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Diógenes Brandão

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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.
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PROS ganha SUDAM e aperta o PT no Pará

marzo 19, 2014 6:34, por Desconocido - 0no comments yet

Matéria publicada no Jornal "O Liberal" desta quarta-feira (19).

O jornal O Liberal trouxe a repercussão de que um dos poucos espaços do governo federal onde petistas paraenses ainda ocupam espaços de destaque, está preste a ser entregue pro PROS, após acordo de reforma ministerial. As informações estão no blog do Gerson Camarotti, no Portal IG.

blog do Parsifal nos dá um raio X do partido no Pará:


“..Liderado no Pará pelo prefeito de Marabá João Salame, que deixou o PPS, ( o PROS) é o partido que mais capitalizou o troca-troca de legendas: até agora filiaram-se 75 vereadores, 1 deputado federal, Dudimar Paxiuba, ex-PSDB, e o deputado estadual Raimundo Belo, ex-PSB.


A irreverência política erigiu dois trocadilhos, que são repetido até pelo prefeito João Salame, presidente regional do PROS: diz-se que uma das exigências para ser filiado ao PROS, é ser contra o governo do Pará”.


Aliado do PT e do PMDB, o novo partido dirigido pelo prefeito de Marabá, João Salame que saiu do PPS e da base do governo do PSDB e hoje forma uma frente de oposição à reeleição do atual governador Simão Jatene, pode mexer em espaços (DAS's) destinados à Unidade na Luta, grupo do candidato a Senador pelo PT-PA, o ex-deputado Paulo Rocha.
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O golpe civil militar de 64 e a tragédia nacional

marzo 17, 2014 18:27, por Desconocido - 0no comments yet



Os 50 anos do golpe civil militar de 1964 nos leva, obrigatoriamente, a uma série de reflexões: o atraso do país produzido pelo criminoso e malfadado golpe é incomensurável; reformas substanciais que nos colocariam hoje entre as nações mais desenvolvidas do mundo foram abandonadas; produziu-se o maior arrocho salarial de toda a história brasileira, causando essa vergonhosa concentração de rendas e riquezas que nos colocam em um desonroso lugar.

Neste período sombrio houve a maior captura dos setores públicos por elementos apaniguados e pelos poderosos de plantão, exemplo desse cenário foi a farta distribuição de cartórios, amplificando a trágica burocratização da vida nacional.

O amalgama militar-empresarial além do financiamento da repressão com torturados, mortos e desaparecidos encarcerou milhares de brasileiras e brasileiros.  Nunca a rapinagem e o espírito bucaneiro das elites brasileiras tiveram terreno tão fértil para prosperar. Ao se curvar a esses ditames, organismos da alta burocracia do estado fizeram a “farra do boi”.

Conservadores em sua maioria, o Poder Judiciário e o Ministério Público agiram para desmantelar as forças populares e aumentar os seus privilégios, vem daí os altos dispêndios pagos em aposentadorias e pensões que ainda sangram os cofres dos tesouros estaduais e federal.

Moralizadores de fancaria impuseram a paz do medo e dos cemitérios, criando uma falsa impressão de apoio popular. O primeiro e importante setor que apoiou o golpe e “pulou fora” foi a maioria da Igreja Católica artífice e apoiadora principal das inglórias “marchas da família”. A grande mídia co-irmã do golpismo, apesar da censura de que foi vítima amealhou o seu maior crescimento patrimonial, vide a instituição da Rede Globo de Televisão.

Esse estado de coisas não pode voltar!

Assim, a despeito das disputas eleitorais, a movimentação das forças que apostam na consolidação da democracia brasileira deve ser no sentido de dar um basta a tudo isso.

É inaceitável a pregação golpista atual. Cabe, a nós militantes progressistas, a defesa da democracia e do estado de direito, devemos ir ao povo brasileiro e explicá-lo que essa pregação, a pretexto de defender moralização vem no sentido de destruir todas as conquistas populares.

Os pregadores da propalada intervenção militar são contra as cotas, o programa bolsa família e o Mais Médicos,  os direitos das domésticas e até mesmo o aumento do salário mínimo. Culpam o povo pelo engarrafamento dos aeroportos e até pelo intenso tráfego nas estradas e cidades, dado a aumento significativo de pobres que adquiriram um carrinho.

A pauta criminalizadora dessa gente afeta diretamente os autênticos movimentos populares e a sua principal razão de existência: os pobres, os negros, os índios e todos aqueles que a usura e a ganância elitista não deixaram prosperar, os poucos que conseguiram progredir o fizeram por hercúlea iniciativa individual.

É contra isso que lutamos. Essas iniciativas conservadoras devem ser desmascaradas. O país não suportaria.

Golpismo, nunca mais!

Alberto Cantalice é vice-presidente nacional do PT.
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Anatel publica regulamento que amplia direitos dos consumidores

marzo 11, 2014 15:27, por Desconocido - 0no comments yet



As novas regras que regulamentam os serviços de telefonia fixa e móvel, internet e televisão por assinatura foram oficializadas.

Com o novo regulamento, baseado nas mais de 3,1 milhões de reclamações de consumidores, espera-se mais transparência nas relações.

O #DICASDOPT explica o que mudou.

O cancelamento automático, por exemplo, pode ser realizado pela internet ou telefone. Basta digitar uma opção do menu, na central de atendimento telefônico da prestadora.

Se a ligação cair enquanto você fala com um atendente no call center, a operadora tem a obrigação de retornar o telefonema.

As cobranças contestadas precisam ser respondidas em até 30 dias. 

Caso contrário, a prestadora deve, automaticamente, corrigir a fatura ou devolver em dobro o valor questionado (caso a fatura já tenha sido quitada).

Agora, os créditos de celular pré-pago têm validade mínima de 30 dias. 

As operadoras ainda vão oferecer duas outras opções de prazo, de 90 e 180 dias.

Quanto às promoções, serão válidas para todos os clientes, sejam eles novos ou antigos assinantes.

Já o contrato, faturas antigas e históricos de consumo poderão ser baixados da internet, assim como os protocolos e gravações do atendimento.

As operadoras têm prazos de 120 dias a 18 meses, de acordo com o porte, para implementar as mudanças.

Fique por dentro dessas e outras alterações nos serviços em http://zip.net/bqmLCf
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A crise do PMDB

marzo 6, 2014 10:23, por Desconocido - 0no comments yet

Senador Roberto Requião (PMDB-PR).

"Tenho a impressão de que nosso PMDB já esta dormindo de barriga para cima, se acomoda à posição mortuária. Vai mais um ministériozinho aí!"

"Sem proposta para o país, sem democracia interna,o PMDB vale somente pelos minutos que tem na televisão. Que tristeza, que vergonha."

Por Roberto Requião, ex-governador do Paraná e senador pelo PMDB-PR, o qual é um dos grandes dirigentes nacionais, criticando seu próprio partido. 
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SOS Marajó: Antes que Inês seja morta

marzo 2, 2014 4:28, por Desconocido - 0no comments yet

Campos de arroz em Carchoeira do Arari, no Marajó. Foto: Tarcísio Feitosa

Os impactos provocados pela monocultura de arroz na ilha de Marajó, no Pará, foram discutidos em audiências públicas no mês de agosto do ano passado e fizeram parte de uma investigação conjunta do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Pará. Denúncias dão conta de que a introdução do plantio de arroz em Marajó foram feitas por meio de invasão de terras públicas e  desmatamento ilegal. Ainda de acordo as denúncias a falta de atendimento à legislação ambiental e o uso excessivo de defensivos agrícolas tem causado danos à fauna à flora, provocando mortandade de peixes, pássaros e animais silvestres. Mesmo assim, até agora nenhuma providência foi tomada.
Leia o relato enviado por Avelar Cunha.
Os campos de Cachoeira do Arari, imortalizados no romance "Chove nos Campos De Cachoeira" por Dalcídio Jurandir,clamam por socorro.

