As boas notícias nos jornais hoje
mostram que não adiante torcer contra, pois, pior, é ter que reconhecer que
errou ainda que seja envergonhadamente.
O emprego, em julho, superou as expectativas de expansão em 120 mil vagas e chegou à casa dos 140 mil. O governo ampliou o teto de endividamento dos estados, de 39 bi para 42 bi, com foco em saneamento, infra-estrutura, mobilidade urbana e habitação: ou seja, o que contempla o ítem central da autorização anterior, que é combate à pobreza e suas consequências.
A economia começou a dar sinais
claros de recuperação (os jornalões tratam sob o prisma de
"moderadamente". Tanto no varejo quanto na indústria.
Por fim, a Argentina assumiu a liderança do gasto público na América Latina, deixando Brasil em 2o e Venezuela em 3o. Os três gigantes sul-americanos, portanto, dão a tônica do modelo de desenvolvimento que dá certo: a mão visível do estado intervindo pesadamente na anarquia de mercado. Que essa tendência seja a base para a reformulação almejada e necessária do Mercosul após o ingressos dos bolivarianos.
Por fim, a Argentina assumiu a liderança do gasto público na América Latina, deixando Brasil em 2o e Venezuela em 3o. Os três gigantes sul-americanos, portanto, dão a tônica do modelo de desenvolvimento que dá certo: a mão visível do estado intervindo pesadamente na anarquia de mercado. Que essa tendência seja a base para a reformulação almejada e necessária do Mercosul após o ingressos dos bolivarianos.
Desafios a superar
Porém, as notícias de hoje revelam entraves a serem superados, dentro do processo de planejamento e financiamento do desenvolvimento. As queimadas na Mata Atlântica já começam a ter um peso forte na poluição dos Oceanos, apenas 20% da produção brasileira escoa por trilhos, quando nos EUA, Rússia e China, esse índice é, respectivamente, de 45% e 50%, e o plano de expansão para a marca de 30%, embora ousada, não abarca o transporte de passageiros, que seria uma das soluções para um transporte mais barato e menos poluente; Manaus, Recife e Cuiabá, sedes da Copa de 2014, ainda não são capazes de fornecer abastecimento de água por 24h para a população e essa provisão não consta em suas metas para a Copa. Enfim, há um Brasil ainda a ser construído e libertado, mas estamos indo bem.
Babaquice no 'The Economist'
A publicação inglesa diz hoje ('Economist' vê mudança de rumo de Dilma - O Globo) que "o governo anunciou um plano para privatizar a infraestrutura ao mesmo tempo em que resiste à pressão dos servidores públicos em greve. Para a revista, o anúncio de parceria com o setor privado representa uma guinada do governo em relação às bandeiras do PT."
Bobagem absoluta.
Os servidores tem reajustes reais
desde que o PT assumiu o governo e aumentos vertiginosos (porém justíssimos
dada a Era FHC de arrocho) durante os mandatos do presidente Lula. Nesta
negociação, o governo concedeu aumento real e considerável, porém a prioridade
é proteger o emprego e a política social que abarcam os mais vulneráveis.
Então, não tem nada a ver com redução do estado ou asneiras assemelhadas bem ao
gosto do 'The Economist', mas o contrário: uma profunda preocupação com o social
num tempo de grave crise mundial e partindo de uma excelente retaguarda
salarial dos servidores.
Por outro lado, embora a mídia
chame as concessões de privatização para tentar vender petista por tucano, foi
criada uma empresa com dois pecados originais: tem em sua sigla as
"malditas" palavras "estatal" e "planejamento".
Ela organizará a parceria com a iniciativa privada para melhorar a malha viária
do país. Inclusive, a EPL poderá prestar consultoria e se associar às concessionárias.
É estatismo na veia e tocando a iniciativa privada tal como os bons vaqueiros
da ilha do Marajó.
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo