Jader pede explicações sobre aplicação de recursos do Fundo Amazônia
11 de Agosto de 2013, 21:28 - sem comentários aindaFundo Amazônia: Criado há 5 anos e com R$ 1,29 bilhão em caixa, só conseguiu desembolsar 11% desse total. |
O senador Jader Barbalho (PMDB) protocolou ontem, na mesa diretora do
Senado, requerimento de informações dirigido ao ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em
que solicita uma série de esclarecimentos acerca da aplicação de
recursos do Fundo Amazônia. Feito com enquadramento constitucional, um poderoso instrumento de
ação legislativa, o pedido de Jader cobra explicações que deverão ser
dadas pela presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), gestor do fundo.
“Todo mundo quer ser polícia da Amazônia”, afirmou Jader, cobrando
ações efetivas e resultados concretos para o desenvolvimento da região.
Neste caso específico, o senador fez referência a notícia publicada em
recente edição do jornal O Estado de São Paulo. Segundo o jornal
paulista, o Fundo Amazônia, criado há cinco anos para financiar projetos
de preservação da floresta, já arrecadou R$ 1,29 bilhão, mas só
conseguiu desembolsar 11% desse total.
Por causa da demora, o Brasil agora tenta renegociar com países doadores – Noruega e Alemanha – a dilatação do prazo para aplicação dos recursos, inicialmente previsto para dezembro de 2015.
Por causa da demora, o Brasil agora tenta renegociar com países doadores – Noruega e Alemanha – a dilatação do prazo para aplicação dos recursos, inicialmente previsto para dezembro de 2015.
No requerimento encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento, o
senador Jader Barbalho mostrou especial preocupação com a falta de
estrutura adequada nos municípios do Pará, fator que torna muito
difícil, quando não impossível, o acesso desses municípios aos recursos
do fundo.
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Fórum de Democratização da Comunicação realiza reunião nesta segunda (12)
11 de Agosto de 2013, 21:10 - sem comentários ainda
O Fórum Estadual de Democratização da Comunicação –
Seção Pará, foi lançado no dia 23 de julho de 2013 e reuniu diversas entidades dos movimentos sociais em luta pela quebra do muro que separa a sociedade do uso dos meios de comunicação de massa e visa aprovar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, tal como foi feito para aprovação da Lei da Ficha Limpa.
Em reunião marcada para esta segunda-feira (12), na sede da CUT-PA, os integrantes do fórum debaterão a seguinte pauta:
1. Organização do FNDC-PA, com agenda, estruturação e definição de critério para participação de outras entidades;
2. Participação no AmazonWeb, no III Fórum Gestor da Internet no Brasil e em Seminário de Rádios Comunitárias;
3. Organização da ida do Comitê paraense à plenária nacional do FNDC, em Brasília dias 21 e 22.setembro;
4. Data do Planejamento do FNDC-PA.
+Informações pelo email: fndcpara@gmail.com ou pelos fones: (91) 8924.2979 - TIM (Diógenes Brandão), 9616-4992 - TIM (Carlos Pará) e 8279-4701 - TIM (Moisés Alves).
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Belém sediará o Seminário “Rádios Comunitárias para todos os povos”
11 de Agosto de 2013, 21:05 - sem comentários ainda
A Associação Mundial de Rádios Comunitárias – AMARC Brasil,
em parceria com a Universidade Federal do Pará – UFPA, realiza, no próximo dia
29 de agosto, o seminário “Rádios Comunitárias Para Todos os Povos”. O evento é
aberto ao público e acontece no Auditório Setorial Básico 2, da UFPA, das 9h às
18h. A programação detalhada será divulgada em breve. No seminário, poder
público e sociedade civil discutem as atuais políticas públicas em comunicação
para comunidades tradicionais, indígenas e rurais, com foco na radiodifusão
comunitária.
Num diagnóstico prévio realizado pela AMARC Brasil foram identificadas diversas inadequações e ausências legais no que se refere à garantia do direito humano à comunicação dessas comunidades. Um dos objetivos do evento é articular ações conjuntas de garantia ao pleno acesso à comunicação. Ministério das Comunicações, Ministério da Cultura, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, entre outras entidades da sociedade civil já confirmaram presença.
