MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua
4 de Agosto de 2024, 9:32O blog recebeu o processo de número 0810605-68.2024.8.14.0000, que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo, no qual consta o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), o qual está sendo acusado de se beneficiar junto com outras pessoas, de desvios de verbas públicas em benefício do Hospital Santa Maria, localizado no mesmo município.
O suposto esquema seria articulado entre o referido hospital e o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado do Pará (IASEP), alvo de uma investigação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado - GAECO, contra seus dirigentes, durante o governo de Helder Barbalho (MDB)
Vamos analisar o documento, que tem 173 páginas e trazer novas informações sobre o caso.
Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL
3 de Março de 2024, 8:52Luiz Araújo é um velho militante socialista, de correntes partidárias que viveram na ilegalidade, até formarem o PT, onde viveu a maior parte de sua história. Parceiro do prefeito de Belém desde então, foi um quadro intectual que aderiu à saída do PT, junto com seu irmão, Aldenor Jr, atual chefe de gabinete de Edmilson Rodrigues. Juntos, os três formaram a tríade que fundou o PSOL no Pará, após a expulsão de diversos companheiros do PT, em 2004, dois anos após a primeira vitória de Lula à presidência do país.
Um dos expulsos foi o ex-deputado federal Babá, que com sua corrente interna no PT defendia posicionamentos considerados "radicais" pela ala petista mais alinhada a Lula e seu grupo interno do PT: a Articulação Unidade na Luta.
Ao saírem do PT dizendo que o partido já não mais representava os interesses genuínos da classe trabalhadora, Babá, Edmilson e os irmão Luiz Araújo e Aldenor Jr junto com outras lideranças nacionais aderiram ao Partido do Socialismo e Liberdade - PSOL, com a concepção de que o partido seria diferente do PT.
No entanto, em Junho do ano passado, Babá anunciou que ele e seu grupo estavam se desligando do PSOL, dizendo que a sigla “rasgou suas bandeiras” ao apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.
Em um Manifesto, a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), da qual Babá é fundador, disse que o petista fez alianças com “representantes dos banqueiros, agronegócio, multinacionais e setores da extrema-direita”. A corrente ainda faz críticas ao texto da âncora fiscal enviada ao Congresso e destaca posições consideradas “anti-ambientais de ministros do governo.
“Antes o PSOL rejeitava os governos de conciliação com a classe dominante, hoje ele os integra e apoia. A CST mantém a coerência com o programa que sempre defendemos”, acrescenta. “Não fundamos o PSOL para estimular a conciliação com os patrões, mas para combatê-la", concluiu o Manifesto do grupo de Babá.
Agora, o racha ideológico no PSOL chega à Belém, com o anúncio de que o braço esquerdo de Edmilson Rodrigues, informa o seu desligamento do seu grupo político interno no PSOL, a "Primavera Socialista", e mesmo evitando entrar em detalhes sobre sua decisão, manifestou sua contrariedade aos rumos que o partido vem tomando, sobretudo à frente da Prefeitura de Belém, onde foi nomeado Diretor Geral da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Belém para logo depois assumir a Secretaria Municipal de Controle, Integridade e Transparência do município de Belém e assumiu a função de coordenador do Grupo de Trabalho COP30 da Prefeitura de Belém, sendo substituído por Cláudio Puty, atual secretário de Planejamento e Gestão.
Há quem diga que entre os motivos da saída do companheiro de tendência de Edmilson, seja a relação mantida entre o governo municipal com os vereadores e partidos que dão sustentação à gestão, onde a promiscuidade e o toma lá, dá cá dominam as tratativas entre secretários municipais, assessores, parlamentares e empresários.
Leia abaixo, a carta de Luiz Araújo:
Carta de desligamento da corrente Primavera Socialista
Essa deve ser uma das decisões mais difíceis da minha vida. Desde os 15 anos dedico minha vida a transformar o mundo. E nesses 46 anos sempre estive construindo meus sonhos na mesma organização. É muito tempo, muita aposta num único caminho. Passei pelo racha sofrido pelo MEP em 82, pela fusão que formou o MCR, pela decisão de ser uma tendência interna no PT (Força Socialista), pela saída doída do PT (reconhecendo que havíamos perdido a batalha de torná-lo um instrumento de transformação social radical), pela criação da APS, ajudei a administrar o rescaldo após o racha na APS e estou aqui após a criação da Primavera Socialista. Acompanhei entrada e saída do PT e acompanhei entrada e luta para construir uma maioria dentro do PSOL.
