Ato reúne manifestantes em defesa dos povos do Xingu
27 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaMulheres, estudantes e trabalhadores uniram forças no ato de hoje |
Entidades da sociedade civil, movimentos sociais, servidores e servidoras em greve e o movimento estudantil juntaram forças hoje num ato público unificado realizado em Belém contra a política de desenvolvimento do governo federal e para pedir o fim da criminalização a ativistas e movimentos sociais que defendem o rio Xingu, contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre, o Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense, o Ocupa Belém, entre várias outras entidades, mobilizaram manifestantes para protestar contra a ameaça de prisão de 11 ativistas que participaram dos protestos realizados em Altamira durante a realização do Xingu +23, de 14 a 16 de junho.
Professores e servidores da Universidade Federal do Pará, Incra, Funasa e outros órgãos também protestaram e demonstraram solidariedade às lideranças criminalizadas em Altamira. A concentração para o ato começou às 9h da manhã, em frente à sede do Banco Central, em Belém. Depois, em passeata, os manifestantes seguiram pela Avenida Presidente Vargas, uma das mais movimentadas da capital paraense, até a Praça da República, em frente ao Teatro da Paz. A estimativa do movimento é que cerca de 200 pessoas participaram do ato.
Cibele Kuss fala em defesa dos povos do Xingu |
“Nós estamos aqui para pedir um basta a todo esse processo de
criminalização e de ameaças à livre manifestação de movimentos sociais e
todos aqueles que querem e tem o direito de fazer críticas às ações
desse governo, especialmente dos companheiros e companheiras
criminalizados por defender o Xingu”, disse a vice-presidente da SDDH,
Cibele Kuss.
Maurício Matos, integrante do Comitê Metropolitano do Xingu Vivo para Sempre disse que a unificação das lutas dos trabalhadores e dos ativistas que defendem o rio Xingu é justa: “os processos que ocorrem em Belo Monte são parte de uma suposta política de desenvolvimento do governo federal que não está dissociada da política para os trabalhadores”.
As mulheres também participam ativamente dessa luta em defesa dos trabalhadores e dos povos do Xingu. O Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense preparou uma carta aberta, na qual se posiciona contra a criminalização das 11 lideranças de Altamira. "São as mulheres as principais atingidas por essas políticas do governo federal. E são também mulheres que participam dessa luta em defesa de nossos rios e das nossas florestas", disse Nilde Sousa, do Fórum.
Processo – As 11 pessoas acusadas pela polícia de cometer crimes contra o patrimônio do Consórcio Norte Energia se apresentaram às oitivas convocadas pela Polícia Civil de Altamira. O último a depor, o jornalista Ruy Sposati, se apresentou na manhã desta quinta-feira e, como todos os outros, usou de seu direito de prestar declarações apenas em juízo.
Essa postura foi adotada por orientação da defesa dos acusados, realizada pelos advogados da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos. Os advogados dizem que o uso dessa prerrogativa se dá porque a polícia não forneceu todas as peças do processo, tolhendo o direito dessas pessoas à ampla defesa.
Também porque, em virtude de um termo de cooperação entre o governo estadual e o Consórcio Norte Energia, as polícias civil e militar de Altamira são, em grande parte, patrocinadas pelo próprio Consórcio, levantando questionamentos a respeito da legitimidade e imparcialidade das investigações.
Também hoje, várias organizações de defesa dos direitos humanos apresentaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito da criminalização dos ativistas e lideranças criminalizadas em Altamira. Leia mais sobre essa denúncia na reportagem da Repórter Brasil.
Maurício Matos, integrante do Comitê Metropolitano do Xingu Vivo para Sempre disse que a unificação das lutas dos trabalhadores e dos ativistas que defendem o rio Xingu é justa: “os processos que ocorrem em Belo Monte são parte de uma suposta política de desenvolvimento do governo federal que não está dissociada da política para os trabalhadores”.
As mulheres também participam ativamente dessa luta em defesa dos trabalhadores e dos povos do Xingu. O Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense preparou uma carta aberta, na qual se posiciona contra a criminalização das 11 lideranças de Altamira. "São as mulheres as principais atingidas por essas políticas do governo federal. E são também mulheres que participam dessa luta em defesa de nossos rios e das nossas florestas", disse Nilde Sousa, do Fórum.
Processo – As 11 pessoas acusadas pela polícia de cometer crimes contra o patrimônio do Consórcio Norte Energia se apresentaram às oitivas convocadas pela Polícia Civil de Altamira. O último a depor, o jornalista Ruy Sposati, se apresentou na manhã desta quinta-feira e, como todos os outros, usou de seu direito de prestar declarações apenas em juízo.
Essa postura foi adotada por orientação da defesa dos acusados, realizada pelos advogados da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos. Os advogados dizem que o uso dessa prerrogativa se dá porque a polícia não forneceu todas as peças do processo, tolhendo o direito dessas pessoas à ampla defesa.
Também porque, em virtude de um termo de cooperação entre o governo estadual e o Consórcio Norte Energia, as polícias civil e militar de Altamira são, em grande parte, patrocinadas pelo próprio Consórcio, levantando questionamentos a respeito da legitimidade e imparcialidade das investigações.
Também hoje, várias organizações de defesa dos direitos humanos apresentaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito da criminalização dos ativistas e lideranças criminalizadas em Altamira. Leia mais sobre essa denúncia na reportagem da Repórter Brasil.
#LeiCulturaViva: Vitória da cultura brasileira
27 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Por João Pedro Werneck no Outro Lado da Notícia.
Em dia histórico para os fazedores da Cultura no Brasil, a Comissão
de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o
parecer do relator Antônio Roberto (PV/MG) sobre o Projeto de Lei
757/2011, de autoria da Deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que cria a
Política Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, consolidando o
Cultura Viva e os Pontos de Cultura como política permanente de Estado.
“Os Pontos de Cultura são o legado mais importante das políticas
culturais do governo Lula, representam hoje mais de 3 mil iniciativas
culturais em todo o país e reúne cerca de 8 milhões de pessoas em suas
atividades, segundo o IPEA. Uma política que estimula a democratização e
o protagonismo cultural do povo brasileiro. A votação de hoje é o
primeiro passo e uma grande vitória, em especial pela intensa
participação dos movimentos sociais da cultura que se mobilizaram
intensamente através das redes sociais”, ressaltou a Deputada Jandira
Feghali.
Twitaço marca a participação do Movimento Social da Cultura
A mobilização e participação das redes e movimentos culturais tem
sido uma marca de todo o processo e tramitação da Lei Cultura Viva:
durante debate sobre políticas públicas para cultura na Arena
Socioambiental da Cúpula dos Povos / Rio+ 20 no ultimo dia 19, os
ativistas da cultura pressionaram pelo twitter para garantir que o
Projeto de Lei entrasse na pauta da Comissão de Educação e Cultura.
