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Diógenes Brandão

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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O MENSALÃO DO COORDENADOR DE AÉCIO NEVES.

24 de Março de 2015, 15:38, por Desconhecido

Agripino Maia (DEM-RN) foi o coordenador da campanha de Aécio Neves e seu partido é um dos principais aliados do PSDB e da oposição brasileira.

O povão, coitado, mais uma vez não fica sabendo quem é quem nas manchetes que a mídia esconde, quando é um dos seus amigos e patrocinadores que está com lama até o pescoço.

É preciso que algum "blogueiro sujo" venha revelar que Agripino Maia não é só o presidente do DEM e ao lado do PSDB, um dos líderes da oposição ao governo Dilma. Agripino é o ex-coordenador da campanha presidencial de Aécio e está enrolado nas denúncias de um escândalo do tipo um "Mensalão" em seu Estado. Como é amigo dos tucanos, a Folha de S.Paulo​ alivia o lado do pobre coitado, dizendo: "A abertura de um inquérito não significa culpa e é o estágio inicial de uma investigação". 

Imagina se fosse um político do ..

Fique agora com a "matéria-amiga" da Fel-lha de São Paulo.

Ministra do STF abre inquérito para investigar presidente do DEM.

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia atendeu um pedido do Ministério Público e abriu inquérito investigar o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), citado em delação premiada por um empresário de Natal (RN) que teria negociado propina com políticos para aprovação de leis.

A abertura de um inquérito não significa culpa e é o estágio inicial de uma investigação. Nos próximos dias o Ministério Público irá ouvir testemunhas, buscar provas e, a depender do material que vier a obter, pode apresentar uma denúncia contra o senador ou determinar o arquivamento das apurações.

O caso em questão diz respeito a um instituto montado pelo empresário George Olímpio para prestar serviços de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no Estado. Ele teria pago propinas para agilizar a tramitação do projetos de um lei que criava a inspeção a inspeção veicular da qual se beneficiaria.

Em delação premiada, Olímpio disse que Agripino teria lhe pedido R$ 1 milhão para campanhas políticas e que ele entendeu o pleito como uma chantagem: ou daria o dinheiro ou perderia o comando da inspeção veicular.

Ele ainda alega ter entregue parte do dinheiro, R$ 300 mil, e ter feito empréstimos com pessoas indicadas por Maia para completar R$ 1 milhão.

OUTRO LADO

Em nota, o senador Agripino Maia disse que Olímpio já deu declarações contrárias às da delação premiada e que em 2012 o Ministério Público havia determinado o arquivamento de uma investigação contra ele.

"Este assunto, tratado em 2012, gerou processo de investigação pela Procuradoria Geral da República que, em 31 de outubro de 2012, o arquivou pela 'inexistência de indícios, mínimos que sejam, que confirmem a afirmação de que o Senador José Agripino Maia teria recebido doação eleitoral ilícita do grupo investigado na operação 'Sinal Fechado'", diz a nota.

Maia colocou-se à disposição da Justiça para esclarecimentos.


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CPI vai investigar quem usou HSBC para sonegar impostos

24 de Março de 2015, 15:13, por Desconhecido

Randofe é o relator e Paulo Rocha o presidente da CPI que vai definir roteiro de trabalho na quinta-feira. 

 Os depoimentos do presidente do banco HSBC no Brasil e de dois secretários da Receita Federal e uma diligência conjunta do Senado Federal e do Ministério Público Federal na França são algumas das medidas previstas nos sete requerimentos apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na manhã desta terça-feira (24), em Brasília, na instalação da CPI do HSBC.

A comissão parlamentar do Senado vai investigar o braço brasileiro no escândalo que envolve a maior evasão de impostos da história: a lista de dados bancários da agência do HSBC em Genebra, Suíça, envolvendo 106 mil clientes de 203 países, que somam uma fortuna de US$ 204 bilhões operados através de uma rede de 20 mil empresas off shore ancoradas em notórios paraísos fiscais.

Dessa lista, constam 8.667 brasileiros, detentores de 6.606 contas no banco que movimentaram, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões. O senador Randolfe Rodrigues, autor do requerimento de instalação da CPI, quer saber da Receita Federal quem, da lista de brasileiros, declarou legalmente a existência de contas secretas na agência suíça do HSBC.

— Não sabemos, a não ser por informações ainda esparsas, quantos destes correntistas agiram nos estritos limites da lei, declarando devidamente ao Fisco brasileiro a existência de suas contas. Os antecedentes conhecidos, no entanto, sugerem que o recurso às contas secretas de bancos inacessíveis, operadas pela clandestinidade de off shores, podem ser fruto de ações ilegais ou de grupos criminosos — esclareceu Randolfe, na abertura da CPI, da qual foi eleito vice-presidente. O presidente será o senador Paulo Rocha (PT-PA) e o relator, Ricardo Ferraço (PMDB-RS).

Uma das primeiras ações da CPI será uma reunião de trabalho com a equipe do procurador Rodrigo Janot, do Ministério Público Federal, que deve definir uma diligência na França, para sintonizar ações com a Justiça francesa, visitar a redação do jornal Le Monde, que denunciou o caso, e ouvir o depoimento de Hervé Falciani, o ex-funcionário de informática do HSBC que vazou os arquivos do banco para a imprensa. O primeiro requerimento de Randolfe pede o comparecimento de dois jornalistas: Fernando Rodrigues, do portal UOL, e Chico Otávio, do jornal O Globo, que lideram a investigação da lista do HSBC no Brasil.

Além do atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, o senador Randolfe pediu o depoimento do ex-secretário Everardo Maciel, que disse ser possível o resgate pelo Brasil dos US$ 7 bilhões desviados para o exterior, supostamente sem informação ao Fisco brasileiro.

Os requerimentos apresentados por Randolfe Rodrigues serão votados na primeira reunião formal da CPI, na quinta-feira (26), a partir das 8h30.

Um passo decisivo da CPI, segundo Randolfe, é definir com a Receita Federal o nome dos brasileiros que declararam a existência de contas no HSBC. A partir desses dados, a CPI vai estabelecer, com os arquivos do Fisco, quem está sujeito às investigações sobre evasão de divisas.

— O foco central desta CPI do HSBC deve ser a identificação da porosidade, das brechas que a lei brasileira permite para a evasão destas divisas, sem o devido controle das autoridades fiscais e financeiras. A CPI deve buscar as deficiências legais que permitiram esta distorção, que estimula a fraude e que priva o país de recursos essenciais neste momento de dificuldades econômicas — esclareceu Randolfe.
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Reação: Lula desmente jornal sobre falsa notícia

24 de Março de 2015, 9:03, por Desconhecido


Cansado de boatarias e mentiras com seu nome em sites apócrifos e até jornais de grande circulação, Lula resolve acabar com a farsa e desmente matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, que disse que a presidenta Dilma teria lhe comunicado sobre decisão de recuar nos reajustes das Medidas Provisórias 664 e 665, que tratam de benefícios trabalhistas e previdenciários. 

A iniciativa do ex-presidente, deve ser seguida pelo PT, já que o mesmo também foi citado pelo jornal, como também tendo sido comunicado pela presidenta Dilma.

A "barrigada" do Estadão, desgasta ainda mais a débil credibilidade da imprensa e demostra como a mídia é indenpendente no Brasil: Independente da verdade, ela noticia.
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Boulos, PSOL e petistas defendem Frente Popular para barrar avanço conservador

24 de Março de 2015, 0:35, por Desconhecido

Quase mil pessoas: na casa do PT e da CUT, a esquerda se reúne (mas sem a presença oficial do PT)

Por Rodrigo Vianna, no portal Fórum.