O que me manteve na mesma posição durante mais de quatro décadas, com tantas mudanças de conjuntura e de ambiente onde a disputa revolucionária acontecia? É uma pergunta que tem pelo menos duas respostas. A primeira que vem a minha mente é a concordância com um projeto coletivo, projeto em que vários revolucionários dedicaram a melhor época de suas vidas. A segunda, não menos importante, é que sempre fugimos do isolamento, nosso projeto sempre esteve ancorado na certeza de que uma transformação social é obra de milhões e sem dialogar com seus sentimentos seríamos apenas um grupo irrelevante e com boas ideias.
Mas, com o passar dos anos, como escrevi em documento interno ao debate do 2º Encontro da Primavera Socialista, fomos perdendo algumas características fundamentais enquanto grupo político e não tenho lido, ouvido e principalmente visto, vontade ou disposição para mudar as carências e deficiências que foram se acumulando e, mesmo que lentamente, corroendo o sentido coletivo de nossa existência.
No documento “É preciso coragem para um novo começo”, escrito por mim e pela Joyce Garófalo, enumeramos as principais deficiências que acumulamos, dentre elas perda de nossa capacidade de formulação teórica, funcionamento de uma federação de grupos locais, unidos numa memória histórica comum e em objetivos comuns imediatos, não conseguimos manter um funcionamento democrático, seja no funcionamento das instâncias, em todas as esferas, seja na circulação de orientações e decisões. E mesmo os avanços pontuais de formulação não tiveram as consequências práticas necessárias, o que explica perda de várias lideranças, especialmente negras. Nos tornamos uma força relevante por que controlamos o aparato partidário, mas não temos relevância em nenhum movimento social, seja antigo ou novo.
O documento resumia nosso pensamento: “o formato que temos hoje, nosso funcionamento e nossa formulação (ou limite dela) não nos permite cumprir as tarefas de ser um agrupamento bem posicionado para a próxima fase da luta social em nosso país. Estamos diante de um esgotamento das potencialidades do que somos e isso não começou agora, mas no momento os sinais são claros e não podem ser ignorados”.
Os dois anos e meio de retorno a Belém, maior base política de nossa organização e local onde militei a maior parte da vida ao invés de me realimentar para enfrentar os problemas que precisamos resolver, deu-me a certeza de que o que achava que éramos é mais uma imagem do passado do que uma realidade do presente. Se não posso reproduzir o que somos no Pará para todo o Brasil, mas asseguro que com cores fortes é parte significativa de nossa fotografia. No berço da Cabanagem somos grandes, temos parlamentares, governamos a capital do estado, temos ampla maioria no PSOL, mas não somos uma organização. Temos valorosos militantes, isolados e sendo formados num emaranhado de grupos de interesse, de mandatos e futuros mandatos, sem espirito de corpo, sem nenhuma discussão política relevante e formativa, sem solidariedade com os demais. Pequenos ou grandes grupos em torno de projetos pessoais ou, quando coletivos, de uma fração do coletivo. Algo desalentador.
Não me eximo das responsabilidades que me cabem no quadro que vivemos. Estive em posições de comando e devo ter feito menos do que poderia ou deveria. Vi a perda de lideranças negras incomodadas com falta de espaço e nada fiz. Vi a consolidação de projetos pessoais em várias partes e nada fiz. Aceitei determinadas práticas sempre em nome do bem maior, não deixar o PSOL se tornar irrelevante. Mas não medi ou alertei o suficiente para as consequências dos caminhos escolhidos.
Por motivos de saúde não pude estar presente no debate do Encontro Nacional, mas lendo as resoluções e acompanhando os seus desdobramentos (ou não desdobramentos), fica nítido de que os problemas crônicos não foram enfrentados ou foram considerados administráveis. Continuamos priorizando os calendários eleitorais e partidários e esperando por um milagre.
