Jornal Diário do Pará dá destaque em mais um assassinato envolvendo a #ChacinaemBelém e a matança continua. |
10 dias após a morte de
um policial suspeito de fazer parte de uma milícia que age nos bairros da
periferia de Belém e a morte logo em seguida de 09 pessoas, a matança segue com
o assassinato de várias pessoas, supostamente envolvidas com o crime, tanto por
parte de policiais, como de traficantes de drogas.
Um das vítimas se chama
Layane Gomes Soares de apenas 20 anos, morta na tarde de ontem, (14) por dois homens
identificados pela polícia como “Chandão” e “Madruga” em um bairro de
Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
Com apenas 20 anos, Layane é mais uma vítima da falta de uma reação enérgica contra o crime. |
Segundo a
Polícia Militar, ela tinha envolvimento com o cabo Pet, o policial que foi
morto e que provocou a #ChacinaemBelém. O detento Ramon Gomes dos Santos, 26
anos é seu ex-namorado e está sendo acusado de ser o mandante da morte de Pet e
segundo investigações da polícia passa a ser apontado como mandante da morte da
moça, já que no celular dela foram encontrados fortes indícios de que ele havia
premeditado a morte da jovem.
Outro que
morreu ontem e que também estava sendo investigo pela morte do policial militar da Rotam, foi Henrique Cardoso Souza, de 20 anos, conhecido como “Pezão”, assassinado a tiros meia hora após ser preso por policiais militares para averiguação e liberado. A vítima, que seria integrante da equipe “Rex” da Terra Firme, teria sido alvejado com vários tiros por uma pessoa em carro preto que sempre é visto quando ocorre esse tipo de assassinato.
Cada dia
que se passa, aumenta o número de mortes sem soluções e a suspeita da
existência de uma forte e influente milícia formada por policiais e
ex-policiais, se reforça assim como o sentimento de impunidade e comentasse a existência do envolvimento
de parlamentares e pessoas ligadas à imprensa e ao governo do Estado no que pode ser uma grande rede de corrupção que age inclusive com o financiamento de campanhas eleitorais.
Enquanto isso, o governo
do Estado diz que o Sistema de Segurança Pública está investigando todos os
crimes cometidos, mas é difícil encontrar um paraense que creia que os
verdadeiros mandantes de tantas mortes sejam revelados.
Dias dias se passaram e quase nada foi feito, só mais mortes.
Enquanto isso, mesmo com a visita do ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, enviado ao Pará pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para acompanhar a apuração dos assassinatos, quase nada foi feito para solucionar o caso que ficou conhecido nas redes sociais como #ChacinaemBelém.
O representante do governo federal chegou a dizer em Belém, que seria montado um grupo especial, formado por representantes da sociedade civil, do governo do Pará e do Ministério Público (MP) do estado, para monitorar as investigações das mortes da #ChacinaemBelém. O que fato não se tem notícias de ter se concretizado.
O ouvidor disse ainda que haveria um reforço na segurança da cidade. “Houve o compromisso assumindo de reforço da segurança, principalmente nos bairros onde houve homicídios, para devolver à população a sensação de tranquilidade e que possa retomar sua rotina de forma segura”.
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados também também ficou de fazer diligências em Belém e verificar a apuração dos assassinatos. Em nota, a comissão cobrou “punição com rigor dos envolvidos e autores dos bárbaros assassinatos” e solicitou “assistência para as famílias das vítimas e informações detalhadas a respeito do caso”.
Mesmo assim, a matança continua e parece que seguirá agindo ao seu bel prazer.
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