Instantes depois, a Deputada Jandira Feghali anunciava aos presentes que
o PL 757/2011 entraria na pauta da próxima sessão.
Deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) autora do PL 757/2011. |
E hoje, durante a votação, não foi diferente: durante toda a manhã
em mobilização organizada pela Comissão Nacional dos Pontos de Cultura,
Circuito Fora do Eixo, Ação Griô,Coletivos de Cultura Digital,
Midialivristas e Ponteiros de todo o País, a Hashtag #LeiCulturaViva foi
replicada milhares de vezes aos parlamentares da Comissão de Educação e
Cultura, e atingiu os Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter em vários estados do Brasil.
“Essa Ciranda é de todos nós”
Idealizador do programa Cultura Viva, o historiador e escritor Célio
Turino, Secretário da Cidadania Cultural do MinC entre 2004 e 2010,
comemorou a conquista:
“Como diz a canção de Lia de Itamaracá, ‘essa ciranda é de todos
nós’. É apenas um passo, mas um avanço muito importante para a Cultura
Brasileira. Não há projeto de desenvolvimento para o Brasil que não
tenha a cultura na centralidade das políticas públicas. Espero que esta
vitória de hoje sinalize para a atual gestão do MinC a necessidade de
cuidar melhor do Cultura Viva e dos Pontos de Cultura.
O Programa Cultura Viva hoje é considerado uma referência mundial de
política pública de cultura e vem inspirando iniciativas semelhantes em
outros Países da América Latina, como Argentina, Peru, Colômbia,
Nicarágua e Costa Rica. Em vários destes Países a votação do PL Cultura
Viva obteve também ampla repercussão.
Próximos Passos
Após a aprovação na Comissão de Educação e Cultura, o projeto de Lei
segue para tramitação na Comissão de Finanças e Tributação, e em seguida
na Comissão de Constituição e Justiça. Segundo Jandira, “vamos
trabalhar para que até o final do ano a matéria esteja pronta para
votação em plenário. O parlamento avança junto com a sociedade, e se o
poder de mobilização demonstrado hoje pelo movimento social da cultura
continuar a ser exercido daqui pra frente, certamente conseguiremos
aprovar esta lei e consolidar definitivamente o programa Cultura Viva
como política de Estado”.
Saiba Mais sobre a Lei Cultura Viva
A Lei Cultura Viva, como é conhecido o PL 757/2011, cria
mecanismos permanentes e duradouros para uma política cultural baseada
no reconhecimento e incentivo do estado ao conjunto das manifestações,
linguagens e formas de expressão cultural do povo brasileiro. Entre
outras medidas importantes, a lei vinculará o programa Cultura Viva de
forma permanente ao Fundo Nacional de Cultura, garantindo o
financiamento do programa em âmbito nacional através do Sistema Nacional
de Cultura, descentralizando o repasse de recursos nos estados e
municípios.
A Lei Cultura Viva permitirá avançar em temas sensíveis, como
regulamentação dos mecanismos de repasse dos recursos para atividades
culturais, procedimentos de avaliação, monitoramento e prestação de
contas dos projetos, desoneração fiscal e tributária para as entidades
culturais, entre outras medidas que a Lei Cultura Viva tem a oferecer
como avanço não só para os pontos de cultura, como também para um amplo
conjunto de iniciativas da sociedade civil.
Bole-bole com dinheiro público acaba em prisão.
27 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaHerivelto Martins (Vetinho) presidente da Escola de Samba Bole-bole. |
Leia os trechos da matéria do site do Ministério Público Federal que sacudiu a manhã desta quarta-feira e depois, clique no link para o blog da Professora Edilza Fontes (PcdoB) e tire suas conclusões:
"O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal o
reitor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Edson Ary Fontes, e outras
12 pessoas por fraudes e desvio de mais de R$ 5,4 milhão em recursos
federais destinados à educação. A pedido do MPF, o reitor e outros três
acusados foram presos preventivamente hoje pela Polícia Federal, para
não atrapalharem as investigações.
Além de Edson, estão presos Bruno Garcia Lima e Armando da Costa
Júnior. Alex Costa Oliveira chegou a ser considerado foragido mas acabou
se entregando. Eles também tiveram os bens bloqueados e houve busca e
apreensão nas residências e escritórios dos quatro. A denúncia contra
eles já foi recebida pela 4ª Vara da Justiça Federal em Belém, que
também expediu todos os mandados de prisão, bloqueio de bens, busca e
apreensão.
(..)O reitor do IFPA lidera o bando, distribui tarefas, fixa os valores que
serão desviados e divide o produto dos crimes entre seus comparsas.
Como líder do grupo, é a ele destinada a maior parte dos recursos
públicos desviados”, diz a denúncia. A investigação concluiu que o
reitor distribuía bolsas de estudo a seus parentes e aliados e chegou a
comprar passagens aéreas para sua irmã, Edilza de Oliveira Fontes.
(...)Em depoimento à CGU, a ex-mulher do diretor da Funcefet enumerou os bens
comprados pelos dirigentes do IFPA e pelo ex-marido com dinheiro
federal recebido pelo Instituto: carros, motos, sítios no interior do
Pará, apartamentos em Belém e em São Paulo. Ela acusa a quadrilha
inclusive de financiar a escola de samba Bole-Bole, do bairro do Guamá,
na capital paraense, o que ficou comprovado com documento bancário de
entrega de recursos do Instituto para a escola de samba. O MPF juntou ao
processo dois comprovantes de depósito para a escola de samba."
Mensalão e a confissão de Álvaro Dias
25 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
No Blog do Miro.
Álvaro Dias, o líder do PSDB no Senado, está excitado com o
julgamento do chamado “mensalão do PT”, previsto pelo Superior Tribunal
Federal
(STF) para ter início em 1º de agosto. Ele nem sequer esconde as razões
eleitoreiras da sua euforia. Em matéria publicada ontem pela Agência
Estado, o senador tucano prevê que o julgamento terá forte impacto no
pleito municipal de outubro.
“A influência não ocorrerá em municípios menores, onde se
discutem os programas locais. Mas essa é uma eleição nacionalizada pela sua
importância. Pela presença aqui [em São Paulo] do ex-presidente, que está no epicentro do mensalão,
não há como não verificar a hipótese de influência eleitoral”, afirmou o
senador durante a convenção que oficializou a candidatura de José Serra à prefeitura paulistana.
Fuzilamento por razões eleitoreiras
A confissão de Álvaro Dias confirma o que os menos ingênuos já sabiam. A oposição demotucana e a sua mídia forçaram o início do julgamento por razões puramente eleitoreiras. A forte pressão sobre o STF nunca visou um processo justo, técnico, com base nos autos da acusação. A razão sempre foi política, eleitoreira. Daí o empenho para garantir que o julgamento ocorresse na véspera das eleições municipais.