Certa vez, num debate com a militância da Primavera em Belém fui chamado de romântico. Pode ser, acredito que me levanto todo dia com vontade de lutar por que acho que estou dando minha parcela de contribuição para um projeto coletivo. Vou completar 61 anos daqui a 2 meses, me sobram 19 anos úteis, período produtivo e que não estarei ainda dando trabalho para outras pessoas. Sinceramente, depois de 46 anos de dedicação a um projeto que foi perdendo o sentido coletivo, deixando o sonho de transformação social em segundo plano, pretendo dedicá-los essas duas últimas décadas a um projeto que pelo menos me empolgue a me levantar e sair para lutar todos os dias. Preciso disso, é a vida que sei viver. Não vejo na Primavera mais a possibilidade de me oferecer esse sonho coletivo de mudanças que me alimente nessas últimas duas décadas de vida útil. E chegar a essa conclusão é algo profundamente dolorido para mim.
Não sei viver sem militar pela transformação social. É o que sempre deu sentido a minha existência. Seguirei fazendo o que sempre fiz, ajudando a construir projetos coletivos.
Assim, anuncio a nossa militância que estou me desligando da corrente.
Tenho consciência de que quando saímos a tendência é realçar nossas falhas e defeitos, forma de evitar sangrias internas. Por isso, falhas eu reconheço de imediato. Poupo o trabalho.
Desejo que minha saída sirva de reflexão.
Março de 2024.
Luiz Araújo.
Vereador bolsonarista lidera corrida em Parauapebas, a Capital do Minério com o maior PIB no Pará
22 de Fevereiro de 2024, 22:00O vereador Aurélio Goiano (PL) vem liderando todas as pesquisas realizadas até aqui, onde enfrenta todos os pré-candidatos que fazem parte do "bando" do atual prefeito, Darci Lermen (MDB) e o governador Helder Barbalho (MDB).
Bando foi o termo utilizado pelo governador Helder Barbalho, em sua última visita a Parauapebas, onde ilustrou a situação do grupo político que o apoia e dá sustentação ao prefeito do MDB no município com o maior PIB do estado do Pará.
Veja a primeira pesquisa DOXA realizada recentemente no município, depois de outras apresentarem basicamente os mesmos números.
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Medo da prisão está na origem e no desfecho da trama do golpe
11 de Fevereiro de 2024, 0:09Por BRUNO BOGHOSSIAN 10 FEVEREIRO 2024 | 1min de leitura
Na reunião preparatória do plano golpista, Jair Bolsonaro tentou cativar auxiliares com teorias da conspiração. Insinuou que o STF recebia propina para fraudar a eleição, falou de desarmamento e repetiu que o Brasil corria perigo de virar uma Venezuela. No meio de tudo, revelou que seu medo, na verdade, era terminar como uma boliviana.
O fantasma de Jeanine Añez assombrava Bolsonaro. Em discursos e conversas com auxiliares, ele citava com frequência a ex-presidente interina da Bolívia. Ela assumiu o poder em 2019, depois que militares pressionaram Evo Morales a renunciar, e foi presa dois anos mais tarde, sob acusação de golpe de Estado.
A sombra boliviana pairou sobre aquela reunião de 5 de julho de 2022. Foi um dos principais argumentos de Bolsonaro para cobrar de auxiliares uma ação para contestar a eleição. "Eu vou descer aqui da rampa preso por atos antidemocráticos igual à Jeanine Añez", afirmou.
A comparação foi capturada pela eloquência de Anderson Torres. O então ministro da Justiça confundiu franqueza com tosquice e, com um sorriso cínico no rosto, fez um alerta aos colegas: "O exemplo da Bolívia é o grande exemplo para todos nós. Senhores, todos vão se foder". O general Braga Netto gostou do que ouviu: "É isso aí".
É até possível que houvesse na sala um pavor genuíno com o risco de prisão caso o grupo fosse derrotado nas urnas e a esquerda voltasse ao poder. Mas também fica claro que Bolsonaro instrumentalizou o medo da cadeia e o receio de perseguição política para justificar a tentativa de golpe e estimular o embarque de seus subordinados na insurreição.
