Mapa Eleitoral: O dia seguinte das eleições
30 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO PT foi o partido que mais cresceu nas eleições de 2012. PMDB e PSDB encolheram bastante. |
No blog do Renato Rovai*
Há muitas flancos possíveis para se analisar o resultado das eleições municipais recém-encerradas. Os analistas da mídia tradicional como não podem dizer que a oposição foi a grande derrotada enaltecem o crescimento (real, diga-se) do PSB. É mais ou menos como aquele torcedor que comemora a vitória de um terceiro time sobre o seu principal rival. Porque no pau a pau perde todas.
O fato é que a oposição diminuiu ainda mais de tamanho em 2012. E isso aconteceu mesmo em meio ao julgamento do mensalão e de toda a cobertura midiática tentando vincular aquele acontecimento ao momento eleitoral.
Outro fato é que o PT cresceu muito em São Paulo e passa a governar quase metade da população do Estado. Manteve o domínio da região metropolitana e ainda levou São Paulo e boa parte do Vale do Paraíba, incluindo a cidade de São José dos Campos.
O PSB também sai maior deste processo eleitoral. Conquistou Recife e Fortaleza, além de várias cidades importantes do Nordeste. E ainda reelegeu seu prefeito de BH e ganhou Campinas. Em BH e Campinas, porém, os eleitos são muito mais tucanos que socialistas.
O PSOL elege seu primeiro prefeito de capital, no Macapá, e entra no jogo real da governabilidade. Isso vai levar a muitas reflexões internas no partido e provavelmente vai fazer com que alguns grupos deixem a legenda. Ou vai levar o prefeito eleito a deixar o partido. A tese da governança e as teses de alguns setores do PSOL são incompátiveis.
O fato de o PSDB não ter conseguido eleger um prefeito de capital nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste também é um fato importante. Como também merece registro que nenhum senador eleito em 2010 conseguiu sucesso nas disputas de 2012. O povo parece já ter se cansado dessa história de o político se eleger para um cargo executivo e depois de um ano e meio disputar outro.
Outro ponto que não pode ser desprezado e que talvez seja o mais importante para pensar 2014 é que Dilma tem de cara três possíveis adversários relativamente fortes: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos. Sem contar a provável candidatura do senador Randolfe, padrinho político do prefeito eleito em Macapá.
Marina e Aécio já tem quase como certas as suas candidaturas. Eduardo Campos ainda vai ter que fazer contas e provar para o próprio partido que um voo solo pode ser melhor do que uma aliança com Dilma. Afinal, se vier a sair candidato sem Lula e Dilma o PSB terá de enfrentar o PT em muitos lugares. Nesta eleição das capitais, venceu. Mas nada garante que isso venha a se repetir em 2014.
De qualquer forma, se todos os citados vierem a disputar a presidência, Dilma poderá ter que enfrentar um segundo turno aberto. Essa é uma péssima notícia para a presidenta, que não pode pensar em mudar a composição de sua chapa, até porque o PMDB foi o partido que elegeu mais prefeitos no Brasil.
Se o PT quiser ajudar Dilma a ficar mais forte para 2014, deveria tratar com carinho duas situações. Os recados das urnas no Rio Grande do Sul e na Bahia. A derrota para ACM Neto em Salvador e a pífia campanha do PT em Porto Alegre, por mais que se queira tapar o sol com a peneira, fragilizam os governos Tarso e Wagner. Ambos precisam repensar politicamente o tipo de gestão que estão fazendo porque senão o partido corre o risco de perder as eleições nestes dois estados.
A oposição na Bahia vai se assanhar com esta vitória de ACMinho e no Rio Grande do Sul nunca um governador foi reeleito. Isso pode vir a acontecer com Tarso se sua administração continuar, por exemplo, brigando com os professores. Aliás, professores que foram fundamentais para a derrota de Pelegrino na Bahia.
Há muitas flancos possíveis para se analisar o resultado das eleições municipais recém-encerradas. Os analistas da mídia tradicional como não podem dizer que a oposição foi a grande derrotada enaltecem o crescimento (real, diga-se) do PSB. É mais ou menos como aquele torcedor que comemora a vitória de um terceiro time sobre o seu principal rival. Porque no pau a pau perde todas.
O fato é que a oposição diminuiu ainda mais de tamanho em 2012. E isso aconteceu mesmo em meio ao julgamento do mensalão e de toda a cobertura midiática tentando vincular aquele acontecimento ao momento eleitoral.
Outro fato é que o PT cresceu muito em São Paulo e passa a governar quase metade da população do Estado. Manteve o domínio da região metropolitana e ainda levou São Paulo e boa parte do Vale do Paraíba, incluindo a cidade de São José dos Campos.
O PSB também sai maior deste processo eleitoral. Conquistou Recife e Fortaleza, além de várias cidades importantes do Nordeste. E ainda reelegeu seu prefeito de BH e ganhou Campinas. Em BH e Campinas, porém, os eleitos são muito mais tucanos que socialistas.
O PSOL elege seu primeiro prefeito de capital, no Macapá, e entra no jogo real da governabilidade. Isso vai levar a muitas reflexões internas no partido e provavelmente vai fazer com que alguns grupos deixem a legenda. Ou vai levar o prefeito eleito a deixar o partido. A tese da governança e as teses de alguns setores do PSOL são incompátiveis.
O fato de o PSDB não ter conseguido eleger um prefeito de capital nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste também é um fato importante. Como também merece registro que nenhum senador eleito em 2010 conseguiu sucesso nas disputas de 2012. O povo parece já ter se cansado dessa história de o político se eleger para um cargo executivo e depois de um ano e meio disputar outro.
Outro ponto que não pode ser desprezado e que talvez seja o mais importante para pensar 2014 é que Dilma tem de cara três possíveis adversários relativamente fortes: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos. Sem contar a provável candidatura do senador Randolfe, padrinho político do prefeito eleito em Macapá.
Marina e Aécio já tem quase como certas as suas candidaturas. Eduardo Campos ainda vai ter que fazer contas e provar para o próprio partido que um voo solo pode ser melhor do que uma aliança com Dilma. Afinal, se vier a sair candidato sem Lula e Dilma o PSB terá de enfrentar o PT em muitos lugares. Nesta eleição das capitais, venceu. Mas nada garante que isso venha a se repetir em 2014.
De qualquer forma, se todos os citados vierem a disputar a presidência, Dilma poderá ter que enfrentar um segundo turno aberto. Essa é uma péssima notícia para a presidenta, que não pode pensar em mudar a composição de sua chapa, até porque o PMDB foi o partido que elegeu mais prefeitos no Brasil.
Se o PT quiser ajudar Dilma a ficar mais forte para 2014, deveria tratar com carinho duas situações. Os recados das urnas no Rio Grande do Sul e na Bahia. A derrota para ACM Neto em Salvador e a pífia campanha do PT em Porto Alegre, por mais que se queira tapar o sol com a peneira, fragilizam os governos Tarso e Wagner. Ambos precisam repensar politicamente o tipo de gestão que estão fazendo porque senão o partido corre o risco de perder as eleições nestes dois estados.
A oposição na Bahia vai se assanhar com esta vitória de ACMinho e no Rio Grande do Sul nunca um governador foi reeleito. Isso pode vir a acontecer com Tarso se sua administração continuar, por exemplo, brigando com os professores. Aliás, professores que foram fundamentais para a derrota de Pelegrino na Bahia.