Os demotucanos contam com a inestimável ajuda da mídia para amplificar ao máximo as imagens do circo montado no STF. Capas e capas de jornais e revistas serão produzidas nos meses de agosto e setembro. Os “calunistas” amestrados da rádio e televisão não falarão em outra coisa. Será um autêntico fuzilamento – e não um julgamento – com interesses puramente eleitorais.
Bruna Lorrane: Desabafo de uma transexual tucana
25 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Conheci Bruna Lorrane nas fileiras da juventude petista e numa entrevista que nunca publiquei (desleixo de minha parte) reconheci nesta estudante de direito, uma enorme capacidade retórica e a defesa intransigente do respeito à diversidade sexual que ela tanto luta em conjunto com militantes das mais variadas colorações partidárias.
Hoje, Bruna filiou-se ao PSDB e recentemente postou em seu blog um desabafo contra um vereador de seu partido, o pastor Paulo Queiroz (PSDB), o qual fez um discurso na Camara Municipal de Belém contra o beijaço promovido na sessão especia de iniciativa da vereadora Milene Lauande (PT) na última sexta-feira (22), para debater a homofobia e que causou uma grande repercussão na casa.
O Paulinho beija de olhos abertos? Isso sim é motivo de indignação e polêmica! |
Leia o desabafo da militante LGTB:
Nesta direção teórica, faço valer minha voz
nesta nota de repúdio por acreditar que toda forma de autoritarismo,
dominação e violação de direitos humanos deve ser denunciada e repudiada
publicamente, tal como fez a grande parte dos militantes atuantes do
nosso MOVIMENTO LGBT DO PARÁ. Pauto minha análise e reflexão por ter
visto o discurso na Câmara Municipal, do VEARADOR PASTOR PAULO QUEIROZ, falando de Moralidade na “Sua casa” a Câmara Municipal!
Acredita-se que a Câmara Municipal seja o ambiente adequado para o debate das diversidades existentes. Assuntos que influenciam no cotidiano de todos cidadãos de Belém. Quando uma Instituição limita o diálogo pela arbitrariedade usando como palavra de ordem a “ética”, significa que está é solícita com tudo que lutamos contra o imoral.
Disse Paulo Queiroz não ser contra a qualquer manifestação de grupos sejam homossexuais ou não, assim como defende o direito de qualquer cidadão fazer o que bem entende porém, não pode aceitar que a ética, a moralidade e o respeito sejam esquecidos dentro de um Poder Legislativo.
MORALIDADE? RESPEITO?
Moralidade ou hipocresia Vereador? Porque não foi isso que o senhor falou no seu discurso na mesma Câmara Municipal quando ocorreu o seminário do PSDB, meses atrás, quando o DIVERSIDADE TUCANA cobrava ao Senhor e ao Vereador Nemias, uma postura Laica de direito, cobrando uma Belém de Direitos Iguais. Quer dizer que o seu discurso muda de acordo com o publico? Depende de quem esta escultando? E isso é moralidade e respeito?
Essa casa VEREADOR não é sua propriedade, essa casa é do povo! Povo que é formado por DIVERSIDADE. Um beijo lgbt, hetero, trans, é simplesmente um beijo, sinal de amor, de afeto, carinho. AMOR, este que JESUS defendeu em todo o Novo Testamento, AMOR AO PROXIMO.
Não faça mal uso da palavra DEMOCACIA, para aleijar meu povo, com mais preconceito!
Não faço parte desse “sub- partido” que tentas criar dentro do PSDB, antes mesmo de ser PSDB, SOU TRANSEXUAL . Cheia de orgulho e de amor, contribuindo para inserir no DNA do Partido da Social Democracia Brasileira a ideologia politica de igualdade para todos, a diversidade sexual como uma dinâmica social natural que necessita de politicas publicas direcionadas como todos os seguimentos, auxiliando nosso Governador e demais gestores públicos a promoção social para a comunidade LGBT.
Me orgulho de ser PSDB, sim mas o verdadeiro, como o
dirigido pelo presidente Fabricio Gama em Belém, do Governador Simão
Jatene, Governo PSDB, com a criação da Delegacia de Crimes
Discriminatório e agora a Divisão para crimes Homofóbicos, como em São
Paulo, o governo do PSDB criou o CADS – Coordenadoria de Assuntos da
Diversidade Sexual – Um exemplo de ação em prol dos LGBT. Conta ainda
com a figura de Geraldo Alckmin, que cada vez mais tem se mostrado
aliado da causa aparecendo em eventos como a última Parada Gay da cidade
e na II Conferência LGBT.
Já na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, os vereadores do partido votaram contra a lei de Carlos Bolsonaro que pretendia proibir materiais sobre diversidade sexual nas escolas públicas do município.
O beijo gay não é vergonha, vergonha
eu sinto do Senhor e de outros, como o Vereador do PSDB, Cristóvão
Gonçalves. Infelizmente a HOMOFOBIA, não é atributo só dos Senhores,
existe em todos os partidos políticos, assim como em todas as esferas da
sociedade.
Mas lutarei ate o fim, fim este que será estabelecido,
pelo meu Deus, Deus este, que é usado muitas vezes em oportunismo
religioso, mas que eu sei que me AMA e AMA a todos COM IGUALDADE.
JESUS O VERDADEIRO PASTOR, NUNCA SE CANDIDATOU A NEMHUM CARGO POLITICO, PELO CONTRARIO, DEU A CÉZAR O QUE ERA DE CÉZAR.
JESUS É MEU PASTOR, VEREADOR, E O MANDATO DELE, É ETERNO NO MEU CORAÇÃO!
Por Bruna Lorrane.
Militante do Gretta.
Presidente do Diversidade Tucana Municipal.
Por Bruna Lorrane.
Militante do Gretta.
Presidente do Diversidade Tucana Municipal.
Cuidado pra não pagar mico ao fazer a campanha eleitoral na internet
25 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Não será
esse o tão esperado ano da internet em campanhas políticas, novamente a
maior parte dos candidatos deixou para montar seus times digitais na última
hora e poucos contam com assessoria profissional.
Como de
costume no meio político, existe uma diferença muito grande no discurso
sobre a importância do uso da internet com os investimentos planejados para
a área digital.
Orçamentos pequenos diante do potencial
O
orçamento de uma campanha completa com foco na prefeitura de São Paulo varia
entre R$ 15 e R$ 30 milhões. Posso estar errado, mas a julgar pelo que já vivi
nesse meio, calculo que a maior campanha digital não tenha recursos na casa
de R$ 1 milhão.
Quando
levamos em consideração que São Paulo tem uma das maiores taxas de conectividade
do
Brasil, o dado fica ainda mais alarmante. Dos quase 12 milhões de
habitantes, pelo menos 6 milhões tem habito regular de uso de ferramentas
digitais. Imagine isso no resto do país.
