'Deputado da tatuagem' pede para mulher mostrar a bunda durante votação
2 de Agosto de 2017, 23:17Durante a votação do processo de Temer na Câmara, o deputado paraense foi pego no flagrante em uma conversa nada republicana, tal como afirmou o fotógrafo que registrou o diálogo pelo Whatsapp. |
Por Diógenes Brandão
Os cliques feitos pela lente teleobjetiva do fotógrafo Lula Marques revelaram ao Brasil um pouco mais da personalidade daquele que depois de receber mais de 4 milhões de reais em emendas parlamentares, agora vive atacando os deputados e partidos de oposição em defesa de Michel Temer, o qual tatuou o nome em seu ombro esquerdo e jura que pagou R$ 1.200, pela 'arte', que segundo especialistas é feita de Henna.
Internautas paraenses dizem que o deputado já passou dos limites e que as imagens dos diálogos chegam para envergonhar ainda mais o povo do Pará, com a performance do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), que já vem tendo destaque por seus termos vulgares, suas apresentações teatrais e sua enorme capacidade de promover garfes e achar que ganha notoriedade com ela.
"Dessa vez ele deixou-se revelar pela forma desrespeitosa, machista, preconceituosa e sexista com que fala e trata as mulheres", afirma uma jovem de 23 anos, em um grupo do Whatsapp onde as fotos foram publicadas.
Leia também Em mais um show de garfes e desiquilíbrio, Wlad diz que Temer tem 80% de aprovação no Pará
Em uma conversa no Whatsapp, Wlad pede para uma mulher mostrar se exibir, dizendo:
Mostra a bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá, põe aí garota.
As fotos foram publicadas no perfil pessoal do próprio fotógrafo Lula Marques, no Facebook e ganharam com milhares de compartilhamentos, tanto nas redes sociais, quanto em sites e blogs.
Percebe-se nas fotos, que Wladimir Costa dialogou com duas mulheres e uma delas, identificada no aparelho do deputado como M.Melo, manda um emojis seguido da frase: “sem graça”.
O deputado então rebate: “Fátima Bernardes, Sonia Abrão, Marília Gabriela, Mariza Godói são elogiadas, respeitadas e até desejadas pelas suas capacidades técnicas e não por um par de bunda, já bastante banalizada por todo o Tapajós do decano shortinho preto, que reveza com o vermelhinho, já bastante desbotado pelos anos”.
Talvez ofendida, M. Melo parece saber que o deputado participava de um momento importante para o país, pois estava acontecendo a votação sobre o relatório que pedia o arquivamento do pedido de autorização para as investigações do STF contra Michel Temer e diz como querendo encerrar a conversa: “Você poderia perder seu valioso tempo com coisas mais interessantes. rs #sóAcho”.
Wlad, o monogâmico
Em conversa com outra mulher, esta nomeada no celular do deputado como Aneissa Show, Wladimir recebe a mensagem: “Então vá lá tirar onda com outra. Não tenho estômago para isso. #Chato!”.
Wladimir dispara de volta: “Suas ausências e várias invenções pra me abandonar ai, hoje sei de tudo com provas, mas enfim, se estás mais feliz com eles siga em frente, prefiro ser ultra-seletivo e modelo como um ser monogâmico”.
No Pará, Wladimir Costa é um velho conhecido de polêmicas bem mais graves - uma rápida pesquisa no blog ou nos sites de busca ofereceram uma penca delas - e há um ano atrás teve seu mandato cassado pelo TRE, de onde recorreu ao TSE e hoje aguarda o julgamento, sem a necessidade de deixar o cargo, ou perder alguma regalia como parlamentar, sobretudo a imunidade, o que supostamente lhe garante falar e fazer tudo que temos visto.
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Imoral, machista e obceno: Wlad pede para mulher mostrar a bunda pelo celular
2 de Agosto de 2017, 23:17
Por Diógenes Brandão
Os cliques do fotógrafo Lula Marques revelam ao Brasil um pouco mais da personalidade daquele que vive atacando os deputados e partidos de oposição.
