Go to the content
or

Thin logo

Full screen
 RSS feed

Blog Comunica Tudo

April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Ministério Público multa Rede Globo em R$ 1 milhão e a obriga a contratar 150 jornalistas

June 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, a Procuradoria do Trabalho da 1ª Região encontrou um cardápio com várias opções de irregularidades trabalhistas na Rede Globo do Rio de Janeiro: casos de funcionários com expediente de mais de 19 horas e desrespeito ao intervalo mínimo entre expedientes (11 horas) e não concessão do repouso semanal remunerado. “Foi constatado excesso de jornada e que este excesso é habitual, e não extraordinário”, explica a procuradora Carina Bicalho, do Núcleo de Combate às Fraudes Trabalhistas.

Acordo firmado entre a empresa e o Ministério Público (MP) no fim de 2011 trouxe como resultado que a Rede Globo vai ter que contratar 150 jornalistas e radialistas para suas redações, além de pagar uma multa de R$ 1 milhão de reais.
Nos últimos cinco anos, esta foi a terceira vez que a emissora do Jardim Botânico teve constatadas irregularidades quanto a jornadas de trabalho. Com este acordo na Justiça, a Globo promove nos últimos meses a prática de novas escalas, garantindo folgas aos jornalistas e mais respeito aos intervalos interjornadas. Este ajuste de conduta chegou também no Infoglobo, que edita os impressos da família Marinho.


Em Nota, o Sindicato defende a importância do acordo e afirma que as irregularidades não se restringem à Rede Globo:

Ao conseguir que a TV Globo seja multada e obrigada a contratar 150 funcionários no prazo de um ano – até fevereiro do ano que vem – o Ministério Público põe o dedo numa ferida. Profissionais, não apenas da Globo, sofrem com as longas jornadas de trabalho, a falta de respeito às folgas semanais e aos intervalos de 11 horas entre uma jornada e outra. Sofrem sem que a população tome conhecimento.

Os trabalhadores que têm a missão de informar jamais são notícia quando o que está em pauta é o desrespeito às leis trabalhistas praticado pelas empresas de comunicação. Por motivos óbvios, os empresários não permitem que os seus próprios erros sejam noticiados. Esse tipo de censura é cláusula pétrea na lei interna das redações.

A multa de R$ 1 milhão aplicada à TV Globo é simbólica, mas serve de alerta a todas as empresas que agem da mesma forma. E a justificativa dos procuradores ao pedir a punição é contundente.

Os jornalistas, pressionados por um mercado de trabalho limitado, não devem sofrer calados. Com os devidos cuidados, precisam denunciar as irregularidades e se unir, através do Sindicato da categoria, na luta por melhores salários e condições de trabalho. Os veículos de comunicação, que fazem tantas denúncias de ilegalidades, têm a obrigação de cumprir a lei no que diz respeito ao seu público interno.


Procuradora critica pejotização

A procuradora Carina Bicalho afirma que a pejotização, que acontece na Rede Globo e em outras emissoras é artifício claro da precarização das relações do trabalho:

“PJ é uma forma que o capital descobriu para trazer o trabalhador para o lado dele, dizendo que o empregado está ganhando com isso”, expõe a procuradora. No entendimento dela, quando essa prática ocorre com os altos salários, não há distribuição de riqueza, já que tanto a empresa quanto o profissional deixam de recolher impostos.


Íntegra da entrevista da procuradora, da Nota do sindicato e mais detalhes do processo você acessa aqui.

É bom que jornalistas e outros profissionais que são submetidos à pejotização pelas empresas saibam que a Justiça do Trabalho tem dado ganho de causa aos que entram com ação contra as empresas, como já publiquei aqui em Juiz do Tribunal Superior do Trabalho diz que TV Globo frauda contrato de trabalho de jornalista.

A jornalista Cláudia Cruz, que trabalhou como repórter e apresentadora (RJTV) na Globo do Rio, entrou com ação no Ministério do Trabalho solicitando que fosse reconhecido seu vínculo empregatício com a Rede Globo. No período em que trabalhou na emissora, Cláudia Cruz teria sido obrigada, segundo afirma, a “abrir uma empresa pela qual forneceria sua própria mão-de-obra”.

O TST deu ganho de causa à jornalista:

A 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) obrigou a TV Globo a reconhecer vínculo de emprego com a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, contratada como pessoa jurídica.