O Deputado Federal, Paulo Cesar Quartieiro, (talvez pelo cargo que ocupe, a inércia das autoridades), instalou-se à mais ou menos 5 anos naqueles campos, no município de Cachoeira Do Arari-(Marajó-PA), após ser expulso da reserva Raposa Serra do Sol em Roraima, onde devastou boa parte da mesma.

...(SIC) Agora nos campos de Cachoeira não está sendo diferente senão vejamos: Ao instalar-se no município, a primeira providência foi arrancar pelas raízes as árvores que existiam em toda a extensão do teso, desviou o curso do Rio Arari para fazer a irrigação de sua plantação - a navegação que já era precária no verão, agora é quase impossível - desmatou toda a área por trás do cemitério até o maragojipe, botando fogo na mesma e usa pesados defensivos agrícolas (agrotóxicos), borrifando os mesmos na lavoura e que muito desse veneno chega até a população levado pelos ventos, e mais ainda, se infiltrando no lençol freático.

Não vejo nenhum benefício para o município, ao contrário; os operários em sua totalidade são de fora do município, portanto a geração de emprego é insignificante, o beneficiamento do arroz é feito em Outeiro, gerando o ICMS e outros impostos para Belém. Na época da colheita pesados caminhões trafegam pela estrada, fazendo o transporte até o porto e deixando a estrada quase que intrafegável para o ir e vir da população e de quem visita aquela área.

Enfim, o produtor do arroz ACOSTUMADO, aliás um nome bem sugestivo,(ACOSTUMADO a devastar a natureza), em minha humilde opinião, em nada contribui de forma positiva com o Município de Cachoeira do Arari. 

Aliás a mais nova contribuição do Sr. Quartieiro com o Marajó e com o ecossistema local foi, importar GAVIÕES que são totalmente estranhos ao referido ecossistema, para fazerem o controle, (depredar) as rolinhas e outros passarinhos que alimentam-se do arroz. Nem as lagartixas e sapos escapam da voracidade desses gaviões!

Pedimos aqui então, que essas denuncias possam chegar a quem de direito, para imediatas providências antes que seja tarde demais. Como dizemos nós Marajoaras: antes que a Inês seja morta!
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Mensalão é farsa e Joaquim Barbosa e Imprensa são derrotados

febrero 28, 2014 23:53, por Desconocido - 0no comments yet


Por Davis Sena Filho, no Brasil 247.

O "mensalão" do PT, se algum dia existiu, é e sempre será uma farsa jurídica e política.

Até hoje o que se denomina "mensalão" não foi comprovado, porque se trata, na verdade, de um processo levado a cabo por juízes políticos e conservadores, com o apoio de uma imprensa de mercado com histórico golpista e que efetivou linchamento sistemático de pessoas e partido a quem a mídia empresarial considera seus "inimigos", neste caso o PT e os governos trabalhistas dos presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Com a derrota de juízes ideologicamente de direita, no que concerne à votação do julgamento dos embargos infringentes contra a condenação por formação de quadrilha, principalmente dos presos petistas, os juízes midiáticos, a exemplo de Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, Joaquim Barbosa e Luiz Fux perceberam que a composição dos membros do STF mudou, como o disse quase chorando o juiz Mendes, que há anos exerce suas funções em um Tribunal de maioria conservadora e disposto a rivalizar, equivocadamente, com os Poderes essencialmente políticos, a exemplo do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Contudo, a Presidência da República depois de beber durante anos o amargo licor de ter nomeado juízes e procuradores conservadores em quase impositivas listas tríplices apresentadas pelas categorias dos promotores e dos juízes, resolveu indicar pessoas que se atem às questões jurídicas, aos autos dos processos, que procedem de forma legalista e não fiquem a fazer chicanas e a fomentar querelas, muitas delas criadas propositalmente, pois a finalidade é desestabilizar o Governo do PT, além de criar situações que propiciem dúvidas à população, de forma que ela desconfie do Governo trabalhista e, quiçá, passe a ficar contra o governo e apoiar, por exemplo, as prisões de pessoas que foram encarceradas sem suas culpabilidades comprovadas.



E isto foi feito e conseguido, porque parte significante da classe média coxinha de caráter conservador e preconceituoso e que nunca aceitou a ascensão dos pobres à classe média e jamais concordou com os inúmeros programas sociais que retirou milhões de brasileiros da miséria ou da linha de pobreza continua — independente de quaisquer argumentos e provas contundentes, como a realidade de que José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares estão presos sem a culpa comprovada — a considerar que prisões determinadas à margem da lei e dos autos dos processos são legais, o que, sem sombra de dúvida, deixa de joelhos o estado democrático de direito, bem como são rasgadas as páginas da Constituição.

Muitos dos implicados no "mensalão" foram presos mediante a utilização da teoria do domínio do fato, que considera, por exemplo, uma pessoa que ocupa cargo de autoridade e mando responsável se, porventura, seus subordinados tenham cometido ilegalidades e ilicitudes, o que a obriga a ter conhecimento de tais ações, mesmo se não o tiver. É um absurdo. O fim da picada, porque manda às favas o princípio da inocência, bem como deixa qualquer cidadão brasileiro à mercê de promotores, procuradores e juízes, que se transformaram, perigosamente, em investigadores, acusadores e julgadores, conforme seus ditames, valores, princípios, crenças, interesses e ideologias.

Por seu turno, a maioria dos juízes que votou contra a formação de quadrilha demonstrou que é legalista e que não há mais espaço para juiz fanfarrão, midiático e inconfessavelmente político, que desrespeita as normas do Tribunal, inclusive o decoro, e muito menos se atém ao Código Penal e à Constituição, porque fizeram de seus cargos um trampolim de seus interesses políticos e partidários, assim como se aliaram ao PSDB e, irrefragavelmente, à casa grande, dona de terras e empresas e que até hoje não se conforma com as vitórias eleitorais do PT e de seus candidatos.

O sintoma da derrota dos juízes direitistas foi notório quando o porta-voz da família Marinho, bem como de outros grupos familiares midiáticos, o "imortal" Merval Pereira, antecipou-se ao julgamento e reconheceu que não daria mais para manter a bazófia jurídica que um grupo de juízes da ativa, além de alguns recentemente aposentados, a exemplo de Ayres Britto e Cezar Peluso, resolveram fazer política para beneficiar os interesses da imprensa de negócios privados e de partidos de direita, representados pelas siglas PSDB, DEM e PPS, que há três eleições presidenciais consecutivas são derrotados, porque o povo sabe que quando essas agremiações controlaram o poder federal nem sequer geraram empregos, o que é o mínimo, bem como levaram o Brasil à bancarrota, porque tivemos de sofrer a humilhação de pedir três vezes esmolas ao FMI.

Contudo, o ódio, o inconformismo e o autoritarismo da imprensa burguesa e de tradição golpista se transformou, ontem, em derrota, porque as famílias midiáticas e seus empregados porta-vozes sabem que o julgamento dos embargos infringentes deu uma nova conotação ao julgamento do "mensalão" e das pessoas que estão presas. Além disso, notei que a burguesia em geral, os pequenos burgueses (classe média coxinha), os donos do sistema midiático privado e seus capatazes e feitores não aceitaram a decisão do STF quanto à rejeição do crime de formação de quadrilha contra os réus petistas.

Todavia, quando os petistas foram acusados, julgados e presos esses mesmos grupos conservadores, políticos e empresariais afirmavam aos berros que decisão judicial não se discute, cumpre-se, e fim de papo! Só que pau que bate em Chico bate também em Francisco ou Pimenta nos olhos dos outros é refresco, pois os embargos infringentes contra a acusação de crime de quadrilha foram aceitos, de forma livre e autônoma, pela maioria dos juízes do STF e, consequentemente, a direita brasileira e todos seus matizes vão ter de aceitar o que ela pregava, ou seja, não discutir as decisões da Justiça.