As imagens envergonham ainda mais o povo paraense, que cada dia que passa sente mais vergonha da performance do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), que vem sendo destacado negativamente pela imprensa nacional, por seus termos vulgares, suas apresentações teatrais e sua enorme capacidade de promover garfes e achar que ganha notoriedade com ela.
Ganhar até que ganha, mas a que preço?
Dessa vez ele deixou-se revelar pela forma desrespeitosa, machista e sexista com que fala e trata as mulheres. Em uma conversa no Whatsapp, Wlad pede para uma mulher mostrar se exibir, dizendo:
Mostra a bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá, põe aí garota.
A foto foi publicada na fanpage dos Jornalistas Livres.
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Em mais um show de garfes e desiquilíbrio, Wlad diz que Temer tem 80% de aprovação no Pará
2 de Agosto de 2017, 16:01Wladimir Costa (SD) foi escalado pelo governo para defender contra a abertura de investigação de Temer no STF. |
Por Diógenes Brandão
Com sua forma teatral e discurso inflamado, Wlad disse o IBOPE mente ao revelar pesquisa que mostrou que 85% do povo brasileiro quer que Temer seja investigado e afirmou que no Pará, o presidente tem 80% de aprovação popular, mas não diz em que pesquisa ele se baseou para tal afirmação.
Wlad também disse que o Datafolha é um bom jornal, mas que tem que fechar seu setor de pesquisas. Ora, o Datafolha é um instituto de pesquisa e nunca teve jornal, mas deve ter sido atacado, por também revelar a alta rejeição do presidente, que o deputado paraense depois de receber mais de 4 milhões de reais em emendas parlamentares, agora diz que é honesto, ético e honrando.
Como já fez outras vezes, Wlad acusou o PT de ser uma organização criminosa e não um partido, mas dessa vez foi repreendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e antes de terminar sua intervenção, teve o som do seu microfone cortado, por extrapolar o tempo concedido para a defesa do governo.
Diversos deputados se manifestaram logo em seguida, dizendo pra ele lavar a boca ao falar de outros partidos e foi cobrado a cumprir a promessa de mostrar a tatuagem que fez como nome de Temer. Wlad então largou o microfone e sumiu no meio dos deputados.
"É henna", disseram alguns deputados.
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Mudança de foco: No dia da tatuagem, Wlad foi acusado de ficar com salário de ‘fantasmas’
1 de Agosto de 2017, 1:37Admitindo que faz auê para tirar foco de Temer, Wlad reclama de Imprensa vendida, citando Globo e blogueiros. |
Por Diógenes Brandão
Em um grupo do Whatsapp, o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) postou prints de diversas manchetes recentemente publicadas pela grande imprensa com o seu nome, sobretudo em relação ao caso da tatuagem que ele fez com o nome de Temer. Como se fossem troféus, o deputado ironiza:
“Milhares de curtidas, centenas de compartilhamentos e uma imprensa vendida como a Globo e milhares de pseudos blogueiros movidos a esmolas perplexos com este auê que to fazendo só pra mudar o foco do Temer, tá sendo muito divertido”.
Embora diga que "está fazendo auê para mudar o foco do Temer", o que fica claro na estratégia de Wlad é mudar o foco dele próprio, já que a PRG fez uma grave denúncia contra ele, no dia em que apareceu com a tatuagem, que segundo a VEJA, ele nega que seja de Henna, mas o Estadão consultou um tatuador de 25 anos de profissão e que tem uma empresa com o mesmo nome da empresa onde Wlad disse que havia feito a tatuagem e que foi enfático:
“Eu conheço uma tatuagem de henna de longe. É só você ver pela foto. Tem uma mancha na letra "r", um borrão... Não tem como ser de verdade. Acho que vocês nunca mais vão ver o deputado sem camisa (...) Eu posso garantir que ele está mentindo. É henna”.
Contraditório, Wlad diz que fez a tatuagem na sexta (28), mas a tinta na camiseta que ele usava no sábado (29)
revela que ela tinha acabado de ser feita, mas ele continua sustentando que fala a verdade. Seria falta de higiene ou mentira?
