Nas eleições de 2014 a presidenta Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita, recebeu doações devidamente declaradas das construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, no valor total de R$ 64.636.179,25.
Aécio Neves (PSDB), o candidato derrotado, recebeu doações das construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão no valor total de R$ 34.170.000.
Sou contrário às doações privadas empresariais nas eleições, mas elas eram possíveis em 2014, pois o STF ainda não havia proibido essa prática.
Essas construtoras praticavam corrupção nos governos municipais, estaduais e federal desde que foi inventado o concreto e o cimento. A prática era e é simples: como existem poucas grandes construtoras, elas faziam acordos para que cada uma vencesse um lote de licitações municipais, estaduais e federais, para que nenhuma ficasse de fora.
Elas apresentam orçamentos superfaturados na fase interna das licitações, o que aumenta o valor estimado da licitação, e depois a construtora escolhida entre elas vence a licitação com um valor também superfaturado. Prática difícil de ser fiscalizada pelo Poder Público, pois elas mesmas é que fazem os orçamentos. Não é a mesma coisa do que verificar o preço de um bem no supermercado.
É claro que elas corrompem servidores públicos e agentes políticos para facilitar sua prática. O dinheiro que arrecadavam ilicitamente elas “investiam” de forma lícita em candidatos que venceriam e perderiam as eleições, via caixa 1, doações devidamente declaradas na Justiça Eleitoral.
Por que o dinheiro doado para Dilma e para os partidos da sua coligação é tratado como “propina” pelos meios de comunicação, polícia, Ministério Público e Poder Judiciário?
O dinheiro doado ao Aécio e ao PSDB é “limpinho”?
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