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Diógenes Brandão

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Bebida, roubo de urna, polícia e agressões marcam as prévias do PSDB em SP

29 de Fevereiro de 2016, 3:05, por AS FALAS DA PÓLIS


Na Folha, sob o título Prévias do PSDB no Tatuapé têm invasão e briga; polícia é acionada.

O ponto de votação do Tatuapé (zona leste de São Paulo) nas prévias do PSDB que vão decidir quem será o candidato do partido à prefeitura foi invadido por um grupo de homens que quebrou computadores e tentou roubar uma urna.

Disputam as eleições internas do PSDB o empresário e apresentador de TV João Doria, o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal Ricardo Tripoli.

Após a primeira confusão, houve uma nova briga entre apoiadores de Tripoli e de Doria, que resultou em feridos. A Polícia Militar foi ao local e a votação teve de ser encerrada.

"Eu tinha acabado de votar quando começou a discussão na mesa. Uns moleques que estavam aqui fora entraram, quebraram o computador e a impressora e tentaram roubar a urna", contou Beatriz Cerqueira, cuja família apoia Doria.

"Eu estava com meu filho de dois anos e eles vieram para cima de mim. Precisei me defender com uma cadeira."

Segundo ela, os homens que entraram no local de votação eram comandados por um morador da área conhecido como Geleia, supostamente simpatizante de Tripoli.

A Folha não conseguiu localizar Geleia, pois, após a confusão, ele havia fugido.

O segundo momento de tensão ocorreu quando a presidente do zonal do Tatuapé, Vânia Alves, foi levar a urna com os votos impressos a um carro que seguiria para a apuração na Câmara Municipal. Apoiadores de Doria a acusaram de ser favorável a Tripoli. Ela está fazendo boletim de ocorrência.

Os dois grupos trocaram chutes, socos e empurrões na rua em frente ao local de votação. Na confusão generalizada, um apoiador de Doria caiu e chegou a perder a calça. Ao menos um homem, um adolescente e duas mulheres se feriram.


A pancadaria havia sido precedida por uma discussão sobre a realização de um churrasco com cerveja no ponto de votação –onde funciona um clube. Opositores haviam acusado o grupo pró-Doria de ter bancado a cerveja, o que os militantes negaram.

A militante tucana Maria de Lourdes Silva, a Lurdinha, que atuava no local como fiscal de Doria, disse estar inconformada. "Tenho 73 anos, fundei este partido. Aí entra um monte de bandidos agredindo as mulheres fundadoras do partido", reclamou.

Lurdinha atribuiu o clima acirrado à disputa entre o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra pela candidatura do PSDB à Presidência em 2018. O primeiro apoia Doria nas prévias deste domingo (28); o segundo, Matarazzo.

"Eles ficam disputando 2018 e a gente, apanhando aqui."

Às 14h40, a polícia estava no zonal do Tatuapé registrando a ocorrência.

Procurada, a assessoria da pré-campanha de Ricardo Tripoli afirmou que o deputado "desconhece e condena qualquer tipo de agressão". "Tripoli é o candidato da união", afirmou.

Já o empresário João Doria disse que a briga foi "um momento triste". "Lamentável o que aconteceu, mas se você considerar que em 57 outros pontos [de votação] se fez democracia com valor, com otimismo, com entusiasmo, isso supera essa situação momentânea, ruim."

Segundo o presidente do diretório municipal do PSDB, Mario Covas Neto, todos os votos do zonal do Tatuapé foram invalidados.
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José Eduardo Cardozo decide deixar o ministério da Justiça

29 de Fevereiro de 2016, 0:48, por AS FALAS DA PÓLIS



Na Folha

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve deixar pasta nesta semana. Interlocutores da equipe de Dilma Rousseff dizem que ele já tomou a decisão.

Afirmam ainda que, embora a presidente preferisse que ele continuasse onde está, desta vez Cardozo, que já ameaçou pedir demissão em outras oportunidades, não deve voltar atrás.

Os dois já teriam inclusive conversado sobre a eventual demissão. Não está descartada a possibilidade de ele ser aproveitado em outro cargo.

A saída do titular da Justiça, se efetivada, ocorrerá em um dos momentos mais delicados do governo Dilma: bombardeada por denúncias que podem envolver a sua campanha eleitoral, em especial depois da prisão do marqueteiro petista João Santana, a presidente está cada vez mais isolada e distante até mesmo do PT, partido que a elegeu e ao qual é ainda filiada.

Cardozo deixa o cargo também em uma semana conturbada, em que novas delações premiadas podem ocorrer na Operação Lava Jato e em meio a rumores de que estariam sendo preparadas buscas e apreensões em propriedades ligadas ao ex-presidente Lula e a seus familiares.

Nas últimas semanas, a pressão sobre Cardozo, vinda do PT, de partidos da base do governo e de representantes de setores empresariais, chegou a limites "intoleráveis", segundo revelam amigos próximos do ministro.

Ele estaria sofrendo críticas "injustas tanto da direita quanto da esquerda".

E teria concluído que "ajuda mais saindo do governo do que permanecendo no cargo", afirma um desses interlocutores à Folha.
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Sede do PCdoB é atacada por anti-comunistas

29 de Fevereiro de 2016, 0:05, por AS FALAS DA PÓLIS

Pichação com a sigla de organização criminosa na sede do PCdoB desperta um sentimento de perseguição política vivida durante a Ditadura Militar Brasileira e deve ser investigada pelas autoridades locais de forma contundente. 

Por Diógenes Brandão

Segundo informações que circulam nas mídias sociais, um grupo de jovens nazi-fascistas de Aracaju -SE arrombou e invadiu a sede do PCdoB e pichou em uma das salas do partido, a frase "Volta CCC" em uma clara alusão ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas), organização paramilitar anticomunista brasileira de extrema direita, atuante sobretudo nos anos 1960 e composta por estudantes, policiais e intelectuais favoráveis ao regime militar então vigente. 

O Comando de Caça aos Comunistas (CCC)* era chefiado pelo advogado João Marcos Monteiro Flaquer e recebia treinamento do Exército Brasileiro. 



O CCC surgiu em 1963, em plena Guerra Fria, quando era difundido na sociedade, sobretudo na classes média, o medo do comunismo e do avanço da esquerda no Brasil. Estima-se que, só no Estado de São Paulo, o Comando de Caça aos Comunistas contasse com mais de 5 mil integrantes. Entre eles, muitos eram estudantes universitários da Universidade Mackenzie, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Mas havia também policiais e membros de organizações da direita católica, como a Opus Dei e a Tradição Família e Propriedade (TFP). Muitos dos seus membros agiam como delatores. Recebiam treinamento militar e frequentemente andavam armados.

