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Blog Comunica Tudo

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Este blog foi criado em 2008 como um espaço livre de exercício de comunicação, pensamento, filosofia, música, poesia e assim por diante. A interação atingida entre o autor e os leitores fez o trabalho prosseguir. Leia mais: http://comunicatudo.blogspot.com/p/sobre.html#ixzz1w7LB16NG Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

O fascinante sistema de educação da Finlândia

13 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

As crianças finlandesas estão sempre no topo das competições internacionais. Veja aqui abaixo por quê.
Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.

É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.

Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.


Surpresa? Dificilmente.

Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.

Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.

A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.

Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não tenho o direito de me surpreender.

Algumas coisas básicas no sistema finlandês:

1)Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.

2)Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.

3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.

4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.

5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.

6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)

Isto é uma amostra, apenas.

Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)

Já escrevi várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.

Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.

Para ver de perto o jeito finlandês de educar crianças, basta ver um fascinante documentário de 2011 feito por americanos.

Comecei a ver, e não consegui parar, como se estivesse assistindo a um suspense. Achei no YouTube uma cópia com legendas em espanhol. Está no pé deste texto.

Todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação, no Brasil, deveriam ver e discutir o documentário.

Quanto antes.

Leia mais: E se o Brasil se transformasse numa grande Dinamarca.



Quando o humor não chutava cachorro morto

13 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Depressa com isso. Em Cenas da Corte no Rio, de 1826, o imperador diante dos bajuladores. Foto: Reprodução do livro História da Caricatura Brasileira
O humor deve visar à crítica, não à graça, ensinou Chico Anysio, o humorista popular. E disse isto aCartaCapital quando solicitado a considerar o estado atual do riso brasileiro, durante uma entrevista em outubro de 2010. Nos últimos anos de vida, o escritor contribuía para o cômico apenas com sua porção de ator, impedido pela nova televisão brasileira de produzir textos. E o que ele dizia sobre como deveria funcionar a risada ajuda a entender a acomodação de muitos humoristas contemporâneos. Porque, quando eles humilham aqueles julgados inferiores, os pobres, os analfabetos, os negros, os nordestinos, todos os oprimidos em quem parece fácil pisar, não funcionam bem como humoristas. O humor deve ser o oposto disto, uma restauração do que é justo, para a qual desancar aqueles em condições piores do que as suas não vale. Rimos, isso sim, do superior, do arrogante, daquele que rouba nosso lugar social.

O curioso é perceber como o Brasil de muito tempo atrás sabia disto, e o ensinava por meio de uma imprensa ocupada em ferir a brutal desigualdade entre os seres e as classes. Ao percorrer o extenso volume da História da Caricatura Brasileira – Os precursores e a consolidação da caricatura no Brasil (Gala Edições, 528 págs., R$ 120), do pesquisador nascido em Nilópolis há 40 anos Lucio Muruci (e que, à moda dos caricaturistas antigos, usa um nome artístico, Luciano Magno, quando publica seu trabalho), compreendemos que tal humor primitivo não praticava um rosário de ofensas pessoais, como o observador contemporâneo se habituou a presenciar. Naqueles dias, humor parecia ser apenas, e necessariamente, a virulência em relação aos modos opressivos do poder.

A amplitude de trabalhos de três centenas de artistas exibida é inédita na história cultural do gênero. E a importância da obra reside na impressionante variedade de estilos e autorias caricaturais que ela desfila. Saem da obscuridade, por conta do trabalho, os nomes que sucederam e precederam o mais recentemente aclamado dos artistas a produzir arte naquele Brasil, Angelo Agostini (1843-1910). Corcundas magros, corcundas gordos, corcovas com cabeça de burro, mutucas picantes, todos esses seres compostos em aspecto polimórfico, com expressivo valor gráfico, muitas vezes produzidos a partir de talentos anônimos, eram os responsáveis por ilustrar a subserviência a estender-se pela Corte Imperial. Contra a escravidão, o comodismo dos bem-postos e dos covardes imperialistas portugueses (os “corcundas”), esses artistas operavam seu espírito crítico em jornais de todos os cantos do País, a maioria deles no Rio de Janeiro, a capital, mas não somente lá.

