Ir para o conteúdo

Diógenes Brandão

Voltar a Blog
Tela cheia

O casamento, as prisões e a volta do anzol

23 de Dezembro de 2016, 0:22 , por AS FALAS DA PÓLIS - | No one following this article yet.
Visualizado 21 vezes

Por Diógenes Brandão

Mesmo com o dedo coçando, o blogueiro que responde por este espaço não conseguiu atualizar o mesmo esta semana, pois precisou viajar e chegando à Belém concentrou suas atenções para o seu casamento com Marcilene Brandão, o qual ocorreu no Fórum Cível da Capital e depois foi comemorado com familiares e amigos em uma churrascaria, na inesquecível manhã desta última terça-feira (20).

Neste ínterim, o filho do governador do Pará acabou preso na Operação Timóteo, que investiga irregularidades  e um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM. O pai - ferido, segundo ele - gravou um vídeo no Facebook (abaixo), onde de forma indignada critica a operação da Polícia Federal que levou Beto Jatene, dono de uma rede de postos de gasolina, para uma confortável acomodação no quartel do Corpo de Bombeiros do Pará, onde ficou preso por algumas horas. Ninguém conseguiu explicar o motivo desta regalia, já que lugar de gente presa é na cadeia, seja ela da PF ou nos presídios e delegacias.



Além dos postos de gasolina, Beto Beto Jatene é assessor no Ministério Público de Contas, onde recebe como salário a bagatela de R$ 25 mil. Comenta-se nas redes sociais que o rapaz faz parte de uma rede de nepotismo cruzado que abarca familiares do governador, tais como: Izabela Jatene (filha do governador): secretária de Políticas Sociais do Estado. Salário: R$ 21 mil; Ricardo Souza (marido de Izabela): diretor do Tribunal de Contas dos Municípios. Salário: R$ 31 mil; Luciana Jatene (esposa de Beto): coordenadora de gabinete no Tribunal de Justiça do Estado. Salário: R$ 17 mil. 

Além de Beto Jatene, outro figurão da política local teve seu pedido de prisão pedido pela justiça e quase acaba preso na mesma operação da polícia federal: Darci Lermen, prefeito eleito de Parauapebas. Darci foi acusado de receber 50 mil reais dos royalties da mineração, na época que estava no PT e foi prefeito da cidade que governou por dois mandatos. Três ex-assessores que foram encontrados na cidade foram presos. Darci escapou da prisão por estar viajando no dia da operação da PF e conseguiu rapidamente um habeas corpus em Brasília.

Darci Lermen (PMDB) e Padre Nelson (PPS) saíram do PT acusando o partido de ter se corrompido.

O blog lembra que não faz muito tempo, que sob efeito da operação Lava Jato, tanto Darci, quanto o prefeito de Bragança, Padre Nelson saíram do PT acusando o partido de ter se corrompido. Detalhe: Hoje no PPS, Padre Nelson e assessores tiveram suas contas bloqueadas e foram afastados do cargo pela Justiça, acusados de desviar R$ 10 milhões.

Além disso, tal com já estava escrito nas estrelas, o governo estadual conseguiu aprovar o seu pacote de maldades contra os servidores públicos e a população paraense, onde consta 17 Projetos de Lei (PL) e um Decreto Legislativo apresentado às pressas, entre os dias 6 e 15 de dezembro, os deputados mal tiveram tempo para estudar e entender o que o poder executivo enviou para ser aprovado pelo poder legislativo, que no Pará é tratado como mero carimbador de papeis enviados pelo governo.

Com a pressão do SINDFISCO e de centrais sindicais com a CUT e CTB, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) disse que os deputados da oposição conseguiram a retirada de pauta do PL 286, que dispõe sobre o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) de 17% para 18% - o que incidiria diretamente em serviços como transporte público e no custo da cesta básica, por exemplo.
Receba atualização do Blog no seu email.

Fonte: http://diogenesbrandao.blogspot.com/2016/12/o-casamento-as-prisoes-e-volta-do-anzol.html

Diógenes Brandão