O destino de Eduardo Cunha
6 de Dezembro de 2015, 2:27
Na Carta Capital, sob o título "A imolação de Cunha".
Ao tentar queimar Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, ainda em exercício, ateou fogo às suas vestes.
Não foi por qualquer razão de natureza técnica. Ao contrário. A decisão tomada por Eduardo Cunha, presidente da Câmara de Deputados, de acolher o pedido de impeachment de Dilma foi, acima de tudo, um ato de desespero.
Este é o fator preponderante de um movimento, muito além de mero jogo político, temperado pelo sentimento de vingança. Cunha jogou a toalha. Um gesto simbólico de desespero.
Ele confiava desconfiando no acordo com feitio de chantagem imposto por ele ao Partido dos Trabalhadores. Esperava contar com os votos de três angustiados deputados petistas, integrantes do Conselho de Ética.
Nota distribuída pelo presidente do PT, Rui Falcão, anunciou o afastamento de Cunha. O partido juntou os cacos e uniu-se contra a maldita aliança que provocava engulhos. Com isso, perdeu a maioria no Conselho de Ética. A suposta barganha foi para o espaço. Cunha reagiu.
Sem a maioria no Conselho de Ética, ele será empurrado em direção ao cadafalso na Câmara que preside. Vai responder à denúncia de ter mentido a seus pares quando garantiu não ter contas no exterior, conforme a denúncia contra ele encaminhada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Os argumentos apresentados por Cunha são frágeis. Risíveis até. Ele está sem saída.
Meses atrás, ao anunciar seu rompimento com Dilma, ele prometeu “incendiar” o governo. Isso porque julgava que Dilma pudesse interferir nas ações do Ministério Público Federal ou mesmo nas ações da Polícia Federal. Se quisesse, não deveria.
Cunha, no centro da crise política, foi mais longe. Com apoio da oposição, notadamente o PSDB, atrapalhou bastante, e ainda atrapalha, a administração de Dilma. Ele contribuiu efetivamente para a desmontagem da base do governo no Congresso.
Ao perder o apoio envergonhado do PT, voltou ao ninho tucano. Estimulado, fez o que os adversários do governo pretendiam. Mas não terá o apoio necessário para evitar a reação interna. Para tentar queimar Dilma ateou fogo às vestes. Agora arde sozinho. Será que os tucanos vão blindá-lo?
O golpe, em formato de impeachment, dificilmente será bem-sucedido.
Os números governam o processo se ele seguir o curso. Uma comissão especial com 66 titulares, representação proporcional ao tamanho das bancadas. Se não cair nesta fase, será discutido e votado pelo plenário da Câmara. O processo de impeachment, para ser aberto, precisará alcançar dois terços da Câmara. Ou seja, 342 deputados.
No Senado a aprovação será ainda mais difícil. A maioria necessária para aprovação é de dois terços. Nesse caso, 54 senadores dos 81 existentes. A oposição, ciente disso, vai promover com os meios que tiver e a influência nos meios de comunicação os movimentos ditos “espontâneos”. Essa é outra história.
Mas o curso do destino de Eduardo Cunha está traçado. Será desonroso. Voltará mais cedo para casa. Talvez antes passe pela cadeia.
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Simão Jatene (PSDB-PA) se manifesta contra o impeachment
5 de Dezembro de 2015, 19:35
Assim como Marconi Perillo (GO) e Geraldo Alckmin (SP), o governador do Pará, Simão Jatene é mais um governador do PSDB que defende cautela com o pedido de impeachment, aceito pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e um dos investigados na onda de corrupção com recurso da Petrobras.
Assim com o ex-presidente FHC, Jatene disse para o jornal O Estadão, que o país atravessa um momento crítico e o impedimento do governo Dilma não resolverá os problemas do Brasil. "Não é assim", afirmou. Para ele, um dos problemas mais graves que o País enfrenta hoje é a perda de representatividade geral dos partidos.
Em seu terceiro mandato como governador do Pará, o tucano fez questão de amenizar o tom de crítica ao impeachment ao dizer que os deputados do PSDB estão no seu papel, de buscar justificativas jurídicas para o processo de afastamento de sua adversária, a presidenta Dilma, mas afirma que "nenhum partido ou aliança, por maior que seja, representa a realidade do país", conclui.