O debate ocorrido neste fim-de-semana em São Paulo, numa quadra da CUT, foi simbólico por muitos motivos.

Primeiro, mostrou o grau de esgotamento do PT, como força renovadora de esquerda. Sob  impacto do avanço da direita no Brasil, militantes de esquerda se reuniram atraídos pelo tema: “Direitos Sociais e Ameaça conservadora”.

Mas não foi um debate organizado pelo Partido dos Trabalhadores – principal alvo da fúria direitista do dia 15. O PT segue acuado, quase mudo. Havia na plateia do debate muitos petistas, mas sem camisas nem símbolos petistas. Isso tudo num evento organizado pelo PSOL

Mais que isso: na mesa, estavam dois ex-auxiliares de Lula – Frei Beto e André Singer (hoje, professor da USP, e que segue filiado ao PT). O debate, realizado na “Quadra dos Bancários” (histórico ponto de encontro dos militantes da CUT e do PT), reuniu quase mil pessoas no sábado à tarde.

Foi o deputado federal Ivan Valente (do PSOL) quem cumpriu o papel de criar aquele espaço de reflexão, abrindo o microfone também para Guilherme Boulos (MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e Berna Menezes (sindicalista ligada ao PSOL).

As críticas ao governo Dilma foram duras. E generalizadas. Boulos disse que “o governo é indefensável”, e foi mais longe: “ou o governo reverte o modelo, baseado no ajuste liberal, ou em breve o golpismo terá base popular nas ruas”.

A avaliação do líder do MTST é de que, apesar da queda de popularidade de Dilma, quem está na rua por enquanto protestando  contra o PT é um setor mais radicalizado de direita e comandado pela classe média. Boulos, no entanto, diz que um ponto deveria preocupar os petistas: “a massa trabalhadora, que votava no PT até hoje, ficou em casa dia 15, mas  aplaudiu os protestos porque não aguenta mais”.

Ele reconheceu os avanços sociais da era Lula, mas reafirmou a posição do MTST de que o modelo de conciliação do lulismo se esgotou. “2013 foi um aviso, mas parece que o PT não entendeu”.

Boulos se mostrou preocupado com o “desfilar de preconceito e ideias fascistas” ocorrido no dia 15. E mostrou clareza de que não se trata de um ataque ao PT, apenas: “o petismo deixou de ser de esquerda, mas o antipetismo é um movimento contra toda a esquerda, é anti-movimentos sociais, anti-esquerda, anti-vermelho.  Temos uma direita venezuelana, e um governo covarde. Mas vamos enfrentar essa turminha que destila ódio. Com fascismo, não se conversa; fascismo, se enfrenta.”

Andre Singer concordou com a avaliação de que o início do governo Dilma é desastroso para a esquerda. Até porque o ajuste de  Levy deve provocar desemprego, enfraquecendo os trabalhadores – que são a base social da esquerda.

O professor da USP, porém, discordou de Boulos na avaliação do dia 15. “Considero que a manifestação foi majoritariamente de centro. Havia, sim, setores de extrema-direita, golpistas. E havia ainda uma direita radicalizada a favor do impeachment, mas as pesquisas mostram que a maioria estava ali para rechaçar a corrupção”.

Singer acha que é possível “dialogar” com esses setores de centro. Mas foi contestado no debate por gente da plateia. O dia 15, disse o professor Gilberto Maringoni (PSOL) foi, sim,  “tendencialmente” em favor da extrema-direita, abrindo espaço para ex-torturadores e golpistas na Paulista. O dia 15, lembraram outros, significou a proibição para que qualquer cidadão vestisse vermelho num amplo raio em torno da Paulista. Essa não é atitude de “centro”, disse um militante anônimo.

Frei Beto definiu as manifestações do dia 15 (e também as de junho de 2013) como “manifestações de protesto, mas não de proposta.” E ressaltou que o PT colhe os frutos por ter governado 12 anos, sem ter feito – nem encaminhado  - uma reforma estrutural sequer.

A sindicalista Berna Menezes destacou que não se pode igualar os governos FHC e Lula/Dilma, mas lembrou que o PT é responsável pelo avanço da direita, porque jamais enfrentou a mídia, nem fez uma Reforma Tributária em favor dos trabalhadores.

Outra avaliação comum entre os presentes: a crise será longa, pode durar 4 anos ou mais. Boulos disse que há riscos de ruptura pela direita, devido à “forte presença de setores golpistas” nas ruas. Já Singer, não vê riscos imediatos de ruptura. “A turbulência será grande, o estresse democrático é parecido com 64, mas não há mais a Guerra Fria”.

Não há mesmo? O que os Estados Unidos fazem no Oriente Médio e na Ucrânia é o que?  Hum…

Os debatedores defenderam uma “Frente Social”, ou uma “Frente Popular”, para combater o avanço da direita. Uma frente que não seja dos partidos de esquerda, mas agregue amplos setores em defesa de uma pauta mínima.

“O meu partido, o PT, não tem mais condições para dar direção à esquerda. É preciso formar logo essa frente“, disse Singer.

Ele lamentou que o PSOL e o MTST não tenham ido ao ato do dia 13 na Paulista. “Com uma formação mais ampla, poderíamos ter chegado a cem mil pessoas, e não 40 mil, como tivemos”, afirmou. A lembrança de Singer indica as dificuldades que ainda impedem as forças de esquerda e os movimentos sociais de agirem juntos – num momento de forte avanço conservador.

O deputado Ivan Valente listou cinco pontos em torno dos quais poderia ser construída essa frente, aberta a entidades, partidos e cidadãos interessados em barrar a direita – dentro e fora do governo:

- combate ao ajuste fiscal de Levy;

-  democratização dos meios de Comunicação;

- reforma agrária e combate ao latifúndio;

- defesa da Democracia e rechaço ao golpismo;

- defesa dos direitos trabalhistas.

Formou-se, entre  os debatedores, um consenso de que é possível unificar a esquerda. Não contra o governo Dilma, que em nenhum momento foi citado como inimigo principal. Mas contra o ajuste de direita – que significa o sequestro, pela direita, de um governo eleito com discurso de esquerda. E, especialmente, contra a direita que baba de ódio nas ruas e no Congresso.

Ivan Valente disse que é preciso levar pras ruas “os nomes de Cunha e Renan, como parte da corrupção que se precisa derrotar.” O deputado do PSOL lembrou que o discurso udenista, de falso moralismo, hoje é o mesmo de 54 e 64. Mas dessa vez, lembrou, parte importante da direita está afundada na lama da corrupção: “há 33 parlamentares indiciados, inclusive os presidentes da Câmara e do Senado – que não podem ser poupados, como a direita tentou fazer no dia 15.”

Foi um encontro curioso, em que a turma do PSOL usou a ‘”casa” da CUT e do PT. Um encontro em que o PSOL se definiu claramente contra o impeachment, e fez questão de ressaltar que PT e PSDB não são iguais. Um encontro em que petistas ou ex-petistas não tiveram dúvidas em atacar o ajuste de Levy – ainda que isso significasse atacar frontalmente o governo Dilma.

Havia uma presença de militantes de esquerda, para além do PSOL. E havia a certeza de que a Frente Popular vai nascer com ou sem o governo. Vai nascer nas ruas. E parte importante da base social do PT vai ajudar a compor essa frente – ainda que o partido, como lembrou Singer, tenha perdido a capacidade de liderar a esquerda.