Por sua vez, o caso do "mensalão", o do PT, aquele que nunca foi comprovado, porque nunca existiu tal qual quer fazer crer a direita partidária e a imprensa alienígena, toma agora outra dimensão e abre novas frentes de questionamentos importantes e sérios, como a questão da formação de quadrilha, pois, se não há a constituição de um bando organizado, como fundamentar que José Dirceu era seu líder, que tinha por intenção um projeto de manter o seu grupo político ou o PT no poder?

Aí está o cerne da questão e a consequente raiva e inconformismo de juízes como Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, que deitaram falação e deram entrevistas à imprensa privada, que, evidentemente, trataram de repercuti-las em seus jornais televisivos, principalmente no Jornal Nacional, que há dias contesta a derrota de "seus" juízes aliados e que, juntamente com os ex-procuradores Roberto Gurgel e Antonio Fernando de Souza, montaram uma armadilha para que lideranças petistas fossem processadas, presas e, por conseguinte, desconstruídas perante a Nação brasileira.

José Dirceu está preso em regime semiaberto e desde novembro é mantido enclausurado por um juiz de instância menor em Brasília e nomeado por Joaquim Barbosa para atuar como feitor e desse modo perseguir José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Dirceu é acusado de falar ao celular, fato este que foi negado pela própria direção do presídio e Delúbio teve o direito ao regime semiaberto suspenso logo após a derrota de Barbosa e de seus aliados juízes no STF. Vingança, perversidade e covardia na veia!

Não satisfeitos em perseguir os petistas há mais de oito anos, o linchamento moral continua, bem como as mentiras e as trapaças. A Rede Globo, o maior câncer do Brasil, persegue diuturnamente os presos sem comprovação de culpa. Agora a golpista e autoritária empresa resolveu acusar o governo trabalhista de Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, de conceder regalias aos presos petistas — somente a eles, porque existem presos de outros partidos ou simplesmente empresários, como a banqueira do Banco Rural, mas a Globo jamais cita o nome deles, a não ser quando tem de fazer a constatação que há pessoas presas pertencentes outros grupos políticos e empresariais.

Entretanto, o que mais incomoda à direita é que com a aceitação dos embargos infringentes e o fim da acusação de formação de quadrilha, outras questões do processo, certamente, também vão entrar no rol de questionamentos e, por sua vez, desmoralizar outros processos elaborados de forma ilegal e de má-fé orquestrados pela Procuradoria Geral da República dos tempos do condestável Roberto Gurgel e dos juízes políticos conservadores com carácteres de Torquemadas e um desejo aparecer maior do que as das vedetes que tomam as passarelas dos carnavais.

A verdade é que o juiz Joaquim Barbosa e aliados tergiversam, manipulam, dissimulam e tentam trazer a população para seus lados, com o objetivo de angariar apoio popular. Acontece que a maioria do povo não é coxinha leitor da Veja, da Folha, do Globo e não fica a ouvir e a ver a ladainha embusteira dos "especialistas" de prateleiras da Globo e da Globo News. O povo tem coisa mais importante para fazer e sabe muito bem onde o sapato aperta e quem permitiu que suas vidas melhorassem nos últimos 12 anos. Ponto!

Além do mais, existe um imbróglio que não vai ser esquecido de forma alguma, que é o Inquérito 2474, que comprova, por intermédio de laudos e provas, a legalidade das operações formalizadas entre as empresas do empresário Marcos Valério, o Banco do Brasil e a Visanet (atual Cielo), que é, sem sombra de dúvida, o tendão de Aquiles do processo dos petistas, de alguns juízes Torquemadas derrotados do STF e do ex-procurador-geral e inquisidor medieval, Roberto Gurgel, que para o bem da Nação se recolheu à sua insignificância, pois não vai mais poder abusar do cargo em que mal se conduziu para fazer política e favorecer a oposição tucana e os inquilinos da casa grande.

O caso Visanet está às claras no Inquérito 2474 que o juiz Joaquim Barbosa o transformou em secreto. Os advogados dos acusados sempre bateram nessa tecla e a imprensa de negócios privados sempre tratou de esconder tal inquérito, pois nunca interessou a esse sistema de comunicação que odeia o Brasil dar destaque a algo que, evidentemente, vai livrar os condenados de serem acusados de usar dinheiro público para comprar os votos de deputados aliados ou simplesmente desviá-lo para um caixa 2.

A Visanet não é publica; é privada. Ponto! Se alguém acredita que juízes experientes, vividos e políticos como Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio de Mello não sabem o que ocorreu no decorrer julgamento do "mensalão" sem, no entanto, não aproveitar as informações pontuais do Inquérito 2474, que, certamente, dariam fim a fofocas e disse me disse da imprensa colonizada de caráter maledicente, deveria, no mínimo, rever seus conceitos, se olhar no espelho e perceber que foi enganado, não somente pela mídia de direita, mas, sobretudo, por funcionários públicos togados que criaram uma farsa política e jurídica para favorecer os adversários e inimigos do Governo trabalhista.

O "mensalão" é a maior farsa da República no século XXI. E o chororô da imprensa de mercado, dos juízes políticos, da casa grande e dos coxinhas é livre. Só não pode perseguir e guardar rancor no freezer. A Constituição não deixa. É isso aí.


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Tudo Bem

febrero 28, 2014 17:23, por Desconocido - 0no comments yet

"Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão"

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Lula: Por que o Brasil é o país das oportunidades

febrero 26, 2014 22:00, por Desconocido - 0no comments yet

Rui Falcão, Padilha e Lula Lançamento da Caravana Horizonte Paulista. Foto: Ricardo Stuckert.
Passados cinco anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de estabilidade que poucos podem apresentar.

Nos últimos 11 anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu 4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108 bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.

Reduzimos a inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da previdência caíram em relação ao PIB.



Colocamos os mais pobres no centro das políticas econômicas, dinamizando o mercado e reduzindo a desigualdade. Criamos 21 milhões de empregos; 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e 42 milhões alcançaram a classe média.

Quantos países conseguiram tanto, em tão pouco tempo, com democracia plena e instituições estáveis?

A novidade é que o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se um competidor global. E isso incomoda; contraria interesses. Não é por outra razão que as contas do país e as ações do governo tornaram-se objeto de avaliações cada vez mais rigorosas e, em certos casos, claramente especulativas. Mas um país robusto não se intimida com as críticas; aprende com elas.

A dívida pública bruta, por exemplo, ganhou relevância nessas análises. Mas em quantos países a dívida bruta se mantém estável em relação ao PIB, com perfil adequado de vencimentos, como ocorre no Brasil? Desde 2008, o país fez superávit primário médio anual de 2,58%, o melhor desempenho entre as grandes economias. E o governo da presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar o esforço fiscal necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.

Acumulamos US$ 376 bilhões em reservas: dez vezes mais do que em 2002 e dez vezes maiores que a dívida de curto prazo. Que outro grande país, além da China, tem reservas superiores a 18 meses de importações? Diferentemente do passado, hoje o Brasil pode lidar com flutuações externas, ajustando o câmbio sem artifícios e sem turbulência. Esse ajuste, que é necessário, contribui para fortalecer nosso setor produtivo e vai melhorar o desempenho das contas externas.

O Brasil tem um sistema financeiro sólido e expandiu a oferta de crédito com medidas prudenciais para ampliar a segurança dos empréstimos e o universo de tomadores. Em 11 anos o crédito passou de R$ 380 bilhões para R$ 2,7 trilhões; ou seja, de 24% para 56,5% do PIB. Quantos países fizeram expansão dessa ordem reduzindo a inadimplência?

O investimento do setor público passou de 2,6% do PIB para 4,4%. A taxa de investimento no país cresceu em média 5,7% ao ano. Os depósitos em poupança crescem há 22 meses. É preciso fazer mais: simplificar e desburocratizar a estrutura fiscal, aumentar a competitividade da economia, continuar reduzindo aportes aos bancos públicos, aprofundar a inclusão social que está na base do crescimento. Mas não se pode duvidar de um país que fez tanto em apenas 11 anos.