O ministro Horácio Senna Pires, relator do caso, concluiu que o esquema “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”. [reportagem completa aqui]


Se a moda pega, a Globo se ferra, pois jornalistas, atores, diretores (pelo menos os medalhões) sofrem do mesmo mal de Cláudia Cruz: também são obrigados a abrir uma empresa para fornecer sua própria mão-de-obra.

“Nesse contexto, concluo que se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho”, afirmou o relator do agravo de instrumento no TST, ministro Horácio Senna Pires.




Advogados denunciam Editora Abril ao Ministério Público

June 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet
O Coletivo Advogados para a Democracia, protocolou na última quarta-feira (06/06) uma representação ao Ministério Público contra a Editora Abril.

Há algumas semanas, recebemos a informação de que a empresa circulava por escolas estaduais de São Paulo distribuindo pacotes de figurinhas e bonecos em miniaturas pertencentes a um álbum produzido por ela em uma prática covarde e criminosa de induzir crianças e adolescentes ao consumismo infantil.

Como se isso não bastasse, funcionários devidamente vestidos com camisas com o logotipo da empresa adentraram às escolas sem que a direção dessas escolas consentissem.

Os produtos distribuídos gratuitamente não possuem nenhuma relação com o ambiente escolar tratando-se apenas de publicidade voltada a seres humanos em fase de formação.

Entendemos que a Editora, com esta prática socialmente condenável, age ilegalmente, pois fere a vulnerabilidade do consumidor, os valores sociais básicos e a própria sociedade como um todo reforçando valores meramente mercadológicos no processo de socialização de crianças e adolescentes, senão vejamos:

- As crianças e os adolescentes não têm maturidade suficiente para discernir que aqueles produtos recebidos não são parte do universo escolar. A Editora se utiliza da vulnerabilidade dos alunos;

- Ao invés das tradicionais propagandas da televisão (fiscalizadas pelo Ministério Público e outras entidades) a Editora se utiliza de subterfúgios para atingir um consumidor vulnerável e protegido pela Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária e tantas outras normas que dispõem a respeito;

- É impossível não reconhecer que o local para tal publicidade é inapropriado e está absolutamente desvinculado do contexto do ambiente escolar além de atrapalhar o andamento normal das atividades escolares desviando a atenção dos alunos para os produtos;

- Além disso, ficou explícita a relação de competitividade criada entre os educandos. Aqueles que receberam mais figurinhas e miniaturas se colocavam como superiores a outros que receberam uma quantidade menor. Ato contínuo, nos dias subsequentes, a mesma relação surgiu com os alunos que puderam comprar o álbum e mais figurinhas e miniaturas nas bancas de jornal com aqueles que, por não ter a mesma possibilidade financeira, não puderam fazer o mesmo. Trata-se de uma lógica perversa de socialização entre crianças e adolescentes em processo de formação;

- É necessário perceber a dor, humilhação, sofrimento e constrangimento daqueles cujos pais não têm condições financeiras de comprar o álbum e as demais figurinhas para completá-lo. Eles passam a ser alvo de gozações diárias surgindo a nefasta prática do bullying;

- Para além do universo escolar, é fundamental lembrar do possível conflito que pode existir no âmbito familiar quando um aluno chega em casa com tais produtos pedindo aos pais que comprem o álbum sendo que eles não possuem poder econômico para tanto.

É preciso reiterar que o Estatuto da Criança e do Adolescente adotou, em consonância com a Constituição Federal, o sistema da proteção integral, sempre ressaltando a condição de ser humano em formação e por isso merecedor de cuidados especiais e a Editora Abril com essa prática simplesmente ignora de forma vil todas as legislações que garantem os direitos fundamentais de cidadãos em desenvolvimento.

Ressalte-se que estes menores, alvos do agressivo marketing publicitário da citada empresa, gozam de tripla proteção: como crianças e adolescentes, como consumidores e como usuários dos serviços públicos.

Diante de tais fatos fomos a campo atuando na defesa da criança e do adolescente contra a lógica voraz do mercado que não tem qualquer preocupação social, apenas empresarial.

(Publicado no blog Advogados para a democracia)




Juros baixaram, mas tarifas bancárias aumentaram em até 41%

June 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet
Juros baixaram, mas tarifas bancárias aumentaram em até 41%


Pesquisa feita pelo Procon mostra que a alta do preço dos pacotes bancários em um ano foi superior à inflação

As tarifas cobradas pelos principais bancos aumentaram até 41% em um ano, de acordo com pesquisa publicada pelo Procon-SP.