* Renato Rovai é jornalista e editor da Revista Fórum.
Belém: Ao invés de preservar, querem destruir.
30 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Por Janio Miglio*
Sou morador da Cidade Velha desde 1975 e quando aqui cheguei já
encontrei muito sentimento dos moradores em relação ao bairro. A
História seja de quem for, nunca deve ser apagada, principalmente quando
o enredo é de fazer valer tradições e tradições.
Foi na Cidade Velha que Belém começou e aqueles que aqui estiveram nos
séculos passados construíram a comunidade de um jeito, que não dá pra
disfarçar nossa paixão. Tudo se viu por aqui, desde o primeiro centro
nervoso de Belém como as mais variadas atividades econômicas, culturais e
religiosas, na forma peculiar de morar, habitar.
Hoje, a AMCV - Associação dos Moradores da Cidade Velha tenta dar continuidade e ajudar a eternizar os costumes de quem aqui mora, revitalizando nossos eventos como é a Seresta do Carmo, junto com aqueles que apoiam e realmente gostam de Belém e construindo ano/ano o carnaval mais bem frenqüentado e animado da cidade, bem como cuidar do meio ambiente é tarefa de nós moradores daqui.
Acontece que com a modernidade, nossos prédios históricos que abrigam residencias, comercio, escolas de ensino, templos religiosos, casas noturnas, praças de lazer e monumentos, tendem a se apagar, não com as ações culturais do bairro e sim pela especulação de alguns que se julgam necessários á nossa comunidade, ás vezes tentando impedir que construamos intercâmbio comunitário/cultural e vezes tentando construir prédios enormes no lugar, descaracterizando nosso patrimônio e impedindo a ventilação que é de fundamental importância para que possamos estar inclusos no meio ambiente, sem prejuízo á saúde de quem aqui habita e trafega.
Nós da AMCV - Associação dos
Moradores da Cidade Velha, somos totalmente contra de que minem NOSSO
TERRITÓRIO de espigões que venham atrapalhar nosso bem estar e que a
Câmara dos Vereadores em Belém está tratando de fazê-lo, haja vista está
em aprovação uma lei que permite esse genocídio de nossa história.
Você que nos apoia, curta ou comente esse pensamento que não é só
meu,mas de uma fatia enorme da população, não só da CHARMOSA CIDADE
VELHA, mas também de toda a BELÉM.
*Janio Miglio é carnavalesco e morador da Cidade Velha.
O PT em Belém precisa tomar banho de rua e de povo
28 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Patrick Paraense*
O PT sentiu a conseqüência de não
ter se reciclado, ao exemplo daquilo que vimos em São Paulo, mesmo no berço do tradicionalismo
petista onde a escolha do “poste” Haddad foi “sugerida” pelo ex-presidente Lula
(o gênio da raça) e tendo todo o empenho e a força do governo e de suas
lideranças a campanha fugiu da obviedade de buscar simplesmente
colar o candidato no sucesso dos números do governo federal e nas
popularidades meteóricas de Dilma e Lula.
A campanha em SP, mesmo
defendendo o legado do governo, apresentou propostas novas, disputou o
imaginário da cidade para um projeto petista, envolveu a militância e a
sociedade e fez com que os eleitores compreendessem que mesmo o PT governando o
Brasil com um governo vitorioso ainda temos fôlego para apresentar novidades e
mobilizar a sociedade.
Tivemos a oportunidade, nestas
eleições, de fazer um debate claro com a sociedade comparando o antagonismo dos
projetos do PT e do PSDB. Perdemos a oportunidade de expor para a sociedade as
diferenças entre o nosso governo e o governo dos tucanos. Abrimos mão de
denunciar o descaso com que eles tratam as conquistas do governo Ana Júlia, o
abandono de projetos estratégicos para o estado e o mais grave: a completa
irresponsabilidade com que o governo Jatene lida com as ações do governo
federal, mostrando a total incapacidade do PSDB de governar para os mais
pobres.
Infelizmente, aqui, o PT cometeu
o erro da obviedade. A nossa campanha sustentou-se apenas em reivindicar a
legitimidade, a patente, o DNA do PT. O slogan “o verdadeiro candidato do PT”
ao invés de nos posicionar diante de todo o eleitorado nos limitou a disputar o
voto em um campo demarcado, onde estão os militantes orgânicos e os
simpatizantes do PT, identificando o PSOL como principal adversário.
Com isso, o PT criou uma arena
política na qual nos apequenamos numa disputa imaginária com o PSOL pelo
“Eleitorado petista”, em que a insistência dessa disputa acabou transformando a
campanha num “túnel do tempo” aquele quadro da TV que relembra coisas do
passado.
O PSOL dispunha apenas de 1:37”
de TV no primeiro turno, daí, por um erro de estratégia, coube ao PT relembrar,
durante boa parte da campanha, as ações do governo que era do PT, mas que foram
coordenadas pelo Edmilson, candidato pelo PSOL. Talvez se o candidato fosse
outra pessoa a estratégia “túnel do tempo” pudesse ter rendido melhores
resultados, mas acredito ser difícil disputar o imaginário do governo do povo
quando do outro lado quem ia reivindicar o mesmo legado era o próprio ex-prefeito.
A idéia de que uma campanha na
qual acreditávamos que bastaria posicionar o candidato como representante do
verdadeiro petismo seria o suficiente para apresentar a nossa candidatura como
competitiva serviria caso a eleição a que me refiro fosse o nosso PED e não a
eleição numa capital com a maioria dos mais de 1 milhão de seus eleitores conservadores e despolitizados.
Tivemos uma derrota política e
eleitoral no primeiro turno, e cabe ao PT refletir e se reciclar, para dar
conta da responsabilidade que tem de coordenar a esquerda na oposição aos
tucanos, pois precisamos aceitar que eles foram os grandes vencedores desse
processo eleitoral no Pará, na contra-mão
do que aconteceu no resto do Brasil onde a oposição tucana foi esmagada. Aqui,
o PSDB saiu fortalecido e é necessário unidade na esquerda, não apenas pela
defesa do legado do governo Dilma, mas principalmente em defesa da vida das
pessoas mais humildes de nossa terra e contra a criminalização dos movimentos
sociais.
Daí o gesto do PT em Belém foi
grandioso, o apoio no segundo turno ao candidato do PSOL demonstrou para a
sociedade e para a esquerda que não é por um acaso que o PT é o maior partido
de esquerda do Brasil, que não é por um acaso que coordenamos um governo que
muda o Brasil e a forma que o mundo nos vê.
Mesmo com os erros que cometemos
conseguimos ser conseqüentes e responsáveis, e o apoio ao PSOL demonstra
claramente isso. O PT acertou ao apoiar Edmilson, foi uma demonstração de responsabilidade
e clareza na política, ao contrário do que fez o próprio PSOL nas eleições de
2010 aqui no Pará, quando no 2º turno declarou voto nulo e que repetiu isso nas
eleições de 2012 em cidades importantes como São Paulo, Fortaleza e Salvador.