A maior
parte dos investimentos ficará com a televisão e com a mobilização de rua, que
privilegiam a comunicação em massa, não segmentada.
Estratégias desconexas e contratações equivocadas
A falta
de entendimento dos políticos com o meio digital só não é maior do que a falta
de habilidade na hora de fazer as contratações das equipes, geralmente os nomes são
indicações dos marqueteiros tradicionais com intuito de ter controle sobre o
que acontece no digital.
Na última
campanha presidencial, o grupo de José Serra conseguiu um feito inédito
e até então impensado: contratar um guru indiano, com residência nos
Estados Unidos, para fazer campanha no Brasil.
O guro
ficou um mês aportado em terras brasileiras, e o pior, mesmo tendo apenas 60
conexões no LinkedIn e cerca de mil seguidores no Twitter (a maioria deles são
perfis que seguem seus seguidores de volta), conseguiu colocar um mínimo de
metodologia naquilo que encontrou.
O papel da Monsanto na morte dos camponeses e no golpe contra Lugo
24 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Por Idilio Méndez Grimaldi.
Na Carta Maior.
Na Carta Maior.
Quem está por trás desta trama tão sinistra? Os impulsionadores de
uma ideologia que promove o lucro máximo a qualquer preço e quanto mais,
melhor, agora e no futuro. No dia 15 de junho de 2012, um grupo de
policiais que ia cumprir uma ordem de despejo no departamento de
Canindeyú, na fronteira com o Brasil, foi emboscado por
franco-atiradores, misturados com camponeses que pediam terras para
sobreviver.
A ordem de despejo foi dada por um juiz e uma promotora para proteger
um latifundiário. Resultado da ação: 17 mortos, 6 policiais e 11
camponeses, além de dezenas de feridos graves. As consequências: o
governo frouxo e tímido de Fernando Lugo caiu com debilidade ascendente e
extrema, cada vez mais à direita, a ponto de ser levado a julgamento
político por um Congresso dominado pela direita.
Trata-se de um duro revés para a esquerda e para as organizações sociais e campesinas, acusadas pela oligarquia latifundiária de instigar os camponeses. Representa ainda um avanço do agronegócio extrativista nas mãos de multinacionais como a Monsanto, mediante a perseguição dos camponeses e a tomada de suas terras. Finalmente, implica a instalação de um cômodo palco para as oligarquias e os partidos de direita para seu retorno triunfal nas eleições de 2013 ao poder Executivo.
No dia 21 de outubro de 2011, o Ministério da Agricultura e Pecuária, dirigido pelo liberal Enzo Cardozo, liberou ilegalmente a semente de algodão transgênico Bollgard BT, da companhia norteamericana de biotecnologia Monsanto, para seu plantio comercial no Paraguai. Os protestos de organizações camponesas e ambientalistas foram imediatos. O gene deste algodão está misturado com o gene do Bacillus thurigensis, uma bactéria tóxica que mata algumas pragas do algodão, como as larvas do bicudo, um coleóptero que deposita seus ovos no botão da flor do algodão.
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal e de Sementes (Senave), instituição do Estado paraguaio dirigida por Miguel Lovera, não inscreveu essa semente nos registros de cultivares pela falta de parecer do Ministério da Saúde e da Secretaria do Ambiente, como exige a legislação.
Campanha midiática
Nos meses posteriores, a Monsanto, por meio da União de Grêmios de Produção (UGP), estreitamente ligada ao grupo Zuccolillo, que publica o jornal ABC Color, lançou uma campanha contra o Senave e seu presidente por não liberar o uso comercial em todo o país da semente de algodão transgênico da Monsanto. A contagem regressiva decisiva parece ter iniciado com uma nova denúncia por parte de uma pseudosindicalista do Senave, chamada Silvia Martínez, que, no dia 7 de junho, acusou Lovera de corrupção e nepotismo na instituição que dirige, nas páginas do ABC Color. Martínez é esposa de Roberto Cáceres, representante técnico de várias empresas agrícolas, entre elas a Agrosan, recentemente adquirida por 120 milhões de dólares pela Syngenta, outra transnacional, todas sócias da UGP.
Trata-se de um duro revés para a esquerda e para as organizações sociais e campesinas, acusadas pela oligarquia latifundiária de instigar os camponeses. Representa ainda um avanço do agronegócio extrativista nas mãos de multinacionais como a Monsanto, mediante a perseguição dos camponeses e a tomada de suas terras. Finalmente, implica a instalação de um cômodo palco para as oligarquias e os partidos de direita para seu retorno triunfal nas eleições de 2013 ao poder Executivo.
No dia 21 de outubro de 2011, o Ministério da Agricultura e Pecuária, dirigido pelo liberal Enzo Cardozo, liberou ilegalmente a semente de algodão transgênico Bollgard BT, da companhia norteamericana de biotecnologia Monsanto, para seu plantio comercial no Paraguai. Os protestos de organizações camponesas e ambientalistas foram imediatos. O gene deste algodão está misturado com o gene do Bacillus thurigensis, uma bactéria tóxica que mata algumas pragas do algodão, como as larvas do bicudo, um coleóptero que deposita seus ovos no botão da flor do algodão.
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal e de Sementes (Senave), instituição do Estado paraguaio dirigida por Miguel Lovera, não inscreveu essa semente nos registros de cultivares pela falta de parecer do Ministério da Saúde e da Secretaria do Ambiente, como exige a legislação.
Campanha midiática
Nos meses posteriores, a Monsanto, por meio da União de Grêmios de Produção (UGP), estreitamente ligada ao grupo Zuccolillo, que publica o jornal ABC Color, lançou uma campanha contra o Senave e seu presidente por não liberar o uso comercial em todo o país da semente de algodão transgênico da Monsanto. A contagem regressiva decisiva parece ter iniciado com uma nova denúncia por parte de uma pseudosindicalista do Senave, chamada Silvia Martínez, que, no dia 7 de junho, acusou Lovera de corrupção e nepotismo na instituição que dirige, nas páginas do ABC Color. Martínez é esposa de Roberto Cáceres, representante técnico de várias empresas agrícolas, entre elas a Agrosan, recentemente adquirida por 120 milhões de dólares pela Syngenta, outra transnacional, todas sócias da UGP.
No dia seguinte, 8 de junho, a UGP publicou no ABC uma nota em seis colunas: “Os 12 argumentos para destituir Lovera”. Estes supostos argumentos foram apresentados ao vice-presidente da República, correligionário do ministro da Agricultura, o liberal Federico Franco, que naquele momento era o presidente interino do Paraguai, em função de uma viagem de Lugo pela Ásia.