Até então, Bolsonaro havia abusado da fabricação de desconfianças sobre o processo eleitoral. Seria o suficiente para torná-lo inelegível, mas talvez ele pudesse ficar livre de uma punição mais pesada. Só alguém com "inteligência bem acima da média" poderia tramar um golpe com o objetivo de evitar a cadeia e, no fim das contas, correr um risco maior de ser preso.
Via Folha de São Paulo
Saiba quem é Domingos Brazão, delatado como mandante do assassinato de Marielle e Anderson
23 de Janeiro de 2024, 13:11Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos e conselheiro do TCR-RJ, Domingos Brazão tem 58 anos
Ronnie Lessa, o ex-PM acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista, em março de 2018. A informação foi confirmada pelo portal Intercept Brasil por fontes ligadas à investigação e divulgada na manhã desta terça-feira (23).
Mas, afinal, quem é Domingos Brazão? Essa não é a primeira vez que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do (TCR-RJ) foi citado nas investigações do assassinato de Marielle.
Seu nome apareceu após o depoimento do policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, que acusou o então vereador Marcello Siciliano (PHS) e o miliciano Orlando Curicica como sendo os mandantes do crime. A Polícia Federal desconfiou e concluiu, após investigação, que Ferreirinha e sua advogada, Camila Nogueira, faziam parte de organização criminosa cujo objetivo era atrapalhar as investigações sobre a morte da vereadora.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do TCR-RJ, Domingos Brazão, de 58 anos, coleciona polêmicas e processos ao longo de seus mais de 25 anos de vida pública. Contra ele já foram levantadas suspeitas de corrupção, pela qual foi afastado e depois reconduzido ao cargo de conselheiro do TCE-RJ, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio, segundo informações do jornal O Globo.
Em março do ano passado, a 13ª Câmara de Direito Privado determinou o retorno de Brazão ao TCE-RJ por 2 votos a 1. A decisão colocou fim ao processo que pedia a anulação da nomeação dele ao cargo, para o qual foi eleito, em 2015, com o voto da maioria dos seus pares na Assembleia Legislativa (Alerj). O ex-deputado estava afastado desde 2017, quando ele e outros quatro conselheiros chegaram a ser presos temporariamente como parte da Operação Quinto do Ouro, um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio.
De acordo com apuração do portal The Intercept, o advogado Márcio Palma, que representa Domingos Brazão, disse que não ficou sabendo dessa informação sobre a delação. Disse também que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa, já que pediu acesso aos autos e foi negado, com a justificativa que Brazão não era investigado. Em entrevistas anteriores à imprensa, Domingos Brazão sempre negou qualquer participação no crime.
Edição: Mariana Pitasse
O blog está em casa nova!
20 de Janeiro de 2022, 14:44
Você que é nosso leitor ou leitora do blog, agora pode contar com um novo endereço que agrega informação e opinião deste editor.
De agora em diante, você nos acompanha no portal de notícias diogenesbrandao.com
Denúncia: A covarde agressão e omissão policial contra duas mulheres no Marajó
13 de Dezembro de 2021, 5:38Por Diógenes Brandão
Na madrugada do dia 28 de novembro, Rayara Farias iniciou um desentimento com Jainy Pereira Ramos, na entrada do banheiro de uma boate chamada "Roque Santeiro", onde acontecia uma festa, no município de São Sebastião da Boa Vista, no arquipélago do Marajó, estado do Pará.
A discussão iniciou na fila do banheiro, quando Rayara tentou furar a fila e ao ser alertada, partiu pra cima da reclamente, que era Jainy. Seguranças da boate separaram a briga, mas Rayara prometeu "pegar" Jainy fora do local da festa e continuar o "acerto de contas".
Terminando a festa, ao sairem da boate, Rayara foi pra cima de Jainy e as duas travaram uma briga corporal. Enquanto Rayara estava em vantagem, ninguém se meteu. Mas quando Jainy montou em cima da adversária, o namorado de Rayara, um policial militar lotado no quartel do município, partiu pra cima dela e acertou diversos socos na vítima, um deles deixou um hematoma no olho direito.