Já não se trata de defender o governo ou o PT. Mas de recompor o campo da esquerda, e impedir a completa restauração conservadora no Brasil.
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Até Diogo Mainardi questiona a 'Veja'

22 de Março de 2015, 18:54, por Desconhecido

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Diogo Mainardi prestou longos serviços à família Civita. Usava a coluna na revista para acusar, todas as semanas, Lula e o PT – de tudo. Acusava sem provas, e sem talento literário nenhum.

Deu azar. O PT ganhou 4 eleições, enquanto Mainardi espumava de raiva, de forma constrangedora.

Mas quando Roberto Civita (dono da Abril) morreu, Mainardi foi chutado feito um cachorro sarnento.

Os herdeiros de Bob Civita devem ter cansado de pagar advogado para consertar as besteiras de Mainardi. Ele achou que, subserviente ao pensamento do patrão, teria da Abril eterna gratidão.

Errou feio.

Agora, fica claro que há uma briga feroz e fedorenta nos intestinos da editora que publica a revista “Veja”.

Tanto é assim que até Mainardi mostrou-se chocado com o fato de a revista da marginal – na mesma edição que traz Eduardo Cunha, na capa, como herói e estadista brasileiro – não dar qualquer explicação sobre as contas de José Roberto Guzzo na Suíça.

Sim! Guzzo (que é colunista da revista da marginal, e costuma atribuir ao PT a invenção de toda a corrupção nacional) é um dos jornalistas que mantinham conta no HSBC da Suíça – segundo o UOL e o ICIJ (consórcio que investiga o caso).

E sim de novo: na semana em que Eduardo Cunha foi chamado de “achacador” por Cid Gomes, na tribuna do Congresso, a revista de Guzzo pôs Cunha na capa.

Faz sentido, não?

Até o Mainardi (que agora se manifesta através de um blog “independente”) ficou com enjôo. Ele tem estômago frágil, tadinho.

Confiram o choro tardio de Mainardi contra a Veja.

*****

NÃO HÁ EXPLICAÇÃO NA VEJA SOBRE JOSÉ ROBERTO GUZZO

no blog Antagonista (mantido por Mainardi e um colega)

Entre os brasileiros que mantinham conta no HSBC de Genebra, figura o nome do jornalista José Roberto Guzzo, colunista da Veja, revista que dirigiu durante quinze anos. Era de se esperar que houvesse uma explicação na edição que chegou hoje às bancas e aos assinantes. Não há.

Imagine um colunista do New York Times que constasse da lista de um banco que ajudava os clientes a fraudar o fisco dos seus respectivos países. O jornal certamente daria uma satisfação aos seus leitores. O colunista poderia justificar a origem do dinheiro e mostrar que a conta sempre esteve devidamente declarada no seu imposto de renda. Poderia, ainda, dizer que se trata de um engano e que ele nunca teve conta em banco na Suíça. Uma terceira hipótese é que o colunista não conseguisse justificar a origem do dinheiro e tivesse sonegado a existência da conta. Nesse caso, é improvável que continuasse a integrar os quadros do New York Times.

Felizmente, para José Roberto Guzzo, ele não trabalha no New York Times. Felizmente, para José Roberto Guzzo, Roberto Civita morreu.

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Paulo Rocha apresenta prioridades de seu mandato

19 de Março de 2015, 15:56, por Desconhecido

Em seu primeiro discurso como senador, Paulo Rocha disse que será intransigente na defesa do governo Dilma, mas está atento aos direitos da classe trabalhadora.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) fez seu primeiro pronunciamento posicionando-se a favor da democracia e dos movimentos sociais. Ele criticou os que chamou de “golpistas de plantão”, que, segundo ele, buscam privilégios aos poderosos. O senador defendeu o combate ao “noticiário irresponsável” veiculado pelo “monopólio” dos meios de comunicação, e pediu providências ao governo federal para conter os assassinatos de líderes de trabalhadores; ele classificou esses crimes como “chaga para a democracia”.

Paulo Rocha cobrou um tratamento igualitário aos estados da Amazônia, criticando o conceito de que o povo da região vive numa realidade distante. Em sua lista de pautas em defesa do Pará e da região amazônica, o senador apoiou a realização de obras de infraestrutura, mas usou o exemplo das hidrelétricas para contrastar os projetos de desenvolvimento com a realidade do povo desassistido.

- Faremos a defesa da geração de energia limpa, mas cobraremos as compensações pelos impactos que a construção de hidrelétricas provocam ao meio ambiente e ao povo da Amazônia - afirmou.

Fique com o vídeo do pronunciamento de 13 minutos, onde abordou diversos temas de interesse do povo brasileiro, sobre tudo, o amazônico.


Leia aqui o discurso do senador na íntegra.
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Depois de mentir novamente, governo enfrenta novos protestos

19 de Março de 2015, 2:04, por Desconhecido


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado a campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense, disparou em um debate contra seu adversário: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.


Nós, gestores dos campi do interior, estamos fazendo o máximo possível para que a educação superior em nosso estado se realize: ensino, pesquisa e extensão. Hoje este tripé começa a constituir-se em mito porque o que se sobressai, com muitas dificuldades, é o ensino. As atividades de pesquisa e de extensão praticamente não existem. Assim, está a nossa educação superior estadual.

Vemos a grande falta de estrutura: laboratórios sucateados, bibliotecas defasadas, prédios sem reformas, construções paralisados, problemas graves nos sistemas de energia elétrica dos campi, além da falta de valorização profissional. E o mais grave é que não temos nenhum aceno de melhorias que poderiam levar ao desenvolvimento institucional de nossa Universidade.

São anos que a UEPA passa sem uma reestruturação. Seu sucateamento se agrava pela falta de investimentos do poder público estadual, o que leva à mingua seu funcionamento. Basta observar o fato de que começamos o semestre letivo de 2015 com poucos funcionários, com poucos professores para ministrar aulas, sem condições em nossas salas de aula para recebermos nossos estudantes.

Acreditamos que juntos podemos construir uma Universidade melhor, com harmonia entre os diversos segmentos que compõem seu quadro: funcionários, professores e alunos. A constituição de discussões e debates sobre o universo estrutural dos campi do interior pode enriquecer propostas para o melhoramento de suas condições essenciais de funcionamento. Contudo, queremos mais que isto, queremos ações consistentes e eficazes que melhorem, consideravelmente, esta Universidade.

Cobramos sensibilidade do governo do estado do Pará por mais investimentos na UEPA, nos campi da capital e do interior. Bom observar que a UEPA é estratégica para o desenvolvimento da Amazônia, especialmente para o Pará, demandando uma ação estratégica do governo do estado, da gestão superior e um apoio incondicional aos campi do interior. O governo não pode cortar, mas aumentar o orçamento da Universidade. Só assim, será possível fomentar um crescimento institucional que leve a transformação social da região amazônica.

Por tudo isso, conclamamos a comunidade acadêmica (estudantes, funcionários e professores) a paralisarem as atividades dos Campi da UEPA, no interior do estado do Pará, no dia 19/03/2015, para que nossa voz possa ser ouvida mais longe e claramente.

Os coordenadores dos Campi da interiorização (UEPA).
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Depois de mentir, governo enfrenta protestos da educação pública

19 de Março de 2015, 2:04, por Desconhecido


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado o tempo de seu adversário, o então candidato Helder Barbalho, na campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense disparou em um debate: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.