No dia 15, por ocasião de uma exposição anual organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o ministro Enzo Cardoso deixou escapar um comentário diante da imprensa que um suposto grupo de investidores da Índia, do setor de agroquímicos, cancelou um projeto de investimento no Paraguai por causa da suposta corrupção no Senave. Ele nunca esclareceu que grupo era esse. Aproximadamente na mesma hora daquele dia, ocorriam os trágicos eventos de Curuguaty.
No marco desta exposição preparada pelo citado Ministério, a Monsanto apresentou outra variedade de algodão, duplamente transgênica: BT e RR, ou Resistente ao Roundup, um herbicida fabricado e patenteado pela transnacional. A pretensão da Monsanto é a liberação desta semente transgênica no Paraguai, tal como ocorreu na Argentina e em outros países do mundo.
Antes desses fatos, o diário ABC Color denunciou sistematicamente, por supostos atos de corrupção, a ministra da Saúde, Esperanza Martínez, e o ministro do Ambiente, Oscar Rivas, dois funcionários do governo que não deram parecer favorável a Monsanto.
Em 2001, a Monsanto faturou 30 milhões de dólares, livre de impostos (porque não declara essa parte de sua renda), somente na cobrança de royalties pelo uso de sementes de soja transgênica no Paraguai. Toda a soja cultivada no país é transgênica, numa extensão de aproximadamente 3 milhões de hectares, com uma produção em torno de 7 milhões de toneladas em 2010.
Por outro lado, na Câmara de Deputados já se aprovou o projeto de Lei de Biossegurança, que cria um departamento de biossegurança dentro do Ministério da Agricultura, com amplos poderes para a aprovação para cultivo comercial de todas as sementes transgênicas, sejam de soja, de milho, de arroz, algodão e mesmo algumas hortaliças. O projeto prevê ainda a eliminação da Comissão de Biossegurança atual, que é um ente colegiado forma por funcionários técnicos do Estado paraguaio.
Enquanto transcorriam todos esses acontecimentos, a UGP preparava um ato de protesto nacional contra o governo de Fernando Lugo para o dia 25 de junho. Seria uma manifestação com máquinas agrícolas fechando estradas em distintos pontos do país. Uma das reivindicações do chamado “tratoraço” era a destituição de Miguel Lovera do Senave, assim como a liberalização de todas as sementes transgênicas para cultivo comercial.
As conexões
A UGP é dirigida por Héctor Cristaldo, apoiado por outros apóstolos como Ramón Sánchez – que tem negócios com o setor dos agroquímicos -, entre outros agentes das transnacionais do agronegócio. Cristaldo integra o staff de várias empresas do Grupo Zuccolillo, cujo principal acionista é Aldo Zuccolillo, diretor proprietário do diário ABC Color, desde sua função sob o regime de Stroessner, em 1967. Zuccolillo é dirigente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
O grupo Zuccolillo é sócio principal no Paraguai da Cargill, uma das maiores transnacionais do agronegócio no mundo. A sociedade entre os dois grupos construiu um dos portos graneleiros mais importantes do Paraguai, denominado Porto União, a 500 metros da área de captação de água da empresa de abastecimento do Estado paraguaio, no Rio Paraguai, sem nenhuma restrição.
As transnacionais do agronegócio no Paraguai praticamente não pagam impostos, mediante a férrea proteção que tem no Congresso, dominado pela direita. A carga tributária no Paraguai é apenas de 13% sobre o PIB. Cerca de 60% do imposto arrecadado pelo Estado paraguaio é via Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Os latifundiários não pagam impostos. O imposto imobiliário representa apenas 0,04% da carga tributária, cerca de 5 milhões de dólares, segundo estudo do Banco Mundial, embora a renda do agronegócio seja de aproximadamente 30% do PIB, o que representa cerca de 6 bilhões de dólares anuais.
O Paraguai é um dos países mais desiguais do mundo. Cerca de 85% das terras, aproximadamente 30 milhões de hectares, estão nas mãos de 2% de proprietários, que se dedicam à produção meramente para exportação ou, no pior dos casos, à especulação sobre a terra. A maioria desses oligarcas possui mansões em Punta del Este ou em Miami e mantém estreitas relações com transnacionais do setor financeiro, que guardam seus bens mal havidos nos paraísos fiscais ou tem investimentos facilitados no exterior. Todos eles, de uma ou outra maneira, estão ligados ao agronegócio e dominam o espectro político nacional, com amplas influências nos três poderes do Estado. Ali reina a UGP, apoiada pelas transnacionais do setor financeiro e do agronegócio.
Os fatos de Curugaty
Curuguaty é uma cidade na região oriental do Paraguai, a cerca de 200 quilômetros de Assunção, capital do país. A alguns quilômetros de Curuguaty encontra-se a fazenda Morombi, de propriedade do latifundiário Blas Riquelme, com mais de 70 mil hectares nesse lugar. Riquelme provém das entranhas da ditadura de Stroessner (1954-1989), sob cujo regime acumulou uma intensa fortuna. Depois, aliou-se ao general Andrés Rodríguez, que executou o golpe de Estado que derrubou o ditador Stroessner. Riquelme, que foi presidente do Partido Colorado por muitos anos e senador da República, dono de vários supermercados e estabelecimentos pecuários, apropriou-se mediante subterfúgios legais de aproximadamente 2 mil hectares que pertencem ao Estado paraguaio.
Esta parcela foi ocupada pelos camponeses sem terra que vinham solicitando ao governo de Fernando Lugo sua distribuição. Um juiz e uma promotora ordenaram o despejo dos camponeses, por meio do Grupo Especial de Operações (GEO), da Polícia Nacional, cujos membros de elite, em sua maioria, foram treinados na Colômbia, sob o governo de Uribe, para a luta contra as guerrilhas.
Só uma sabotagem interna dentro dos quadros de inteligência da polícia, com a cumplicidade da promotoria, explica a emboscada, na qual morreram seis policiais. Não se compreende como policiais altamente treinados, no marco do Plano Colômbia, puderam cair facilmente em uma suposta armadilha montada pelos camponeses, como quer fazer crer a imprensa dominada pela oligarquia. Seus camaradas reagiram e dispararam contra os camponeses, matando 11 e deixando uns 50 feridos. Entre os policiais mortos estava o chefe do GEO, comissário Erven Lovera, irmão do tenente coronel Alcides Lovera, chefe de segurança do presidente Lugo.
O plano consiste em criminalizar, levar até ao ódio extremo todas as organizações campesinas, para fazer os camponeses abandonarem o campo, deixando-o para uso exclusivo do agronegócio. É um processo doloroso, “descampesinização” do campo paraguaio, que atenta diretamente contra a soberania alimentar, a cultura alimentar do povo paraguaio, por serem os camponeses produtores e recriadores ancestrais de toda a cultura guarani.