Sendo assim, ao reconhecer, mesmo
com criticas ao método do PSOL, que o nosso verdadeiro adversário é o PSDB, em
nosso projeto de sociedade, a entrada das lideranças locais, ministros, do
ex-presidente Lula e da Presidenta Dilma que declararam apoio ao PSOL, na
campanha, nesse 2º turno, demonstra uma maturidade e foco na disputa real da
política do Pará, onde elegemos 23 prefeituras e mais de 185 vereadores, o que nos
credencia a coordenar a oposição aos tucanos, não só no estado como em Belém, onde
elegemos 3 vereadores dos 10 que a
esquerda fez e lideramos a polarização nas ruas no 2º turno. Mas dessa vez,
precisamos ter a capacidade e a maturidade de dialogar como um campo,
envolvendo e agregando forças e movimentos.
Mas com toda a certeza a grande
lição que as eleições de 2012 deixam para o PT, é que o crescimento
institucional é importante, mas o parlamento e o executivo são apenas algumas
trincheiras na luta por uma sociedade mais justa e não um fim em si. Precisamos
avaliar o momento sem o tom inquisicionista que alguns irão fundamentar o seu
discurso.
Se é verdade que precisamos
refletir e aprender com os erros precisamos comemorar as vitórias e ampliar os
acertos. Nesse sentido, o PT tem a obrigação de demonstrar capacidade de
renovação e inovação na política do Pará, sem abrir mão das suas conquistas e
lideranças, por isso tenho certeza de que mesmo após enfrentar mais de 7 anos
de ataque da mídia e da direita golpista do Pará e do Brasil, a volta do
companheiro Paulo Rocha soma com a tarefa de unir experiência e capacidade de
renovação que o PT tem. Os ventos que sopram para o PT são de esperança e luta.
A direita irá continuar no
comando de Belém, do Estado e nos seus municípios mais importantes. A região
metropolitana agora é um ninho tucano. Por isso, temos o dever de reinventar o
PT em Belém, de voltar a tomar as ruas e não deixar um dia sequer Zenaldo,
Pioneiro e o Jatene descansarem.
Mas para isso não basta apenas ser do PT, o PT
tem que ser PT, não somos apenas um partido, somos o espaço onde a maioria da
sociedade e dos movimentos sociais se referenciam e a nossa timidez cala essas
vozes. O PT em Belém precisa tomar banho de rua e de povo.
Patrick Paraense é militante do
PT Belém.
Zenaldo Coutinho é eleito o novo prefeito da capital paraense
28 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaZenaldo Coutinho ao lado do governador Simão Jatene. Os dois prometem parceria e unidade para governar Belém. |
No Portal ORM.
O candidato tucano foi o escolhido com 56,61% dos votos
válidos no segundo turno, disputado neste domingo (28).
Zenaldo totalizou 438.435 votos. O candidato do PSDB venceu a eleição na
disputa contra Edmilson Rodrigues (PSOL), que teve 43,39% dos votos
válidos, recebendo 336.059 votos. Edmilson já havia sido prefeito de
Belém por dois mandatos consecutivos (1997 a 2004). Este resultado se
aproxima do percentual divulgado na pesquisa realizada pelo Ibope
divulgada no sábado (27).
'Estou muito feliz com esse resultado, que só mostra que
as pesquisas divulgadas estão corretas! Agora teremos um extraordinário
desafio de superar e vencer os principais problemas de Belém. Saúde,
saneamento e segurança serão prioridades. Vamos primeiramente verificar o
orçamento da Prefeitura, definir nossas parcerias e preparar novos
projetos. Tudo com o apoio do governo do estado e também do governo
federal, que pelo contrário do que o outro candidato falava, nunca nos
fechou as portas. Teremos apoio também de mais de 20 vereadores que já
nos declararam apoio mesmo antes do resultado final', disse o novo
prefeito em entrevista coletiva à imprensa.
O governador Simão Jatene também falou à imprensa sobre a
nova cara de Belém. 'Juntos vamos preparar Belém para os seus 400 anos,
resolvendo os principais problemas. Não vou dizer todos pois seria uma
mentira, mas posso garantir que com essa aliança vamos construir uma
Belém melhor para se viver', comentou.
Ainda de acordo com o governador, a região metropolitana
também ganha com a eleição de Zenaldo. 'Vamos agora realmente integrar a
região metropolitana. Belém, Ananindeua e Marituba estarão mais
próximas e mais unidas', complementou.
Trajetória
- Durante o primeiro turno, Zenaldo iniciou as pesquisas na terceira
colocação. Com o passar da campanha eleitoral, chegou ao segundo lugar
na preferência dos eleitores, fechando o primeiro turno com pouco mais
de 30% dos votos válidos.
Já durante a campanha para o segundo turno, Zenaldo recebeu apoio de
candidatos que conseguiram votação expressiva durante o primeiro turno,
como Jefferson Lima (PP), que teve cerca de 100 mil votos, e Arnaldo
Jordy (PPS).
Militantes do PSDB se concentram na Avenida Visconde de Souza Franco para a festa da vitória de Zenaldo Coutinho |
Números do 2º turno - Dos
1.009.756 eleitores aptos para votar, cerca de 808 mil compareceram
para escolher um dos candidatos. As abstenções somaram 202.015, ou seja
20% dos eleitores não compareceram durante o 2º turno das eleições
municipais.
Ao todo,774.494 pessoas optaram entre Zenaldo
Coutinho (PSDB) e Edmilson Rodrigues (PSOL). Outras 12,595 mil optaram
por votar em branco e 20.652 anularam o voto. A totalização dos
votos aconteceu às 18h57 (horário de Belém), mas o novo prefeito foi
conhecido por volta das 18h.
Perfil do novo prefeito - Zenaldo Rodrigues Coutinho Junior tem 50 anos, é casado e tem duas filhas. Formado em Direito, tem experiência na carreira política desde os 21 anos, quando foi eleito vereador da capital paraense, sendo reeleito em 1988. Duas vezes deputado estadual, chegou à presidência da Assembleia Legislativa do Estado em 1995. Ocupou o posto de líder do Governo na Casa em 1997 e, dois anos depois, chegou à Câmara Federal para cumprir seu primeiro mandato como deputado federal. No Congresso Nacional, teve cargos importantes, como a vice-presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Em sua quarta legislatura, Coutinho se licenciou das atividades como parlamentar para atender convite do Governador do Estado, Simão Jatene, e assumir a chefia da Casa Civil da Governadoria. Em agosto de 2011, deixou a Casa Civil para assumir a Secretaria Especial de Proteção e Desenvolvimento Social (Seepds). Por conta do plebiscito sobre a Divisão do Pará, deixou o órgão e retornou às suas atividades em Brasília, como deputado federal.
Edmilson Rodrigues agradece os mais de 300 mil votos no 2º turno
28 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaCandidato acredita que parte da população viu no candidato eleito a possibilidade de mudança
No Portal ORM.
Na noite deste domingo (28), após o resultado final do segundo
turno das Eleições municipais, o candidato Edmilson Rodrigues, do
PSOL, esteve em seu comitê e agradeceu os mais de 300 mil votos
recebidos pela Frente formada pelo PSOL, PC do B e PSTU, mais o apoio do
PT, PPL, PDT, PTN e PRTB.
O candidato do PSOL destacou também que é hora da soberania popular
ser respeitada, mas advertiu que o povo e a bancada eleita na Câmara
serão soberanos também para cobrar as mudanças prometidas pelo prefeito
eleito. 'É claro que tivemos uma grande vitória política. São pessoas
que acreditam na mudança expressa no nosso programa, que iria,
realmente, revolucionar Belém', destacou.