Nós, gestores dos campi do interior, estamos fazendo o máximo possível para que a educação superior em nosso estado se realize: ensino, pesquisa e extensão. Hoje este tripé começa a constituir-se em mito porque o que se sobressai, com muitas dificuldades, é o ensino. As atividades de pesquisa e de extensão praticamente não existem. Assim, está a nossa educação superior estadual.

Vemos a grande falta de estrutura: laboratórios sucateados, bibliotecas defasadas, prédios sem reformas, construções paralisados, problemas graves nos sistemas de energia elétrica dos campi, além da falta de valorização profissional. E o mais grave é que não temos nenhum aceno de melhorias que poderiam levar ao desenvolvimento institucional de nossa Universidade.

São anos que a UEPA passa sem uma reestruturação. Seu sucateamento se agrava pela falta de investimentos do poder público estadual, o que leva à mingua seu funcionamento. Basta observar o fato de que começamos o semestre letivo de 2015 com poucos funcionários, com poucos professores para ministrar aulas, sem condições em nossas salas de aula para recebermos nossos estudantes.

Acreditamos que juntos podemos construir uma Universidade melhor, com harmonia entre os diversos segmentos que compõem seu quadro: funcionários, professores e alunos. A constituição de discussões e debates sobre o universo estrutural dos campi do interior pode enriquecer propostas para o melhoramento de suas condições essenciais de funcionamento. Contudo, queremos mais que isto, queremos ações consistentes e eficazes que melhorem, consideravelmente, esta Universidade.

Cobramos sensibilidade do governo do estado do Pará por mais investimentos na UEPA, nos campi da capital e do interior. Bom observar que a UEPA é estratégica para o desenvolvimento da Amazônia, especialmente para o Pará, demandando uma ação estratégica do governo do estado, da gestão superior e um apoio incondicional aos campi do interior. O governo não pode cortar, mas aumentar o orçamento da Universidade. Só assim, será possível fomentar um crescimento institucional que leve a transformação social da região amazônica.

Por tudo isso, conclamamos a comunidade acadêmica (estudantes, funcionários e professores) a paralisarem as atividades dos Campi da UEPA, no interior do estado do Pará, no dia 19/03/2015, para que nossa voz possa ser ouvida mais longe e claramente.

Os coordenadores dos Campi da interiorização (UEPA).
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Prefeito do PT-RJ é preso no dia em que Dilma lança pacote anti-corrupção

18 de Março de 2015, 22:52, por Desconhecido

"O Brasil de hoje combate a corrupção. As notícias sobre casos de corrupção aumentam, mas justamente porque eles não são mais varridos para baixo do tapete. 

A visão de que o povo brasileiro quer levar vantagem em tudo deve ser afastada e uma nova concepção deve ser criada: Uma nova moralidade pública, republicana, democrática e igualitária. 

As medidas que nós anunciamos hoje são todas iniciativas concretas. Elas não pretendem esgotar a matéria, mas evidenciam que estamos no caminho correto. Somos um governo que não transige com a corrupção e temos o compromisso e a obrigação de enfrentar a impunidade que alimenta a corrupção”. 

O trecho extraído da página da Dilma Rousseff que noticiou o pacto anticorrupção que combaterá a prática ilegal, porém comum na cultura brasileira e ajudará a dar continuidade a uma séria e profunda revolução na esfera pública, iniciada no governo de Lula e aperfeiçoada na gestão de Dilma, pois os casos de roubo do dinheiro público, antes quase sempre incobertos e os que eram descobertos, raramente punidos e quando foram, sem o rigor necessário. Reinava a impunidade e isso começa a mudar.

"São todas medidas positivas, porque as leis atuais não criminalizam o caixa-dois ou o enriquecimento não justificado. Mas para combater frontalmente a corrupção é preciso uma reforma do modelo de financiamento de campanha, que atualmente privilegia as grandes empresas contribuintes, que elegem bancadas inteiras e decidem questões orçamentárias. O que vemos (nos desvios apurados pela operação) Lava Jato é padrão de comportamento, e não exceção"disse o juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da lei da Ficha Limpa, para a versão em português do site da BBC de Londres

Vivemos novos tempos e isso não se deu da noite para o dia. Foi fruto de um conjunto de ações de fortalecimento e reformulação de leis, das instituições de fiscalização e controle, sem deixar de lembrar do reforço da autonomia da Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, nestes 12 últimos anos.

Prova disso é que à tarde, uma operação da Polícia Rodoviária Federal prendeu o prefeito uma cidade do Rio de Janeiro, mostrando que o compromisso assumido pela presidenta Dilma em sua campanha de reeleição, quando disse: "Doa a quem doer" é de fato sério e o Brasil começa a viver uma nova realidade: O fim da impunidade.

Como já era de se esperar, com muita astúcia, a grande mídia distorce os fatos e reforça a onda crescente da orquestrada criminilização do PT, como se a prática de recebimento de propina, por parte de gestores públicos, acontecesse exclusivamente com o partido que está fazendo com que ela seja retirada de debaixo do tapete, apurada e punida pelo Estado brasileiro. 

A oposição deverá usar o fato para se fazer de santa e a quinta-feira no Brasil seguirá com a hipocrisia e o medo dos que sempre se lambuzaram com a corrupção, acusando o atual governo de tê-la trazido ao mundo, para evitar que Dilma siga fazendo o que prometeu.

Só falta agora uma Reforma Política e a Regulação da Mídia, já que sabemos que quem mantém a corrupção no Brasil é a imprensa.

Leia agora a matéria sobre o caso da prisão do prefeito petista, copiada do portal G1-RJ.

Mauro Henrique Chagas foi preso pela Polícia Federal nesta quarta (18), acusado de cobrar R$ 100 em propina.
Prefeito de São Sebastião do Alto, RJ, é preso após flagrante de propina. Mauro Henrique Chagas foi preso pela Polícia Federal nesta quarta (18). Prefeito teria cobrado propina de R$ 100 mil para empresário.
Mauro Henrique Chagas (PT), prefeito de São Sebastião do Alto, na Região Serrana do Rio, foi preso pela Polícia Federal na BR-101, em Macaé, nesta quarta-feira (18). Segundo a PRF, ele foi abordado durante o pagamento de uma propina no valor de R$ 100 mil, exigida por ele mesmo, para que um empresário pudesse começar obras nas áreas de saúde e saneamento no município. O valor representa 10% de duas licitações para a execução dos serviços.

O ponto de encontro para o recebimento da propina foi um posto de gasolina às margens da BR-101. "O empresário já sabia da operação e colaborou com a Polícia Federal. Os agentes usaram roupas de uma suposta empresa de terraplanagem para fazer o flagrante, cercando o carro do prefeito", diz a PRF.

A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria do prefeito Mauro Henrique Chagas através de e-mail, conforme exigido pela mesma, mas até a publicação desta matéria ninguém se pronunciou.

Mauro Henrique Chagas era vice-prefeito de Carmond Bastos (PT) e assumiu a prefeitura em abril de 2013. O prefeito eleito Carmod Bastos foi afastado do cargo após denúncias de irregularidades administrativas e instauração de uma CPI na Câmara de Vereadores. Carmond foi condenado por oito crimes, entre eles, fraudes em dispensa de licitação e aumento do próprio salário, sem lei que autorize.
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O antipolítico tem a ver com ditadura

18 de Março de 2015, 14:03, por Desconhecido

Políticos da oposição colocam em risco a democracia ao apoiar aventuras golpistas. A história já mostrou como pode acabar mal.