Que país duplicou a safra e tornou-se uma das economias agrícolas mais modernas e dinâmicas do mundo? Que país duplicou sua produção de veículos? Que país reergueu do zero uma indústria naval que emprega 78 mil pessoas e já é a terceira maior do mundo?

Que país ampliou a capacidade instalada de eletricidade de 80 mil para 126 mil MW, e constrói três das maiores hidrelétricas do mundo? Levou eletricidade a 15 milhões de pessoas no campo? Contratou a construção de 3 milhões de moradias populares e já entregou a metade?

Qual o país no mundo, segundo a OCDE, que mais aumentou o investimento em educação? Que triplicou o orçamento federal do setor; ampliou e financiou o acesso ao ensino superior, com o Prouni, o FIES e as cotas, e duplicou para 7 milhões as matrículas nas universidades? Que levou 60 mil jovens a estudar nas melhores universidades do mundo? Abrimos mais escolas técnicas em 11 anos do que se fez em todo o Século XX. O Pronatec qualificou mais de 5 milhões de trabalhadores. Destinamos 75% dos royalties do petróleo para a educação.

E que país é apontado pela ONU e outros organismos internacionais como exemplo de combate à desigualdade?

O Brasil e outros países poderiam ter alcançado mais, não fossem os impactos da crise sobre o crédito, o câmbio e o comércio global, que se mantém estagnado. A recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a economia mundial reflete a retirada dos estímulos do Fed. E, mesmo nessa conjuntura adversa, o Brasil está entre os oito países do G-20 que tiveram crescimento do PIB maior que 2% em 2013.

O mais notável é que, desde 2008, enquanto o mundo destruía 62 milhões de empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil criava 10,5 milhões de empregos. O desemprego é o menor da nossa história. Não vejo indicador mais robusto da saúde de uma economia.

Que país atravessou a pior crise de todos os tempos promovendo o pleno emprego e aumentando a renda da população?

Cometemos erros, naturalmente, mas a boa notícia é que os reconhecemos e trabalhamos para corrigi-los. O governo ouviu, por exemplo, as críticas ao modelo de concessões e o tornou mais equilibrado. Resultado: concedemos 4,2 mil quilômetros de rodovias com deságio muito acima do esperado. Houve sucesso nos leilões de petróleo, de seis aeroportos e de 2.100 quilômetros de linhas de transmissão de energia.

O Brasil tem um programa de logística de R$ 305 bilhões. A Petrobras investe US$ 236 bilhões para dobrar a produção até 2020, o que vai nos colocar entre os seis maiores produtores mundiais de petróleo. Quantos países oferecem oportunidades como estas?

A classe média brasileira, que consumiu R$ 1,17 trilhão em 2013, de acordo com a Serasa/Data Popular, continuará crescendo. Quantos países têm mercado consumidor em expansão tão vigorosa?

Recentemente estive com investidores globais no Conselho das Américas, em Nova Iorque, para mostrar como o Brasil se prepara para dar saltos ainda maiores na nova etapa da economia global. Voltei convencido de que eles têm uma visão objetiva do país e do nosso potencial, diferente de versões pessimistas. O povo brasileiro está construindo uma nova era – uma era de oportunidades. Quem continuar acreditando e investindo no Brasil vai ganhar ainda mais e vai crescer junto com o nosso país.

Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente da República e presidente de honra do PT.

Este artigo foi originalmente publicado no jornal Valor Econômico 

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‘O Liberal’: falido

febrero 20, 2014 6:28, por Desconocido - 0no comments yet


Por Lúcio Flávio Pinto em Observatório da Imprensa.

Delta Publicidade, que edita o jornal O Liberal e faz parte do império de comunicação da família Maiorana, afiliado à Rede Globo de Televisão, continua a ser uma empresa falida que sobrevive não se sabe exatamente como. Seu patrimônio total (a soma de todos os bens e direitos) em 2011, o último exercício financeiro com balanço divulgado, duas semanas atrás, era de 135,6 milhões de reais. Já suas dívidas de curto e longo prazo totalizavam R$ 144,2 milhões, ou R$ 8,6 milhões acima de tudo o que a empresa dispunha, em dinheiro vivo, direitos a receber e bens patrimoniais tangíveis e intangíveis.

Nessa condição, mesmo que a Delta recebesse todos os seus direitos junto aos seus devedores e vendesse todos os seus bens pelo valor com que se acham contabilizados (e que, supostamente, é o que esses bens realmente valem, já que o ativo permanente é sistematicamente reavaliado, na forma da lei), ainda assim, o que ela arrecadasse seria insuficiente para pagar todas as suas dívidas. Ficaria devendo ainda R$ 8,6 milhões (que é o valor do Patrimônio Líquido Negativo). Trata-se, portanto, de uma empresa insolvente, ou falida.


A situação de insolvência é atestada no correspondente indicador de desempenho. Ao longo do período de sete anos, entre 2005 e 2011, o coeficiente de solvência da empresa jamais igualou a 1,0 (o mínimo admissível para caracterizar uma situação de solvência: um real disponível para cada real exigível da empresa).

O mais próximo que esse coeficiente chegou, do mínimo requerido, foi 0,99, alcançado em 2005. Daí em diante, o coeficiente de solvência apenas caiu, atingindo seu ponto mais baixo em 2010 e 2011, com 0,94 (isto significando que a empresa dispõe de, no máximo, R$ 0,94 de bens e direitos, para cada R$ 1,00 de dívida de curto e longo prazo).

Prejuízo acumulado

O mesmo cenário de insolvência se mantém quando analisada a situação da empresa do ponto de vista da liquidez geral (que difere da situação de solvência porque não computa o ativo permanente). A melhor condição foi registrada em 2006, quando foi verificada uma liquidez geral de 1,32. Nos anos seguintes a situação se deteriorou, caindo para 0,62 em 2010 e recuperando-se apenas ligeiramente, para 0,64, em 2011.

A condição se altera de forma dramática quando analisada a partir da ótica da liquidez corrente e da liquidez seca, conceitos contábeis que excluem os valores realizáveis e os exigíveis a longo prazo. Ambos os indicadores têm mantido uma saudável proximidade do padrão 1,0, sendo frequente a superação dessa referência. De 2005 a 2011, a liquidez corrente sempre se manteve superior a 1,0 (o que significa dispor de mais de R$ 1,00, em dinheiro vivo + direitos de curto prazo, para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo).

Isso acontece porque o endividamento da empresa está concentrado nas dívidas de longo prazo. Ao final de 2011, esse tipo de endividamento, no valor de R$ 106,9 milhões, representava nada menos que 74,1% do endividamento total, de R$ 144,2 milhões.

Ao longo de todo o período, de 2005 a 2011, o endividamento de longo prazo só fez crescer. Era de R$ 86,1 milhões em 2005. Passou para R$ 90,7 milhões em 2006; R$ 95,5 milhões em 2007; R$ 99,1 milhões em 2008; R$ 101,0 milhões em 2009; R$ 106,90 milhões em 2010; e, finalmente, R$ 106,91 milhões em 2011.

A evolução desse endividamento induz a duas conclusões.

A primeira conclusão: a empresa lida com credores extremamente compassivos, compreensivos, generosos e pacientes. Além de serem ricos, naturalmente, para não cobrar de volta esse dinheiro imobilizado. A empresa lhes deve mais de R$ 100 milhões, está insolvente e se revela cronicamente incapaz de melhorar seu desempenho, de modo a se capacitar para pagar o que deve. Nada disso abala a serena generosidade com que essas almas caridosas colocam mais e mais dinheiro nas mãos do mau pagador endividado.