Entre os líderes, então estudante do curso de Direito da Mackenzie, Boris Casoy, hoje apresentador de um telejornal na TV.

Segundo relatos, em 1964, logo após o golpe militar, os integrantes do CCC invadiram e destruíram a Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Foi a primeira ação "oficial" do Comando, na defesa do novo regime. De acordo com a professora Maria Yedda Leite Linhares, os invasores literalmente destruíram os estúdios da rádio. Além do CCC, havia pelo menos outros três grupos de extrema-direita reconhecidos publicamente: a Associação Anticomunista Brasileira (AAB), a Frente Anticomunista (FAC) e o Movimento Anticomunista (MAC). Todavia, o CCC liderava as manifestações anticomunistas no Brasil, fazendo denúncias e atacando diretamente pessoas e entidades da oposição ao governo militar.

*A referência sobre o CCC foi extraída do Wikipedia.
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MP e IPHAN forçam prefeitura de Belém a revelar e debater as mudanças do Ver-o-peso

28 de Fevereiro de 2016, 16:33, por AS FALAS DA PÓLIS

Por Diógenes Brandão

O imbróglio que envolve a reforma do principal cartão postal de Belém do Pará, ganha novos episódios com os olhares de promotores do Ministério Público do Estado e do IPHAN, órgão federal que tem como missão promover e coordenar o processo de preservação do patrimônio cultural brasileiro para fortalecer identidades, garantir o direito à memória e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país.

A coluna do jornalista Guilherme Augusto, no jornal Diário do Pará deste domingo (28) revela a luta de alguns vereadores e deputados estaduais de oposição, que assim como o MP e o IPHAN tentam dar transparência ao projeto desenvolvido às portas fechadas pelo prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB).







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Denúncias de Fraude no Pará: Empresa é beneficiada em licitação na SESPA

26 de Fevereiro de 2016, 13:27, por AS FALAS DA PÓLIS

Empresa ligada a assessores do governador são acusados de serem sócios de uma empresa que disputa licitação no governo.
Por Diógenes Brandão

Responsável pelo contrato de R$ 10 milhões na prestação de serviço à Santa Casa de Misericórdia, a empresa KAPA CAPITAL é acusada de receber favorecimento no processo licitatório aberto na última quarta-feira (24), para contratação de empresa de limpeza e conservação de postos, hospitais e unidades de saúde em todo o estado do Pará, também estimado em R$ 10 milhões.

Mesmo com a presença de 32 empresas que participaram da abertura do pregão de nº 085/2015, o processo parece estar sendo direcionado para favorecer  a KAPA CAPITAL, cujo sócios tem estreita relação com o governo de Simão Jatene (PSDB), inclusive com sócios que atuam dentro da própria Secretaria Estadual de Saúde (SESPA), conforme denúncias de servidores da própria instituição, que por motivos óbvios preferem não serem identificados.  

Ainda de acordo com as denúncias, a empresa descumpriu vários itens do edital, entre eles, a não apresentação de quantitativos de mão de obra, item obrigatório no Termo de Referência, além de ter deixado de cotar os encargos federais previstos em Lei e substituiu as planilhas incorretas, no segundo dia de pregão, ferindo o princípio da legalidade. Ainda sim, a SESPA mantém a empresa na disputa. 

O pregão continua nesta sexta (26) a partir das 10h da manhã, que pode ser acompanhado em tempo real pelo site comprasnet.
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Fogo amigo atinge Dilma que é acusada de acéfala, traíra e tucana

26 de Fevereiro de 2016, 5:59, por AS FALAS DA PÓLIS


Por Diógenes Brandão

A diversidade na blogosfera progressista e nas redes sociais reúne uma série de pontos de vistas sobre um mesmo assunto, inclusive em relação à Dilma, o PT, Lula, ou até mesmo a CUT.

Com a aprovação do projetos de partilha da exploração do pré-sal, a artilharia que mira Dilma, contou com o reforço de blogs e ativistas digitais do PT e de partidos aliados, que acusaram o governo de fazer um acordão com a oposição para garantir a aprovação do PL de José Serra (PSDB-SP), o que tira da Petrobras a exclusividade da exploração do petróleo recentemente encontrado na costa brasileira.

“Essa matéria divide, conflita pontos de vista, mas o Brasil precisa dela. A Petrobras não tem condições de levar adiante os investimentos. Precisa ser seletiva. O que temos de assegurar é facultar à Petrobras que ela diga qual é o projeto em que ela vai participar. Mas ela não pode inviabilizar a exploração da atividade do pré-sal”, afirmou Renan Calheiros, presidente do senado e aliado do planalto.

Senadores petistas como Lindbergh Farias (PT-RJ) tiveram suas manifestações contra a suposta medida do governo, compartilhadas por blogs e ativistas digitais da esquerda. 

"Esse projeto acaba com a política de controle nacional. A Petrobras deixar de ser a operadora única do pré-sal é um desastre. Nós estamos entregando a preço de banana, US$ 30 o preço do barril. Nós descobrimos o pré-sal e vamos entregar de bandeja?", protestou Lindbergh Farias.

A CUT, que "morde e assopra" o governo e já estava na ofensiva contra o projeto de reforma da previdência, reagiu junto com os dirigentes da FUP, que são ligados à Central Única dos Trabalhadores e lançaram uma nota contundente, onde afirmou: "Para garantir a aprovação do Substitutivo ao PLS 131 apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB/RR), o governo fez um acordo com a bancada do PSDB e parte da bancada do PMDB. Fazer acordo para aprovar o projeto de Serra é o sinal mais claro de que o governo se rendeu as chantagens e imposições do Parlamento e do mercado, rompendo a frágil relação que tinha com os movimentos sociais e sindical". 

 Blogs e mídias sociais de ativistas da esquerda brasileira, não pouparam Dilma e colocaram-na em linha de tiro novamente. Resta saber até quando as críticas darão lugar à defesa de seu 2º mandato, diante do status quo delicado que o país atravessa.
Assim como a CUT, seus parceiros na internet partiram para o ataque ao governo, com duras críticas à sua "trairagem". Houveram petistas que chegaram a chamar o governo de acéfalo.

A desculpa mais à frente pode até ganhar um contorno diferenciado, onde a palavra possa ser justificada com a desculpa de que não se quis ofender Dilma, seus ministros e demais governistas, e sim, o conjunto do governo pela falta de cérebro ao tratar de assuntos que muitos tem a fórmula e o poder mágico nas mãos para resolver facilmente e consideram que Dilma também tenha.