Edmilson observou que parte da população viu no candidato eleito a
possibilidade de mudança. O importante agora, na avaliação dele, é que
todos estejam também atentos para o cumprimento das promessas. 'Vamos
estar vigilantes. O povo tem que estar vigilante', alertou.
'Tivemos uma vitória eleitoral importante porque conseguimos uma
bancada eleita de 10 vereadores, mais os aliados. Esses representantes
do povo vão ser fundamentais para cobrar que o programa apresentado seja
cumprido', disse. Edmilson concluiu seu pronunciamento dizendo que
deseja uma 'boa administração ao novo prefeito eleito e sorte ao povo'.
Com informações da assessoria do candidato.
Foto: Marcelo Seabra.
Não ao despejo dos Guaranis Kaiowa
28 de Outubro de 2012, 22:00 - Um comentário
Assine agora o abaixo-assinado "Não ao despejo dos Guaranis Kaiowa"
Queremos que a Jusiça do Brasil Em geral a ordem de despejo da
comunidade Guarani-Kaiowá dos territórios conseguido pelos fazendeiros
através da Justiça Federal, em certa medida é a continuidade da expulsão
drástica e perversa praticado comumente pelos pistoleiros das fazendas
em 1970. Já vivemos e sentimos que as consequências das ações de
despejos tanto pelos pistoleiros das fazendas quanto pelas Justiças os
resultados foram, são e serão extremamente truculentas e nocivas
permanentemente para nova geração Guarani-Kaiowá.
Assim, destacamos que a ordem de despejo da Justiça Federal em
Dourados-MS para despejar através de forças policiais a comunidade
(crianças, idosos) Guarani-Kaiowá de Ñanderu Laranjeira faz parte da
frente do processo sistemático de etnocídio/ genocídio histórico e
violências adversas contra povos indígenas brasileiros, alimentando o
extermínio total do povo Guarani-Kaiowá do Cone Sul de Mato Grosso do
Sul.antes de despejar a comunidade indígena Guarani-Kaiowá de Ñanderu
Laranjeira-Rio Brilhante-MS considere em primeiro lugar que as
reservas/aldeias indígenas existentes do Cone Sul do atual Estado de
Mato Grosso do Sul são superlotadas onde não há mais espaço,
infraestrutura e recursos naturais para sobreviver como povo
Guarani-Kaiowá. Nas margens da rodovia há diversos perigos de vida onde
já foram atropelados e mortos 5 indígenas de Ñanderu Laranjeira-Rio
Brilhante-MS.
Vão Destruir o Ver-o-Peso pra fazer um Shopping Center
28 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaVivemos um tempo, não só em Belém, em que a ganância do capital imobiliário é tamanha, que não respeita a tradição, a História e a cultura de um povo, como já dizia um grande humanista alemão do Séc. XIX “Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado”, um tempo em que vale tudo para satisfazer a gula do capital, nem que para isso se mande às favas os escrúpulos de consciência e o compromisso com as futuras gerações que aqui viverão e não encontrarão mais preservadas as suas referências históricas e culturais, não só isso, encontrarão uma cidade desumanizada.
A Câmara de Vereadores de Belém protagonizou um dos capítulos mais tristes de sua História, quando aprovou, quase à unanimidade, o projeto de Lei de autoria do Vereador Raimundo Castro-PTB que altera parâmetros urbanísticos no entorno do Centro Histórico de Belém, contidos na Lei 7.709/94 (Dispõe sobre a preservação e proteção do Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural do Município de Belém). O Projeto é casuístico, no sentido de favorecer imóveis que tenham como uso, o comércio varejista, por exemplo, Shopping Centers e Supermercados. Tal alteração legislativa foi feita em desacordo, formal e substancial com as demais normas urbanísticas que regem a matéria (Constituição Federal e Estadual, Estatuto da Cidade, Lei Orgânica), isto porque, entendemos que o referido projeto de Lei possui vícios que comprometem a sua legalidade e constitucionalidade. Mas desgraça nunca anda sozinha, na próxima terça-feira (30.10.12) deverá entrar na pauta da CMB outro malfadado projeto de Lei, de autoria do Vereador Gervásio Morgado-PR, que tem por objetivo também alterar os parâmetros urbanístico do Plano Diretor de Belém (lei 8.665/08) ao longo da Avenida Almirante Barroso até o Entroncamento, permitindo a ampliação do potencial construtivo para o comercio varejista, atacadista e depósito (Hipermercado e similares).
A legislação urbanística não pode ser alterada de qualquer forma, pois nos termos do Art. 182, §2º da Constituição Federal, a propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor. O Plano Diretor alcança o status de verdadeira “Constituição Urbanística”, isto porque para aprovação, revisão ou alteração do Plano Diretor de Belém, a Lei Federal 10.257/01 (Estatuto da Cidade) exige que o legislativo e o executivo garantam ampla participação popular que fundamente e legitimem decisões tão importantes para a cidade, sem participação popular não pode haver qualquer alteração no Plano Diretor.
O Plano Diretor é muito importante para a cidade, pois será ele que determinará a forma pela qual a propriedade urbana cumprirá a sua função social; podemos afirmar que ao lado do Plano Diretor temos ainda as Leis que nos dão as normas gerais e diretrizes gerais a serem observadas compulsoriamente pelo Município, como Constituição Federal e Estadual, Lei Orgânica e Estatuto da Cidade, que se não observadas pelo Legislativo ou Executivo devem ser invalidadas pelo Judiciário.
Os projetos em questão ao permitirem o aumento do potencial construtivo para o Comércio Varejista (Supermercados, Shopping Centers e similares) seja no centro histórico, seja na Almirante Barroso, não foram precedidos de estudos técnicos (princípio da Precaução/Prevenção) e participação popular (Gestão democrática da cidade) não assegurando aos cidadãos de Belém e sobretudo aos diretamente afetados pelas alterações, o direito à informação sobre os impactos na geração de mais tráfego, na demanda por infraestrutura, por equipamentos urbanos, acessibilidade, valorização imobiliária e diversos outros itens. É dever do poder público (Gestão democrática da cidade) informar os aspectos positivos e negativos que tais alterações trarão e isto não foi feito pela CMB, isto porque, entendo, que sem estudos técnicos e participação popular que legitime os Projetos de Lei que alteram índices urbanísticos que permitem o aumento de potencial construtivo de imóveis cujo uso é o comércio varejista, atacadista e similar, os torna nulos desde a sua origem. A Lei Federal 10.257/01 (Estatuto da Cidade) que regulamenta o capítulo os Arts. 182 e 183 da Constituição Federal que tratam da Politica Urbana define que o Legislativo e o Executivo incorrerão em improbidade administrativa caso não garantam a participação dos interessados no processo decisório.
Os cidadãos de Bem de Belém estão aí se mobilizando para que a nossa cidade não se transforme em um formigueiro febril, sem identidade, sem História, afinal, ainda acreditamos, que amanhã apesar de vocês será outro dia.
*Maurício
Leal Dias é Professor
da UFPA.
E-mail:
mlealdias@gmail.com
----------------------------------------------------------------------------------------------
Nota do blog: Os internautas criaram um abaixo-assinado eletrônico para ajudar na coleta de assinaturas contra o projeto que alterará o Centro Histórico de Belém. Para assinar, clique aqui.
