na avaliação os estudantes, os vereadores de situação
prestaram um desserviço à cidade, esquecendo que se elegeram para representar o
povo de Ilhéus e não para esconder as possíveis mazelas e irregularidades do
prefeito Jabes Ribeiro.
O movimento saiu da praça J.J.Seabra, passando pela
avenida Itabuna, seguindo para a praça do Tamarineiro, no bairro em Malhado.
Além das questões locais, os integrantes do movimento também debateram
problemas nacionais, a exemplo da exclusão do Projeto de Lei 4.330, que trata
da terceirização, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a
extinção do Fator Previdenciário.
Fonte:
Agravo Ilhéus
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