Pra piorar o cenário dramático e contraditório, no qual o governo mantem-se hora blindado e depois na linha de tiro dos movimentos sociais que compõem sua base de sustentação e que sempre estiveram alinhados ao PT, a aprovação da chamada lei antiterrorismo na câmara dos deputados, jogou mais uma vez gasolina na fogueira e Dilma novamente foi chamuscada.

“O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei. Apesar disso, PSOL e PC do B afirmam que a lei tem o objetivo, na verdade, de criminalizar os movimentos sociais, levando-se em conta a ausência de histórico terrorista no país. “É um ato de sabujismo do governo”, criticou o líder do PSOL, Ivan Valente (RJ)", noticiou a Folha.

Há no entanto, da parte deste inquieto blogueiro, a opinião de que o leite derramado por Lula não pode cair nos pés apenas de Dilma, sua indicada para a sucessão e de quem a presidenta não deve negar-lhe ouvir seus conselhos. Lula, que não soube aproveitar a alta popularidade de seus mandatos para abrir um sério debate sobre a regulação da mídia no país, também não mexeu nas estruturas de outras áreas, como a reforma política, da previdência entre outras e segue sendo cortejado pela intelectualidade esquerdista, enquanto Dilma é frequentemente acusada de estar não dar conta de cuidar do abacaxi que herdou.

Resta saber se a Frente Brasil Popular manterá o planejado na última segunda-feira (22), quando reuniu diversas entidades sindicais, sociais e estudantis, além de lideranças políticas de vários estados brasileiros, que se reuniram na capital paulista para uma reunião que decidiu convocar a Jornada de Mobilização Nacional, incluindo uma grande marcha a Brasília, que está sendo construída para o próximo dia 31 de março. 

Detalhe: A Frente Brasil Popular é formada por diversas entidades que passaram os últimos dias "descendo o pau" no governo, entre elas a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), União da Juventude Socialista (UJS), Levante Popular da Juventude, entre outras.

DE COSTAS PARA A RECUPERAÇÃO DO GOVERNO

Uma coisa é certa: Poucos deram importância para notícias importantes e positivas para o governo, depois de 12 meses de ataques cada vez mais intensos e constantes, que Dilma vem recebendo desde que se reelegeu.

A premissa de que o acordo realizado entre o palácio e setores da oposição. para que que o governo não investisse pesado contra a aprovação da partilha do pré-sal, pode ser muito mais do que uma mera conversa entre adversários. 

E se o lobby das empresas interessadas em explorar o petróleo do Pré-sal tenha ultrapassado os gabinetes dos senadores que votaram na proposta e sejam os responsáveis e financiadores da compra dos dedicados delegados da Polícia Federal e até do juiz Sérgio Moro, que notoriamente usam a operação Laja Jato como um instrumento de perseguição política de petistas, bem como de partidos, empresas e pessoas que tenha tido qualquer relação com o PT e seus governos?

Teoria da conspiração? Não, apenas uma reflexão diante da importância do ouro negro e da posição do Brasil diante do cenário internacional, após a criação do BRICS e o poder de multiinacionais petrolíferas como a Chevron.

Se houve ou não um acordo que conseguiu fazer o governo ajoelhar-se e aceitar os interesses das multinacionais interessadas no petróleo brasileiro, eu não sei. Mas posso concluir que esta semana, três notícias trouxeram um certo alívio para o governo federal, mas que não foram comemoradas por grande parte dos blogueiros, ativistas digitais e intelectuais da esquerda brasileira.

A primeira notícia veio na quarta-feira (24) e que este blog já havia registrado. Trata-se da pesquisa CNT/MDA, que estancou a sangria pela qual o governo esteve submetido por longos 8 meses e mostrou que apesar do bombardeio midiático contra Lula e o PT, cresceu aprovação de Dilma e diminiu a rejeição.

A segunda medida que passou desapercebida pelos instáveis defensores da manutenção de Dilma na presidência, tem a ver com o superavit primário no mês de janeiro, que resultou no montante de R$ 14,835 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 2013. 

Não é novidade, no entanto, de que reduzir gastos sociais contribuem para o superavit primário, mas dessa vez os números foram ajudados pelo pagamento de R$ 11,369 bilhões em concessões, que inclui os leilões de 29 usinas hidrelétricas, ocorrido no fim do ano passado.

Por fim, a terceira e última boa notícia é que a conta de energia elétrica irá baixar em abril. Isso devido à recuperação dos reservatórios do Sudeste e do Nordeste do país, fazendo com que a ANEEL suspenda o encargo adicional do sistema de bandeiras tarifárias, pelo desligamento das térmicas que encarece o custo do megawatt-hora, o que barateará a conta de luz em aproximadamente 10%.
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Quantas redes sociais são necessárias para preencher o nosso vazio existencial?

26 de Fevereiro de 2016, 3:53, por AS FALAS DA PÓLIS


Por Leandro Karnal, no portal Raízes

Eu acredito que nós estamos gritando desesperadamente para sermos observados. Eu acredito que nós estamos nos sentindo muito solitários. Eu acredito que nós potencializamos o eu, mas atomizamos, se preferirmos a metáfora física. Ou capilarizamos, se preferirmos a metáfora biológica.

Nós temos, desde a invenção da imprensa, no século 15, na Alemanha, a invenção da grande imprensa, nos século 19 e 20; a televisão, no século 20, o rádio no século 20. Nós temos um crescimento gigantesco na capacidade de comunicação com o grande público. Ainda estamos lidando com estes fatos, mas sem sombra de dúvida as pessoas estão dando opinião de tudo e isso é um bom exercício.

A pergunta é se alguém está ouvindo a opinião alheia, se alguém está lendo a dos outros? Se eu tiver 35 grupos de WatsApp: família, amigos, emprego, festas, etc.; se eu tiver três contas no Instagram; se tiver quatro contas no Face, inclusive um fake para sacanagem. Se tiver tudo isso, quem eu estou lendo de fato, se o meu tempo é consumido pela atualização destas questões?

Eu, como pessoa mais velha, assisti ao nascimento do celular, assisti ao nascimento do computador pessoal, ouvi tocar o primeiro celular em sala de aula. Os jovens não sabem disso, mas não havia celular antes. Eu sei que essa ideia é… é uma ideia muito extraordinária. E como dizem algumas alunas:

– Eu não posso desligar, professor, eu tenho filho.

Como será que nossas mães nos criaram sem o celular? Minha preocupação não é com a tecnologia. Uso o celular e gosto muito, ele é útil, e ele resolve muitas coisas para mim. A minha preocupação não é tirar ou reforçar o celular, é secundário… A minha preocupação é quem sou eu que preciso estar presente em tantos personagens, em tantos lugares, para que tanta gente me veja?

Quando eu falo, às vezes, na televisão, e essa televisão tem interação via redes sociais, eu tenho a sensação que ninguém me escuta, eu tenho a sensação que muitos telespectadores estão casados comigo; não me escutam e não temos sexo. Ou seja, é um casamento absoluto. Eu tenho a sensação que cada um emite a sua opinião imediatamente quando identificam que eu disse alguma coisa. E graças a isso vão mandando mensagens. Mandando mensagens… A participação é muito boa e quando eu escuto, interajo, ela é fundamental.

Nós temos a chance de uma virada. Vou usar uma palavra mais difícil: epistemologia do século 21 em que o conhecimento atingiu um novo patamar de validação. Temos a chance, mas isso ainda não ocorreu. Nós não estamos brilhantes ou mais produtivos do que há trinta anos. Apenas estamos incrivelmente mais ocupados com o mundo virtual. Eu saí com uma profissional de arquitetura que fazia um trabalho pra mim e ela sentou comigo para jantar e discutir um problema de reforma; ela atendeu o celular. Eu fiquei esperando. Certamente era algo grave. Começamos a conversar, ela atendeu novamente. Eu esperei. Certamente era algo gravíssimo que impedia a nossa reunião. Na terceira vez, tocou o celular. Era eu ligando para ela. E dizendo para ela: já que você prefere pelo celular, vamos ter a reunião assim. E tivemos. E foi uma reunião produtiva. E o celular dela não tocou mais. Porque nós tivemos (a reunião).

É uma questão de escolha. Me preocupa que a realidade virtual se sobreponha à realidade real. Me preocupa isso. Mas é provável uma preocupação de idade. Não que seja uma preocupação de criança ou jovem. Isso vai passar. Me preocupa que realmente a fala reflexiva que é o tom da fala de Hamlet tenha desaparecido. E a fala informativa esteja dominando. Como diz um filme sobre a dificuldade de Shakspeare. O problema de Shakspeare é que ele nunca diz: vai daqui prá lá. Shakspeare diz: “Toma das asas de mercúrio e passa deste ponto àquele outro onde o sol se põe”.

As metáforas, as interpolações, os adjuntos, os apostos, os vocativos shakspearianos tornam complicadas as frases reflexivas. Porque a frase reflexiva pressupõe pensar no que estou dizendo. E quando eu penso no que estou dizendo, curiosamente, eu digo menos, que é mais significativo. Quando eu não penso no que estou dizendo eu digo mais coisas porque elas perderam o sabor.

E se tornam num quilo. Apesar do restaurante por quilo ser uma maravilha ele reduziu todos os alimentos a um mesmo sabor. O chuchu, a vitela, o purê, o milho, a alface, todos têm o mesmo gosto. E se não são os onze quando são colocadas, três, pelos menos, certamente têm o mesmo sabor. As pessoas põem um pouco de cada como se fizesse qualquer diferença o frango, o peixe ou a carne. E escolhem a ervilha como quem escolhe pérolas, uma por uma e colocam, delicadamente, no seu prato. Eu fico pensando, é tão sem graça essa comida. Eu tenho que ter muito cuidado ao comer pra me sentir comendo alguma coisa. Ou seja, quando eu não tenho sabor nas coisas que eu vivo e faço eu multiplico as coisas que eu vivo e faço. E falo mais e saio mais e faço mais festas e tenho mais amigos, viajo e não paro de viajar, porque como eu não consigo estar comigo, quero estar em todos os lugares do mundo.

Eu não tolero estar na minha casa. Sou pensativo, então eu tenho que estar no estresse do aeroporto. E visitando. Você foi à Argentina, foi à Buenos Aires, foi à Córdoba? Você conhece Salta? Ah, Salta eu não conheço. Então vamos à Salta neste momento. Agora eu fui a Salta. E a Patagônia? E Mal Del Plata? Ou seja, é uma vida. Uma vida para rodar, rodar, até que fique tão longe que eu perca a consciência de mim mesmo. Por isso que nós viajamos mais do que jamais viajamos no passado. Porque nós não vemos mais nada. E batemos fotos que vão para o computador e não vão ser vistas por ninguém ou você envia cópias para dez mil pessoas que não vão ver ou vão ter inveja de eu estar viajando e vão responder apenas: kakakaka.

Ou seja, este é o vazio que o Hamlet estranharia, já que o Hamlet faz toda a peça dele, a mais reduzida de todas, num único espaço da corte. Num único espaço de Elsinore, em salas do palácio e dali apenas, eles falam de uma viagem à Inglaterra, de navio e de uma ida a Paris. Mas toda peça se passa ali, porque a casca de noz de Hamlet é suficiente reinado; é suficiente para ele.

*Leandro Karnal é um historiador brasileiro, atualmente professor da UNICAMP na área de História da América.
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Pesquisa Doxa: Empresário lidera a disputa eleitoral em Santarém

26 de Fevereiro de 2016, 2:58, por AS FALAS DA PÓLIS

"Se a eleição fosse hoje o empresário de hotelaria, Paulo Barrudada, venceria a eleição", declara Dornélio Silva.
Com a 'moral' de ter sido o único instituto a ter feito pesquisas registradas no TRE-PA e acertado o resultado das últimas eleições do Estado do Pará, de que o governador Simão Jatene​ seria reeleito com a pequena diferença percentual do seu adversário Helder Barbalho, a Doxa fez esta semana, a primeira pesquisa registrada para aferir a preferência do eleitorado de Santarém, com os nomes dos possíveis candidatos ao cargo de prefeito, que deverão disputar as eleições municipais de 2016.

"Se a eleição fosse hoje o empresário de hotelaria, Paulo Barrudada, venceria a eleição", declara Dornélio Silva, diretor da Doxa, ao explicar ao blog AS FALAS DA PÓLIS que na questão espontânea em que não é apresentado nenhum nome ao entrevistado, Paulo Barruda aparece em primeiro lugar com 15,3%, em segundo Alexandre Von com 7,5% das intenções de voto; em terceiro Lira Maia, 3,2%; em quarto lugar Nélio Aguiar, 2,9%. Depois aparecem Márcio Pinto, Chapadinha, Antonio Rocha, Socorro Pena, Maria do Carmo, José Maria Tapajós dentre outros com índices abaixo de 0,3%. Os indecisos somam mais de 58%.