Um número considerável de cidadãos tem comemorado o tratamento agressivo recebido pelos políticos que comparecem aos protestos de domingo.

É um sinal preocupante e condenável. O silêncio dos políticos e a perseguição das liberdades é uma herança do fascismo e das piores tradições autoritárias.

Vamos aos fatos. No domingo, em São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira, um dos líderes mais importantes do PSDB, foi hostilizado quando se encontrava nas proximidades de um caminhão de som do Vem prá Rua, movimento que tem ligações com os tucanos: “sem partido, sem partido,” gritavam.

Nenhum político foi tratado de forma tão humilhante como o deputado Paulinho (SD-SP), presidente da Força Sindical. Paulinho tinha motivos para imaginar que iria sentir-se em casa no domingo.
Afinal, foi ele quem levantou o braço de Aécio no 1º de maio do ano passado, quando o futuro candidato do PSDB disse que estaria de volta no ano seguinte como “Presidente da República.” Naquele mesmo dia, Paulinho chegou a dizer que o lugar de Dilma “era na Papuda.”

No domingo passado, Paulinho não só foi impedido por vaias de abrir a boca quando chegou perto do microfone num caminhão de som que ele próprio levou a manifestação. Também ouviu gritos de “oportunista” e o célebre coro “Um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos que o Paulinho vá para a …..” descreve a repórter Aline Ribeiro, da Época, que acompanhou a cena de perto. O esforço de Paulinho para ajudar nos protestos incluiu, ainda, garantir a presença de duas celebridades no caminhão de som, a cantora Vanessa Camargo e Ronaldo, fenômeno do oportunismo. Nada mais injusto, portanto, que chamar Paulinho da Força de oportunista, como se gritava em volta do caminhão de som.

Em vários pontos do país, outros políticos, inclusive os tucanos Carlos Sampaio e Marcos Pestana, sem falar no senador Ronaldo Caiado, do DEM, preferiram participar dos protestos como cidadãos anônimos.

Os protestos são uma força contra o governo Dilma e a oposição, após uma quarta derrota nas urnas, acredita que podem servir de atalho para chegar a um poder de qualquer maneira — como se compreende por faixas que pedem impeachment e/ou golpe militar. O alvo dos protestos é este, como disse aqui ontem. O resto — mesmo a corrupção — é perfumaria do ponto de vista da prioridade das manifestações.

Do ponto de vista histórico, o tratamento agressivo contra os políticos — inclusive aliados — é uma herança do fascismo, aprende-se pela leitura de Hannah Arendt.

Em “Origens do totalitarismo”, ela explica o nascimento das ditaduras do século XX a partir do colapso das organizações de classe — como os sindicatos de trabalhadores – e dos partidos políticos, que sustentavam o cotidiano de uma vida democrática.

“A queda das paredes protetores das classes transformou as maiorias adormecidas, que existiam por trás de todos os partidos, numa grande massa desorganizada e desestruturada de indivíduos furiosos que nada tinham em comum exceto a vaga noção de que as esperanças partidárias eram vãs.”

A desilusão com o sistema partidário — conceito é a matriz da “deslegitimação” do sistema político de que fala o juiz Sérgio Moro em seu texto sobre a Operação Mãos Limpas — é parte necessária desse processo.

Como explica Arendt, até “os mais respeitados, eloquentes e representativos membros da comunidade” passam a ser apontados como “uns néscios”, enquanto as autoridades constituídas se tornam “não apenas perniciosas mas também obtusas e desonestas.”

Quem acha que essa opinião faz sentido com sua própria visão sobre os políticos do Brasil de hoje, precisa repensar seus conceitos. Hannah Arendt está falando sobre a base ideológica do cidadão comum que, na Alemanha, deu a base social para o nazismo e, na Itália, forneceu o cimento para o nazismo.

A construção das ditaduras em sociedades divididas em classes sociais — um traço típico dos regimes capitalistas — envolve, em primeiro lugar, reprimir e desorganizar os partidos que, pela simples existência, demonstram a presença de interesses divergentes e contraditórios em cada sociedade e afirmam o direito dos cidadãos optar por um lado e outro, por um interesse e outro.

Na Alemanha da década de 1930, esses partidos eram a Social Democracia e o Partido Comunista. Na Itália, era o PS, que mais tarde se transformou-se no PCI.

Eles eram os baluartes da democracia, não porque tivessem grandes amores pelas democracia — PC alemão era stalinista até a medula — mas porque eram a garantia da divergência, a proteção ao confronto de ideias e interesses. O ataque a esses partidos abriu as portas para o ataque aos demais, ao fim da divisão de poderes, ao colapso da liberdade.

Em suas campanhas eleitorais, Hitler se recusava a apresentar um programa de governo, dizendo que o mais importante é a “vontade humana,” recorda o professor Jean Touchard, em sua “Histoire des Idees Politiques. Mussolini consolidou-se no poder dizendo que os “fascistas têm a coragem de rejeitar todas as teorias políticas tradicionais: somos aristocratas e democratas, revolucionários e reacionários, proletários e anti proletários, pacifistas e anti pacifistas.”

Numa definição essencial para eliminar a diferença, o conflito, a alternância, a democracia, enfim, Mussolini sintetizou: “É suficiente possuir um ponto fixo: a nação.” O horror de Hitler a políticos e às eleições o levou a copiar uma frase bíblica: “É mais fácil um camelo passar por uma agulha do que descobrir um grande homem através de uma eleição.”

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Quem mantém a corrupção no Brasil é a imprensa

18 de Março de 2015, 10:35, por Desconhecido

No Brasil, os maiores fora da lei são os barões da mídia.

As manifestações do último domingo (15), seriam um fiasco, assim como foram as demais tentadas anteriormente, pelos mesmos grupos que contaram agora com a forte mobilização da imprensa, sobretudo da Globo. 

Mas quais seriam os interesses das gigantes empresas de comunicação, ao tocar o povo pras ruas? 

É preciso se antenar em tudo que está acontecendo e não apenas ler as manchetes para nos sentirmos informados. 

O mesmo serve para quem abre um jornalão, revista ou assiste programas de TV, ou ouve as notícias pelas rádios e diz: "Que ódio dessa corrupção desenfreada!", "Na política só tem ladrão!", "Fora PT!"

Os donos dos veículos de comunicação, que usam jornalistas aparentemente neutros na política, que noticiam sobre essa "corrupção desenfreada", são os maiores fora da lei do Brasil e os mais interessados em que apenas uma parte dessa corrupção seja descoberta e punida, não toda.

Dois dias antes de finalmente ser divulgada a lista secreta que vazou para jornalistas investigativos de vários países do mundo, expondo acionistas do HSBC suíço, eis que surgem os nomes dos principais empresários da mídia brasileira e de grandes empreiteiros, muitos dos quais, envolvidos em vários esquemas de corrupção no Brasil. 

A lista é tão comprometedora que traz os nomes de pessoas ligadas a vários partidos, inclusive lideranças do PSDB, que lá guardavam muito dinheiro em contas, até outro dia desconhecidas. 

Um cidadão comum se perguntaria: Qual seria o interesse de um brasileiro guardar dinheiro em um paraíso fiscal? 

Sonegar impostos? 

