No dia 14 deste mês, a imprensa divulgou uma ação policial na Escola Estadual José Lins do Rego, na Zona Sul de São Paulo. Através das redes sociais, estudantes deram uma versão diferente daquela distribuída pelos veículos da velha mídia, entre eles, o portal da Globo, denunciando a truculência e violência da PM, que demostrou que foi até ali para acabar com a ocupação, que está sendo desde então retratada pela imprensa, como invasão.
José Lins do Rego era uma entre dezenas de estabelecimentos de ensino que estavam sendo ocupados por estudantes, pais de alunos e professores que protestavam contra o fechamento de escolas e o remanejamento do alunado para unidades escolares distantes de suas casas, o que o governo paulista chama de "reestruturação do ensino estadual".
Passados oito dias, na noite deste domingo (22), a notícia do suicídio de um professor aposentado da escola, conhecido como Pimentel e que teria sido um dos feridos pela PM, gravou um vídeo (ainda não divulgado) e se matou enforcado, depois de ver a situação dos colegas e alunos que conviveu por longos anos na escola. A notícia ainda reservada a grupos do WhatsApp, chocou a comunidade escolar, trouxe grande reboliço e amanhã deverá ser uma das principais notícias nas redes sociais.
A ocupação das escolas pela comunidades escolares iniciaram no dia 09 deste mês, logo que o governo anunciou seu plano de fechar 94 escolas e transferir 311 mil alunos. No entanto, os protestos fizeram o governo recuar, suspender o plano e obrigaram a Secretaria Estadual de Educação sentar para dialogar, mas este exigiu que houvesse a desocupação das escolas, por parte dos alunos, professores e pais de alunos, que não acreditaram na proposta e segundo informações do movimento de resistência, existem hoje 91 escolas ocupadas e esse número tende a aumentar, até que o governador Geraldo Alckmin suspenda definitivamente o projeto que batizou de "reorganização escolar".
Na opinião do jornalista, autor do site VioMundo e repórter da TV Record, Luiz Carlos Azenha, a ação do PSDB em SP, assemelha-se com o que foi feito no Rio de Janeiro, durante a construção da estrutura exigida pela FIFA, para a Copa do Mundo 2014.
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