O símbolo da nacionalidade enfrenta a degola no deenho de Cândido de Faria para O Mosquito, de 1876. Foto: Reprodução do livro História da Caricatura Brasileira
Tratado de historiador, este livro estabelece marcos inaugurais e quer estender a importância da arte por todo o sofrido Brasil do período, não somente sua capital. Ele sustenta que a caricatura brasileira começou anônima, na ilustração a encabeçar o jornal pernambucano de teor nacionalista O Maribondo, aquele que contra a opressão portuguesa, no artigo de abertura, em 25 de julho de 1822, preconizava: “Se os maribondos são maus é porque se intenta arruinar o que é deles; é porque a justiça ultrajada vela em todos os corações”. Foi ousadia de pesquisador o estabelecimento desta data fundadora, enquanto as obras anteriormente conhecidas sobre o assunto fixaram o início do gênero em 1837, com a publicação da litografia avulsa A Campainha e o Cujo, dentro da série Caricatura, por Manoel de Araújo Porto Alegre (1806-1879). Conhecedor da arte de Honoré Daumier (1808-1879) em Paris, o artista brasileiro trabalhou a partir de sua linha e influência humorística. O trabalho de Porto Alegre pareceu tão importante a seus contemporâneos que se viu batizado como “nova invenção artística” pelo Jornal do Commercio do Rio de Janeiro daquele ano.

“De Porto Alegre ninguém poderá tirar a condição de patrono. Ele foi o primeiro profissional desta arte e o primeiro a produzir caricatura regularmente no Brasil”, sustenta em entrevista por telefone Luciano Magno, que, nascido em Nilópolis, apaixonou-se pelos gibis de Mauricio de Sousa na infância, conheceu Henfil no quadro TV Homem, dentro do programa TV Mulher, da Rede Globo dos anos 1980, e se embrenhou pela charge política durante a efervescência do movimento Diretas Já e dos acontecimentos a partir da morte do presidente Tancredo Neves.

Magno coleciona e estuda a caricatura brasileira há um quarto de século. Começou a pesquisa para suaHistória da Caricatura há 15 anos, durante estudos na cidade do Rio de Janeiro, e a escreve há dez sua obra de fôlego, com patrocínio da Petrobras. Antes, fez um mestrado em torno de Luiz Sá (1907-1979), o inventor das formas arredondadas do personagem Reco-Reco, Bolão e Azeitona para o jornal Tico-Tico, um doutorado sobre Álvaro Marins, o Seth (1891-1949), fundador em 1911 da revista ilustrada Álbum de Caricaturas, e realizou no Rio o Festival de Humor Gráfico, com 11 exposições sobre a história da caricatura desde J. Carlos (1884-1950), a partir de 2002. Em um Brasil ainda não de todo mapeado por seus arquivos, ele arrancou preciosidades dos sebos e comprou originais diretamente da família de alguns artistas, como Seth, que de 1910 a 1950 ilustrou a publicidade do bazar Casa Mathias com cartazes sobre a vida carioca.

José Neves pratica a crítica religiosa em O Diabo a Quatro, de 1877. Foto: Reprodução do livro História da Caricatura Brasileira
Esta obra em sete volumes, a serem lançados em até quatro anos, respeita cronologicamente os acontecimentos da história brasileira, suas temáticas políticas e sociais, mas também, e especialmente, a verve dos artistas comentadores de destaque em cada período. Com ela, Magno espera “nacionalizar” a caricatura local, rompendo, segundo crê, com regionalismos responsáveis por relativizar o pioneirismo de um Porto Alegre, por exemplo. O pintor, arquiteto, cenógrafo, dramaturgo, poeta, político e diplomata nascido em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, compôs inúmeras pranchas de desenhos a partir de um álbum de 1836 e, entre outras iniciativas, fundou a revista A Lanterna Mágica em 1844. Mas seu pioneirismo no Brasil, segundo o vê o historiador, é de presença autoral. Antes dele houve várias tentativas de realçar a crítica por meio do desenho, especialmente naquele Pernambuco de projetos coletivos com qualidades ilustrativas, sarcásticas e textuais, entre eles O Maribondo, O Carcundão (1831) e O Carapuceiro (1832).

Desde a impressionante representação do beija-mão ao imperador, em 1826, na colorida Cenas da Corte no Rio, pelo artista do qual somente se conhecem as iniciais A.P.D.G., ao índio degolado de Cândido de Faria emO Mosquito, de 1876, à crítica religiosa de José Neves na revista O Diabo a Quatro, de 1877, e ao triunfante “carro do progresso nacional” movido por tartarugas, de autoria de Aurélio de Figueiredo para a A Comédia Social,de 1870, esta obra inaugural, com tiragem de 2,8 mil exemplares, parece orgulhar-se de uma vocação nacional. Como advertia o jornal alternativo A Mutuca Picante, naquele editorial de 15 de setembro de 1834: “A Mutuca declara, zunindo às orelhas de todos, que ela não se importa com este ou com aquele para pregar a sua ferroada, e que só o cheiro de suas manhas, e vista de suas mazelas, aguçará o seu apetite picante”.
(Por Rosane Pavam para a Carta Capital)



Le problème du fromage

13 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Acima de tudo, pouco disto chegará a ser política comunitária sem uma democracia europeia com eleição do executivo da União

(Crônica de Rui Tavares publicada no jornal Público em 06/02/2013)

Diz–se que um político português de primeira linha, no tempo em que andava nas juventudes partidárias, foi convidado a visitar a uma capital francófona para um encontro do movimento europeu. A certa altura, calhou-lhe fazer um discurso, soporífero como era seu hábito, e quando viu que o público estava aborrecido de morte, tentou dar um sobressalto às suas palavras , espetando o dedo no ar e gritando: “il faut résoudre le problème du fromage!”