Registrada no Tribunal Regional Eleitoral - TRE-PA, sob o número 07441/2016, a pesquisa aconteceu de 15 a 19 deste mês, sob responsabilidade do estatístico Luiz Carlos Feitosa (CONRE/9477). De acordo com o Instituto Doxa, durante a pesquisa 621 pessoas foram entrevistadas em vários pontos de Santarém, com margem de erro de 4% para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%. Se a eleição fosse hoje o empresário de hotelaria, Paulo Barrudada, venceria a eleição.

O Doxa informou que a metodologia utilizada foi de pesquisa eleitoral do tipo quantitativo categórico, aleatório e estratificado domiciliar por cotas de sexo e idade, área geográfica detalhamento feito com amostragens mediante aplicação de questionários estruturados por pessoal treinado levando em consideração parâmetros populacionais, tendo como universo (total) o eleitorado do município de Santarém.

Gráfico 01: Intenção de voto (Espontânea)


Quanto à questão estimulada, em que é apresentado os nomes dos pré-candidatos, Paulo Barrudada permanece em primeiro lugar com 33,0%, em segundo se destacam empatados tecnicamente, Alexandre Von e Nélio Aguiar, 14,6% e 14,2%, respectivamente. O deputado federal Chapadinha vem em terceiro lugar, 6,6% seguido por Antonio Rocha, 5,4%; em quinto lugar aparece Socorro Pena, 2,4%; em sexto Olavo Neves, 1,5%; em sétimo lugar vem Alisson Pontes com apenas 1,0% das intenções de voto. Os votos flutuantes (branco/nulo/indecisos) somam 21,3%.

Gráfico 02: Intenção de voto (Estimulada)


Quanto à rejeição geral entre os pré-candidatos, Alexandre Von é o mais rejeitado com 41,5%; o segundo mais rejeitado é Chapadinha, 11,9%; em terceiro lugar em rejeição vem Antonio Rocha, 11,2%. Socorro Pena aparece como a quarta mais rejeitada. Paulo Barrudada em quinto lugar em rejeição, 2,9%. Os menos rejeitados são Alisson Pontes, Nélio Aguiar e Olavo das Neves.

Gráfico 03: Rejeição geral de pré-candidatos (Estimulada)


SEGUNDO TURNO: ALEXANDRE X BARRUDADA

Na possibilidade de haver segundo turno em Santarém, Doxa fez três simulações. Numa primeira disputa entre Paulo Barrudada e Alexandre Von, o empresário Paulo Barrudada ganharia com mais de 58% contra 18,6% de Alexandre Von.

Gráfico 04: Segundo Turno Alexandre x Barrudada


NÉLIO AGUIAR X BARRUDADA

Entre Paulo Barrudada e Nélio Aguiar, Paulo ganharia com mais de 50% dos votos. Nélio ficaria com 25,4%.

Gráfico 05: Nélio Aguiar x Paulo Barrudada


NÉLIO AGUIAR X ALEXANDRE VON

Na hipótese de num segundo turno disputarem Nélio Aguiar e Alexandre Von, Nélio derrotaria Alexandre com 42,4% contra 18,0% de Alexandre Von.

Gráfico 06: Nélio Aguiar x Alexandre Von


MELHOR VICE

Doxa testou entre sete nomes, qual seria o melhor vice-prefeito para a cidade de Santarém. Nélio Aguiar aparece em primeiro lugar com mais de 29% de preferência. O segundo colocado se destaca Marcela Tolentino, 11,4%; o terceiro em preferência do eleitor é José Maria Tapajós, 8,8%. Fabrícia Barrudada vem em quarto lugar como a melhor vice, 7,6%. Em quinto, Antonio Rocha, 5,9%; em sexto, Reginaldo Campos, 4,7% e em sétimo lugar, Carlos Martins, 1,9%.

Gráfico 07: Quem seria o melhor vice pra Santarém


AVALIAÇÃO DO GOVERNO ALEXANDRE VON

A reprovação (ruim/péssimo) do trabalho que Alexandre vem desenvolvendo em Santarém é de 44,6%. A aprovação (excelente/bom) é de 12,5%. A avaliação regular é de 38,5%.

Gráfico 08: Avaliação Governo Alexandre Von


O governo Jatene, em Santarém, é reprovado por 58,0% (Ruim/péssimo); sua aprovação é de apenas 8,1%. A avaliação Regular soma 27,1%.

Gráfico 09: Avaliação Governo Jatene


Serviço:

SERVIÇOS

Nº Registro no T.R.E: PA-07441/2016
Período da pesquisa: 15 a 19 de fevereiro/2016
Contratante: Jornal Impacto
Estatístico responsável: Luiz Carlos Feitosa CONRE 9477
Amostra: 621 entrevistas
Margem de erro: 4%
Intervalo de confiança: 95%

Metodologia: Pesquisa eleitoral do tipo quantitativo categórico, aleatório e estratificado domiciliar por cotas de sexo e idade, área geográfica detalhamento feito com amostragens mediante aplicação de questionários estruturados por pessoal treinado levando em consideração parâmetros populacionais, tendo como universo (total) o eleitorado do município de Santarém.


Empresas, Partidos e candidatos interessados em realizar pesquisas confiáveis e com resultados comprovados, entre em contato pelos números: 

(91) 3038.4808 (FIXO)
(91) 98174-5995 (TIM/WHATSAPP) 
(91) 98480.4191 (CLARO) 
(91) 99363.6636 (VIVO) 
(91) 98829.4109 (OI)


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Guardas de trânsito tapam buracos em uma das principais rodovias de Belém

26 de Fevereiro de 2016, 0:42, por AS FALAS DA PÓLIS


Por Diógenes Brandão 

Belém é a capital onde motoristas de ônibus também são cobradores e agora os guardas de trânsito assumem outra tarefa: Tapar os buracos de uma das principais rodovias da cidade: A Augusto Montenegro.

O vídeo foi gravado por um cidadão que presenciou a cena inusitada onde os guardas da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SEMOB), que tapavam uma cratera no meio da pista. Pelas imagens, percebe-se que outros dois grandes buracos já haviam sido aterrados com pedras e restos de asfalto.

O vídeo circula como viral pelas redes e mídias sociais e há quem diga que foi gravado na manhã desta quinta-feira (25). 

Augusto Montenegro foi um político e advogado brasileiro. Governador do Pará, de 1 de fevereiro de 1901 a 1 de fevereiro de 1909. Se estivesse vivo, perguntaria o que foi feito com os milhões de reais que foram destinados pelo governo federal e até agora, passados dois prefeitos, o poder público municipal não consegue entregar o tão sonhado e caro BRT.