Dilma pede votos pra Edmilson e Zenaldo treme
22 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Primeiro foi o Lula e vários efeitos foram sentidos: O candidato adversário perdeu pontos, seu marketeiro quase pira, a ala extremista do PSOL ameaçou sair da campanha de Edmilson Rodrigues e a parte da militância petista que estava resistente, se engajou de vez. Agora com o vídeo de Dilma chamando voto para o candidato Edmilson Rodrigues é capaz de fazer com que a diferença de votos que separava-o do primeiro colocado nas pesquisas diminua e o ex-prefeito enfim tenha sua vitória com o apoio da presidente que bate recorde de aprovação popular e traça com firmeza e sensibilidade política, os rumos de nosso país.
Lula grava apoio e gera crise no PSOL: PSTU e CST rompem e denunciam o partido
21 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
A carreata havia movimentado centenas ou talvez milhares de litros de gasolina, carros e militantes.
Militantes do PSOL, PSTU, PCdoB e do PT, estavam felizes da vida com o depoimento de Lula que finalmente chegava para ajudar a campanha daqueles que até outro dia chamavam o ex-presidente de chefe do "Mensalão".
Militantes do PSOL, PSTU, PCdoB e do PT, estavam felizes da vida com o depoimento de Lula que finalmente chegava para ajudar a campanha daqueles que até outro dia chamavam o ex-presidente de chefe do "Mensalão".
O domingo que antecedeu o domingo da eleição mais importante para a sobrevivência política do grupo que abandonou o PT e passou à ser seu mais implacável inimigo, seria perfeito se não fosse a exposição da contradição de sua existência e de sua praxes política.
Primeiro foi o PSTU, que emitiu nota abandonando a coordenação da campanha de Edmilson Rodrigues, logo em seguida, o partido do Socialismo e Liberdade rachou definitivimante, na explosiva nota de uma de suas tendências internas, A CST, que ao certo trará consequências incalculáveis à legenda e mostram a ponta do iceberg da crise em que o PSOL atravessa, tão logo deixou de lado os jargões revolucionários e passou à fazer o jogo político, o qual sempre criticou, trazendo sua negação desde o seu nascimento, tratando como o diferencial dos demais partidos.
A semana começará agitadíssima pra esquerda belenense e deverá implicar em mudanças drásticas neste finzinho de campanha, onde cada voto, cada opinião e confusão, de ambos os lados em disputa, poderão definir o quadro eleitoral, com uma pequeníssima diferença de votos.
A semana começará agitadíssima pra esquerda belenense e deverá implicar em mudanças drásticas neste finzinho de campanha, onde cada voto, cada opinião e confusão, de ambos os lados em disputa, poderão definir o quadro eleitoral, com uma pequeníssima diferença de votos.
Segue a Nota publicada no portal do PSTU.
PSTU rompe com frente em Belém e chama voto crítico em Edmilson Rodrigues (PSOL)
O PSTU anuncia sua ruptura com a Frente “Belém nas mãos do povo” em razão dos rumos políticos adotados pela direção do PSOL neste 2º turno na disputa da Prefeitura Municipal de Belém. Na capital paraense, foi composta uma frente eleitoral entre PSOL, PCdoB e PSTU, tendo Edmilson Rodrigues (PSOL) como candidato a prefeito. Essa frente foi montada com o objetivo de constituir uma alternativa eleitoral de esquerda para os trabalhadores da cidade, em base a um programa mínimo de enfrentamento com os setores da burguesia, de compromisso com os trabalhadores e o povo pobre e de independência de classe (política e financeira) em relação aos patrões e governos.
A coligação em torno da campanha do Edmilson polarizou a cidade e se concretizou em uma alternativa para todos os trabalhadores. Foi tão assim que, mesmo com um tempo de TV muito reduzido e inferior aos demais, Edmilson venceu o primeiro turno com 32% dos votos.
No interior da frente, desde antes de sua conformação, houve uma luta política para garantir um programa classista. O PSTU batalhou contra a presença do PCdoB, por ser um partido que apoia e compõe o Governo Federal, partido que não comunga com a oposição que PSTU faz politicamente ao governo Dilma.
Além disso, durante a campanha, Edmilson recebeu apoio de Marina Silva e o PSOL aceitou a doação de dinheiro de empresas para financiar sua campanha. Ambas as ações estão contra as diretrizes de uma candidatura que reivindica governar para o povo pobre e os trabalhadores. O PSTU sempre exigiu publicamente que isso fosse revisto.
Lamentavelmente, a direção do PSOL sucumbiu de vez à lógica do vale-tudo eleitoral ao incorporar política e programaticamente neste 2º turno o PT e representantes da direita como o PDT, o PPL e até mesmo um vereador do DEM. O PDT é um partido que fez parte da base de sustentação do governo Duciomar Costa e da candidatura de Anivaldo Vale (PR) e tem como um de seus principais dirigentes o latifundiário Giovanni Queiroz. Já o PPL é uma sublegenda do PMDB. A reivindicação do apoio de Dilma e Lula por parte de Edmilson Rodrigues em sua campanha significam o abandono do perfil de uma candidatura de esquerda e socialista.
Nós do PSTU já alertávamos desde o 1º turno que o recebimento de dinheiro de empresários e a defesa de programas sociais compensatórios (Bolsa-Escola) como principal eixo de campanha de Edmilson já indicavam uma guinada à direita que abandonava o caráter classista e socialista que a frente deveria ter.
O espaço de massas conquistado pela candidatura de Edmilson e pela campanha da Frente “Belém nas mãos do povo” poderiam contribuir com o fortalecimento da luta da classe trabalhadora, do povo pobre e da juventude para enfrentar os ataques dos patrões e dos governos aos salários e direitos, como a nova reforma da Previdência que está sendo preparada e a tentativa de instituir o Acordo Coletivo Especial pelo governo com o objetivo de flexibilizar os direitos trabalhistas.
A autoridade política da candidatura de Edmilson também poderia estar a serviço da luta contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela implantação de conselhos populares que decidissem sobre 100% do orçamento e pelo direito à educação, saúde, saneamento, moradia e transporte público e de qualidade.
Infelizmente, Edmilson e o PSOL optaram pelo caminho inverso. Resolveram trilhar o caminho da conciliação de classes no âmbito do programa e das alianças eleitorais.
O PSTU tem um compromisso com a classe trabalhadora e é coerente com aqueles que apostam em construir um projeto para transformar a sociedade. A presença do PSTU nessa frente, hoje, estaria em contradição com seu programa, e o lado que o PSOL tomou nos obriga a nos retirarmos da coordenação de campanha.
A mesma coerência que nos faz sair da coordenação da Frente ‘Belém nas mãos do povo’ também nos cobra um posicionamento contundente contra o PSDB. Zenaldo Coutinho é a representação política dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros. Seu partido é o símbolo dos setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e que defendem a privatização de nossas riquezas, empresas e serviços públicos. Uma possível vitória de Zenaldo representaria um retrocesso para as lutas e para a consciência da classe trabalhadora em Belém.
Por isso seguimos chamando voto em Edmilson, um voto crítico, para derrotar a burguesia. Mas com essa coalização mantida, não temos nenhuma expectativa de que o PSOL será consequente com um governo para a classe trabalhadora, porque as alianças de hoje cobrarão seu preço amanhã.