A pesquisa comparou o valor de pacotes oferecidos em maio de 2011 e em maio de 2012 pelos sete principais bancos privados e públicos: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Safra e Santander.


O aumento, na maioria dos casos, fica acima da inflação acumulada no período, de cerca de 5%.

O Itaú teve o maior aumento no preço cobrado por um pacote: 41%. O pacote do banco que sofreu o menor aumento teve alta de 5%, igual à inflação do período.
O Banco do Brasil teve uma elevação nos preços nivelada, com altas de 9,5% e 10%.

A Caixa Econômica Federal teve seus pacotes reajustados mais elasticamente, com o menor aumento do pacote de 2,99% e o maior de cerca de 30%.

No HSBC, o menor aumento foi de 6,4%, enquanto o máximo foi de 20%.

O banco Safra fez dois reajustes, de 11% e 28% no período analisado.

O Santander fez as menores alterações. O único pacote que teve aumento subiu somente 3%.

De acordo com Paulo Arthur Góes, diretor-executivo da Fundação Procon-SP, a grande quantidade de pacotes dificulta a comparação e a escolha do consumidor.

O Itaú diz que os dados da pesquisa mostram que o banco tem tarifas competitivas e seus pacotes estão entre os mais baratos do mercado.

Além disso, afirma que o Pacote Itaú Econômico, apontado na pesquisa como de maior variação, não tinha reajuste desde 2008 e não é mais comercializado.

O Banco do Brasil disse que não aumenta as tarifas desde abril de 2008, apenas tendo corrigido os preços praticados em percentuais inferiores à inflação do período.

A Caixa informou que, entre os pacotes analisados, a maior tarifa cobrada pelo banco é 60% mais barata que as semelhantes. O reajuste realizado em um dos pacotes, segundo o banco, ocorreu com o aumento da quantidade de serviços.

O Santander afirmou que oferece diversos pacotes de serviços para suprir as necessidades dos clientes de acordo com o perfil de consumo.

Os bancos Safra e HSBC não comentaram.




ONG da Globo garfou R$ 2,9 milhões dos cofres públicos às custas da UNE

June 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yetO jornalão O Globo critica convênios e patrocínios à UNE (União Nacional dos Estudantes) bem acima do tom.

Mas o que o jornalão não conta, é que a ONG da Globo, Fundação Roberto Marinho, usando da lei de incentivo à cultura, garfou R$ 2,9 milhões do dinheiro público dos impostos, para fazer a "Memória da UNE" (Ver PRONAC nº 030926 no Ministério da Cultura), quando queria melhorar um pouco sua imagem de empresa filhote da ditadura.

Clique na imagem para ampliar


Por sinal, é difícil compreender como um site relativamente modesto, e que deveria ter o respaldo técnico da TV Globo na produção de vídeos, conseguiu consumir tanto dinheiro:

Clique na imagem para ampliar

http://www.mme.org.br

O que os amigos leitores que são webmasters ou webdesign acham?

Que tal o jornalão fazer uma reportagem a respeito, abrindo com transparência a prestação de contas?

Detalhes sórdidos

Apesar do "site" ser feito com dinheiro público e com informações que pertencem à História da Brasil, a Fundação Roberto Marinho registrou todos os direitos autorais em seu nome.

Na proposta apresentada ao Ministério da Cultura, a ONG da Globo queria que os cofres públicos pagassem:

- R$ 5.000,00 para "coquetel"
- R$ 37.800,00 para compra de computador Pentium.

Estes itens foram vetados.


(Publicado no blog Amigos do Presidente Lula)




Qual o seu valor?

June 6, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yetPor anna.guimaraes no Blog da Pacificação


Ver a imagem do próprio rosto em uma nota de dinheiro. Esse é privilégio de poucos, já que a maioria dos homenageados nas moedas pelo mundo não são vivos. Mas na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, duas senhoras notáveis conseguiram esse feito. Com a cara carimbada na moeda social, que circula desde o ano passado no local, elas experimentam a fama para além da comunidade que as elegeu em assembleia, entre os cerca de 40 mil moradores, para estampar as cédulas.