A segunda conclusão é a de que, a despeito de tamanha boa vontade, parece estar se esgotando a generosidade, ou a capacidade financeira, ou as duas coisas, desses bondosos credores. Contrastando com que aconteceu nos anos anteriores, em que injetavam recursos na Delta Publicidade em escala de milhões (em 2010, foram R$ 5,8 milhões), em 2011 os credores de longo prazo concederam à empresa espantosos R$ 7mil (isto mesmo: tão somente sete mil reais), participando muito discretamente do financiamento do rombo de caixa. Teria secado a milagrosa fonte?

Se a resposta é positiva (não se sabe em que consiste essa fonte, talvez os próprios acionistas, embora seja impossível, com os dados disponíveis, saber de onde retiram esse dinheiro todo), a perspectiva será trágica. Repetindo o que ocorre há quase uma década, Delta Publicidade apresentou prejuízo tanto em 2010 (de 2,3 milhões de reais) quanto em 2011 (R$ 1,4 milhão), conforme seus dois últimos balanços, só agora publicados, com o atraso de sempre.

Ao final de 2011, o prejuízo acumulado pela firma da família Maiorana somava R$ 16,9 milhões, o que representa uma elevação de 11,2% em relação a 2005, quando o balanço patrimonial apontou um prejuízo acumulado de R$ 15,2 milhões.

Em 2011 o prejuízo final, de R$ 1,4 milhão, representou 2,1% da receita bruta. Esse é um dos melhores – ou “menos piores” – resultados de todo o período analisado, entre 2005 e 2011. Nesses sete anos, o melhor desempenho foi registrado em 2007, quando o prejuízo final equivaleu a 1,8% da receita bruta. O pior desempenho foi o de 2006, cujo prejuízo representou 7,1% da receita bruta. O negativo apurado em 2011 é 40% menor que o de 2010. Isso fez com que o crescimento do prejuízo acumulado, de 2010 para 2011, fosse de 3,0%, contra 5,3% no ano anterior.

Modelo esgotado

Como nos anos precedentes, em 2010 e 2011 a receita bruta da empresa revelou-se capaz de suportar apenas o custo bruto dos serviços e os impostos e contribuições sobre vendas (os “impostos indiretos”, que, aliás, são bem mais baixos que os vigentes para os demais setores da economia brasileira: pesando apenas 3,6% sobre a receita bruta da Delta). O prejuízo aparece a partir do momento em que são computadas as despesas operacionais, que consomem o equivalente a 40% da receita bruta, em média.

O resultado negativo foi minimizado em 2011 com uma substancial redução do custo bruto dos serviços. Em 2007, esse item atingiu seu ponto máximo, consumindo 81,0% da receita bruta (77,1% em 2006 e 64,2% em 2005). Nos anos seguintes, parece ter sido adotada uma política sistemática de redução do custo, que caiu para 79,6% da receita bruta em 2008, 73,6% em 2009, 61,6% em 2010 e, finalmente, 57,1% da receita bruta em 2011, o menor nível de custo em sete anos. Em comparação ao pico de 2007, a relação custo bruto dos serviços/receita bruta sofreu a redução nada desprezível de 29,5%.

O resultado financeiro líquido, que, nos anos anteriores, ajudou com uma discreta redução do prejuízo, não cumpriu essa função em 2010 e 2011. Em 2010, esse resultado foi mínimo (equivalente a apenas 0,8% da receita bruta). Em 2011 foi ainda pior: prejuízo R$ 935 mil, aumentando, em vez de diminuir o resultado negativo da empresa. Isto significa que a Delta está operando com custos financeiros crescentes, que superam as receitas financeiras que ela consegue produzir.

Os “outros resultados operacionais”, repetindo o ocorrido nos anos anteriores, continuam a ter repercussão mínima na formação do resultado global da empresa. Em 2010, essas operações produziram um prejuízo equivalente a 0,1% da receita bruta. Em 2011, o resultado final foi nulo.

Pelos dados do balanço, não há como reverter esse quadro trágico. Repetindo novamente o ocorrido em exercícios passados, a Delta Publicidade apresentou geração negativa de caixa em 2011. A geração bruta, de R$ 64,5 milhões, foi menor que o montante desembolsado a título de custos, despesas e tributos, no valor de R$ 65,9 milhões. O cotejo entre esses dois volumes já produz um resultado negativo de R$ 1,4 milhão.

Acontece que a Delta ainda teve que desembolsar mais R$ 5,5 milhões, aplicados no acréscimo de seu ativo (principalmente na concessão de créditos a clientes, e, possivelmente, a sócios – a empresa não detalha essas informações). O resultado disso foi uma geração negativa de caixa no valor de R$ 6,9 milhões, em 2011.

Nenhum desses dados constitui novidade na vida de Delta Publicidade. Coisa igual ou parecida aconteceu nos outros anos. A grande novidade, em 2011, foi o modo pelo qual a empresa dos Maiorana cobriu o fluxo de caixa descompensado. Nos anos anteriores, boa parte da deficiência de caixa era coberta pelo aporte de recursos fornecidos pelos credores de longo prazo.

Em 2011, eles proporcionaram à empresa somente modestos R$ 7 mil. Isso obrigou a Delta Publicidade a recorrer ao endividamento de curto prazo para cobrir seu caixa. Em 2011, o endividamento de curto prazo respondeu por nada menos que R$ 4,7 milhões, ou seja, 68,1% da deficiência de caixa, de R$ 6,9 milhões.

Para uma comparação: em 2009, o endividamento de curto prazo contribuiu para zerar a geração negativa de caixa com R$ 1,8 milhão, enquanto que os credores de longo prazo proporcionaram R$ 1,9 milhão, para o mesmo fim. A queda dessa participação para apenas R$ 7 mil é uma mudança e tanto. Esses credores não têm mais dinheiro? Alguém os impediu de manter essa fonte de hemorragia do seu patrimônio ou de outros negócios que possuem? Nada se sabe. Tudo é mistério nessa parte da história.

O restante do rombo de caixa foi coberto pela mobilização de saldo financeiro remanescente do exercício anterior (R$ 1,5 milhão). Da mesma maneira como em anos anteriores, o valor total se completa com um persistente e inexplicável “ajuste de exercícios anteriores” (a popular “conta de chegar”), agora no valor de R$ 656 mil.

Com os elementos fornecidos pelos balanços é impossível dizer se o ocorrido em 2011 é situação isolada ou uma tendência permanente. O esforço que a empresa realizou no sentido de reduzir seus custos, e de maneira tão acentuada (os custos caíram de mais de 80% da receita bruta, em 2007, para 57,1%, em 2011), parece indicar a segunda hipótese.

Se for isso mesmo, pode ser que tenha se esgotado o modelo de gestão que a Delta Publicidade manteve, sem alterações, ao longo de mais de dez anos. A empresa terá que desenvolver outra estratégia, ou enfrentará dificuldades cada vez maiores para garantir sua subsistência. Por enquanto, trata de esconder como pode esses números, além de dificultar seu entendimento.

Boa pergunta

É por isso que os dois últimos balanços, como os anteriores, foram publicados apenas no Diário Oficial e no irmão mais novo, o Amazônia. As contas não saíram em O Liberal, justamente o jornal de responsabilidade de Delta Publicidade – e o de maior prestígio e poder. Nele, todos os sete irmãos são sócios proprietários, junto com a mãe. No Amazônia, só os irmãos homens, Ronaldo e Romulo Maiorana Júnior.

Se O Liberal estivesse tão bem quanto sua propaganda apregoa, por que não publicar os balanços de sua própria empresa, exibindo-o para o público de maior poder aquisitivo e informação, que lê o jornal? O paradoxo indica o caminho da resposta – e do futuro.

***

Nova campanha

A ostensiva campanha do grupo Liberal contra o edifício irregular na orla da baía de Guajará surpreendeu o seu público. Os Maiorana são amigos dos donos da Engeplan e da Premium, que a sucedeu no empreendimento. São também aliados do senador Flexa Ribeiro, padrinho – por assim dizer – da obra.