Tanto o Ministério Público, como o Poder Judiciário e a Polícia Nacional, assim como diversos organismos do Estado paraguaio estão controlados mediante convênios de cooperação com a USAID, agência de cooperação dos Estados Unidos.
O assassinato do irmão do chefe de segurança do presidente da República obviamente foi uma mensagem direta a Fernando Lugo, cuja cabeça seria o próximo objetivo, provavelmente por meio de um julgamento político, mesmo que ele tenha levado seu governo mais para a direita, tratando de acalmar as oligarquias. O ocorrido em Curuguaty derrubou Carlos Filizzola do Ministério do Interior. Em seu lugar, foi nomeado Rubén Candia Amarilla, proveniente do opositor Partido Colorado, o qual Lugo derrotou nas urnas em 2008, após 60 anos de ditadura colorada, incluindo a tirania de Alfredo Stroessner.
Candia foi ministro da Justiça do governo colorado de Nicanor Duarte (2003-2008) e atuou como procurador geral do Estado por um período, até o ano passado, quando foi substituído por outro colorado, Javier Díaz Verón, por iniciativa do próprio Lugo. Candia é acusado de ter promovido a repressão contra dirigentes de organizações campesinas e de movimentos populares. Sua indicação como procurador geral do Estado em 2005 foi aprovada pelo então embaixador dos Estados Unidos, John F. Keen. Candia foi responsável por um maior controle do Ministério Público por parte da USAID e foi acusado por Lugo no início do governo de conspirar para tirá-lo do poder.
Após assumir como ministro político de Lugo, a primeira coisa que Candia fez foi anunciar o fim do protocolo de diálogo com os campesinos que ocupam propriedades. A mensagem foi clara: não haverá conversação, mas simplesmente a aplicação da lei, o que significa empregar a força policial repressiva sem contemplação. Dois dias depois de Candia assumir, os membros do UGP, encabeçados por Héctor Cristaldo, foram visitar o flamante ministro do Interior, a quem solicitaram garantias para a realização do tratoraço no dia 25. No entanto, Cristaldo disse que a medida de força poderia ser suspensa, em caso de sinais favoráveis para a UGP (leia-se: liberação das sementes transgênicas da Monsanto, destituição de Lovera e de outros ministros, entre outras vantagens para o grande capital e os oligarcas), levando o governo ainda mais para a direita.
Cristaldo é pré-candidato a deputado para as eleições de 2013 por um movimento interno do Partido Colorado, liderado por Horacio Cartes, um empresário investigado em passado recente nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro e narcotráfico, segundo o próprio ABC Color, que foi ecoado por várias mensagens do Departamento de Estado dos EUA, conforme divulgado por Wikileaks. Entre elas, uma se referia diretamente a Cartes, no dia 15 de novembro de 2011.
Julgamento político de Lugo
Enquanto escrevia esse artigo, a UGP (4), alguns integrantes do Partido Colorado e os próprios integrantes do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), dirigido pelo senador Blas Llano e aliado do governo até então, começaram a ameaçar com a abertura de um processo de impeachment de Fernando Lugo para destituí-lo do cargo de presidente da República. Lugo passou a depender do humor dos colorados para seguir como presidente do país, assim como do de seus aliados liberais, que passaram a ameaçá-lo com um julgamento político, seguramente buscando mais espaços de poder (dinheiro) como condição para a paz. O Partido Colorado, aliado a outros partidos minoritários de oposição tinha a maioria necessária para destituir o presidente de suas funções.
Talvez esperassem “os sinais favoráveis” de Lugo que a UGP – em nome da Monsanto, da pátria financeira e dos oligarcas – estava exigindo do governo. Caso contrário se passaria à fase seguinte, de interrupção deste governo que nasceu como progressista e lentamente foi terminando como conservador, controlado pelos poderes da oposição.
Entre outras coisas, Lugo é responsável pela aprovação da Lei Antiterrorista, patrocinada pelos EUA em todo o mundo depois do 11 de setembro. Em 2010, ele autorizou a implementação da Iniciativa Zona Norte, que consiste na instalação e deslocamento de tropas e civis norteamericanos no norte da região oriental – no nariz do Brasil – supostamente para desenvolver atividades a favor das comunidades campesinas.
A Frente Guazú, coalizão das esquerdas que apoia Lugo, não conseguiu unificar seu discurso e seus integrantes acabaram perdendo a perspectiva na análise do poder real, ficando presos nos jogos eleitorais imediatistas. Infiltrados pelo USAID, muitos integrantes da Frente Guazú, que participavam da administração do Estado, sucumbiram ao canto de sereia do consumismo galopante do neoliberalismo. Se corromperam até os ossos, convertendo-se em cópias vaidosas de novos ricos que integravam os recentes governos do direitista Partido Colorado.
Curuguaty também engloba uma mensagem para a região, especialmente para o Brasil, em cuja fronteira se produziram esses fatos sangrentos, claramente dirigidos pelos senhores da guerra, cujos teatros de operações estão montados no Iraque, Líbia, Afeganistão e, agora, Síria. O Brasil está construindo um processo de hegemonia mundial junto com a Rússia, Índia e China, denominado BRIC. No entanto, os EUA não recuam na tentativa de manter seu poder de influência na região. Já está em marcha o novo eixo comercial integrado por México, Panamá, Colômbia, Peru e Chile. É um muro de contenção aos desejos expansionistas do Brasil na direção do Pacífico.
Enquanto isso, Washington segue sua ofensiva diplomática em Brasília, tratando de convencer o governo de Dilma Rousseff a estreitar vínculos comerciais, tecnológicos e militares. Além disso, a IV Frota dos EUA, reativada há alguns anos após estar fora de serviço desde o fim da Segunda Guerra Mundial, vigia todo o Atlântico Sul, caracterizando um outro cerco ao Brasil, caso a persuasão diplomática não funcione.
E o Paraguai é um país em disputa entre ambos países hegemônicos, sendo ainda amplamente dominado pelos EUA. Por isso, os eventos de Curuguaty representam também um pequeno sinal para o Brasil, no sentido de que o Paraguai pode se converter em um obstáculo para o desenvolvimento do sudoeste do Brasil.
Mas, acima de tudo, os mortos de Curuguaty representam um sinal do grande capital, do extrativismo explorador que assola o planeta e aplasta a vida em todos os rincões da Terra em nome da civilização e do desenvolvimento. Felizmente, os povos do mundo também vêm dando respostas a estes sinais da morte, com sinais de resistência, de dignidade e de respeito a todas as formas de vida no planeta.
A história continua: Sem-terras são baleados no Pará
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Ao menos 16 manifestantes foram alvejados a balas, na manhã
desta quinta (21), por seguranças da fazenda Cedro, pertencente à
Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa que tem como acionista o
banqueiro Daniel Dantas, em Eldorado dos Carajás, Sudeste do Pará.