Num diagnóstico prévio realizado pela AMARC Brasil foram identificadas diversas inadequações e ausências legais no que se refere à garantia do direito humano à comunicação dessas comunidades. Um dos objetivos do evento é articular ações conjuntas de garantia ao pleno acesso à comunicação. Ministério das Comunicações, Ministério da Cultura, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, entre outras entidades da sociedade civil já confirmaram presença.
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PED: Chapa de militantes promete agitar os debates internos no PT
11 de Agosto de 2013, 17:18 - sem comentários ainda
Apesar de não estar consolidada com a militância petista, a aliança entre os dirigentes do PT e do PMDB não perde tempo e cumpre agendas pelo interior do Estado. A estratégia é combinar com outros russos e depois convencer a base de que a parceria entre os dois partidos é inexorável.
Um PED cheio de novidades.
A DS, tendência interna do PT, encabeçada pelo Deputado Federal Cláudio Puty, faz um movimento intenso pra melar os planos de Paulo Rocha e Beto Faro e fazer com que o PT lance candidatura própria para as eleições de 2014.
Com a chapa "Mensagem ao Partido", o ex-chefe da Casa Civil no governo Ana Júlia disputará a presidência do PT-PA no Processo de Eleição Direta (PED), quando os filiados terão a oportunidade de votar e escolher sua direção. É nessa lógica que Puty visa eleger um número de membros para o diretório Estadual que seja suficiente para inclinar o partido para seu intento.
A proposta de Puty utiliza o dispositivo legal previsto no Estatuto do PT que define o PED como o espaço de debate e decisão sobre a estratégia eleitoral e a aliança com os demais partidos, pode ou não ser aprovada no futuro diretório, que é a instância deliberativa sobre as principais decisões do PT, coisa que o jornal Diário do Pará talvez não saiba, afinal no PMDB, as coisas não são bem assim.
Previsto para o mês de novembro, o próximo PED trará uma novidade aos petistas paraenses, a qual tende influenciar os destinos do partido no Pará: Trata-se de uma chapa independente, formada por militantes históricos do partido, jovens, sindicalistas, ativistas das setoriais e lideranças de diversos movimentos sociais que iniciaram um debate pelas redes sociais criadas para esse fim, já que que a direção partidária já não os promove de forma presencial.
Debate esquenta nas redes sociais.
Segundo organizadores da nova chapa, o PT precisa passar por um processo radical de renovação e fazer com o partido que nasceu dos anseios populares, volte a dialogar com as vozes que vem da rua, dos movimentos sindical, popular e as novas formas de organização, como as vistas nas manifestações de Junho.
Sobre os motivos que levaram a criação da chapa que será inscrita amanhã para a disputa interna do PT-PA, um dos jovens que está na organização da chapa explicou: "Os PED’s anteriores foram marcados pela polarização entre as tendências e mandatos e a proposta do conglomerado de filiados que reunimos através de inúmeras reuniões em Belém, no interior do Estado e via a internet é fazer com que o PT-PA não cometa mais o erro de traçar seu destino de forma centralizada e com poucos, incluindo os que sempre foram levados à apoiar as decisões tomadas pelos dirigentes, sem que a imensa maioria não participem do debate de concepção da estratégia, levando o PT a ser um partido pragmático e sem projeto político construido pela coletividade e focado apenas na conquista eleitoral.
“Somos a favor de um programa transformador para o Pará e para derrotar o atual governo do PSDB, o PT precisa estar aliançado com o povo e não com o atraso”, disparou um dos líderes da chapa.
“A Chapa defende um PT independente, horizontal e autônomo, com transparência interna e avalia que a política de alianças e o financiamento de campanha precisam ser pontos de pauta que merecem ser debatidos com todos os militantes do partido e não apenas com os membros do diretório estadual, os deputados e lideranças das tendências", contribuiu um líder da Juventude do PT-Belém que disse em reservado ao blog que o que se esperar com a chapa é permitir que os novos dirigentes evitem os deslizes e desmandos cometidos nas eleições de 2010, que fizeram com que a governadora Ana Júlia não conseguisse se reeleger, assim como não permitir que se repita a humilhante votação do PT nas eleições de 2012, quando o então vereador, hoje deputado Estadual Alfredo Costa obteu apenas 3% dos votos em Belém.
