Uma ala oposicionista do PMDB ganhou corpo ainda nas eleições de 2014, quando fecharam apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves e foram cruciais para levá-lo ao segundo turno, onde contribuíram com a diferença de um pouco mais de 3% dos votos válidos.
Antes do fim do ano eleitoral, a oposição levantou diversas suspeitas sobre o resultado das urnas e já em 2015, após a posse da presidente, manteve a campanha contra Dilma, de forma implacável.
Um mês depois, Eduardo Cunha, o candidato do PMDB à presidência da Câmara foi eleito com 267 votos, a maioria absoluta dos votantes na casa.
Logo depois de ter sido aceito o processo do Impeachment, a presidente Dilma avisou que o governo lutaria para defender-se e a imprensa nacional tem divulgado o esforço do planalto neste sentido.
Além disso, governadores, prefeitos, juristas, reitores e toda uma rede de apoio institucional tem surgido ao redor e na proteção do mandato da presidente, que se reelegeu em 2014 e passou o ano inteiro sob ataque, sem tréguas e nem descanso, por parte dos partidos da oposição, contando com a ajuda da grande mídia e do chamado fogo-amigo.
O resultado não poderia ser diferente: O índice de popularidade de Dilma despencou e o governo se viu ameaçado por uma onda de protestos nas ruas e nas redes sociais, com diversos deputados de partidos aliados votando contra o governo em diversas medidas, que foram aprovadas à toque de caixa, levando o país para um retrocesso em diversas áreas. Cada derrota de Dilma no Congresso, era comemorada pela imprensa e pelos partidos da oposição.
Depois disso, o país viu o quanto o sistema presidencialista é dependente e pode ficar refém do legislativo e como um partido aliado pode se transformar em uma oposição ainda pior do que a declarada.
No entanto, nos últimos dias do ano, o governo resolveu tirar o câncer que estava lhe levando à cova e rompeu em definitivo com Eduardo Cunha e foi pra ofensiva contra quem estava lhe sugando as energias e ao mesmo tempo atacando-lhe pelas costas.
Coluna Painel Político, do jornalista Ilimar Franco, publicada no jornal Diário do Pará alerta de como o governo federal agirá de agora em diante. |
No Pará, o envio de uma foto para Brasília acendeu a chama do recente caso do deputado que 'prendeu' Lula, mas nomeava amigos no governo Dilma e que logo em seguida teve como resposta do governo, a exoneração de um de seus apadrinhados. A medida está sendo usada como sinal de que o governo não irá mais tolerar traição e muito menos deixá impune.
Com a reação, o povo foi às ruas nesta quarta-feira e em diversas cidades onde as manifestações favoráveis ao impeachment começaram a ver o jogo virando com mais pessoas se manifestando contra a saída prematura de Dilma. São Paulo e Belém foram duas capitais em que esse exemplo se mostrou bem evidente.
Agora, ficamos sabendo que a presidente chamou para si aquilo que todos reclamavam: A condução de sua defesa de forma rígida e contundente, o que tem lhe garantindo importantes vitórias. Uma delas foi a aprovação do orçamento de 2016, com o Congresso Nacional sendo favorável à redução da meta fiscal, sem corte nas políticas sociais e com a CPMF mantida para recompor as contas públicas.
Além disso, como já foi dito aqui, a semana foi dura para a direita e demais partidos da oposição brasileira. Fruto de uma ação cirúrgica do governo, o deputado federal Leonardo Picciani retomou a liderança do PMDB na Câmara e garantiu assim, a volta da maioria do partido para a base de apoio do governo.
Segundo um colunista da revista VEJA, Dilma cobrou de um dos seus ministros, o apoio de sua base estadual. |
Por isso, se Dilma era criticada por deixar as coisas contra o seu governo crescerem, sem agir para evitar ou corrigir os problemas, podemos dizer que ela agora tomou decisões certeiras e sem deixar brechas para surpresas desagradáveis.
As próximas pesquisas devem mostrar uma recuperação considerável de sua popularidade e o seu governo poderá finalmente iniciar o que não conseguiu em 2015.
As próximas pesquisas devem mostrar uma recuperação considerável de sua popularidade e o seu governo poderá finalmente iniciar o que não conseguiu em 2015.
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