Uma outra mulher tentou interferir na agressão e também foi agredida pelo PM conhecido como Eder e que na ocasião estava à paisana.
Assista:
COVARDIA E OMISSÃO POLICIAL
Vovó azulina faz homenagem ao Clube do Remo
13 de Dezembro de 2021, 4:57D. Maria Luiza Camargo foi minha professora de Cultura Musical, no segundo semestre de 1986 na UFPA.
Essa disciplina era eletiva, mas fiz questão de cursá-la no prédio do antigo CLA.
Pianista e discípula de J. S. Bach, remista honrada, com ela aprendi muito sobre a transição da Ars Antíqua para o Barroco.
Antes de partir para o outro plano, fez essa linda homenagem para Antônio Tavernard, autor do mais belo hino do futebol nacional.
Profa. Maria Luiza Camargo está feliz!
O filme e a verdade sobre o nosso maior campeão mundial de Boxe
12 de Dezembro de 2021, 6:07Por Diógenes Brandão
Terminei de assistir o filme "Dez segundos para vencer", na madrugada da Rede Globo e corri pra pesquisar a história do pugilista brasileiro que ganhou dois títulos mundiais de Boxe, sendo treinado por seu pai, o dono de uma academia em São Paulo.
O enredo do filme é contagiante e fiquei curioso pra saber se o "presidente" Médice realmente pediu-lhes as luvas, após a luta que lhe rendeu o segundo título mundial de Boxe, em 1973.
Encontrei parte da verdadeira história no primoroso texto do jornalista José Maria de Aquino, que desmitificou trechos da história - contada pelo roteiro do filme - de Éder Jofre, o boxeador brasileiro, o qual teve seu nome inscrito no hall fama, ao lado de outras lendas do Boxe Mundial, como Muhammad Ali.
Sendo o primeiro brasileiro a deter um cinturão de relevo mundial no boxe, em 2019, ao completar 83, recebeu o cinturão de seu 3º título mundial no peso-galo pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB), que oficializou conquista de 1960 até então não reconhecida, mas comprovada após pesquisa da família.
Pesquisando mais, encontrei uma recente matéria do Globo Esporte, de Outubro deste ano, onde releva que Éder Jofre, já com 85 anos, entrou para o 2° Hall da Fama em sua vida, agora na Costa Oeste dos EUA.
Éder Jofre, ao lado dos filhos Marcel e Andrea, no Hall da Fama do boxe — Foto: Evelyn Rodrigues. |
"O ex-boxeador, acompanhado dos filhos Marcel e Andrea, foi um dos homenageados na solenidade, que ocorreu em um hotel em Los Angeles ao lado da Calçada da Fama e do cinema que abriga o Oscar.
Éder, de 85 anos, já fazia parte de um outro Hall da Fama relevante nos Estados Unidos, no estado de Nova York, desde 1992. Ele é o único brasileiro a figurar nos dois lugares "sagrados", informou o GE.
Na Wikipédia, descobri mais: Éder Jofre foi considerado, por especialistas de boxe do mundo inteiro na revista especializada em boxe " The Ring" como o "melhor pugilista da década de 1960", à frente de Muhammad Ali, que ficou na 2ª colocação. Pasmem!
Além disso, em 2002 ele foi ranqueado na 9ª posição entre os "melhores pugilistas dos últimos cinquenta anos" novamente pela revista norte-americana "The Ring", e considerado por especialistas como o maior peso-galo do boxe na era contemporânea.
Apelidado de "Galo de Ouro", pelo escritor Benedito Ruy Barbosa, Éder Jofre foi tri-campeão mundial de boxe, campeão peso-pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC), e campeão do peso-galo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e pela NBA (National Boxing Association), posterior Associação Mundial de Boxe (WBA). Lutava, quando amador, sob as cores do São Paulo Futebol Clube.
Tendo a proeza de ser elogiado por outra lenda do pugilismo mundial, talvez o maior, Muhammad Ali, o nosso maior boxeador brasileiro de todos os tempos tinha 1,64m e pesava 51 quilos, quando lutou 81 vezes, obtendo 75 vitórias, sendo 52 lutas por nocaute. Perdeu apenas duas e empatou quatro vezes.