Outro dirigente partidário que integra a chapa e que como os demais, prefere ainda não ser identificado, argumentou num grupo fechado do PT no Facebook: "Temos bons quadros nos movimentos sociais e populares, na academia, além de vereadores, prefeitos, intelectuais e ativistas sociais que finalmente serão ouvidos e farão parte das decisões tomadas pelo partido. Acreditamos que a polarização entre os atuais grupos que disputam a direção do partido não representa o universo e nem a maioria dos filiados. O PT não deve pensar e viver só por conta das estratégias eleitorais e por isso queremos fazer deste PED, um momento de ruptura com o modelo proposto por alguns dirigentes e debater muito além do processo eleitoral de 2014, levando em consideração o programa nacional do PT e assim derrotar o governo PSDB e os demais partidos fisiologistas, adversários do projeto de país que queremos e há 35 anos sonhamos" conclui um dos organizadores da chapa que possui representantes oriundos de diversas tendências internas, presentes em mais de 40 municípios que discordam do modus operandi das demais chapas organizadas e que amanhã serão inscritas para a disputa interna pela direção do partido.
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Não passou no Jornal Nacional e nunca vai passar
11 de Agosto de 2013, 13:46 - sem comentários ainda
Muitos jovens e adolescentes em processo de formação política ainda não se dão conta dos "mandos" da família Marinho no Brasil. É de suma importância que materiais como este sejam conhecidos do público.
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Tucanos começam a ser abandonados
11 de Agosto de 2013, 13:15 - sem comentários aindaA capa da Revista IstoÉ revela que o PIG rachou com o PSDB. |
A Folha de S. Paulo e o Estado de S.Paulo não
combinaram um desembarque em bloco do apoio ao governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, como aparentemente indicam as primeiras páginas dos
dois jornais na terça-feira (6/8). Mas ele parece não contar mais com
uma preferência política que lhe foi, até aqui, de grande utilidade. Há
nas capas das edições dos dois diários fotos destacadas de uma
paralisação gigantesca do metrô paulistano ao lado de manchetes sobre a
investigação de suposta corrupção na contratação de bens e serviços pelo
governo do estado, delatada pela Siemens.
Ambas as redações podem estar constatando que:
1. Ficou caro demais passar a mão na cabeça do
governante tucano, principalmente depois que ele se mostrou incapaz de
controlar a polícia no dia 13 de junho, quando ela deveria, segundo o
enredo previsto (ver “Gás de provocação”), ter baixado o sarrafo apenas em manifestantes, mas não poupou jornalistas;
2. O governo estadual não se preparou para o aumento
da demanda dos serviços sobre trilhos, seja devido a um planejamento
inepto, seja por acomodação a um ritmo de trabalho ditado por interesses
de empreiteiros de obras e fornecedores de material ferroviário, ou
pelas duas razões combinadas e mais algumas que caberá aos responsáveis
apresentar;
A matéria completa está no Observatório da Imprensa.
Pra entender melhor o caso, leia também:
Siemens sabia que teria contrato antes mesmo da licitação - No Estadão.
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Os black Blocs, o PSTU e a repressão do Estado
7 de Agosto de 2013, 7:01 - sem comentários aindaAtivistas “mascarados” ajudam a desmascarar polícia carioca e outros elementos nocivos à frágil democracia brasileira.
Ao ler a matéria intitulada "Uma polêmica com os “Black Blocs”, elaborada e publicada por militantes do PSTU, eu pensei, no primeiro momento, estar lendo mais um escrito produzido e publicado pela equipe de jornalismo da rede Globo, pois as informações, concepções e análises contidas na matéria em nada se distinguem das matérias produzidas pela equipe de jornalismo do "Profissão Repórter".
Diante da superficialidade, da falta de embasamento teórico e do caráter manipulador da matéria, resolvi contribuir com os limitantes (militantes) do PSTU e sugerir aos mesmos a leitura de "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo" _ de Vladimir Illitch Ulianov (Lênin) que trata da questão das estratégias e táticas na Ação revolucionária.
As manifestações de rua formam um contexto específico das lutas populares, nelas o direito da sociedade de se expressar é confrontado com o "dever do Estado em manter a ordem" institucional. A sociedade se manifesta por meio de passeatas, palavras de ordens, cartazes, ocupação de ruas e praças. O Estado, por sua vez, atua por meio das forças repressivas de segurança, visando garantir a ordem institucional que nada mais é que manter os interesses dos grupos detentores do poder econômico e político da sociedade.