O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), disse em suas promessas de campanha que Belém se tornaria um canteiro de obras, mas esqueceu de dizer quem seriam os operários.

Assista.


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Protestos e uma morte marcam a entrega do PSM da 14, que completou 8 meses fechado para a população de Belém

25 de Fevereiro de 2016, 19:17, por AS FALAS DA PÓLIS


A tão esperada reabertura do Pronto-Socorro Municipal (HPSM) Mário Pinotti foi marcada por protestos e politicagem. No palanque, faltou povo, faltaram funcionários, os verdadeiros heróis que salvam vidas, muitas vezes colocando a sua em risco, tanto pelas falta de condições de trabalho, ou pela baixa remuneração, como vemos no PSM do Guamá, superlotado e parecido com hospitais de guerra, com pacientes jogados em todos os cantos, sem médicos regulamentados e demais servidores insatisfeitos com seus salários baixos e a falta de respeito por parte do prefeito. 

O evento foi marcado pela presença de vereadores da base aliada, secretários da prefeitura e do governo do Estado, com seus DAS´s, assessores e seguranças.

A proteção ficou por conta de centenas de guardas municipais e PMs que faziam a segurança do prefeito Zenaldo Coutinho e do governador Simão Jatene, que já não podem aparecer em público sem serem vaiados e presenciarem protestos e manifestação de servidores públicos e populares.

Nas redes sociais, muitas críticas e sátiras, como a que disparou: "Por pouco o PSM da 14 de Março, volta a atender só no dia 14 de março".


Funcionários denunciam que a prefeitura determinou a retirada de equipamentos do PSM do Guamá para que fossem feitas fotos e vídeos da entrega da reforma do PSM da 14. 

Em nota, o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará revela como está o atendimento da população que precisa da rede pública de saúde municipal. Em resumo, se alguém não estiver morrendo, não procure a prefeitura, pois não será atendido.

Médicos fazem triagem no Guamá e Unidades de urgência.

Médicos da área de urgência e emergência de Belém concretizaram nesta quinta-feira o ato de protesto contra o caos instalado na saúde da cidade. Fazendo procedimento de triagem nos pacientes que chegavam ao Hospital do Guamá, eles só atenderam aqueles que realmente corriam risco de morte. A “triagem de advertência” foi uma reação à falta de providências por parte da gestão do município diante de reivindicações de médicos que vem sendo feitas desde o ano passado.

Idoso é encontrado morto no corredor do HPSM onde estava internado.
No HPSM do Guamá o movimento foi grande e dois médicos atenderam na triagem, sendo que os demais plantonistas permaneceram no atendimento interno. Dos nove casos com indicação de cirurgia atendidos pela manhã nenhum pôde ser operado. O centro cirúrgico do hospital só dispõe de um carro de anestesia, que foi levado para o HPSM da 14 hoje e a sala de cuidados pós-cirúrgicos estava com os leitos totalmente ocupados. Enquanto isso, pacientes esperam atendimento em corredores lotados ou em áreas abertas, expostos à sol e chuva.

Na UPA de Icoaraci a morte de uma criança gerou tensão no atendimento no horário da manhã. Um menino de sete anos, provavelmente com quadro de meningite, faleceu por volta das 8h na UPA. Ele tinha sido atendido na véspera e liberado após a aplicação de medicamento antitérmico. Retornou à noite com febre alta e manchas no corpo. Foi feito hemograma e os médicos seguiram os procedimentos normais solicitando a internação do menino, mas a central de leitos não respondeu à solicitação da UPA. A “triagem de advertência do atendimento” deve durar ainda até amanhã de manhã, totalizando 24 horas de mobilização. O Samu também funcionou só para casos com risco de morte. Foi registrada uma remoção numa Unidade de Suporte Avançado, que requer o acompanhamento de profissional médico.

Idoso é encontrado morto no corredor do HPSM onde estava internado.

A recomendação do Sindmepa é que os plantões sejam cumpridos normalmente, com a operação de triagem. “A triagem é um procedimento que deveria ser feito normalmente nas unidades e hospitais de urgência. Quem não for caso de emergência, deve ser encaminhado para a rede de unidades básicas, desafogando o atendimento nos hospitais, o que deveria ser feito rotineiramente”, explicou o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso.

Durante reunião com o prefeito de Belém, ontem, diretores do Sindmepa e médicos do Pronto Socorro do Guamá expuseram vários problemas vivenciados na área da urgência e emergência. Além da falta de estrutura, medicamentos e equipamentos, a Prefeitura não reajusta o valor dos plantões há 11 anos; os médicos não têm nenhum vínculo empregatício e o valor do salário base atualmente está abaixo do salário mínimo nacional.

Confira o vídeo que mostra pacientes que aguardam atendimento em um corredor ao ar livre tentando fugir da chuva.



Agora assista o vídeo institucional da prefeitura, onde tudo é bonito e maravilhoso e não mostra as manifestações de servidores públicos e populares, que vaiaram o prefeito Zenaldo Coutinho e o governador Simão Jatene, nem tão pouco as condições precárias do único Pronto Socorro Municipal (Guamá) que está atendendo toda a demanda dos que precisam de atendimento na rede de saúde pública em Belém.


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Os Jurunas, Belo Monte e a defesa da natureza

25 de Fevereiro de 2016, 15:12, por AS FALAS DA PÓLIS



Por Alice Branco, em GreenMe

Belo Monte girou sua turbina, encheu o primeiro reservatório e se deparou com “mulheres indígenas que vivem há 10 km da barragem principal da usina que bloquearam o acesso de trabalhadores para pleitear uma reunião com a empresa Norte Energia sobre os danos causados pelo enchimento do reservatório. A usina está há quatro anos em construção no Rio Xingu (PA).” nos conta o Instituto Socioambiental.

E os peixes que os índios pescavam para comer? Sumiram, morreram.

E os índios que moravam lá nas terras agora alagadas? Estão em luta pois seus direitos foram atropelados pelo projeto da hidrelétrica.

“Nós perdemos muita coisa e estamos tendo muito prejuízos com a pesca”, diz Leiliane Juruna no vídeo acima. E é a mais pura verdade.

Não só a pesca foi perdida mas também a caça, e as roças de cultivo, e as florestas onde os Juruna ancestralmente colhem frutas e madeira, e sementes para replantar.

Na praia, quando o rio encheu de repente, os Jurunas perderam tudo.



Enfim, a vida do povo Juruna foi atropelada e até o momento não receberam as indenizações devidas. Não que qualquer indenização possa pagar o ar, a terra, as águas, as matas que lhes pertenciam.

