Por Diógenes Brandão
Em seu pronunciamento que durou seis (06) minutos, o último parlamentar a falar na sessão destinada a ouvir Dilma Rousseff, em sua defesa no processo do impeachment no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (29), o senador Paulo Rocha (PT-PA) defendeu a manutenção do processo democrático e a permanência da presidenta no cargo, para o qual foi eleita pela maioria da população brasileira, nas eleições de 2014.
O senador paraense disse ainda que os governos petistas favoreceram a inclusão social e levaram melhorias ao Pará, onde diversas localidades do estado ainda não contavam sequer com luz elétrica, a exemplo da cidade de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, onde disse conhecer uma senhora de 115 anos, que sonhava ter uma geladeira para tomar água gelada. Segundo o senador, só depois da chegada do "Programa Luz para Todos", foi possível ter energia elétrica para seu povo.
Com alguns lapsos em seu pronunciamento, Paulo Rocha admitiu que só tem o segundo grau, o que teria sido fruto da falta de escolas de ensino médio em sua cidade natal e nos governos de Dilma e Lula foram criadas mais três universidades no Pará, o que favoreceu o acesso à educação do filho do pobre e do filho do negro.
Paulo Rocha é fundador da CUT e do PT no Pará e foi eleito deputado federal por cinco (05) mandatos. Em 2005, renunciou seu mandato para defender-se da acusação de envolvimento no processo do "mensalão". Após oito (08) anos sem mandato, Paulo Rocha foi eleito senador pelo estado do Pará em 2016.
No final do seu pronunciamento no senado, Paulo Rocha clamou aos "velhos companheiros" do PMDB, do DEM e do PSDB para que não rompam com o“estado democrático, que tanto custou ao país”, concluiu.
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