Que história fantástica, hein?!
Fiquei curioso para ler a biografia recém-lançada esse ano, nos EUA, pelo escritor Wilson Baldini Jr. que edita o melhor blog de boxe em português, no “Estadão".
Com 605 páginas, o livro com a biografia faz sucesso entre os americanos apaixonados pelo Boxe e ficou de ser traduzido para o português.
Eleições 2022: Uma disputa precisa de Planejamento, Organização e informação
11 de Dezembro de 2021, 13:44
Rubens Alves é Mestre em Ciência Política, na área de competição eleitoral e partidos políticos, sócio do instituto de pesquisa Data Fisher.
Por Diógenes Brandão
Mais uma entrevista rápida com um profissional da Pesquisa Eleitoral, visando desmistificar e entender como funcionam esses instrumentos científicos, que ganham grande destaque com a aproximação das eleições, mas que bem aplicados, podem orientar governos, parlamentares, investidores e empresas a tomar decisões ou se posicionar melhor, tanto junto à sociedade, quanto no mercado.
O entrevistado de hoje é o Prof. Rubens Alves, cientista político, graduado em letras, com especialidade em competição eleitoral e partidos políticos, sócio do instituto de pesquisa Data Fisher.
Diógenes Brandão: Já é hora de realizar pesquisas eleitorais para 2022?
Rubens Silva: Sim, uma disputa precisa de Planejamento, Organização e informação.
Ninguém Planejamento para errar!
Diógenes Brandão: Quais as vantagens de sair à frente dos adversários e obter dados sócio-econômicos e de preferência eleitoral?
Rubens Silva: A obtenção de dados possibilita uma melhor visão do tabuleiro de xadrez, proporciona uma melhor condição na escolha de decisão, além de oferecer argumentos táticos na formação do discurso do pré-candidato.
Diógenes Brandão: Como foram as eleições de 2020 e quais são as expectativas do seu instituto de pesquisa para as eleições de 2022?
Rubens Silva: As eleições em 2020 superaram qualquer perspectiva dos profissionais acadêmicos e empíricos da Política local em razão das novas regras do jogo eleitoral.
Tais regras readaptadas irão exigir um maior investimento em ferramentas tecnológicas capaz de atender a necessidades dos competidores em sua dinâmica profissional, imediata e democrática de integração às suas bases eleitorais, por meio das ultra-micro-conexões eleitorais que podem oferecer resultados efetivos de resultado, que é garantir a cadeira a quem souber jogar o jogo na regra e em condições favores ao interesse da população e suas agendas.
Pesquisas eleitorais não prevêem o futuro. Elas retratam o atual momento
10 de Dezembro de 2021, 22:03Daniel Gouvêa é Analista de Pesquisas do Instituto Semetria |
Por Diógenes Brandão
Com o vazamento de pesquisas encomendadas e divulgadas sem registro, o blog AS FALAS DA PÓLIS retoma entrevistas rápidas com profissionais da área para desmistificar e entender como funcionam esses instrumentos que ganham grande destaque com a aproximação das eleições, mas que bem aplicados, podem orientar governos, parlamentares, investidores e empresas a tomar decisões ou se posicionar melhor, tanto junto à sociedade, quanto no mercado.
Neste caso, vamos iniciar falando sobre as pesquisas eleitorais, com Daniel Gouvêa, Analista de Pesquisas do Instituto Semetria, que durante alguns anos foi parceiro do IBOPE nas pesquisas realizadas na região Norte.
Diógenes Brandão: Já é hora de realizar pesquisas eleitorais para 2022?
Daniel Gouvêa: Pesquisa retratam o atual momento. O cenário do momento da coleta de dados. Nenhuma pesquisa tem intenção de prever o futuro, sem dúvidas, quando melhor entender as preferências do eleitor, mais chances o candidato tem de se preparar para atender os desejos do eleitor. Ele sai na frente. Quando mais rápido melhor.
Diógenes Brandão: Quais as vantagens de sair à frente dos adversários e obter dados sócio-econômicos e de preferência eleitoral?