No momento em que ocorrem as manifestações, tudo o que o Estado procura ideologicamente é esconder os conflitos entre as classes sociais, a existência de interesses conflitantes, a diversidade de opiniões e ideias. Porém, na medida em que o interesse das minorias mandatárias são afetados pelas ações das “maiorias silenciosas”, todos os antagonismos se revelam.
Os conflitos de rua são apenas a tradução imediata dos conflitos de classes que os aparatos ideológicos procuram esconder. Nas ruas, diante do fortalecimento das massas, o Estado abandona o discurso do direito de expressão, do "direito de se manifestar", e o substitui pelo discurso do dever do Estado em garantir o "direito de ir e vir", da "defesa do patrimônio “, do “direito à propriedade”, que é em verdade, o direito da minoria dominante em exercer sua dominação sobre o conjunto da sociedade.
Os leninistas que parecem não ter lido Lênin, e, que,
portanto, desconhecem o sentido objetivo de tática e estratégia disparam
contra o alvo errado e prestam serviço ao Estado e, consequentemente,
ao capital que detém o seu controle político e dos seus aparatos
repressivos. Ao focalizar suas críticas à ação dos Black Blocs , os
criticistas do PSTU esquecem que foi por meio da ação Black Blocs que
veio à tona a utilização de P2 pela polícia carioca durante as
manifestações no Rio de Janeiro.
A mídia que desde o início dos
protestos se refere aos manifestantes como “vândalos baderneiros”, que
chama os Black Blocs de “mascarados baderneiros” é a mesma que hoje
elogia o PSTU. Os Black Blocs, além de contribuírem para ajudar a
desmascarar a polícia, o Estado e a mídia, agora parece que estão
contribuindo para revelar mais uma dessas alianças esdrúxulas a que
estão dispostos os partidos brasileiros para se manterem em evidência.
Por Rômulo Martins.
Por Rômulo Martins.
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Os black Blocs, o PSTU e a repressão do Estado
7 de Agosto de 2013, 7:01 - sem comentários aindaAtivistas “mascarados” ajudam a desmascarar polícia carioca e outros elementos nocivos à frágil democracia brasileira.
Ao ler a matéria intitulada "Uma polêmica com os “Black Blocs”, elaborada e publicada por militantes do PSTU, eu pensei, no primeiro momento, estar lendo mais um escrito produzido e publicado pela equipe de jornalismo da rede Globo, pois as informações, concepções e análises contidas na matéria em nada se distinguem das matérias produzidas pela equipe de jornalismo do "Profissão Repórter".
Diante da superficialidade, da falta de embasamento teórico e do caráter manipulador da matéria, resolvi contribuir com os limitantes (militantes) do PSTU e sugerir aos mesmos a leitura de "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo" _ de Vladimir Illitch Ulianov (Lênin) que trata da questão das estratégias e táticas na Ação revolucionária.
As manifestações de rua formam um contexto específico das lutas populares, nelas o direito da sociedade de se expressar é confrontado com o "dever do Estado em manter a ordem" institucional. A sociedade se manifesta por meio de passeatas, palavras de ordens, cartazes, ocupação de ruas e praças. O Estado, por sua vez, atua por meio das forças repressivas de segurança, visando garantir a ordem institucional que nada mais é que manter os interesses dos grupos detentores do poder econômico e político da sociedade.
No momento em que ocorrem as manifestações, tudo o que o Estado procura ideologicamente é esconder os conflitos entre as classes sociais, a existência de interesses conflitantes, a diversidade de opiniões e ideias. Porém, na medida em que o interesse das minorias mandatárias são afetados pelas ações das “maiorias silenciosas”, todos os antagonismos se revelam.
Os conflitos de rua são apenas a tradução imediata dos conflitos de classes que os aparatos ideológicos procuram esconder. Nas ruas, diante do fortalecimento das massas, o Estado abandona o discurso do direito de expressão, do "direito de se manifestar", e o substitui pelo discurso do dever do Estado em garantir o "direito de ir e vir", da "defesa do patrimônio “, do “direito à propriedade”, que é em verdade, o direito da minoria dominante em exercer sua dominação sobre o conjunto da sociedade.