Os ouvintes ficaram perplexos: o queijo?! o problema do queijo?! Qual é o problema do queijo e porque é necessário resolvê-lo? Só quando o bravo homem desceu do palanque foi possível resolver a confusão. Falando em francês, o nosso jovem político tinha querido dizer que era preciso resolver o problema do desemprego, e tinha misturado duas palavras, querendo dizer “chômage”, que significa desemprego, saiu-lhe “fromage”, que se está mesmo a ver que é queijo.

No fim de contas, não é vergonha: o discurso foi feito, e vinte anos depois ainda é lembrado.

E ficou a lição: quando o público estiver a adormecer, só há que esticar o dedo e gritar “há que resolver o problema do desemprego!”

Resulta sempre. Há um problema, e há que resolvê-lo. Quem pode ser contra? Mas o problema do “problema do queijo” é o “como”, e não o “para quê”.

Lembrei-me desta história ontem ao ouvir o presidente da República Francesa discursar no Parlamento Europeu. François Hollande começou forte, declarando que a crise não está resolvida enquanto não se resolver o problema de 27 milhões de desempregados na Europa, o problema dos jovens precários e desempregados, o problema da falta de um salário mínimo europeu e o problema da falta de pensões e subsídios de desemprego europeus.

François Hollande não se enganou, não só porque estava falando na sua língua materna, mas porque todos estes problemas são verdadeiros problemas, e há mesmo que resolvê-los.

Mas François Hollande não explicou o como: o fundo para o crescimento que foi a sua grande bandeira continua sem fundos, as políticas de coesão estão ameaçadas pelos cegos cortes orçamentais ao orçamento comunitário que certos estados-membros propõem e os direitos económicos e sociais precisam de ser reforçados nos tratados na próxima convenção. Acima de tudo, pouco disto chegará a ser política comunitária sem uma democracia europeia com eleição do executivo da União.

Claro que François Hollande não tem culpa de estar na minoria no Conselho, onde os governos socialistas não chegam sequer para contar os dedos de uma mão. Mas, além disso, a França tem um verdadeiro “problème du fromage”, na forma da Política Agrícola Comum (PAC), que beneficia desproporcionadamente os seus grandes agricultores. O governo francês defende as políticas de coesão só até ao ponto em que não aceita mexidas na PAC. O contrário dar-lhe-ia mais credibilidade e capital político.

Estarei a ser injusto, e não quero sê-lo demasiado. Foi bom ouvir um chefe de estado europeu que fala do desemprego, dos jovens e dos direitos económicos e sociais. Eu concordo com tudo o que ele disse. Mas sem mais dinheiro, sem democracia europeia e provavelmente sem novos tratados, sinto-me como se me tivessem espetado o dedo no ar e gritado: “il faut résoudre le problème du fromage!”



Caso USP: a bruxa está solta!

13 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Ministério Público denunciou 72 estudantes por diversos crimes pela ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo. Para colunista, decisão do órgão deve ser questionada em cortes internacionais

Por Carlos Lungarzo*

Acabo de ler o excelente artigo do escritor Celso Lungaretti em seu blog O Náufrago da Utopia, no link.

Peço a todos os que concordam com democracia, direitos humanos e prevenção da barbárie distribuir em todas suas redes sociais, mailings e sistemas próprios de comunicação, a cópia do post original, que inclui também uma declaração do combativo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP) contra a política de extermínio e “terra queimada”, aplicada no Estado de São Paulo pelas forças mais reacionárias que atualmente têm presença no Continente, ou seja: o governo do Opus Dei e o mais iníquo tribunal do Ocidente desde 1975 (quando o privilégio correspondia a Audiência Nacional da Espanha).

Nesse artigo tanto o SINTUSP como o próprio escritor Lungaretti denunciam que agentes do Ministério Público pretendem o enquadramento criminal de 72 estudantes que ocuparam pacificamente as instalações da USP para protestar contra a crescente brutalização da instituição e a submissão da comunidade a um clima de espionagem, delação, vigilância, repressão e policiamento.

Este processo encabeçado pelas forçar progressistas da USP é parecido, porém não idêntico, ao movimento de repressão contra a Rosa Branca (Weisse Rose), que se manteve ativo desde junho de 1942 até Fevereiro de 1943, na Universidade de Munique, Bavária, Alemanha.