Daniel Gouvêa: Tempo maior para se estruturar. Formatar sua campanha e entender as principais reclamações e carências do seu eleitor. Preparar seu plano piloto e sua comunicação de forma mais assertiva.
Diógenes Brandão: Como foram as eleições de 2020 e quais são as expectativas do seu instituto de pesquisa para as eleições de 2022?
Daniel Gouvêa: 2020 com fator de pandemia e lockdowns, tivemos um cenário totalmente novo. Tanto para empresas de pesquisas, que começaram a testar modelos de coletas híbridos, via on-line, telefone e presenciais, assim como, para o eleitor que teve novos fatores de relevâncias e preocupações no seu voto. 2022 ainda teremos o fator pandemia presente nas opiniões, contudo, as empresas e candidatos melhores preparados para o desafio tem maiores chances de entender esse novo eleitor.
Pesquisa vazada: Helder é disparado o preferido para as eleições de 2022. Jatene é o mais rejeitado
10 de Dezembro de 2021, 15:13Realizada entre os dias 19 a 22 de Outubro, pesquisa realizada pelo Instituto DOXA, sob encomenda pelo jornal O Liberal indica que se as eleições para o governo do Pará fossem nesse período, Helder Barbalho (MDB) seria reeleito governador com 26% da preferência dos eleitores entrevistados.
O Delegado Federal Eguchi (Patriota) aparece com 2,5% das citações e o ex-governador Simão Jatene (PSDB) com apenas 1,2%.
Votos em branco e nulos somaram 16,9% e 51,8% dos entrevistados não soube opinar ou não respondeu à pergunta sobre sua preferência eleitoral.
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Na pergunta estimilulada, onde foram apresentados os nomes dos prinicipais pré-candidatos ao governo, Helder mantém a liderança, mais amplia para 47,4% da preferência dos eleitores entrevistados.
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‘Esquerda não pode mais se esconder no isolamento social’, diz André Constantine
19 de Maio de 2021, 18:58Líder do Movimento Nacional das Favelas e Periferias exige posturas mais combativa da esquerda para derrubar Bolsonaro. |
Por Camila Alvarenga, no Opera Mundi
No programa 20 MINUTOS ENTREVISTAS desta quarta-feira (19/05), o jornalista Breno Altman entrevistou André Constantine, líder do Movimento Nacional das Favelas e Periferias. O ativista falou sobre luta popular e a atuação da esquerda institucional no enfrentamento à pandemia e ao bolsonarismo.
“A crise sanitária é alimentada pela crise política. Para superar a pandemia precisamos destruir o vírus que a nutre, que é o Bolsonaro. Ele não vai promover a vacinação em massa porque sabe que, uma vez que o povo esteja vacinado, tomaremos as ruas e a derrubada dele depende das ruas. Em segundo lugar, ele quer aprofundar o caos social, para que quando esse vulcão que é o Brasil entre em erupção, ele possa usar a revolta popular para implementar uma intervenção militar”, avaliou Constantine.
Por isso, para ele, a prioridade do momento é ir às ruas: “Só derrubaremos Bolsonaro nas ruas. A esquerda não pode mais se esconder no discurso do isolamento social. Isso é covardia. Isolamento social é um privilégio de classe, o proletariado e os favelados estão morrendo de tiro, covid e fome.
Precisamos convocar uma greve geral, protagonizada pela CUT e pelo PT”. Constantine avalia a greve geral nacional como a verdadeira maneira de proteger a vida da classe trabalhadora, pois representaria um “lockdown” total.
O adeus à Heliana Jatene
17 de Maio de 2021, 9:59Por Orly Bezerra
Faleceu hoje em sua própria casa, às 5:45 h, a socióloga Heliana Jatene, depois de travar uma luta por muitos anos contra um câncer.
Heliana era ex-esposa do ex-governador Simão Jatene e deixa dois filhos: Isabela e Alberto Jatene.
Formou-se em sociologia na UFPa., com mestrado e doutorado na Unicamp. Publicou um livro com a sua tese de mestrado: Reabertura da fronteira sob controle: a colonização particular dirigida de Alta Floresta.