“Os índios Juruna e Arara da Volta Grande do Xingu alegam que não foram comunicados sobre a abertura das comportas e liberação de uma quantidade de água inesperada. Eles dizem que a chegada repentina da água teria levado embora pertences que estavam nas praias e beiras do rio nas aldeias, como redes de pesca e barcos, entre outros.

E mais, “Soubemos ainda por pessoas que trabalham na barragem que há diversas rachaduras e infiltrações no paredão do Pimental e queremos saber informações da Norte Energia, Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente], Ministério Público Federal e do governo a respeito, pois estamos com medo da barragem romper e acabar com nosso povo”, afirmam os Jurunas em uma carta enviada à Norte Energia.



A Usina Hidrelétrica Belo Monte realizou quarta-feira passada, 17 de fevereiro, o primeiro giro mecânico da Unidade Geradora n° 01 da Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte. A Norte Energia, empresa que opera Belo Monte se vangloriou de suas vitórias, do enchimento dos reservatórios Xingu (principal) e o intermediário, por meio do desvio das águas pelo Canal de Derivação de Belo Monte, foi concluído no dia 13 de fevereiro, quando atingiu a cota necessária para o início da operação. Assim conta o site da empresa.

Quem são os Juruna?

“Juruna é o nome pelo qual o povo Yudjá da Volta Grande ficou conhecido nos contatos com os brancos. Os Yudjá são exímios navegadores, canoeiros, e também chamados de “os donos do rio”, pelo fato de, no passado, terem cruzado da foz as cabeceiras do Rio Xingu. Ao lado dos Arara da Volta Grande, são os grupos indígenas que vivem mais próximos dos canteiros de obras de Belo Monte. Além de já conviverem com os impactos da obra há pouco mais de 10 km de suas terras, também terão de conviver com cerca de 80% de redução do fluxo de água após o barramento do rio. Será um grande teste de resistência da biodiversidade e dos povos que vivem neste trecho da Amazônia.

Com Belo Monte, os Juruna se veem, mais uma vez, ameaçados. As famílias dependem da pesca artesanal e ornamental para alimentação e geração de renda. Os estudos de impacto ambiental da Volta Grande do Xingu são inconclusivos. Nem os cientistas e nem os indígenas sabem, neste momento, as dimensões do impacto que a usina poderá causar no rio, com a possível extinção de espécies endêmicas, que só existem nesta região do planeta.”
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Apesar do bombardeio midiático contra Lula e o PT, cresce aprovação de Dilma e diminiu a rejeição

24 de Fevereiro de 2016, 14:23, por AS FALAS DA PÓLIS



No Valor Econômico, sob o título "Aprovação do governo Dilma sobe para 11,4%, aponta CNT/MDA"

A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff subiu para 11,4% na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira, ante o resultado de 8,8% registrado em outubro. Para 62,4% dos entrevistados, a avaliação do governo é negativa, número inferior aos 70% registrados em outubro do ano passado. 

A avaliação pessoal da presidente subiu quase seis pontos percentuais, passando de 15,9% em outubro para 21,8% em fevereiro. A desaprovação caiu de 80,7%, na última pesquisa, para 73,9% agora. Em fevereiro, 4,3% não sabem ou não quiseram responder à pergunta. 

A pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), foi realizada entre os dias 18 a 21 de fevereiro. 

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. 

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. 

Dificuldade para lidar com a crise 

Para 79,3% dos entrevistados a presidente não está sabendo lidar com a crise econômica. Em outubro de 2015 esse percentual era R$ 80,6%. Para 64,1% dos entrevistados, a avaliação é de que em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se encontra. 

Ainda de acordo com o levantamento, 52,2% consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica, enquanto 44,1% consideram que mais grave é a crise política. Em outubro de 2015 esses percentuais eram de 60,9% e 35,4% respectivamente. 




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Pensando em seguir carreira política, OGlobo revela quem é o japonês da federal

24 de Fevereiro de 2016, 13:51, por AS FALAS DA PÓLIS

Japonês Newton Ishii passou pelo menos dois meses na cadeia e teve dois pedidos de habeas corpus negados.

"O ‘Japonês da Federal’ e a Escola Base", por Elio Gaspari*, via O Globo.

Logo depois do juiz Sérgio Moro, a maior estrela da Operação Lava-Jato é Newton Ishii, o “Japonês da Federal”. Com roupas pretas, óculos escuros, coturnos e até mesmo luvas, ele tornou-se personagem de uma divertida marchinha de carnaval, alegrou a folia com suas máscaras e há dias foi cortejado na Câmara dos Deputados. Sua glória veio da frequência com que apareceu escoltando maganos no caminho do cárcere de Curitiba.

Em 1994, Icushiro Shimada, dono da Escola Base, em São Paulo, foi preso e demonizado juntamente com a mulher, mais uma professora e um motorista, sob a acusação de abusar sexualmente de crianças de 4 anos. As denúncias partiam de um delegado que conduzia as investigações. As paredes da escola foram pichadas com insultos e eles comeram o pão que o tinhoso amassou. Três meses depois o Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito porque nele não havia indício da prática dos crimes. Os acusados processaram o governo de São Paulo e os grandes jornais e emissoras que divulgaram as notícias. Desde 1996, venceram em diversas instâncias.

O “Japonês da Federal” tornou-se um símbolo da eficiência e do rigor da instituição. O FBI, seu similar americano, também tem seus ícones. John Proctor (inspiração para Gene Hackman no filme “Mississippi em chamas”) desvendou o assassinato de três jovens defensores dos direitos dos negros. Melvin Purvis participou da caçada a assaltantes como John Dillinger. No FBI não há agente famoso com carreira tisnada.

A ficha funcional de Ishii não reflete a qualidade profissional dos servidores da instituição. Sua notoriedade diverte, mas embaça. Ela foi tisnada em 2003. Aqui e ali essa circunstância é noticiada, sempre parecendo uma irrelevância. O repórter Marcelo Auler foi buscar os fatos.

Ishii entrou para a Polícia Federal por concurso nos anos 70. Em março de 2003, servindo em Foz do Iguaçu, foi preso pela própria instituição, acusado de facilitar o contrabando. Nesse arrastão entraram 44 pessoas, inclusive 23 agentes da PF e alguns servidores da Receita Federal. Ele passou pelo menos dois meses na cadeia e teve dois pedidos de habeas corpus negados. Solto, aposentou-se. Mesmo assim, foi desligado da Polícia Federal em 2009.

Passaram-se 12 anos e, olhando-se para o caso, surge um retrato da incapacidade do sistema administrativo e judicial brasileiro de condenar culpados ou absolver inocentes. Até hoje Ishii nunca foi condenado, nem absolvido.

Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça anulou por defeito processual a sanção disciplinar a que Ishii foi submetido, reintegrando-o aos quadros da PF. Os crimes de que ele era acusado estavam prescritos. Ainda existe um recurso dos servidores presos em 2003 à espera de julgamento no STJ. A defesa de Ishii diz que, entre as provas apresentadas contra ele, há transcrições adulteradas de telefonemas interceptados (alô, alô, Lava-Jato).

Durante dez anos Ishii esteve afastado da PF. Voltou no início de 2014 por determinação do Tribunal de Contas da União, que o obrigou a trabalhar por mais dois anos e meio para justificar a aposentadoria. Numa trapaça da vida, quando o “Japonês da Federal” aparece escoltando um magano, ambos estão ali cumprindo determinação de um tribunal (se é que se pode chamar o TCU de tribunal). Em maio, Ishii voltará a ser um policial aposentado.

*Elio Gaspari é jornalista.
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PF gravou a ligação de Bemvindo Sequeira para FHC

19 de Fevereiro de 2016, 2:26, por AS FALAS DA PÓLIS


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Prendam o Lula: Diminui diferença entre jovens ricos e pobres que concluem o ensino médio

19 de Fevereiro de 2016, 2:00, por AS FALAS DA PÓLIS


Na Folha

Em dez anos, Brasil diminui diferença entre jovens mais ricos e mais pobres que concluem o ensino médio. Em 2005, 18,1% dos jovens de 19 anos entre os 25% mais pobres da população concluíam o ensino médio. Entre os 25% mais ricos, a porcentagem chegava a 80,4%, existindo uma diferença de 62,3 pontos percentuais entre os dois grupos. Em 2014, último dado disponível, o cenário mudou. Entre os mais pobres, 36,8% concluíam o ensino médio e, entre os mais ricos, 84,9%. A diferença entre os dois grupos ficou em 47,8 pontos percentuais.

Os dados são de levantamento divulgado hoje (18) pela organização não governamental Todos Pela Educação, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa tem como objetivo monitorar a Meta 4 da entidade, que estabelece que 90% ou mais dos jovens brasileiros de 19 anos deverão ter completado o ensino médio até 2022. Essa meta também monitora a conclusão do ensino fundamental até os 16 anos, estabelecendo o objetivo de que 95% dos jovens tenham completado este ciclo escolar até 2022.

"A perspectiva é redução de desigualdades. Esse dado é positivo. O Brasil está aumentando os índices e reduzindo as desigualdades", diz a superintendente do Todos Pela Educação, Alejandra, Meraz Velasco, que pondera que o país ainda apresenta desigualdades que precisam ser enfrentadas.

ENSINO FUNDAMENTAL

A redução das diferenças entre os mais pobres e mais ricos ocorre também no ensino fundamental. Em 2005, dos jovens de 16 anos entre os 25% mais pobres da população, 38,8% concluíram o ensino fundamental. Entre os 25% mais ricos, a porcentagem era 90%. A diferença entre os dois grupos era 51,2 pontos percentuais. Em 2014, entre os mais pobres a taxa de conclusão saltou para 62,7% que concluíram o ensino fundamental e, entre os mais ricos, 92,2%, uma diferença de 29,5 pontos percentuais.

De modo geral, os dados mostram que, nos últimos dez anos, o Brasil avançou 15,4 pontos percentuais na taxa de conclusão do ensino médio dos jovens de até os 19 anos. O percentual de concluintes passou de 41,4% em 2005 para 56,7% em 2014. Em números absolutos, isso significa que, nesse intervalo de tempo, os estudantes concluintes passaram de 1.442.101 para 1.951.586.

No ensino fundamental, a taxa de conclusão cresceu na mesma proporção que o ensino médio: quase 15 pontos percentuais, aumentando de 58,9% em 2005 para 73,7% em 2014. Passou de 2.106.316 concluintes em 2005 para 2.596.218, em 2014.

DESIGUALDADES

No ensino médio, entre os grupos de jovens por raça/cor, o maior avanço registrado na década está entre a população parda, cuja taxa de conclusão aos 19 anos aumentou 19,8 pontos percentuais. Entre os pretos, o crescimento foi 17,1 pontos percentuais, enquanto os brancos apresentam 12,3.

No ensino fundamental, também houve queda na diferença. Entre os pardos, houve um aumento na conclusão da etapa de ensino de 20 pontos percentuais em dez anos. Entre os pretos, 18,2 pontos percentuais e, entre os brancos, 10,7.

Apesar das melhorias, as populações pardas e pretas ainda concentram os maiores percentuais de estudantes que não concluíram as etapas de ensino nas idades monitoradas. No ensino fundamental, em 2014, 82,9% dos brancos haviam concluído com 16 anos a etapa, enquanto 66,4% dos pretos e 67,8% dos pardos atingiram o mesmo patamar. No ensino médio, 66,6% dos brancos com 19 anos concluíram a escola. Entre os pretos o percentual foi 46,9% e, entre os pardos, 50,1%.

Na avaliação de Alejandra, o país ainda está distante de cumprir, em 2022 a meta estabelecida pela entidade, de que pelo menos 90% dos jovens brasileiros de 19 anos tenham o ensino médio concluído. "Como em outros indicadores de educação, observamos melhorias, destacamos melhorias, mas o Brasil não está melhorando a educação em um ritmo que a gente esperava", diz.

ONDE ESTÃO OS JOVENS?

Quase um quarto dos jovens de 19 anos não estuda e nem trabalha, segundo o estudo, a chamada "geração nem nem". A porcentagem têm se mantido mais ou menos constante. Em 2005, eram 23,1% e, em 2013, a porcentagem subiu para 25,7%. Em 2014, houve uma queda, para 24,5% dessa população. Isso significa que 842.217 jovens estão nessa situação no Brasil.

Aos 16 anos, a porcentagem de "nem nem" é menor, era 11,2% em 2005 e caiu para 10,5% em 2014, o que corresponde a 370.633 adolescentes que não estão na escola e nem trabalhando. Mais 244.232 (6,9%) só trabalham.

"Sem dúvida isso é preocupante e passa pela necessidade de reestruturação do ensino médio. Muito do aumento de quem não frequenta a escola é devido ao desinteresse no ensino médio", avalia Alejandra. A partir desse ano, o ensino até os 17 anos passa a ser obrigatório no Brasil, como prevê a Emenda Constitucional 59/2009 e o Plano Nacional de Educação (PNE). Para Alejandra, isso deve se refletir nos indicadores futuros.
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Diógenes Brandão