Direção Municipal do PSTU.
Agora veja a nota da CST/PSOL.
A CST-PSOL se retira da campanha e declara voto crítico em Edmilson.
1- No dia 17/10 nos posicionamos com nota sobre os erros que víamos na campanha de Edmilson. A aliança com partidos da ordem e corruptos impôs um rebaixamento programático e a diluição de nosso perfil, ao ponto de que um vereador do DEM está apoiando Edmilson.
2- Isso explica o crescimento do tucanato, que tanto mal fez e faz ao nosso país e ao Pará. Ao misturar nosso partido com antigas ratazanas patronais e ao PT estamos perdendo a oportunidade de apresentar um projeto alternativo para enfrentar, pela esquerda, o PSDB de Zenaldo. Não podemos esquecer que os Tucanos venceram o governo estadual, derrotando Ana Júlia, em função do desgaste do projeto neoliberal aplicado pelo PT. Lembrando que o governo Ana Júlia/Jáder reprimiu a greve dos trabalhadores da educação dirigida pelo SINTEPP, dentre outras categorias. Acrescentamos que, em Belém, as traições nacionais do PT produziram a derrota de Dilma no segundo turno de 2010, o que explica o péssimo resultado do PT em 2012.
3- No entanto, o que estava ruim ficou pior. Com a definição de Lula de gravar programas de TV para Edmilson todos os limites foram ultrapassados. Assim, levam nosso partido para a vala comum da base aliada do governo Dilma/Temer e da ordem estabelecida, cujo maior representante é Lula. Por essa via, ao se aliar ao governo PT/PMDB, o partido do ficha suja Jáder Barbalho e de Priante, entrou definitivamente em nossa campanha. Nós não esquecemos que o governo Dilma/Temer indicou Luis Fux ao STF para roubar o mandato de Marinor Brito, recolocando Jáder no Senado. Montaram, assim, um palanque que nossa corrente não vai compartilhar!
3- É com profunda perplexidade e indignação que assistimos a declaração de Lula, usando o tempo de TV do PSOL para iludir os trabalhadores e o povo pobre ao mesmo tempo em que usa nosso partido para tentar respaldar pela esquerda o seu projeto político nacional. Lula afirma que os governos do PT melhoraram a vida do povo trabalhador e significaram valorização das áreas sociais. A nossa situação não é essa. O censo do IBGE de 2010 mostra que metade da população tem rendimento per capita de até R$ 375,00. Nos últimos anos aumentou a privatização da saúde, o favorecimento aos tubarões do ensino e os programas habitacionais servem para favorecer as empresas privadas do setor. Agora mesmo, Dilma acaba de privatizar os aeroportos, a previdência dos servidores federais, os hospitais universitários, tudo feito com aumento da criminalização dos movimentos sociais, seja o corte de ponto aos grevistas ou as tropas federais no canteiro de Belo Monte, por exemplo.
4- É a primeira vez que Lula apóia um candidato do PSOL. É a primeira vez que o governo Federal, o governo Dilma, apoia nosso partido. Lula é a figura que simboliza a conversão do PT em um instrumento da ordem e da classe dominante. Traição que deu origem ao PSOL, pela sua capitulação ao FMI, à política econômica de Meireles e Palocci. Desde o início, os parlamentares Radicais e os militantes do PSOL combateram Lula e a reforma da previdência e as demais reformas neoliberais, as privatizações e os leilões do petróleo, a criminalização das lutas e o arrocho salarial aos servidores, o pagamento de 45% do orçamento para pagar juros aos banqueiros e o Mensalão. Por isso não aceitamos que o chefe dos mensaleiros, aquele que em nome da esquerda aplicou a política neoliberal no nosso país, aquele que simboliza a traição da luta histórica dos trabalhadores apareça nos programas do PSOL!
5- Não é para isso que dedicamos nossas vidas a construção do PSOL! Não aceitamos a domesticação de nosso Partido! Não temos nada a ver com a ala que quer liquidar o partido, o setor petista do PSOL, a ala governista de nosso partido! Não aceitamos as negociatas que o grupo de Edmilson, Randolfe e Ivan Valente fez com o PT e o governo federal, que significa fazer campanha para Haddad em São Paulo, o apoio de Randolfe para o PT em Rio Branco-AC, passando por cima do PSOL no estado, tudo em troca do apoio de Lula em Belém! Trata-se de acordos tão fisiológicos e oportunistas, que em Belém (Edmilson) está com o governo federal e Lula contra o PSDB, enquanto em Macapá (Clécio) está com DEM/PSDB disputando contra o PDT e Lula.
6- O pior é que o programa de Lula em Belém foi imposto por este grupo sem debater ou deliberar esta política na Executiva Municipal do Partido.
7- Este grupo acaba de lançar uma nota ameaçando as tendências que resistem internamente, sobretudo à situação esdrúxula do Amapá, onde o senador Randolfe e Clécio, estão aliados ao PSDB, DEM e PTB. Dizem que nossa posição deve ser “analisado à luz dos princípios partidários” dando a entender que podem vir a querer punir dirigentes, parlamentares, militantes de nosso campo e/ou regulamentar o direito de manifestação pública das tendências. Ameaças que repudiamos, que não nos calarão, nem nos impedirão de defender o PSOL e seu caráter de esquerda, radicalmente contrário aos dois blocos de poder da classe dominante: PT e seus aliados e o PSDB/DEM e seus aliados. Aqueles que sim devem ser punidos, são os atuais dirigentes que desrespeitam nossas resoluções congressuais, passam por cima de nossas instancias e fazem acordos e negociatas com tudo e com todos.
8- Para defender o PSOL, para defender o caráter de esquerda de nosso partido, a CST-PSOL se retira da campanha e chama voto crítico em Edmilson. Do mesmo modo, propomos a todas as correntes, grupos e movimentos sociais que compõem a frente eleitoral para repudiar essa situação, adotando a mesma atitude.
Em Defesa do PSOL! Pela oposição de esquerda contra o governo do PT/PMDB e a velha direita PSDB/DEM! Viva a luta pelo Socialismo!
CST – Corrente Socialista dos Trabalhadores
Silvia Letícia – Secretária Geral do PSOL Belém, Douglas Diniz – Membro da DN e Secretário de Organização do PSOL Belém, Julia Borges – Membro do Diretório Municipal do PSOL Belém, Francisco Lopes – Diretório Municipal do PSOL Belém,
Cedicio de Vasconcelos – Diretório Municipal do PSOL Belém, Neide Solimões – Executiva Estadual do PSOL Pará, Denis Melo – Executiva Estadual do PSOL Pará, Messias Flexa – Diretório Estadual do PSOL Pará, Joyce Rabelo – Diretório Estadual do PSOL Pará, Reginaldo Cordeiro – Diretório Estadual do PSOL Pará, João Santiago – Diretório Estadual do PSOL Pará - Mariza Mercês Moreira – Diretório Estadual do PSOL Pará. Babá, Silvia Santos, Michel Oliveira e Nancy de Oliveira Galvão – Diretório Nacional do PSOL.
Tudo isso por causa do vídeo abaixo:
A esquizofrênia da Farsa Socialista e a hipocrizia da Direita incompetente
18 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaEm Belém, Plínio de Arruda com seus colegas de partido. |
"O Serra tem seus problemas. Tem um gênio difícil, é meio direitoso, mas é um homem competente."