José Batista Afonso, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da
Terra em Marabá, afirma que os feridos estavam se reunindo na porteira
da fazenda para um ato contra a grilagem de terras, o trabalho escravo e
o uso excessivo de agrotóxicos, como parte das ações paralelas à
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20. Nesse momento, os seguranças atiraram contra eles. Segundo
Batista, 12 pessoas até o momento deram entrada no Hospital de Eldorado
dos Carajás, entre elas uma criança.
Procurada, a empresa afirmou que encaminharia uma nota com o seu posicionamento sobre o ocorrido.
A entrada da fazenda se localiza a cerca de 40 quilômetros da curva
do “S” da rodovia PA-150, local onde 19 trabalhadores rurais sem-terra
foram assassinados em 17 de abril de 1996. O Massacre de Eldorado dos
Carajás deixou mais de 60 feridos após uma ação violenta da Polícia
Militar para desbloquear a rodovia. Duas pessoas foram condenadas por
conta da operação: o coronel Mario Colares Pantoja (a 228 anos de
prisão) e o major José Maria Pereira Oliveira (a 154 anos), que estavam à
frente dos policiais. Apenas em 2012, a ordem de prisão para os dois
foi expedida após esgotarem-se todos os recursos.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra possui um acampamento
na beira da rodovia PA-150, onde 310 famílias ocupam, desde março de
2010, cerca de cinco hectares dos 7 mil da fazenda de gado, que
pertencia a Benedito Mutran Filho e foi vendida à Agropecuária Santa
Bárbara Xinguara.
De acordo com Charles Trocate, da coordenação nacional do MST, que se
encontra no local, está prevista uma audiência com a ouvidoria agrária
nacional nesta sexta, em Marabá. A polícia militar já está no local para
apurar o ocorrido. Segundo a liderança, um grupo de cerca de mil
manifestantes estava fazendo um protesto na sede da Alpa (Aços Laminados
do Pará), que tem a Vale como uma das acionistas. De lá, seguiram para a
frente da fazenda Cedro.
O deputado federal Claudio Puty (PT-PA) está indo para o Pará
acompanhar os desdobramentos do caso e a reunião com a ouvidoria
agrária. Ele afirmou que “esse é mais um capítulo de violência ligada à
propriedade do grupo pertencente à Daniel Dantas. Boa parte dessas
terras são, originalmente, de aforamento para extração de castanha que,
depois, foram apropriadas e revendidas para o grupo Santa Bárbara de
maneira absolutamente irregular”. De acordo com Puty, que também é
presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Trabalho Escravo,
as terras são objeto de ação da Procuradoria Geral do Estado visando ao
cancelamento do direito ao uso para fins diferentes do original.
Em nota divulgada à imprensa, o MST informa que chegou a ser proposto
um acordo judicial perante a Vara Agrária de Marabá, através do qual os
movimentos sociais desocupariam as fazendas Espírito Santo, Castanhais e
Porto Rico. Com isso, outras três (Cedro, Itacaiunas e Fortaleza)
seriam desapropriadas para o assentamento das famílias. “O Grupo Santa
Bárbara, que administra as fazendas do banqueiro [Daniel Dantas],
concordou com a proposta. Os trabalhadores desocuparam as três fazendas,
mas o Grupo Santa Bárbara tem se negado a assinar o acordo.” O MST
afirma que o Incra (governo federal) e o Iterpa (Instituto de Terras do
Estado do Pará), por falta de coragem política, não enfrentam o problema
e, por isso, terras públicas cobertas de florestas de castanheiras tem
se transformado em pastagem para criação extensiva do gado.
Impactos ambientais - Daniel Avelino, procurador da
República no Pará, lembra que os controladores da Santa Bárbara Xinguara
são réus em ações civis públicas movidas pelo Ministério Público
Federal, em 2009, por conta da situação ambiental nas fazendas de gado
do grupo. Os problemas na Cedro incluíam “fazer funcionar empreendimento
agropecuário sem licença outorgada pelo órgão ambiental competente” e
“impedir a regeneração natural de vegetação nativa em área especialmente
protegida (Bioma Amazônia)”. De acordo com a ação do MPF, 92,22% da
Cedro não possuía cobertura vegetal, sendo que apenas de reserva legal, o
empregador teria que garantir 80% estando na Amazônia.
Com base em um levantamento feito em parceria com o Incra, o
Ministério Público Federal do Pará iniciou duas dezenas de processos
judiciais contra frigoríficos e fazendas (entre elas a Cedro), pedindo o
pagamento de R$ 2,1 bilhões em indenizações pelos danos ambientais no
final de maio de 2009. Dezenas de empresas que compraram subprodutos
desses frigoríficos receberam notificações em que foram informadas que
haviam adquirido insumos obtidos através do desmatamento ilegal da
Amazônia e do trabalho escravo. A partir da notificação, deveriam parar
de comprar desses fazendeiros e frigoríficos ou passariam à condição de
co-responsáveis pelos danos ambientais.
Redes de supermercados acataram as recomendações, pressionando os
frigoríficos. As grandes indústrias processadoras de carne e o governo
do Pará começaram a assinar termos de ajustamento de conduta com o MPF.
Com o tempo, municípios paraenses e frigoríficos menores foram
envolvidos no processo. Os acordos do Pará foram os primeiros e
contribuíram com a diminuição no índice de desmatamento no Estado. Eles
acabaram sendo repetidos em outros Estados a ponto de ser necessária a
criação de um acordo regional. Há dois meses, o Ministério Público
Federal propôs a representantes de frigoríficos e exportadores de carne
bovina um acordo unificado para regularização ambiental e social da
cadeia produtiva em toda a região amazônica, uniformizando as obrigações
e incentivos dados aos produtores rurais.
Outra fazendas, mesmos envolvidos - Trabalhadores
rurais ligados ao MST chegaram a ocupar a fazenda Espírito Santo, também
localizada no Sul do Pará, controlada pela Agropecuária Santa Bárbara.
Integrada por terras públicas, elas estavam cedidas pelo Estado para
Benedito Mutran Filho para colonização e extrativismo e não poderiam ter
sido vendidas a Dantas sem autorização do governo.A fazenda tem uma
história manchada de sangue. Em setembro de 1989, aos 17 anos, o
trabalhador rural José Pereira Ferreira foi atingido por uma bala no
rosto por funcionários da fazenda quando tentava escapar do trabalho
escravo. O caso, que não recebeu uma resposta das autoridades
brasileiras, foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da
Organização dos Estados Americanos (OEA). Para não ser condenado por
omissão, o governo brasileiro teve que fazer um acordo em que se
comprometia a adotar uma série de medidas para combater o trabalho
escravo e a indenizar José Pereira pela omissão do Estado. Em novembro
de 2003, o Congresso Nacional aprovou um pagamento de R$ 52 mil.