Pelo jeito a única coisa que pode marcar o resto da vida do deputado, são as denúncias pelas quais ele responde diversos processos em Brasília e no TRE-PA, entre elas a denúncia, onde o procurador-geral e chefe do Ministério Público Federal foi taxativo que o deputado e seu irmão comandaram um esquema de desvio de recursos públicos federais.
“O Ministério Público Federal entende haver provas para que se afirme, com o necessário grau de segurança, que, entre os anos de 2003 e 2005, Wladimir Afonso Costa Rabelo, valendo-se do cargo de deputado federal, livre, consciente e voluntariamente, em comunhão de desígnios e propósitos com Wlaudecir Antonio da Costa Rabelo, orquestrou o desvio e a apropriação de verba pública federal”.
Leia a matéria de OGlobo, com o título: PGR acusa deputado que tatuou nome de Temer de ficar com salário de ‘fantasmas’
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado Wladimir Costa (SD-PA) seja condenado pelo crime de peculato por ter ficado com o dinheiro recebido como salário por servidores de seu gabinete que seriam “funcionários fantasmas”. Costa foi destaque no noticiário por ter feito uma tatuagem com o nome do presidente Michel Temer. Janot reiterou a acusação em documento protocolado na sexta-feira passada, dia 28. O processo está próximo do fim, cabendo agora a manifestação final da defesa. O deputado disse ao GLOBO que desafia qualquer procurador a provar que recebeu o dinheiro.
O processo tem como base uma denúncia feita por um ex-funcionário de Wladimir, que trabalhou como cinegrafista no programa de televisão do parlamentar e foi registrado como seu assessor na Câmara.
O Ministério Público afirma que o deputado e um irmão seu ficaram com o salário de três pessoas que recebiam como servidores do gabinete parlamentar sem trabalhar entre 2003 e 2005. No depoimento inicial, o funcionário que fez a denúncia dizia que sacava o salário e entregava o dinheiro para o irmão do parlamentar, recebendo de volta apenas R$ 500,00 que era seu salário como cinegrafista.
Por meio de perícia e de quebra de sigilo bancário verificou-se que os funcionários sacavam integralmente os salários recebidos da Câmara. Nas mesmas datas, há registros de depósitos em espécie feitos na conta de Wladimir no mesmo banco.
No transcorrer do processo, o funcionário que fez a denúncia retirou a acusação contra o parlamentar, dizendo que só sabia do envolvimento do irmão do deputado. Mesmo assim, o STF decidiu abrir a ação penal em 2009 contra o parlamentar. Posteriormente, o funcionário recuou até na acusação contra o irmão de Wladimir, dizendo que tinha feito tal acusação influenciado por um advogado que o defendia em processo trabalhista.
Para Janot, as diferentes versões apresentadas pelo funcionário após a acusação inicial não se sustentam devido à comprovação pela quebra do sigilo bancário e pela perícia realizada. O procurador-geral ressalta que a contratação em si sem que os serviços fossem prestados à Câmara já configurariam o crime de peculato. Ele sustenta que o deputado deve ser condenado, junto com o irmão.
“Portanto, o Ministério Público Federal entende haver provas para que se afirme, com o necessário grau de segurança, que, entre os anos de 2003 e 2005, Wladimir Afonso Costa Rabelo, valendo-se do cargo de deputado federal, livre, consciente e voluntariamente, em comunhão de desígnios e propósitos com Wlaudecir Antonio da Costa Rabelo, orquestrou o desvio e a apropriação de verba pública federal”, diz o procurador-geral.
Wladimir afirma que os depósitos citados no processo não foram feitos por pessoa física, o que desmontaria a versão de que recebeu os recursos pagos pela Câmara aos assessores. Diz ter a consciência tranquila e afirmou que renuncia ao mandato se alguém conseguir provar o recebimento. — Com o devido respeito à Procuradoria-Geral da República, eu desafio qualquer procurador da República a provar que houve depósitos escusos de origem criminosa nessa conta. Não precisa me processar, eu renuncio ao mandato se isso acontecer. Estou com minha consciência tranquila — disse ele ao GLOBO. Wladimir afirmou que os servidores prestaram serviços a ele na Câmara no período mencionado e que não houve qualquer ilegalidade na contratação.
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