Os leninistas que parecem não ter lido Lênin, e, que,
portanto, desconhecem o sentido objetivo de tática e estratégia disparam
contra o alvo errado e prestam serviço ao Estado e, consequentemente,
ao capital que detém o seu controle político e dos seus aparatos
repressivos. Ao focalizar suas críticas à ação dos Black Blocs , os
criticistas do PSTU esquecem que foi por meio da ação Black Blocs que
veio à tona a utilização de P2 pela polícia carioca durante as
manifestações no Rio de Janeiro.
A mídia que desde o início dos
protestos se refere aos manifestantes como “vândalos baderneiros”, que
chama os Black Blocs de “mascarados baderneiros” é a mesma que hoje
elogia o PSTU. Os Black Blocs, além de contribuírem para ajudar a
desmascarar a polícia, o Estado e a mídia, agora parece que estão
contribuindo para revelar mais uma dessas alianças esdrúxulas a que
estão dispostos os partidos brasileiros para se manterem em evidência.
Por Rômulo Martins.
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Os black Bocs, o PSTU e a repressão do Estado
7 de Agosto de 2013, 7:01 - sem comentários aindaAtivistas “mascarados” ajudam a desmascarar polícia carioca e outros elementos nocivos à frágil democracia brasileira.
Ao ler a matéria intitulada "Uma polêmica com os “Black Blocs”, elaborada e publicada por militantes do PSTU, eu pensei, no primeiro momento, estar lendo mais um escrito produzido e publicado pela equipe de jornalismo da rede Globo, pois as informações, concepções e análises contidas na matéria em nada se distinguem das matérias produzidas pela equipe de jornalismo do "Profissão Repórter".
Diante da superficialidade, da falta de embasamento teórico e do caráter manipulador da matéria, resolvi contribuir com os limitantes (militantes) do PSTU e sugerir aos mesmos a leitura de "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo" _ de Vladimir Illitch Ulianov (Lênin) que trata da questão das estratégias e táticas na Ação revolucionária.
As manifestações de rua formam um contexto específico das lutas populares, nelas o direito da sociedade de se expressar é confrontado com o "dever do Estado em manter a ordem" institucional. A sociedade se manifesta por meio de passeatas, palavras de ordens, cartazes, ocupação de ruas e praças. O Estado, por sua vez, atua por meio das forças repressivas de segurança, visando garantir a ordem institucional que nada mais é que manter os interesses dos grupos detentores do poder econômico e político da sociedade.
No momento em que ocorrem as manifestações, tudo o que o Estado procura ideologicamente é esconder os conflitos entre as classes sociais, a existência de interesses conflitantes, a diversidade de opiniões e ideias. Porém, na medida em que o interesse das minorias mandatárias são afetados pelas ações das “maiorias silenciosas”, todos os antagonismos se revelam.
Os conflitos de rua são apenas a tradução imediata dos conflitos de classes que os aparatos ideológicos procuram esconder. Nas ruas, diante do fortalecimento das massas, o Estado abandona o discurso do direito de expressão, do "direito de se manifestar", e o substitui pelo discurso do dever do Estado em garantir o "direito de ir e vir", da "defesa do patrimônio “, do “direito à propriedade”, que é em verdade, o direito da minoria dominante em exercer sua dominação sobre o conjunto da sociedade.
Os leninistas que parecem não ter lido Lênin, e, que,
portanto, desconhecem o sentido objetivo de tática e estratégia disparam
contra o alvo errado e prestam serviço ao Estado e, consequentemente,
ao capital que detém o seu controle político e dos seus aparatos
repressivos. Ao focalizar suas críticas à ação dos Black Blocs , os
criticistas do PSTU esquecem que foi por meio da ação Black Blocs que
veio à tona a utilização de P2 pela polícia carioca durante as
manifestações no Rio de Janeiro.
A mídia que desde o início dos
protestos se refere aos manifestantes como “vândalos baderneiros”, que
chama os Black Blocs de “mascarados baderneiros” é a mesma que hoje
elogia o PSTU. Os Black Blocs, além de contribuírem para ajudar a
desmascarar a polícia, o Estado e a mídia, agora parece que estão
contribuindo para revelar mais uma dessas alianças esdrúxulas a que
estão dispostos os partidos brasileiros para se manterem em evidência.
Por Rômulo Martins.
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Manifestantes detidos em Belém foram indiciados
2 de Agosto de 2013, 15:49 - sem comentários aindaReceba atualização do Blog no seu email.