A petição número 11.289 da OEA, relativa à solução amistosa do “Caso
Zé Pereira”, afirma que “o Estado brasileiro assume o compromisso de
continuar com os esforços para o cumprimento dos mandados judiciais de
prisão contra os acusados pelos crimes cometidos contra José Pereira”. O
caso ainda está aberto, aguardando julgamento de acusados, sendo que o
gerente da fazenda, Artur Benedito Cortes Machado, teve extinta a
punibilidade retroativa em 06 de outubro de 1998 devido à prescrição do
crime. Tanto no processo da OEA quanto no que correu na Justiça
brasileira, Benedito Mutran Filho não aparece entre os réus. O
proprietário da fazenda foi arrolado como testemunha pela acusação e
afirmou que raramente ia à fazenda Espírito Santo e que demitiu os
funcionários envolvidos assim que soube do acontecido.
Alfredo Costa, o único pré-candidato escolhido democraticamente
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO PT-Belém inaugurou o processo de prévias para a escolha do candidato que disputará a prefeitura de Belém.
O que isso significa para a sociedade?
Que o Partido dos Trabalhadores exerce democracia em todas as instâncias e instituições que se relaciona, seja internamente ou nas administrações públicas e sindicais. Alfredo Costa entra em campo de forma diferenciada e busca agora a principal aliança política para Belém: O povo!
O que ele disse
19 de Junho de 2012, 21:00 - Um comentário
"O Serra agradece a tendência autofágica da esquerda, que se esquece dele e decarrega toda sua bronca pra cima do Lula."
Emir Sader.
Luiza Erundina: tudo por uma foto
19 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Por Luis Nassif.
Tenho um carinho histórico por Luiza Erundina.
Quando foi alvo de uma tentativa de golpe por parte do Tribunal de
Contas do Município (TCM) devo ter sido o único jornalista a sair em sua
defesa. Tinha o programa Dinheiro Vivo, na TV Gazeta, de público
majoritariamente empresarial. Externei minha indignação que teve ter
tido algum peso na decisão do presidente da FIESP (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo) Mário Amato, de visitá-la com uma
comitiva de empresários, hipotecando-lhe solidariedade.
Defendia-a também quando operadores do PT criaram o caso Lubeca. E,
recentemente, o Blog conduziu uma campanha de arrecadação de fundos,
para ajudar Erundina a pagar uma condenação injusta dos tempos em que
foi prefeita.
Sempre admirei sua luta pelos movimentos sociais, das quais sou periodicamente informado por irmãs lutadoras.
Por tudo isso, digo sem pestanejar: ao pedir demissão da candidatura
de vice-prefeita de Fernando Haddad, Erundina errou, pensou só em si,
não nas suas bandeiras políticas nem nos seus movimentos sociais. Foi
terrivelmente individualista.
À luz das entrevistas que concedeu ontem, constata-se que os motivos
foram fúteis. Estava informada da aliança do PT com Paulo Maluf;
chocou-se com a foto de Lula e Haddad com ele. Foi a foto, não a
aliança, que a chocou.
A foto tem uma simbologia negativa, de fato. Aqui mesmo critiquei o
lance. Mas apenas simbologia. Não se tenha dúvida de que, eleito Haddad,
Erundina seria a vice-prefeita plena para a periferia, seria os
movimentos sociais assumindo uma função relevante na administração
municipal.
No entanto, Erundina abdicou dessa missão, abriu mão de suas
responsabilidades em relação aos movimentos sociais, devido ao
simbolismo de uma foto. Ela sabia que, eleito Haddad, seria mínima a
participação do malufismo na gestão da prefeitura; seria máxima a
intervenção de Erundina nas políticas sociais.
Poderia ter dado uma entrevista distinguindo essas posições,
externando sua repulsa do malufismo, mas ressaltando a diferença de
poder entre ambos.
Mas Erundina se sentiu preterida, não por Haddad, mas por Lula, que deixou-se fotografar com Maluf e não com Erundina.
Seu gesto foi para punir Lula, pouco importando o quanto prejudicaria
seus próprios seguidores, os movimentos sociais. Ela abriu mão de um
cargo que não era seu, mas de seus representados, para punir Lula.
E quem ela procura para a retaliação? Justamente os órgãos de
imprensa que mais criminalizam os movimentos sociais, que tratam questão
social como caso de polícia. Coloca a bala no revólver e o entrega à
revista Veja. A quem ela fortaleceu? Ao herdeiro direto do malufismo na
repulsa aos movimentos sociais: Serra.
Saiu bem na foto da mídia, melhor do que Lula com Maluf, mas a um
preço muito superior. E quem vai pagar a conta são os movimentos
sociais, pelo fato de sua líder ter abdicado de um cargo que a eles
pertencia.
SINTEPP: Eleição será estratégica para futuras eleições
19 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
O
Diário do Pará sacou o poder e a interferência que um sindicato com o porte e
intervenção do SINTEPP tem no cenário político, mas infelizmente, muitos ainda
não perceberam isso, e quase nada, fizeram para ajudar a campanha da chapa 04,
ligada à CUT-PA, que recentemente passou por uma eleição interna, elegendo uma
nova direção e planeja reverter o atual quadro político, já que vem perdendo
base sindical para outras centrais.
Informes do 1º dia das eleições, dizem que ouve uma baixíssima presença de eleitores, reflexo da baixa credibilidade que o Sindicato dos Educadores Paraenses goza, depois de tanta contradição, frente à forma de como se comporta como sindicato perante os governos.
Explico: O Governo Jatene humilhou a categoria durante a última greve e hoje tem a tranquilidade de saber que o grupo que o dirige
por décadas, aceitou de forma ridícula a imposição tucana de não pagar o piso unificado e assistiu pacíficamente a junção de diversas bonificações, tudo com o intuíto de enganar a categoria e a opinião pública, encerrando uma greve legítima, com a anuência da política do corpo mole que o PSOL definiu para este governo.
Para quem viu a oposição sistemática e contundente do SINTEPP durante o governo petista, estranhou a forma quase que harmônica com que dirigentes do sindicato negociaram durante o 1º ano de governo tucano. O resultado?
Uma SEDUC cheia de material de propaganda de apenas uma chapa: A Chapa 01, a chapa da direção que há 30 controla o sindicato e faz dele a correia de transmissão dos interesses do partido que disputa preferencialmente a base política do PT e do PCdoB, ambos com chapas de abrangência minoritária, que estão suando a camisa para enfrentar o uso da máquina institucional nestas eleições.
Pra quem quer conhecer a chapa o4 é só acessar o blog http://sinteppchapa04.blogspot.com.br/ e se quiser conhecer as demais acesse o Grupo de Debates sobre as Eleições do SINTEPP no Facebook.
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