Ainda não se pode afirmar isso. Mas em fevereiro, o governo federal através do Ministério da Justiça solicitou das autoridades suiças, o envio de documentos e a colaboração do governo de lá, para averiguar com mais detalhes, se houve a prática de sonegação de impostos e se ainda há contas ativas ou só as que constavam na lista de 2006, sendo que  no Brasil, crimes fiscais prescrevem em 5 anos.

No entanto, não se sabe ao certo como os envolvidos serão enquadrados, ou se realmente serão. Muitos já faleceram, inclusive. 

Mas e se for comprovado que há contas ilegais que receberam dinheiro de ações criminosas, com o desvio de dinheiro público e a sonegação de impostos e os herdeiros e envolvidos que estão vivos forem investigados, processados e presos? 

Estaria toda a estrutura partidária do Brasil preparada a ser passada a limpo? 

Ou tá bom investigar, julgar e prender só os envolvidos no MENSALÃO e PETROLÃO, ignorando de forma criminosa e deixando impunes os envolvidos nos escândalos no BANESTADO, FURNAS, TRENSALÃO, e a famosa PRIVATARIA TUCANA, que colocaria muitos dos que a imprensa procura para falar de ética e investigação?

Voltando às vésperas da manifestação que a mídia tanto ajudou no último domingo, muita gente não sabe, mas a família que controla a Folha/UOL, já se estranhou em negócios com a família proprietária da Globo e colocou o nome da socialite Lily Marinho, esposa do fundador da Globo, Roberto Marinho, logo no topo da matéria. 

Por sua vez, o jornal O Globo estampou o nome dos fundadores da Folha/Uol na capa da ediçao de sexta-feira (13) e assim quase inicia-se a guerra do século, quando alguém chegou e disse: bora fumar um cachimbo da paz, aproveitar essa passeata das viúvas da ditadura e blackblocs sem máscaras e vamos enfiar tudo no c* do petê e da Dilma.

Deu certo! De domingo pra cá, só o que se fala é na manifestação e da "corrupção do PT".



Pronto, estava consolidada a estratégia dos que decidem quem usa os microfones, lentes e páginas da imprensa brasileira para julgar se um governo está indo bem ou não, influenciando assim milhões de pessoas no Brasil e no mundo, mas nem todo mundo!

Muitos lembram e sabem que foi assim que fizeram e permitiram que os militares implementassem um golpe de Estado em 64 e continuaram apoiando-os de forma vergonhosa, durante os 21 anos da severa e implacável Ditadura Militar. 

Só 50 anos depois vieram assumir que erraram, em estimular e dar sustentação ao regime autoritário e cruel que ajoelhou e humilhou o país, omitindo da sociedade brasileira a perseguição política, a violência dos aparatos oficiais, através da censura, controle total da vida e da morte, com tortura nos porões do DOI-CODI e de todas as demais atrocidades cometidas pelos generais e coronéis da ditadura e seu braço midiático, até hoje concentrado nas mãos de poucas e ricas famílias. 

A Ditadura da Mídia.

Quem lembra da edição do debate entre Collor e Lula em 1989, viu acontecer a mesma coisa em Outubro do ano passado, onde a revista Veja estampou em sua capa dois dias antes do 2º turno das eleições presidenciais, mais uma escandalosa tentativa de influenciar o resultado eleitoral. 

Com isso, Dilma foi à TV em seu último programa e prometeu reagir e reeleita, tomou uma medida drástica contra uma parte dessa mídia que tanto trama e persegue seu governo: Optou em punir a VEJA deixando de injetar milhões das verbas publicitárias de empresas estatais na revista. 

A medida era necessária, mas deveria ter sido acompanhada de um conjunto de outras mexidas institucionais e como não o fez, colhe a mais ousada tentativa de golpe, depois de 64. 

Sem receber a milionária verba publicitária, os grupos de comunicação perceberam que a regulação da mídia brasileira lhes é cara, atrapalha seus planos de dominação total da opinião pública, já que abre para outras empresas e grupos o direito a também receberem recursos públicos para fazerem comunicação e assim, os barões da famílias que controlam o império da informação pintaram-se para a guerra.

Com a regulação, sendo tratada como censura, líderes de partidos como o PMDB, hoje o principal aliado do governo, tomam partido pelas empresas de comunicação para não terem suas cabeças degoladas pela tv, antes de serem investigados e julgados, como viram acontecer com os petistas envolvidos no Mensalão. 

Com o povo decidindo através do voto pela 4ª vez deixar o Partido dos Trabalhadores, no comando do país, as famílias donas da mídia que nunca disfarçaram seu intento em acabar com a reputação dos principais dirigentes do partido, inclusive Lula e Dilma, agora partem para uma guerra insana para tirar-lhes do poder a qualquer custo, ou estão pressionando para ter cada vez mais dinheiro público e manter as coisas como estão?

Desta forma, o Brasil segue sendo a terra da hipocrisia e do poder dos que tem dinheiro e o poder de influenciar a opinião pública. Como pode o presidente da Câmara dos Deputados ter indo à TV dizer que a corrupção é algo exclusivamente do poder executivo? 

Será que ele pensa que nunca soubemos de deputados, senadores, vereadores, juízes, desembargadores e até ministros do STF envolvidos em escândalos e desvios éticos e de dinheiro público?

Enquanto isso, em cidades pequenas de norte ao sul do país, qualquer dono de uma rádio pode ser o pior inimigo ou o melhor amigo do prefeito e dos vereadores e enriquecer rápido e de forma garantida receber mensalmente para emitir sua opinião sobre quem é honesto ou corrupto, bastando para isso o enunciado pagar ou não o valor do serviço.

Regular o que já está na constituição não é censura e sim cumprir a lei.

Em um artigo da coordenação da Intervozes, uma das principais entidades que debatem a democratização da comunicação no Brasil, há um trecho que joga luz sobre esse tema:

"Mais de vinte e cinco anos após sua promulgação, nenhum artigo de seu capítulo V, que trata da Comunicação Social, foi regulamentado, deixando um vazio regulatório no setor e permitindo a consolidação de situações que contrariam os princípios ali estabelecidos.

Regular os meios de comunicação de massa neste sentido está longe, portanto, de estabelecer práticas de censura da mídia. Trata-se de uma exigência constitucional de definir regras concretas para o funcionamento destes veículos no sentido de atender aos objetivos definidos pela sociedade em sua carta maior, a Constituição Brasileira que em seu Artigo 54, determina que deputados e senadores não podem ser donos de concessionárias de serviço público. 

No entanto, a família Sarney, os senadores Fernando Collor, Agripino Maia e Edson Lobão Filho, entre tantos outros parlamentares, controlam inúmeros canais em seus estados. Sem uma lei que regularmente tal artigo, ele – como os demais da Constituição – torna-se letra morta e o poder político segue promiscuamente ligado ao poder midiático.

Essa é a guerra que está sendo estratégicamente escamoteada da sociedade brasileira, inclusive a parcela que marchou como zumbis pelas ruas no último domingo, com suas faixas e cartazes pelo fim da corrupção e a satanização de um partido que quer justamente iniciar o processo de Reforma Política e Democratização da Mídia, mas é barrado. 

Cabe portanto, uma repactuação do Estado brasileiro com as entidades classistas como a OAB, federação dos jornalistas, órgãos do Poder Judiciário, Partidos, Movimentos Sociais e todos os que sempre foram censurados pelos oligopólios que centralizam, controlam e lucram de forma exorbitante e estão no epicentro da corrupção, tendo como clientes e parceiros, tanto corruptos, quanto corruptores.