Na vida pública, exerceu importantes cargos, entre os quais a direção no Pará do CBIA, Centro Brasileiro da Infância e Adolescência, com trabalhos destacados na defesa das crianças e da juventude. Foi também diretora da Escola de Governo do Estado e presidente da Fumbel em Belém.
Implantou e foi a primeira presidente da APACOM- Associação Paraense de Combate ao Câncer de Mama, entidade de 23 anos que defende políticas públicas visando melhor saúde das mulheres.
Na juventude foi grande ativista da cultura paraense, participando com destaque de festivais de música e outros movimentos artísticos.
Deputados entendem pouco ou nada sobre a VALE e instalam CPI, pra que? Indaga Lúcio Flávio Pinto
16 de Maio de 2021, 11:40Por Diógenes Brandão
A Comissão Parlamentar de Inquérito da ALEPA para investigar a VALE S/A será constituída por sete deputados titulares e sete suplentes. O autor do pedido da CPI é o deputado estadual Ozório Juvenil (MDB), o único parlamentar que tem vaga garantida na comissão, por ser o idealizador do requerimento, que bastava ter 13 assinaturas, mas foi subscrito por 27 deputados, dos 41 existentes no Pará.
Após instalada, com a eleição do presidente e do relator, ela terá um prazo de 90 dias para conclusão dos seus trabalhos, podendo ainda ser prorrogado por mais 30 dias.
Em nota, a Vale disse que “em seu compromisso de transparência com a sociedade, estará à disposição, se questionada, a prestar todo e qualquer esclarecimento sobre a sua atuação no Estado do Pará”.
A CPI pretende apurar questões como a concessão de incentivos fiscais à empresa, o suposto descumprimento de condicionantes ambientais pela Vale, a ausência de segurança em barragens, se houve repasses incorretos de recursos aos municípios, e o cadastro geral dos processos minerários existentes na região.
No Pará, a Vale S/A tem no Pará operações como Carajás e S11D, o maior investimento da história da mineradora brasileira. De janeiro a março, o Sistema Norte respondeu por 62% da produção de minério de ferro da companhia, que tem ainda no Estado operações de níquel e cobre. Apesar disso, o clima não é dos melhores entre a Vale e o governo local, que cobra a verticalização da cadeia mineral e investimentos em setores como siderurgia.
O jornalista Lúcio Flávio Pinto, um dos que mais escreveu livros e artigos sobre os grandes projetos instalados na Amazônia, questiona se a CPI é realmente necessária. Para ele, bastava convocar representantes da mineradora para uma sessão especial e levanta suspeitas de outros interesses por parte dos deputados para instalarem a CPI.
Enquanto isso, outros pedidos de CPI seguem entocados e ignorados pela maioria dos deputados paraenses.
Leia abaixo o artigo no blog de Lúcio Flávio Pinto, sob o título: A CPI da Vale: para quem?
A receita líquida da Vale no primeiro trimestre do ano passado foi de 31,3 bilhões de reais. No primeiro trimestre deste ano atingiu R$ 69,3 bilhões, 122% a mais. O lucro líquido da empresa foi fantástico: R$ 30,3 bilhões, quase metade da sua receita líquida.
Há motivo sério para a CPI que a Assembleia Legislativa quer instalar na próxima semana? De verdade, não. Há motivo, sim, para convocar representantes da mineradora para uma sessão especial, com a participação de especialistas e acadêmicos, para discutir formas eficazes de socializar essa rentabilidade excepcional, que se deve ao preço recorde do minério de ferro, graças à competição entre Austrália, maior produtora mundial, e a China, maior consumidora do planeta.
Provavelmente, muitos dos subscritores entendem pouco ou nada do assunto. Os que eventualmente entendem têm motivos outros para essa CPI, que não tem fato determinado para justificar legitimamente sua existência. Motivo há é para não ficar inerte e desinformado sobre esse momento excepcional de preços de mais de 200 dólares a tonelada.
O desconhecimento é pecado mortal no Pará, de cujo subsolo sai o minério de ferro mais rico que há. Minério que não dá duas safras.