Os Maiorana eram amigos dos donos da Freire Melo, mas também investiram contra ela, quando a esposa de um dos donos, da Receita Federal, impediu o contrabando do jatinho da ORM Air. Pelo mesmo motivo da nova campanha que estão promovendo (agora, ao menos, com uma causa justa): conflito de interesses comerciais. Quando a moeda cantante fala mais alto, tudo que a musa canta se torna secundário, supérfluo ou inaudível.

Romulo Maiorana Júnior quer vender os apartamentos do seu Maiorana Towers One. Para isso, promove a maior campanha de mídia da história de empreendimentos imobiliários no Pará (e, talvez, no Brasil, quiçá do mundo?). E sem pagar um tostão, o que explica a profusão de anúncios no jornal da família. Um tipo de iniciativa que podia ser classificada de concorrência ruinosa e provocar alguma ação na justiça para repor a isonomia ao mercado. Mas quem tem coragem para tanto?

O mote da comercialização da enorme torre de concreto é estar no “lugar certo”: “Você contempla a natureza e a natureza contempla você”, promete a peça publicitária.

E mais: “É impossível não se render às belezas de Belém e o Maiorana Towers One oferece para você a vista mais bonita da cidade: a Baía do Guajará, onde céu, terra e rio se encontram. As sacadas panorâmicas são um verdadeiro convite à contemplação da grandiosidade amazônica”.

Mas não, certamente, com o outro espigão de concreto no meio dessa visão idílica, avançando sobre a Baía numa posição única, sem concorrente. Se já está difícil vender os apartamentos do Maiorana Towers, mesmo com a propaganda inédita, ficará pior com aquela muralha transformando em propaganda enganosa a exclusividade proclamada pela propaganda.

***

Lúcio Flávio Pinto é jornalista, editor do Jornal Pessoal (Belém, PA)

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Comissão de Direitos Humanos volta a ser presidida pelo PT

febrero 19, 2014 0:16, por Desconocido - 0no comments yet

"É lamentável que a CDHM não seja a primeira escolha de qualquer partido"


Por Jean Wyllys*.

Deixem-me contar para vocês um pouco dos bastidores da definição da presidência da CDHM da Câmara:

O PT (leia-se o líder da bancada) poderia escolher três comissões (sendo o primeiro partido a fazer a escolha porque tem a maior bancada). A princípio, escolheu a CCJC; depois, escolheu Seguridade Social e Família; e, por fim, a Comissão de Viação e Transportes. Durante o processo de escolha, o PP (que era o sétimo partido a fazer a sua escolha) abriu mão da CDHM em nome da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, frustrando as pretensões do fascista Bolsonaro (como se vê, o tipo foi derrotado até mesmo em seu próprio partido!).

A CDHM foi a 16ª a ser escolhida e o foi pelo PTB, que, sim, escolheu a comissão não porque se identifique com seu tema, mas porque viu, aí, a chance de utilizá-la como moeda de troca. O líder do PTB fez questão de deixar claro, na mesa do colégio de líderes, de que não se comprometeria a não colocar na presidência da comissão algum deputado fundamentalista ou contrário às minorias. Viu-se então que se estava diante de uma nova ameaça.

Nós os deputados engajados na luta e promoção dos DHs - incluindo os do PT (Nilmário, Erika, pe. Luiz Couto e pe. Tom - começamos a pressão. O líder do PT soube também da pressão externa e então avaliou que perder a CDHM para fascistas ou fundamentalistas seria um enorme desgaste para o partido em ano eleitoral; então, decidiu negociar com o PTB e fez a troca.

A CDHM volta a ser presidida pelo PT (Maravilha! E eu digo isso apenas levando em conta o trabalho de meus amigos e colegas Erika, Nilmário, Luiz e Tom). Mas é lamentável que a CDHM não seja a primeira escolha de qualquer partido (Uma pena o PSOL não ter bancada suficiente para participar da escolha das presidências das comissões)!

Jean Wyllys é Deputado Federal eleito pelo PSOL do RJ. 
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Um golpe em câmera lenta contra a democracia na Venezuela

febrero 19, 2014 0:02, por Desconocido - 0no comments yet



Por Alfredo Serrano Mancilla*, no jornal argentino Página 12, via Agência Venezuelana de Notícias.


A democracia, no sentido mais ambicioso, é a realização mais poderosa da década e meia de Chávez na Venezuela. Essa mudança de tempos trouxe a democratização dos direitos políticos, sociais e econômicos na Venezuela para todos, sem exceções ou exclusões.

Ele permitiu que o campo político, sem dúvida, avançasse para um novo eixo de pós-neoliberal e, sem vergonha, também defendeu a transição para o socialismo. Muitos riram de Chávez quando, após a queda do Muro de Berlim, foi determinado para se apropriar de uma proposta alternativa à ordem capitalista.

Essa proclamação não agradava “aqueles que governam o mundo” em meio à utopia neoliberal, mas mesmo assim ainda hoje existem mais de 60% de jovens que preferem um sistema socialista a qualquer outro. “Aqueles que governam o mundo” não querem também ouvir quando um organismo internacional credencia a melhoria significativa das condições sociais e econômicas da maioria na Venezuela ou o número de eleições vencidas por Chávez. Tudo isso incomoda muito aqueles que não aceitam a democracia, quando se perde dentro das regras do jogo político.

Desde que Chávez entrou na fase final de sua doença, tendo ganho as eleições em outubro de 2012, a guerra econômica foi instituído como ferramenta para desestabilizar, afetando os mais pobres com alta de preços e escassez.

A partir desse momento, sabendo das dificuldades do governo com a ausência física do grande líder Chávez, o setor empresarial privado, em um oligopólio constituído por interesses homogêneos, dedicou-se sem descanso para preparar uma tempestade perfeita, tentando derrubar um muro. Não o Muro de Berlim, mas a fortaleza que Chávez tinha construído com o seu povo.

A nova economia venezuelana – graças à recuperação de setores estratégicos, o estado das missões, a redistribuição da riqueza e inserção soberana no mundo multipolar – chegou a uma democratização vigorosa do consumo, a ser explorado pelo poder econômico privado.

Nessa situação, cada vez mais comum em países progressistas na América Latina, o rentismo importador que sustenta seu lucro em comprar fora para vender dentro aproveita a sua posição dominante para impor prejuízos o Executivo.

Essa guerra econômica é conduzida com a) formação de preços abusivos com práticas usurárias, b) criação de um mercado ilegal de dólares, e c) responsabilidade privada pela escassez. Assim, é construído um golpe contra a democracia em câmera lenta, como foi a tentativa de fazer das eleições municipais de dezembro um plebiscito contra Maduro . Tudo foi por água abaixo no momento em que o povo venezuelano ratificou apoio massivo para o modelo Chávez, que mesmo com suas falhas e desafios é, sem dúvida, o contrato social mais favorável e inclusivo possível.

De lá, os tanques de guerra começaram a considerar que o golpe de mercado não seria suficiente para convencer a sociedade que, apesar de ser muito consumista, é altamente politizada a favor do projeto de Chávez.

Sem ter claro se a divisão é real ou aparente, a oposição venezuelana começou a mostrar sinais de seu transtorno bipolar. Enquanto alguns estavam em silêncio, outros (liderados por Leopoldo López e Maria Corina Machado ) decidiram que era hora de ir para a saída de golpe.

A nova fórmula (ou talvez a mais original das fórmulas) é ” guerra econômica junto com guerra violenta de rua com as mortes necessárias” para tentar encenar um país instável e desgoverno.

Essa tática se apoiou, como de costume, no capital internacional disfarçado em meios independentes, pretende servir de base para definitivamente deslegitimar o presidente Maduro, que em pouco tempo conseguiu sair fortalecido dos todos os embates com os adversários.