Como afirma a Intervozes: "a radiodifusão é, assim como a energia, o transporte e a saúde, um serviço público que, para ser prestado com base no interesse público, requer regras para o seu funcionamento. No caso das emissoras de rádio e TV, a existência dessas regras se mostra fundamental em função do impacto social que têm as ações dos meios de comunicação de massa, espaço central para a veiculação de informações, difusão de culturas, formação de valores e da opinião pública".
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Impeachment é pouco

17 de Março de 2015, 6:58, por Desconhecido

Bruno Toscano, o agitador da II Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade esteve neste domingo em Belém do Pará.

Por Vladimir Safatle, na Folha.

Você na rua, de novo. Que interessante. Fazia tempo que não aparecia com toda a sua família. Se me lembro bem, a última vez foi em 1964, naquela "Marcha da família, com Deus, pela liberdade". É engraçado, mas não sabia que você tinha guardado até mesmo os cartazes daquela época: "Vai para Cuba", "Pela intervenção militar", "Pelo fim do comunismo". Acho que você deveria ao menos ter tentado modernizar um pouco e inventar algumas frases novas. Sei lá, algo do tipo: "Pela privatização do ar", "Menos leis trabalhistas para a empresa do meu pai".

Vi que seus amigos falaram que sua manifestação foi uma grande "festa da democracia", muito ordeira e sem polícia jogando bomba de gás lacrimogêneo. E eu que achava que festas da democracia normalmente não tinham cartazes pedindo golpe militar, ou seja, regimes que torturam, assassinam opositores, censuram e praticam terrorismo de Estado. Houve um tempo em que as pessoas acreditavam que lugar de gente que sai pedindo golpe militar não é na rua recebendo confete da imprensa, mas na cadeia por incitação ao crime. Mas é verdade que os tempos são outros.

Por sinal, eu queria aproveitar e parabenizar o pessoal que cuida da sua assessoria de imprensa. Realmente, trabalho profissional. Nunca vi uma manifestação tão anunciada com antecedência, um acontecimento tão preparado. Uma verdadeira notícia antes do fato. Depois de todo este trabalho, não tinha como dar errado.

Agora, se não se importar, tenho uma pequena sugestão. Você diz que sua manifestação é apartidária e contra a corrupção. Daí os pedidos de impeachment contra Dilma. Mas em uma manifestação com tanta gente contra a corrupção, fiquei procurando um cartazete sobre, por exemplo, a corrupção no metrô de São Paulo, com seus processos milionários correndo em tribunais europeus, ou uma mera citação aos partidos de oposição, todos eles envolvidos até a medula nos escândalos atuais, do mensalão à Petrobras, um "Fora, Alckmin", grande timoneiro de nosso "estresse hídrico", um "Fora, Eduardo Cunha" ou "Fora, Renan", pessoas da mais alta reputação. Nada.

Se você não colocar ao menos um cartaz, vai dar na cara de que seu "apartidarismo" é muito farsesco, que esta história de impeachment é o velho golpe de tirar o sujeito que está na frente para deixar os operadores que estão nos bastidores intactos fazendo os negócios de sempre. Impeachment é pouco, é cortina de fumaça para um país que precisa da refundação radical de sua República. Mas isto eu sei que você nunca quis. Vai que o povo resolve governar por conta própria.
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A Marcha dos Hipócritas

17 de Março de 2015, 0:42, por Desconhecido



Primeiro, vamos combinar uma coisa: se você votou em Aécio Neves, nas eleições passadas, você não está preocupado com corrupção.

Você nem liga para isso, admita.

Aécio usou dinheiro público para construir um aeroporto nas terras da família dele e deu a chave do lugar, um patrimônio estadual, para um tio.

Aécio garantiu o repasse de dinheiro público do estado de Minas Gerais, cerca de 1,2 milhão reais, a três rádios e um jornal ligados à família dele.

Isso é corrupção.

Então, você que votou em Aécio, pare com essa hipocrisia de que foi às ruas se manifestar porque não aguenta mais corrupção.

É mentira.

Você foi à rua porque, derrotado nas eleições passadas, viu, outra vez, naufragar o modelo de país que 12 anos de governos do PT viraram de cabeça para baixo.

Você foi para a rua porque, classe média remediada, precisa absorver com volúpia o discurso das classes dominantes e, assim, ser aceito por elas.

Você foi para a rua porque você odeia cotas raciais, e não apenas porque elas modificaram a estrutura de entrada no ensino superior ou no serviço público.

Você odeia as cotas raciais porque elas expõem o seu racismo, esse que você só esconde porque tem medo de ser execrado em público ou nas redes sociais. Ou preso.

Você foi para a rua porque, apesar de viver e comer bem, é um analfabeto político nutrido à base de uma ração de ódio, intolerância e veneno editorial administrada por grupos de comunicação que contam com você para se perpetuar como oligopólios.

Foram eles, esses meios de comunicação, emprenhados de dinheiro público desde sempre, que encheram a sua alma de veneno, que tocaram você como gado para a rua, com direito a banda de música e selfies com atores e atrizes de corpo sarado e cabecinha miúda.

Não tem nada a ver com corrupção. Admita. Você nunca deu a mínima para corrupção.

Você votou em Fernando Collor, no PFL, no DEM, no PP, em Maluf, em deputados fisiológicos, em senadores vis, em governadores idem.

Você votou no PSDB a vida toda, mesmo sabendo que Fernando Henrique comprou a reeleição para, então, vender o patrimônio do país a preço de banana.

Ainda assim, você foi para a rua bradar contra a corrupção.

E, para isso, você nem ligou de estar, ombro a ombro, com dementes que defendem o golpe militar, a homofobia, o racismo, a violência contra crianças e animais.

Você foi para a rua com fascistas, nazistas e sociopatas das mais diversas cepas.

Você se lambuzou com eles porque quis, porque não suporta mais as cotas, as bolsas, a mistura social, os pobres nos aeroportos, os negros nas faculdades, as mulheres de cabeça erguida, os gays como pais naturais.

Você odeia esse mundo laico, plural, multigênero, democraticamente caótico, onde a gente invisível passou a ser vista – e vista como gente.

Você foi não foi para a rua pedir nada.

Você só foi fingir que odeia a corrupção para esconder o óbvio.

De que você foi para a rua porque, no fundo, você só sabe odiar. 
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Direita mostra suas garras. E agora?

16 de Março de 2015, 10:22, por Desconhecido



A direita brasileira, expressão dos interesses dos ricaços, mostrou a sua força nas manifestações deste domingo (15). Os sites dos jornalões e as emissoras de rádio e tevê difundem que mais de um milhão de pessoas participaram dos atos realizados em várias capitais e centros urbanos. Nas fotos e vídeos, imagens assustadoras de suásticas nazistas e pedidos da volta dos militares ao poder e do 'Fora Dilma' - reeleita há menos de cinco meses num pleito democrático. Com as suas diferenças históricas, elas lembraram as fatídicas 'Marchas com Deus pela Família' que prepararam o clima para o golpe militar de 1964. Diante deste cenário, o que fazer? Como dar resposta a essa barulhenta ofensiva da direita?

A tendência natural neste momento é discutir os motivos do afluxo de pessoas neste domingo. Muitos tentam relativizar a força do protesto afirmando que os manifestantes pertencem às classes abastadas - à chamada elite branca - e às egoístas camadas médias da sociedade. Mesmo que fosse verdade, isto não reduz o impacto das marchas. Há também quem acrescente que as manifestações foram induzidas pela mídia hegemônica, que inclusive usou a manhã do domingo para "esquentar" as baterias para os protestos no período da tarde. Isto também não alivia em nada a análise sobre o quadro atual.