Formação de Quadrilha

O MP enquadra os 72 estudantes em:

1) Danos ao patrimônio público, quando várias testemunhas afirmaram que os danos foram produzidos pelo arrombamento policial, e o fato de que foi evitada a perícia confirma essa suspeita.

2) Danos ambientais. Não é brincadeira! Para estas excelências, as pichações são danos ambientais. O mundo vai estourar porque as pichações de subversivos e terroristas estão derretendo as calotas polares.

Mas, há uma acusação muito mais importante:

Formação de quadrilha.

Um jornalista bem informado disse, num artigo, que o MP confunde formação de quadrilha com organização de movimentos sociais. Isso pode ser, porque estas eminências foram capazes de confundir um fórum penal com um fórum civil e mandaram a ação ao lugar errado. Mas não é apenas confusão. O uso dessa mentira é proposital:

FORMAÇÃO DE QUADRILHA é um termo que policiais, políticos de direita, juízes e promotores usam para denegrir qualquer movimento social. Isso foi usado amplamente durante a Ação Penal 470.

Qualquer pessoa que se junta a outras duas para tomar um chá pode ser uma quadrilha. Só basta que as excelências queiram arrebentá-las. Isto é uma parte específica do DIREITO PENAL DO INIMIGO, sobre o qual falarei num próximo artigo bem mais extenso.

Defesa internacional

Os movimentos humanitários e progressistas devem reconhecer que, na atual situação do Estado de São Paulo e do Poder Judiciário em todo o país, confrontar-se com os algozes é uma tarefa difícil, para a qual não pode esperar-se o apoio da lei nem da Justiça nacionais, que são manipuladas de acordo com os interesses das gangues golpistas. Inclusive dignitários populares amplamente votados estão amarrados por estas bandas jurídico-policiais que se amparam no terror. Devemos, então, ter consciência de nossas limitações e buscar apoio em outros locais.

Pelo menos hoje existe algo parecido ao estado de Direito em outros países, e até uma legislação internacional que, apesar de ser desobedecida pelos linchadores nacionais, pode ter um efeito de pressão publicitária.

Por isso, devemos tomar como exemplo, no caso da USP, o que fizeram os coordenadores da defesa de Pinheirinho (o procurador Márcio e outros juristas): recorrer às cortes internacionais.

Deve salientar-se, nessas denúncias, as ameaças dos advogados dos promotores, que pretendem processar todos os que façam críticas às atrocidades que eles praticam, por considerar que ofendem o caráter “sagrado” destes inquisidores.

Eu estou enviando denúncias sobre o caso dos 72 da USP a organizações de DH internacionais, e a organismos da OEA e da ONU, e a organizações de defesa da liberdade de opinião nas universidades. As versões estarão traduzidas às cinco línguas mais usadas em Ocidente.

Mas, nunca é suficiente, e todo esforço deve ser levado ao limite.

Carlos Lungarzo
* Doutor em Ciências Exatas e em Ciências Humanas. Publicou 11 livros sobre lógica, estatística e sociologia matemática, e 86 artigos especializados. Foi professor da UNICAMP (1976-1997), da UERJ (2000-2004) e da McGill University. Pertence a várias organizações de Direitos Humanos e de defesa da Ecologia. Seu livro sobre Os Cenários Ocultos do Caso Battisti aparecerá brevemente.



As rapidinhas do Sr Comunica - o carnaval

12 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


1 - Merece nota os comentários que ouvi durante este carnaval de 2013, não de qualquer cidadão, mas de cariocas que adoram o carnaval, o samba, o pagode e fazem parte do meu círculo de amizades. Desta vez, ouço a opinião generalizada de que não da mais para passar o carnaval no Rio de Janeiro. Os motivos são muitos, mas sempre esbarram em hiper-lotação dos espaços públicos onde passam os blocos, confusões, brigas, tumultos e assim por diante. E mais: a conclusão de que, para quem mora na Zona Oeste ou Norte, ir para a Zona Sul curtir o carnaval, é praticamente impossível. Barreiras? O transporte público, a hiper-lotação, as multidões, as brigas, o calor intenso, etc.


2 - Particularmente, sempre preferi passar o carnaval em cidades pequenas, onde a brincadeira é mais tranquila e ainda preserva características dos antigos carnavais.

3 - Pela televisão, não consigo ficar muito tempo acompanhando os desfiles. A transmissão emburrecida da Rede Globo e seus 40 repórteres pautando todo e qualquer tipo de frivolidade não me animam. Segue-se a mesma receita de outros programas: fingir que está falando do essencial, deixando-o de lado, para inundar-nos com o superficial.

4 - Dentre tantos risos e conversas agradáveis que tive nestes dias carnavalescos, cabe aqui destacar a primeira parte de um documentário que assisti sobre Woody Allen. Tão genial que marcou o meu carnaval.