Não
precisa ser um cientista político e nem especialista em marketing
eleitoral para perceber que há 03 meses de uma difícil campanha
eleitoral, os principais partidos que se enfrentarão nas urnas
paraenses - PSDB e PMDB - terão que se mexer mais estratégica do
que fisicamente.
Do lado
tucano, as conversas para manter o alinhamento de prefeitos, parlamentares e
lideranças de partidos que fazem parte tanto da base do governo
Jatene (Estadual), quanto do governo Dilma (Federal) é o principal
desafio dos cardeais do PSDB.
Com ao
anúncio de que ex-prefeito Duciomar Costa pode ser o candidato do PTB, as coisas
pioram pro PSDB que precisa acumular o máximo de apoio de quem ainda
está como aliado, mas o peso das negociações gera desconforto no
já disputado ninho tucano. Não era à toa que Simão Jatene não
queria quebrar sua promessa de que nunca seria candidato à
reeleição.
Sabedor
das dificuldades que terá pela frente, pelos lados e internamente, o
governador foi praticamente obrigado a manter seu nome na disputa, mas
pode surpreender e fazer como fez na campanha de Almir Gabriel em
2006, frustrando os tucanos que lhe cercam com o seu conhecido corpo-mole, que fez com que Almir o apelidasse de preguiçoso.
Vários
motivos colaboram para esta afirmação, entre os quais, a de que o
governador está em tratamento de uma doença e tanto seus médicos,
quanto sua família lutam para que ele poupe-se de estresses, viagens
cansativas e do pesado ritmo que toda campanha eleitoral requer.
Do lado
do PMDB, mesmo com o aceno de sete partidos para o apoio a
Helder Barbalho, a maioria da base partidária do PT terá
dificuldade em defender a aliança eleitoral, aprovada no último
encontro no fim do mês passado. Não fizeram antes, não fazem agora
e com uma candidatura do PSOL colocando o PT, o PMDB e o PSDB no
mesmo saco, se não houver uma boa estratégia para o programa de
governo que envolva os milhares de petistas que não estão
tranquilos com a aliança, muitos não irão pro front como se
espera.
Além de
uma ação planejada que inicie o convencimento de importantes
dirigentes e militantes que fazem a diferença em qualquer eleição,
é possível vermos, principalmente na região metropolitana de
Belém, apenas o pessoal contratado para balançar bandeiras azuis
nas esquinas.
Com um
programa de governo ainda indefinido e sem data e nem equipe para
elaborá-lo, a candidatura de Helder Barbalho perde um tempo precioso
para penetrar ainda mais nas entranhas do eleitorado que não vota de
jeito nenhum em Jatene e/ou aquele que está insatisfeito com a falta
de resultados de mais um governo tucano no Estado do Pará.
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