No entanto, a Venezuela tem condições internas, subjetivas e objetivas, que permitem formar um muro de contenção contra o tsunami golpista. Um povo que acredita no projeto de Chávez e uma economia que, com déficits e defeitos, é muito forte em suas estruturas para continuar a transição para o socialismo.

Além disso, a Venezuela não está sozinha, como muitos querem ver na grande mídia internacional. Chávez semeou o sentimento latino-americano e os frutos são coletados agora. Argentina, Bolívia, Equador, Alba , Unasul, entre outros, têm rejeitado qualquer tentativa de golpe contra a democracia. É certo que o setor golpista, seja uma parte da oposição ou o conjunto, continuará tentando que não haja democracia na Venezuela, mas é justamente o seu povo democratizado e com o apoio da região que assegurarão a paz, impedindo que a doutrina golpista tenha seja bem sucedida.

* Alfredo Serrano Mancilla é PhD em Economia, Centro Estratégico Latino-americano de Geopolítica.
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Desamericanizar o mundo

febrero 18, 2014 23:23, por Desconocido - 0no comments yet

Simpatizantes do movimento direitista norte-americano Tea Party protestam em frente ao Capitólio.
Na coluna de Noam Chomsky, no UOL.

No último episódio da farsa de Washington que surpreendeu um mundo já confuso, um comentarista chinês escreveu que, se os Estados Unidos não podem ser um membro responsável do sistema mundial, talvez o mundo deva se "desamericanizar" --e se separar do "rogue state" [algo como "Estado fora da lei"] que é a potência militar reinante, mas que está perdendo credibilidade em outros domínios.

A fonte imediata do colapso de Washington foi um deslocamento brusco da classe política para a direita. No passado, os EUA às vezes eram descritos com ironia --mas não de forma imprecisa-- como um Estado de um partido só: o partido dos negócios, com duas facções chamadas democratas e republicanos.

Isso não é mais verdade. Os EUA ainda são um Estado de um partido único, o partido dos negócios. Mas só há uma facção: os republicanos moderados, agora chamados de novos democratas (como a coalizão do Congresso dos EUA se autodenomina).

Ainda existe uma organização republicana, mas há muito tempo abandonou qualquer pretensão de ser um partido parlamentar normal. O comentarista conservador Norman Ornstein, do American Enterprise Institute, descreve os republicanos de hoje como "uma insurgência radical ideologicamente extremada, que desdenha fatos e acordos e rejeita a legitimidade da oposição política": um grave perigo para a sociedade.

O partido está a serviço dos muito ricos e do setor corporativo. Uma vez que votos não podem ser obtidos com essa plataforma, o partido foi obrigado a mobilizar setores da sociedade que são extremistas segundo os padrões mundiais. A loucura é a nova norma entre os membros do Tea Party e entre uma série de outras pessoas fora das linhas convencionais.

O establishment republicano e seus patrocinadores empresariais esperavam usar esses setores como um bate-estacas no ataque neoliberal contra a população --para privatizar, desregular e limitar o governo, mantendo apenas aquelas partes que servem à riqueza e ao poder, como o exército.

O establishment republicano teve algum sucesso, mas agora descobriu que não pode mais controlar a sua base, para seu espanto. O impacto sobre a sociedade norte-americana, portanto, torna-se ainda mais severo. Um exemplo disso: a reação virulenta contra o Affordable Care Act, a lei de reforma da saúde, e a quase suspensão dos serviços do governo.

A observação do comentarista chinês não é totalmente nova. Em 1999, o analista político Samuel P. Huntington advertiu que, para a maior parte do mundo, os EUA estavam "se tornando um rogue state" e eram vistos como "a grande ameaça externa às suas sociedades".

Poucos meses depois do início do mandato de Bush, Robert Jervis, presidente da Associação Americana de Ciência Política, advertiu que, "aos olhos de grande parte do mundo, de fato, o Estado mais criminoso é hoje os Estados Unidos". Tanto Huntington quanto Jervis alertaram que esse rumo era insensato. As consequências para os EUA poderiam ser prejudiciais.

Na última edição da Foreing Affairs, a principal revista do establishment, David Kaye analisou um dos aspectos do afastamento de Washington do resto do mundo: a rejeição de tratados multilaterais "como se fosse um esporte".

Ele explica que alguns tratados são recusados de imediato, como quando o Senado dos EUA "votou contra a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2012 e o Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBT) em 1999".

Outros são rejeitados por inação, incluindo "temas como trabalho, direitos econômicos e culturais, espécies ameaçadas de extinção, poluição, conflitos armados, manutenção da paz, armas nucleares, leis relativas ao mar e discriminação contra as mulheres".

A rejeição das obrigações internacionais "cresceu tão arraigada", escreve Kaye, "que governos estrangeiros já não esperam a ratificação de Washington ou a sua participação plena nas instituições criadas pelos tratados. O mundo está seguindo adiante; leis são feitas em outras partes, com pouco (ou nenhum) envolvimento norte-americano".

Embora não seja nova, a prática de fato se tornou mais enraizada nos últimos anos, juntamente com a aceitação silenciosa da doutrina de que os EUA têm todo o direito de agir como um rogue state.

Para dar um exemplo típico, há algumas semanas as forças de operações especiais dos Estados Unidos prenderam um suspeito, Abu Anas al- Libi, nas ruas da capital da Líbia, Trípoli, e levaram-no para um navio da Marinha para ser interrogado sem advogado --nem direitos. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, informou à imprensa que as ações são legais porque estão de acordo com a lei norte-americana e não fez qualquer comentário específico.

Princípios só são válidos quando são universais. As reações seriam um pouco diferente, é desnecessário dizer, se as forças especiais cubanas sequestrassem o famoso terrorista Luis Posada Carriles em Miami e o levassem a Cuba para ser interrogado e julgado de acordo com a lei cubana.

Tais ações são próprias dos rogue states. Mais precisamente, do Estado fora da lei que é poderoso o bastante para agir com impunidade: nos últimos anos, para continuar com a agressão à vontade, para aterrorizar grandes regiões do mundo com ataques de aviões não tripulados e muito mais.

E também para desafiar o mundo de outras maneiras, persistindo, por exemplo, em seu embargo contra Cuba apesar da longa oposição do mundo inteiro, exceto de Israel, que votou com seu protetor quando a ONU condenou novamente o embargo (188-2), em outubro.

Não importa o que o mundo pense, as ações dos Estados Unidos são legítimas porque dizemos isso. O princípio foi enunciado pelo eminente estadista Dean Acheson, em 1962, quando instruiu à Sociedade Americana de Direito Internacional que não há nenhum problema jurídico quando os Estados Unidos respondem a uma contestação de seu "poder, posição e prestígio".

Cuba cometeu esse crime quando revidou uma invasão dos EUA e em seguida teve a audácia de sobreviver a um ataque planejado para levar "os terrores da terra" a Cuba, nas palavras do conselheiro de Kennedy e historiador Arthur Schlesinger.

Quando os EUA conquistaram a independência, procuraram se juntar à comunidade internacional da época. É por isso que a Declaração de Independência começa expressando a preocupação com o "respeito apropriado às opiniões da humanidade".

Um elemento crucial foi sua evolução de uma confederação desordenada para um sistema unificado de "nação digna de tratados", nas palavras do historiador diplomático Eliga H. Gould, que observou as convenções da ordem europeia. Ao atingir esse status, a nova nação também ganhou o direito de agir como desejava internamente.

Pôde assim proceder em se livrar da população indígena e expandir a escravidão, uma instituição tão "odiosa" que não podia ser tolerada na Inglaterra, como o distinto jurista William Murray, conde de Mansfield, decretou, em 1772. A evolução da lei inglesa foi um dos fatores que impeliram a sociedade escravagista a fugir de seu alcance.

Tornar-se uma nação digna de tratados conferia, assim, múltiplas vantagens: o reconhecimento externo e a liberdade de atuar sem interferências internamente. O poder hegemônico oferece a oportunidade de se tornar um rogue state, um Estado fora da lei, desafiando livremente as leis e normas internacionais, enquanto enfrenta uma resistência cada vez maior no exterior e contribui para seu próprio declínio através de ações autodestrutivas.

