Por Dornélio Silva
Um estudo realizado pela DOXA Pesquisas, revela que as eleições municipais em Belém do Pará, vem com algumas peculiaridades que nos chamaram a atenção e que valem a pena serem socializadas com os leitores do blog AS FALAS DA PÓLIS.
A primeira questão destacada no cruzamento de dados das últimas cinco (05) eleições é de que a eleição de 2016, no Pará, trouxe o maior índice de alternância no poder. A taxa de renovação ultrapassou 69%.
Desde a instituição da reeleição no Brasil (sendo primeira reeleição para prefeito foi em 2000), a alternância de grupos políticos no poder é bem maior do que o continuísmo.
Do ano 2000 até 2012, a diferença vinha sendo equilibrada. No entanto, as eleições de 2016 mostraram que a insatisfação dos eleitores para com os governantes, foi muito maior.
Dos 109 prefeitos que tentaram defender seu mandato, isto é, disputaram a reeleição, 69,0% foram derrotados nas urnas, enquanto que apenas 31,0% conseguiram se reeleger.
Pior ainda para os 34 prefeitos que já tinham sido reeleitos e que nestas eleições (2016) indicaram seus sucessores.
Destes, 71,0% não conseguiram fazer seus sucessores e apenas 29,0% conseguiram essa proeza.
Esse índice só perde para o pleito de 2008, em que 80,0% dos prefeitos ocupantes do cargo não fizeram seus sucessores.
Nas eleições de 2012, o índice de prefeitos que conseguiram fazer seus sucessores foi o maior de todos, 39,0%.
No decorrer deste segundo turno iremos fazer novas comparações com os resultados eleitorais e das pesquisas que realizamos durante as eleições.
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