Por Diógenes Brandão
Assistimos 24h por dia a imprensa exibir políticos investigados por participarem de esquemas corruptos, pregando o afastamento da presidente. Para muitos desinformados, o impeachment se dá por causa da "Lava Jato" e desconhecem que a acusação é de que ela cometeu crime de responsabilidade fiscal através da chamada "pedalada fiscal", quando autorizou usarem recursos da Caixa Econômica Federal para não atrasar o pagamento de Programas Sociais que atendem milhões de famílias pobres deste país.
A verdade é que depois de dois anos de investigações da Operação "Lava Jato", a elite política de vários partidos começa a ser descoberta e claro, vão querer interromper tudo que está em curso e o impeachment é a única saída para muitos tentarem evitar a cadeia.
Por isso, de hoje em diante, a prova de fogo do governo federal se acirra com a decisão de dois grandes partidos da base de sustentação do planalto, no Congresso Nacional: PMDB e PP.
Além disso, o STF julga se Lula se mantém ministro ou fica vulnerável à prisão política, na trama da Lava Jato.
As manifestações pela manutenção democrática que estarão saindo novamente às ruas, na quinta-feira (31), são importantes para reafirmar a defesa popular pelo estado democrático de direito.
No entanto, a sociedade precisa ser ouvida e informada todo dia, em todos os lugares, nas ruas e nas redes, sobre o que está sendo armado para evitar o avanço do combate à corrupção, que já levou muitos mega-empresários para a cadeira (Quem diria que um dia isso aconteceria?!) e agora começa a chegar em figurões da política nacional, onde a maioria dos partidos tem seus principais dirigentes envolvidos.
Além disso, outras operações da PF, que a mídia não dá o devido destaque, chegam ao dinheiro desviado por empresas de comunicação como da família Marinho (Globo) e por isso, para eles, essas investigações precisam ser encerradas imediatamente.
A vigília democrática que muitos movimentos sociais e partidos que historicamente lutaram contra a miséria, a mentira dos poderosos e até o golpe militar, precisam ampliar-se para escolas, sindicatos e associações de moradores e trabalhadores. Ou seja, todos os locais de organização devem retomar seu papel preponderante na luta de classes e tornarem-se vigilantes e em permanente estado de mobilização, com debates e eventos que reaproximem cada vez mais pessoas da realidade que o país atravessa.
#GolpeNuncaMais
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