Afinal, os barões da mídia há muito apostam na desestabilização dos governos Lula/Dilma. Foi assim no midiático julgamento do "mensalão petista"; na tentativa de pegar carona nas jornadas de junho de 2013; e na Copa do Mundo, quando até a paixão pelo futebol sofreu abalos. É assim, diariamente, nas colunas dos "urubólogos", que espalham o pessimismo sobre a economia. Na campanha presidencial de outubro passado, o partidarismo da mídia ficou ainda mais patente - a capa criminosa da 'Veja' foi a expressão caricata desta agressividade. Mas não adianta reclamar do posicionamento dos barões da mídia. Eles nunca esconderam seus intentos golpistas. Pena que o governo dormiu com o inimigo - e inclusive ajudou a financiá-lo, alimentando cobras! 

Ainda na análise das causas dos protestos deste domingo muitos concentram suas críticas na própria presidenta Dilma. Afinal, ela iniciou seu segundo mandato tentando acalmar o "deus-mercado", com a indicação de ministros ligados ao capital financeiro e a edição de medidas de ajuste fiscal contrárias aos trabalhadores. Com isto, ela afastou os setores que garantiram a sua reeleição - e, de quebra, não acalmou o insaciável "deus-mercado". A presidenta também é criticada por ter abandonado a batalha da comunicação, ausentando-se num período de intensa conspiração golpistas. Estas e outras críticas têm certa procedência, mas também não servem para decifrar o atual contexto político. 

Três personagens políticos decisivos

Mais do que realizar análises e balanços, que exigem maior distanciamento histórico e detalhes sobre os bastidores (internos e externos) da conspiração golpista, o momento exige traçar uma estratégica para enfrentar a ofensiva da direita nativa - antes que seja tarde. Esta é a tarefa mais urgente e requer analisar os personagens em cena. Diante deste cenário, três atores surgem como decisivos para barrar o retrocesso: a esquerda política e social; o ex-presidente Lula; e, principalmente, o governo de Dilma. O futuro da democracia no Brasil está nas mãos destes personagens!

No caso das esquerdas políticas-sociais, compostas por partidos e movimentos populares, a confusão ainda é grande. Numa plenária nacional realizada no sábado passado (7), isto ficou evidente. Ela foi representativa, mas muito polarizada. Alguns setores fazem uma defesa cega, acrítica, do governo e pregam cerrar fileiras em sua defesa - inclusive de suas medidas impopulares. Outros subestimam a força da direita e insistem no discurso - muitas vezes partidista - da oposição frontal ao governo. Os dois extremos estão errados. Talvez o impacto das manifestações deste domingo ajudem a calibrar melhor suas opções. O mais urgente agora é defender a democracia, contra os intentos golpistas da direita, e exigir que o governo Dilma assuma suas bandeiras mudancistas da campanha presidencial.

Já no caso do ex-presidente Lula, ele segue como a maior liderança popular do país - conforme atesta recente pesquisa Datafolha. A direita teme que ele assuma a reação ao golpismo. Não é para menos que ele virou o alvo das mentiras e intrigas dos fascistóides de plantão. Num evento organizado pela CTB da Bahia nesta sexta-feira (13), uma proposta ousada ganhou simpatias. Da mesma forma como Lula liderou a 'Caravana da Cidadania', percorrendo estados e mobilizando milhares de pessoas, não seria o caso de organizar agora uma 'Caravana pela Democracia', alertando a sociedade para os riscos do retrocesso político no Brasil? A partir do Nordeste, base principal de apoio às mudanças em curso nos últimos 12 anos, ele poderia contagiar a militância progressista em todo o país.

Por último, com relação ao governo Dilma, o papel da presidenta é decisivo. Qualquer subestimação das forças golpistas ou visão tecnocrática podem ser fatais para o seu futuro. O momento exige deixar a "bolha" do Palácio do Planalto, percorrendo o país; maior disposição para travar a "batalha da comunicação", enfrentando as polêmicas e desmascarando os golpistas; e, principalmente, a urgente apresentação de uma agenda positiva, que corresponda aos anseios de mudanças expressos na disputa presidencial do ano passado. Num país de tradição presidencialista, o papel de Dilma Rousseff é o mais decisivo de todos. Não há tempo a perder. O momento exige pressa e ousadia!   
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As ruas

16 de Março de 2015, 9:07, por Desconhecido


"Não podemos nunca perder de vista que, em meio ao legítimo sentimento de indignação e revolta, existe um tipo de agressividade e de radicalização do ambiente político que interessa apenas àqueles a quem faltam argumentos, aos responsáveis pelo descalabro do país".

Por Aécio Neves, na Folha.

Existem momentos na vida de um país em que a alma da nação parece se inquietar e transbordar, criando identidades que nos ajudam a lembrar que somos não um conjunto de indivíduos mergulhados em problemas e desafios pessoais, mas um povo que tem muito em comum.

O dia de ontem foi um momento assim. Em que a individualidade cedeu lugar à coletividade. Um dia do qual devemos nos orgulhar.

Curiosamente, há exatos 30 anos, o Brasil vivia um outro momento de forte identidade coletiva. Em outro 15 de março deveria ter ocorrido a posse do primeiro presidente civil e de oposição depois de 20 anos de ditadura. O calvário pessoal de Tancredo, paradoxalmente, ajudou na constituição e fortalecimento de laços coletivos.

Naquela época, pouco antes da morte do presidente, circulava no país uma anedota que dizia que uma enfermeira se encontrava no quarto com Tancredo quando ele começou a ouvir o barulho da multidão que se aglomerava na porta do hospital, em orações e homenagens. Que barulho é esse? perguntou ele. É o povo, presidente, o povo está todo aí embaixo, respondeu ela. E o que o povo está fazendo aqui? Ele veio se despedir, presidente. Ué, e o povo tá indo pra onde minha filha?, perguntou o presidente.

A delicadeza dessa cena fictícia, mas que combina bem com o espírito de Tancredo, me vem à memória de tempos em tempos. Não podemos nunca perder de vista que, em meio ao legítimo sentimento de indignação e revolta, existe um tipo de agressividade e de radicalização do ambiente político que interessa apenas àqueles a quem faltam argumentos, aos responsáveis pelo descalabro do país.

A estratégia do PT tem sido clara. Para esconder a verdadeira dimensão da insatisfação popular, tentam transformar todos os críticos do governo em defensores de um golpe ou do impeachment da presidente. Querem convencer o Brasil de que as manifestações populares, espontâneas, nascidas no coração de milhões de brasileiros, são, na verdade, ações ardilosas preparadas por partidos políticos. Não são. Fazem isso para não enfrentarem a realidade de que o governo deve satisfação a milhões de brasileiros. Fazem isso para tentar interditar o debate sobre temas que não interessam ao partido.

As ruas estão ocupadas por diferentes reivindicações e pela indignação com a corrupção, mas também contra a hipocrisia do discurso de parte das lideranças do país, que, por conveniência, e contraditoriamente, hoje repudiam posições que ontem defendiam.

As manifestações desse domingo, que superaram todas as previsões, não dizem respeito ao passado nem ao resultado das eleições. Dizem respeito ao futuro. E, por isso, preocupam tanto o governo. 
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Diógenes Brandão