Plínio de Arruda, fundador do PT e candidato do PSOL à Presidência em 2010, em declaração à Folha de São Paulo hoje, dizendo
ser amigo de Serra, candidato derrotado por 2 vezes pelo PT e candidato à
prefeitura de São Paulo, onde está em 2º colocado nas pesquisas. O 1º
colocado é Fernando Haddad, militante do PT e ex-ministro da Educação.
Detalhe: O candidato do PSOL em SP, Carlos Giannazi, teve 1% dos votos no primeiro turno e orienta voto nulo neste 2º turno.
Detalhe: O candidato do PSOL em SP, Carlos Giannazi, teve 1% dos votos no primeiro turno e orienta voto nulo neste 2º turno.
Já em Belém, o
candidato do partido, Edmilson Rodrigues conta com o apoio parcial do PT
e diz que o PSOL sempre teve uma relação respeitosa com o partido, mesmo
assim não convence à base, pois sua militância faz justamente o
contrário.
Em 2010, por exemplo, o PSOL-Pará ajudou a desenterrar Simão Jatene (PSDB), que hoje governa novamente o Estado e já ganhou importantes prefeituras do Estado e mira agora no segundo turno, a prefeitura de Belém.
Com um falso discurso, o candidato do PSDB Zenaldo Coutinho, demonstra o
quanto é hipócrita ao criticar a gestão municipal e ter
co-responsabilidade com a eleição de Duciomar Costa com quem está de braços dados, prontos para dar continuidade ao desgoverno que segue na cidade que completará 400 anos precisando de vergonha na cara de muita gente que faz questão de não debater política e limita-se à votar de dois em dois anos.
Belém: Nova pesquisa de intenção de votos do 2º turno
17 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
No blog do pesquisador Edir Veiga.
Quem vai ganhar o segundo turno? não sei, não tenho bola de cristal. A
ciência política de inspiração weberiana trabalha com a noção de
tendências probabilísticas.
No caso de Belém temos algumas pistas de por onde a teoria nos ajuda
enxergar no momento de reinício da competição de segundo turno entre Ed e
Zê.
Parto de algumas asertivas, ou seja, antecedentes lógicos para derivar as respectivas consequentes:
1- O status kuo ideológico da cidade Belém é de centro conservador.
2-O deputado ED está na extremidade esquerda deste espectro ideológico
3-Zenaldo está posicionado no centro deste status kuo belenense
4-Eleitores de J.Lima, Priante e Anivaldo tendem majoritariamente para o centro ideológico da cidade.
5- Eleitores de Jordy e do Alfredo tendem majoritariamente para o espectro de esquerda.
Isto posto, posso concluir.
Zenaldo tende a sair com uma boa vantagem sobre Edmilson quando o realinhamento eleitoral se colocar neste segundo turno.
Esta tendência é defintiva? nada é definitiva em disputa política, mas
probabilisticamente, Zenaldo tende a vencer o segundo turno.
Lembremos, os candidatos não são donos do voto de seus eleitores. Os
candidatos devem se posicionar coerente com a tendência de seu
eleitorado, sob pena de virem a se desmoralizar.
O PT também vota nulo em Belém
17 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda"Quase todos os partidos se dão conta de que para a sua própria autoconservação lhes interessa que o partido oposto não perca forças; o mesmo se deve dizer para a grande política. Especialmente uma criação nova, por exemplo o novo Reich, tem uma maior necessidade de inimigos que de amigos: só na antítese se sente necessário, só na antítese chega a tornar-se necessário... Não nos comportamos de outro modo com o nosso "inimigo interior"
(Friedrich Nietzsche, "Crepúsculo dos ídolos, ou como se filosofa à marteladas", Lisboa, Guimarães Editores, Ltda, 1985)
Para entender a posição do único Núcleo de Base ainda existente no PT-Belém, leia a nota publicada no Facebook.
Crise no PSOL: Aliança com DEM/PSDB em Macapá revolta militantes.
15 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaIvan Valente, presidente do PSOL com Panzera (PCdoB), Edmilson, Marinor e Randolfe (PSOL) |
A pergunta que não quer calar: Porque a corrente política de Edmilson Rodrigues, candidato do PSOL em Belém do Pará, não assinou a nota sobre a política de Alianças em Macapá, onde o Partido está unido com o DEM e o PSDB?
Leia e entenda a nota publicada no perfil do Babá no Facebook:
NOTA AO PSOL SOBRE AS ALIANÇAS NO SEGUNDO TURNO EM MACAPÁ
Nas eleições de 7 de
outubro, o PSOL conquistou uma vitória política indiscutível.
Apresentando-se
pela esquerda, o partido ampliou de forma muito significativa suas votações;
elegeu um prefeito (no município de Itaocara, no estado do Rio de Janeiro), passou
ao segundo turno em duas capitais – Belém e Macapá – e obteve grandes votações
em outras capitais e nas maiores cidades (com destaque para Rio de Janeiro,
Fortaleza, Florianópolis, Niterói) e vitórias políticas importantes como em
Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Maceió e Natal; ampliou de forma
expressiva sua bancada de vereadores. Tudo isto, apresentando-se pela esquerda,
demarcando tanto com os partidos da direita tradicional como com o bloco dos
apoiadores do governo federal.
É neste quadro que fomos surpreendidos pelas informações sobre as alianças que estão sendo articuladas para o segundo turno em Macapá. Diversos órgãos de imprensa do Amapá divulgaram, no dia 12/10, a realização de um ato político em que o candidato a prefeito pelo DEM e pela coligação “Macapá Melhor” (DEM-PTB-PSDB-PRP), o deputado federal Davi Alcolumbre, apoiou Clécio Luís (PSOL), selando uma aliança. O Candidato do DEM declarou que “nossas propostas foram incorporadas ao plano de governo de Clécio”. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) declarou que esta não é apenas “uma aliança política, e sim um caminho novo para a política no Amapá; é uma aliança para ganhar a Prefeitura no último domingo deste outubro, mas é também para governar em conjunto, unindo ideias e propostas de Clécio e demais lideres para Macapá dar a volta por cima”.
Estiveram presentes os principais representantes no Amapá do DEM, do PTB e do PSDB. Um dos representantes do PTB presentes foi o vereador eleito Lucas Barreto, candidato ao governo do Amapá em 2010, quando foi apoiado por Clécio e Randolfe, na contra-mão do PSOL nacional. Outro presente foi o prefeito eleito de Santana, Robson Rocha (PTB), candidato que recebeu o apoio público do senador Randolfe Rodrigues desde o primeiro turno. E também o presidente do PSDB, Jorge Amanajás, que já tinha dado apoio a Clécio desde o primeiro turno. Todas estas lideranças destes três partidos são ligadas a José Sarney.
Três dias depois da divulgação destas informações, o companheiro Clécio Luís enviou uma “Mensagem às companheiras e companheiros do Partido Socialismo e Liberdade” em que, no fundamental, confirma as informações divulgadas pela imprensa do Amapá.
