Por Alcyr Guimarães*
Com a mais feliz certeza da senhora nem imaginar que existo, ainda sim me sinto fortalecido pela dor e difamação cultural que a Venus Platinada tenta impor a mim e aos meus.
No fundo desquerida emissora, saiba que somos as verdades de
nossas danças, lendas e artes e serás a mentira de trágicos intelectualóides
Boninhos e Faustões, que te transformaram na maior das inverdades brasileira,
mostrando um mundo que não existe, onde o silicone, o botox, a bunda farta e a
riqueza das belíssimas domésticas são su-reais, falsas e intensamente
programáveis em tua tela, como a zombar do singelo e do digno.
Olhe! Oh, Dama de alma pequena.
Olhe! Oh, Dama de alma pequena.
Não idiotize um povo mormentemente quando ele for generoso e
de cultura forte e rica. Não invente uma novela sem nenhum charme que assaca e
difama nossa mulher e, portanto, nossa gente.
Rico de nós que temos Waldemar Henrique e pobre de quem como
tu só tem os tão pequenos Luans Santanas. Eu continuarei a ler Ruy Barata enquanto
mostrarás as páginas parcas de criatividade da famigerada Izabel de Oliveira.
Eu sempre dançarei o Siriá e o Carimbó e você insistirá com
o desrespeitoso e quase pornô Big Brother Brasil. Sou uma gente que possui os
anjos do Círio de Nazaré e serás responsável pelas futuras "Plocks"
espelhadas na tua malhação onde proteges quem banaliza o corpo e as
intimidades.
Me respeite desalmada Rede Globo, até porque sou paraense e carrego sim meu lado brega como um jeito feliz, mas nunca este que insistes em danificar difamando um povo!
Me respeite desalmada Rede Globo, até porque sou paraense e carrego sim meu lado brega como um jeito feliz, mas nunca este que insistes em danificar difamando um povo!
Que pena de teres apenas Xuxas, Chayenes, Angélicas e
vaidosos Jôs Soares! Te rogo que nos
deixe com os sorrisos plenos das nossas caboclas morenas e afaste teus cálices
de mim. No finalmente de ti nenhuma raiva!
É sim, uma intensa alegria de me
saber num país que se chama Pará e você se suicida ou se autodestrói numa
mentira maior chamada Projac, tão alucinante como a Cocaína que és ou uma
perversidade que fabricas, mesmo que ela seja a partir na falta do total
respeito com um povo e uma cultura sólida e muitamente nossa.
De ti, Dona Globo,
apenas duas coisas: distância e distância.
*Alcyr Guimarães é poeta e músico paraense.
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