Tradutor: Eloise De Vylder
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A insidiosa perseguição ao PT e aos Movimentos Sociais

febrero 18, 2014 10:16, por Desconocido - 0no comments yet



A perseguição insidiosa da grande mídia sobre o Partido dos Trabalhadores é ideológica. Esses veículos são os mais puros representantes do conservadorismo anti-popular.

Vértice estimuladora dos protestos contra a copa do mundo essa mesma mídia mudou de tom depois do episódio que vitimou tragicamente o cinegrafista da Rede Bandeirantes: Santiago Andrade.

Seguindo a velha toada engendrada pelo status quo, setores atrasados e conservadores do Congresso Nacional, como sempre de afogadilho, tentaram empurrar goela abaixo do país uma marota lei anti-terrorismo.

As forças de esquerda escaldadas pelo passado autoritário e excludente das elites brasileiras não embarcaram nessa. Nascida no intuito de punir as atitudes tresloucadas e criminosas dos Black Blocs, essa lei serviria depois para enquadrar os movimentos sociais, pondo em risco¸aí sim, o estado democrático de direito.

Claro que essa forma de atuação, - Black bloc-, cujo objetivo ostensivo é o ataque ao patrimônio público e privado, a promoção do caos e o impedir o ir e vir das pessoas é intolerável. Sem dúvida um ou outro ajuste na legislação penal bastaria para frear a dinâmica operacional desses arruaceiros de ocasião.

O que não se pode é usar da comoção social para que, espertamente, venha a velha mídia e seus arautos criminalizarem os verdadeiros e legítimos movimentos sociais.

Modismo de ocasião, essa tática Black Bloc, que usa de subterfúgios como máscaras para poder depredar e não ser reconhecido tem aparecido em várias partes do mundo, tendo pontificado na América Latina, notadamente, no Brasil, na Venezuela e na Argentina. Sempre se pondo do lado contrário das forças democráticas e populares, sob a roupagem da “negação da política”.

Enquanto pareceu útil e serviu para desgastar os governantes da chamada base aliada, essa tática era tolerada. Quando se percebeu que a imensa maioria da população brasileira não estava nessa, a mídia como comumente se diz “virou a chave”.

Escaldados por anos de lutas contra a tragédia social brasileira e a submissão pela exclusão das camadas mais pobres, a esquerda brasileira não se deixa enganar. Todos sabem que não se resolveria essa imensa disparidade de rendas e riquezas, que coloca o nosso país como uma das economias mais desiguais do planeta, em tão pouco tempo. A estrada é longa, por isso querer anarquizar com a copa do mundo, cavalgando falsos pretextos é jogar contra a imagem e os interesses da nação.

Toda a sorte de intrigas e calúnias é disparada sobre as forças de esquerda. Não se curvar aos ditames desse consórcio das classes dominantes é o que se deve fazer!

O circulo virtuoso do Brasil nos governos Lula e Dilma, nos quais tanto se investiu em políticas públicas de caráter social, esta deixando os recalcitrantes em polvorosa. Eles tentam iludir a população e não consegue. O estigma da derrota já bate à porta e pelo histórico golpista dessas forças todo cuidado é pouco!
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Puty é lançado candidato a governador do Pará

febrero 18, 2014 6:00, por Desconocido - 0no comments yet


Conforme o blog anunciou, foi realizado ontem, o evento que reuniu lideranças de tendências petistas favoráveis à candidatura própria do PT para as eleições para o governo do Estado.

Contrários à aliança eleitoral no Pará, já no 1º turno, com o PMDB, que conta com o apoio das maiores tendências que dirigem o PT no Estado, as pessoas presentes no evento lançaram o deputado federal Cláudio Puty, candidato a governador do Estado do Pará e este torna-se agora alternativa para decisão final que o PT-PA deverá tomar no Encontro Estadual do partido, previsto para acontecer no fim de Março.

Conheça a biografia do pré-candidato à governador do Estado do Pará:

Cláudio Puty foi eleito deputado federal, em 2010, com 120.881 votos na primeira vez que disputou uma eleição.

Na Câmara dos Deputados, é membro da Comissão de Finanças e Tributação, da qual foi presidente em 2011. Também atuou como membro suplente da Comissão de Defesa do Consumidor (2011) e da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (2012).

Por sua destacada atuação em seu primeiro ano na Câmara dos Deputados, foi escolhido membro da Comissão Mista do Orçamento (CMO), sendo dentro dela indicado como relator da Receita Orçamentária.

Por iniciativa sua, foi a criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os casos de trabalho escravo no Brasil, da qual é presidente.

Em 2012, foi premiado pelo Congresso em Foco como um dos 50 parlamentares mais atuantes do Congresso Nacional.

Formado em Economia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) é professor da instituição desde 1995. Puty iniciou sua militância no movimento estudantil e atuou ao lado de lideranças populares do Partido dos Trabalhadores (PT).

Cursou mestrado e doutorado em Economia, no Japão e EUA, sem deixar de contribuir com os mandatos populares que se consolidavam no Pará.

Em 2007, com a vitória do PT para o Governo do Estado do Pará, assumiu a Secretaria de Governo, responsável, entre outras ações, pela captação de milhões em recursos para o estado por meio das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

No governo, Puty dedicou atenção à juventude. Coordenou a implantação do Projovem Urbano para o estado, criou a Casa da Juventude e o Procampo e trabalhou pela aprovação da meia-passagem intermunicipal aos estudantes de todo Pará.

Em 2008, Puty assumiu a chefia da Casa Civil, liderando a articulação política do Governo. Sua gestão foi marcada pelo diálogo com os mais diversos setores da sociedade e dos movimentos sociais.

Puty também foi um dos responsáveis pelo resgate do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP, órgão que possibilita o planejamento de políticas públicas, otimizando recursos e melhorando a vida das pessoas. Foi ainda, presidente do Conselho de Administração do Banco do Pará – Banpará, onde trabalhou pelo fortalecimento da instituição como fomentadora do desenvolvimento do estado.
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Evento defenderá candidatura própria do PT para 2014

febrero 17, 2014 5:23, por Desconocido - 0no comments yet


Cerca de 1.300 pessoas foram convidadas pelo Facebook e até agora apenas 90 confirmaram presença, mas os organizadores da Plenária "Sou PT. Quero votar 13", esperam lotar o auditório da APPD – Associação Paraense das Pessoas com Deficiência e acumular apoio junto à militância petista para o lançamento de candidatura própria para as eleições de 2014 para o governo do Pará.

O evento é fruto da articulação de tendências petistas contrárias à aliança com o PMDB ( que prepara-se para lançar o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho), na qual este receberá o apoio do PT para o governo e o PT terá como retorno o apoio do aliado nacional para a única vaga ao Senado Federal, até aqui combinada para que seja do ex-deputado Paulo Rocha. 

O PT ainda não bateu o martelo sobre a tática eleitoral e o fará no fim de Março, mas as tendências majoritárias do partido já acenaram positivamente para consolidarem o acordo feito pela direção nacional petista com o PMDB, garantindo assim mais um Estado pedido pelo PMDB, para que este mantenha-se aliado na reeleição de Dilma.

Para muitos petistas, o que já não é fácil no cenário nacional, no Estado Estado do Pará se torna ainda mais difícil e o PMDB, que já teve apoio negado pelo PT no primeiro turno das eleições municipais de 2008 e só foi receber no 2º turno, observa com cuidado a movimentação de grupos minoritários, que conseguem convencer a base dos maiores grupos, de que a candidatura própria do partido é condição sine qua non para manter a coerência e o discurso petista de anos de luta contra as oligarquias empresariais e o fisiologismo na política.

A página do evento está aqui.
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Diógenes Brandão