“Sorria, você fica muito mais bonita assim, fazendo o bem, sorrindo com alegria, só alegria não tem fim”, a canção foi lembrada por Dona Geralda, quando ela passou suas compras no caixa do mercado e a funcionária não a tratou, digamos, com muita simpatia. A partir daí, já dá para imaginar um pouco sobre Geralda Maria de Jesus, 83 anos, moradora da Cidade de Deus que estampa a nota de 1 CDD (R$ 1).

O que não dá para imaginar é que, com toda essa felicidade, ela passou por muitas coisas difíceis na vida. Entre elas, a perda de sua casa num deslizamento no Morro do São Carlos, Catumbi, onde vivia com filhos e marido na década de 60. Depois da tragédia, eles foram removidos para a Cidade de Deus, na época um lugar ermo na Zona Oeste do Rio, onde foram construídos conjuntos habitacionais para quem perdeu suas casas por causa das fortes chuvas que caíam na cidade.

Naquele tempo, Dona Geralda não imaginava a ligação que teria com a comunidade. Foram oito filhos de sangue, mas ao longo dos anos se tornou mãe de coração de milhares de moradores dali. “Eu vi quase todo mundo nascer aqui. Ajudei até alguns a vir ao mundo”, revela ela, que há mais de 30 anos dá curso de gestante em sua casa e providencia enxoval para os bebês que estão para chegar.

Nos primeiros 10 minutos de nossa visita à casa de Dona Geralda, pelo menos três mulheres grávidas bateram à porta. E ela não dá mole. “Já fez os exames? Tem que fazer o pré-natal direitinho”, enfatiza. “Então traga aqui para eu ver”.

Além das grávidas, a casa de Dona Geralda também é abrigo para quem tem fome. Ela serve café da manhã e almoço para os mais necessitados. “Isso aqui eu faço porque tenho que fazer. Sabe como é? Eles precisam”, resume ela, que trabalha com a ajuda de voluntários e doações.

Vaidosa, a homenageada está sempre com um lencinho no pescoço, marca registrada. Cada dia se enfeita com um diferente no pescoço. “Quer me dar um presente? Escolhe um lenço”, sugere ela. Na cozinha simples, chama a atenção os mais de 30 panelões, carregados de histórias. “Eu uso eles para fazer os sopões. O número de gente foi aumentando e eu sempre precisava de maiores”, explica Dona Geralda.

Algumas quadras à frente, encontramos Benta Neves do Nascimento, 79. Fundadora da ONG Comitê da Terceira Idade, ela já formou centenas de pessoas em cursos de corte e costura, bordado e artesanato. A senhora que tem o rosto na nota de 5 CDD sabe do seu valor. “Eu falei que não queria estampar nota barata não ”, fala Dona Benta, que brinca com a homenagem. “Vê só, eu com essa idade passando de mão e mão”.

Em sua casa, além das colchas de fuxico, tapetes de pachtwork, máquinas de costura, os detalhes do candomblé chamam a atenção. Dona Benta é “cabeça raspada” – a raspagem do cabelo faz parte da iniciação – e joga búzios. Apresentou-nos um espaço sagrado dentro de sua casa, onde ficam seus santos, o cantinho onde ela se guarda para fazer suas reclamações e chorar. “Eu venho pra cá, penso no que preciso e choro muita vezes”, revela.

Mais dois moradores, já falecidos, foram eleitos pela comunidade para estampar as notas de 10 e de 2 CDD. São, respectivamente, Julio Grooten, o primeiro padre do bairro; e João Batista, que dirigia a Associação Beneficente Obra Social Estrela da Paz, que cuida de crianças e adolescentes em fase de desnutrição. A nota de o,50 CDD (R$0,50) tem como símbolo a Casa do Barão. Antigo dono daquelas terras, Francisco Pinto da Fonseca Telles, o Barão da Taquara, foi um reconhecido benfeitor da Zona Oeste.

O Banco Comunitário da Cidade de Deus foi inaugurado em 15 de setembro de 2011 depois de muitas reuniões dos moradores que defendiam a criação de uma moeda própria para valorizar o comércio local. Desde então já foram realizadas cerca de 4 mil pagamentos de contas, 55 empréstimos, e um valor em torno de R$ 7 mil reais em trocas diárias. Hoje existem mais de 10 mil CDDs em circulação.


Fotos: Allana Amorim
Veja a galeria de fotos completa dessa matéria aqui