Ora, o PSOL de todo o país, que acabou de brilhar com uma campanha eleitoral de esquerda, não merece uma agressão como esta que está sendo feita contra ele. É evidente que a candidatura a prefeito de um deputado federal do DEM, apoiada por DEM, PTB e PSDB, só pode ser uma candidatura de direita, da qual não devemos buscar o apoio, e com a qual, muito menos, podemos fazer qualquer aliança programática. Tampouco faz nenhum sentido fazer com estes partidos uma “aliança pela moralidade”. DEM, PTB e PSDB estão na lista de partidos com os quais o DN do PSOL proibiu qualquer aliança nas eleições de 2012. Se esta aliança se mantiver, representará uma mancha que envergonhará e indignará todo o PSOL; obviamente, não se trata de um assunto do PSOL do Amapá apenas.
Um partido cuja razão de ser é representar uma alternativa de esquerda à adaptação da maior parte da antiga esquerda brasileira ao social-liberalismo não pode tolerar esta aliança em Macapá, sob pena de se desmoralizar e de comprometer todo o seu discurso político. A desastrada política encaminhada em Macapá deve ser revertida, ou os responsáveis por ela deverão ser sancionados pelo partido. Se não adequarem sua atuação à linha do partido, não deverão ter lugar nas suas fileiras.
Por meio desta nota, nós, dirigentes nacionais do PSOL, manifestamos nosso total desacordo com o apoio do DEM, do PSDB e do PTB ao candidato de nosso partido à prefeitura de Macapá. O apoio destes partidos, mesmo no segundo turno nestas eleições municipais, não é bem vindo, já que representam forças de direita com as quais não queremos nenhum tipo de proximidade política.
Para que possamos oficializar esta posição como posição do partido, reivindicamos que o presidente nacional do PSOL, deputado Ivan Valente, não apenas se pronuncie sobre o assunto (afinal, cabe à Executiva Nacional e, em especial ao seu presidente, garantir o cumprimento das decisões do Congresso e do DN), como também convoque imediatamente a Executiva Nacional para deliberar. Caso isso não ocorra, os signatários desta nota utilizarão os meios estatutários para garantir a defesa do partido.
16 de outubro de 2012
André Ferrari
Antônio Neto
Brice Bragato
Camila Valadão
Carlos Gianazzi
Daniela Conte
Douglas Diniz
Eduardo D’ Albegaria
Fernanda Melchiona
Fernando Silva (Tostão)
Gelsimar Gonzaga (Prefeito eleito de Itaocara-RJ)
Israel Dutra
João Batista Babá
João Machado
João Alfredo
Jorge Almeida
José Campos
Juliana Fiuza
Leandro Recife
Luciana Genro
Mariana Riscali
Mario Agra
Michel Oliveira
Nancy Oliveira
Nonato Masson
Pedro Fuentes
Pedro Maia
Raul Marcelo
Roberto Robaina
Sandro Pimentel
Silvia Santos
Tárzia Medeiros
Veraci Alimandro
Zilmar Alverita
É neste quadro que fomos surpreendidos pelas informações sobre as alianças que estão sendo articuladas para o segundo turno em Macapá. Diversos órgãos de imprensa do Amapá divulgaram, no dia 12/10, a realização de um ato político em que o candidato a prefeito pelo DEM e pela coligação “Macapá Melhor” (DEM-PTB-PSDB-PRP), o deputado federal Davi Alcolumbre, apoiou Clécio Luís (PSOL), selando uma aliança. O Candidato do DEM declarou que “nossas propostas foram incorporadas ao plano de governo de Clécio”. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) declarou que esta não é apenas “uma aliança política, e sim um caminho novo para a política no Amapá; é uma aliança para ganhar a Prefeitura no último domingo deste outubro, mas é também para governar em conjunto, unindo ideias e propostas de Clécio e demais lideres para Macapá dar a volta por cima”.
Estiveram presentes os principais representantes no Amapá do DEM, do PTB e do PSDB. Um dos representantes do PTB presentes foi o vereador eleito Lucas Barreto, candidato ao governo do Amapá em 2010, quando foi apoiado por Clécio e Randolfe, na contra-mão do PSOL nacional. Outro presente foi o prefeito eleito de Santana, Robson Rocha (PTB), candidato que recebeu o apoio público do senador Randolfe Rodrigues desde o primeiro turno. E também o presidente do PSDB, Jorge Amanajás, que já tinha dado apoio a Clécio desde o primeiro turno. Todas estas lideranças destes três partidos são ligadas a José Sarney.
Três dias depois da divulgação destas informações, o companheiro Clécio Luís enviou uma “Mensagem às companheiras e companheiros do Partido Socialismo e Liberdade” em que, no fundamental, confirma as informações divulgadas pela imprensa do Amapá.
Ora, o PSOL de todo o país, que acabou de brilhar com uma campanha eleitoral de esquerda, não merece uma agressão como esta que está sendo feita contra ele. É evidente que a candidatura a prefeito de um deputado federal do DEM, apoiada por DEM, PTB e PSDB, só pode ser uma candidatura de direita, da qual não devemos buscar o apoio, e com a qual, muito menos, podemos fazer qualquer aliança programática. Tampouco faz nenhum sentido fazer com estes partidos uma “aliança pela moralidade”. DEM, PTB e PSDB estão na lista de partidos com os quais o DN do PSOL proibiu qualquer aliança nas eleições de 2012. Se esta aliança se mantiver, representará uma mancha que envergonhará e indignará todo o PSOL; obviamente, não se trata de um assunto do PSOL do Amapá apenas.
Um partido cuja razão de ser é representar uma alternativa de esquerda à adaptação da maior parte da antiga esquerda brasileira ao social-liberalismo não pode tolerar esta aliança em Macapá, sob pena de se desmoralizar e de comprometer todo o seu discurso político. A desastrada política encaminhada em Macapá deve ser revertida, ou os responsáveis por ela deverão ser sancionados pelo partido. Se não adequarem sua atuação à linha do partido, não deverão ter lugar nas suas fileiras.
Por meio desta nota, nós, dirigentes nacionais do PSOL, manifestamos nosso total desacordo com o apoio do DEM, do PSDB e do PTB ao candidato de nosso partido à prefeitura de Macapá. O apoio destes partidos, mesmo no segundo turno nestas eleições municipais, não é bem vindo, já que representam forças de direita com as quais não queremos nenhum tipo de proximidade política.
Para que possamos oficializar esta posição como posição do partido, reivindicamos que o presidente nacional do PSOL, deputado Ivan Valente, não apenas se pronuncie sobre o assunto (afinal, cabe à Executiva Nacional e, em especial ao seu presidente, garantir o cumprimento das decisões do Congresso e do DN), como também convoque imediatamente a Executiva Nacional para deliberar. Caso isso não ocorra, os signatários desta nota utilizarão os meios estatutários para garantir a defesa do partido.
16 de outubro de 2012
André Ferrari
Antônio Neto
Brice Bragato
Camila Valadão
Carlos Gianazzi
Daniela Conte
Douglas Diniz
Eduardo D’ Albegaria
Fernanda Melchiona
Fernando Silva (Tostão)
Gelsimar Gonzaga (Prefeito eleito de Itaocara-RJ)
Israel Dutra
João Batista Babá
João Machado
João Alfredo
Jorge Almeida
José Campos
Juliana Fiuza
Leandro Recife
Luciana Genro
Mariana Riscali
Mario Agra
Michel Oliveira
Nancy Oliveira
Nonato Masson
Pedro Fuentes
Pedro Maia
Raul Marcelo
Roberto Robaina
Sandro Pimentel
Silvia Santos
Tárzia Medeiros
Veraci Alimandro
Zilmar Alverita