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PT apresentará Regina Barata para a prefeitura de Belém
4 de Dezembro de 2015, 14:19Regina Barata será apresentada como pré-candidata à prefeitura de Belém. Dia 12.12 será anunciada a decisão final. |
O motivo já dito aqui, foi a renúncia de Cláudio Puty, recentemente nomeado como secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, deixando apenas a pré-candidatura independente do professor Augustão, o que colocou o partido em xeque, já que este não aglutinou apoio interno para ser o único pré-candidato do partido.
Por isso, ao adiar e reabrir o debate sobre sua candidatura, a direção do PT dialogou com diversas lideranças e até agora só obteve a resposta positiva, da disponibilidade do nome da ex-vereadora e ex-deputada estadual Regina Barata, que hoje será acompanhada por diversas lideranças, em um ato político na sede do Diretório Municipal do PT, às 16 h, quando será entregue o pedido de inscrição e um abaixo-assinado em apoio à sua pré-candidatura, tal como prevê a resolução política, aprovada no dia 14 de novembro.
Em seguida, Regina Barata participará de uma roda de conversa com a militância do PT no DAGUA – Distrito Administrativo do Guamá, às 18h, no Palácio dos Bares, onde filiados e simpatizantes debaterão a conjuntura política e o futuro do partido.
O evento faz parte de uma orientação da direção municipal do PT Belém, que espera debater com sua base em todos os distritos, até o próximo sábado (12), quando será decidida e anunciada sua candidatura para a disputa eleitoral pela prefeitura de Belém, na reunião do Diretório Municipal, que logo após receberá representantes de partidos de oposição ao prefeito Zenaldo Coutinho. O evento será realizado na sede da APPD.
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Cunha retalia por saber que pode perder o mandato e acabar preso
2 de Dezembro de 2015, 19:26
A decisão dos deputados petistas que anunciaram que seriam favoráveis pela admissibilidade da abertura de investigações no Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Cunha, que já vinha ameaçando o PT por saber que poderá ter seu mandato cassado e acabar preso, foi a gota d'água para que o presidente da Câmara dos Deputados aceitasse o pedido de Impeachment protocolado por Hélio Bicudo e que Cunha guardava como mais uma de suas cartas na manga para chantagear o governo.
Ao saber que está com seus dias contados como presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha acatou o 11º pedido de Impeachment contra Dilma Rousseff, que já foi alvo de outros 10 pedidos desde o início de seu mandato, em 2011. Lula teve recorde, com 34.
A oposição que vibra com a decisão de Eduardo Cunha aceitar o pedido de Impeachment de Dilma é a mesma que o elegeu, junto com seu partido, o PMDB e o apoia até agora. Partidos como DEM, PSDB, Solidariedade, PR e PPS, pressionaram Cunha para disparar sua última retaliação contra Dilma, mesmo que tenha sido acusado pelo Ministério Público da Suiça de que tem dinheiro lá, o que ele negou na CPI da Petrobras.
A mídia se contorce sem explicar ao povo, se ele é ou não aliado do governo, afinal passou as últimas semana com essa insinuação. A platéia assiste a tudo sem saber em quem acreditar.
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Ciclista flagra furto de material da obra de uma ciclovia
1 de Dezembro de 2015, 20:31
O ciclista Evaldo Araújo gravou uma cena inusitada na manhã desta terça-feira (01). Ao caminhar pela Avenida Duque de Caxias, em Belém do Pará, o cidadão avistou um senhor acompanhado de outro homem que estava com trajes típicos de um operário e carregava para a mala de um carro, blocos de concretos que estavam expostos, sem nenhum tipo de proteção, no canteiro de obras de uma ciclovia que está sendo construída naquela via pública.
Ao perceber a ação, Evaldo perguntou o que eles faziam levando o material da obra e o senhor lhe disse que a a prefeitura havia lhe feito a doação. Com isso, o ciclista passou a gravar o furto. Ao notarem que estavam sendo gravados e ameaçados de serem conduzidos para a delegacia, devolveram o material e fugiram. Uma viatura da PM chegou logo em seguida, mas não ninguém foi preso.
Segundo o ciclista Alexandre Max, membro da Comissão de Mobilidade de Belém, a malha cicloviária não está integrada e por isso, há "buracos" entre as diversas vias que já possuem ciclovias e ciclofaixas e a maioria que existe não foram construídas de forma adequada e por isso são inseguras e ficam alagadas, após as chuvas que são comuns na cidade, pois a prefeitura não faz a devida manutenção.
Segundo dados da SEMOB - Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana, Belém tem 75 quilômetros de ciclofaixas e ciclofaixas, o que é ínfimo para uma cidade de mais de um milhão de Km².
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