Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

Tela cheia
 Feed RSS

Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Veja a decisão do TCE-PR que manda Curitiba diminuir tarifa técnica do transporte coletivo

31 de Janeiro de 2014, 12:17, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Captura de Tela 2014-01-31 às 12.22.56

Decisão cautelar do Conselheiro Nestor Baptista do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, que determina a prefeitura de Curitiba e a Urbs diminuírem a tarifa técnica do transporte coletivo da cidade. Clique aqui

 


Arquivado em:Direito Tagged: Curitiba, Nestor Baptista, transporte coletivo, Tribunal de Contas, Urbs

Lula, de barba, fala sobre a internet

30 de Janeiro de 2014, 20:15, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Arquivado em:Política

Liminar do TCE manda reduzir tarifa de ônibus de Curitiba em 43 centavos

30 de Janeiro de 2014, 16:15, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 

A auditoria teve seus trabalhos iniciados em setem ...

Do TCE/PR
Em decisão liminar, emitida pelo conselheiro Nestor Baptista na tarde desta quinta-feira (30), o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) determinou à Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) e à Companhia de Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) que seja aplicada uma redução de R$ 0,43 na tarifa técnica do transporte coletivo, a ser reajustada no próximo mês de fevereiro. O conselheiro é relator do processo de auditoria do transporte coletivo de Curitiba.

A auditoria teve seus trabalhos iniciados em setembro de 2013 e apontou diversas irregularidades na composição da tarifa. A mesma decisão determina a não inclusão de nenhum novo item na composição da planilha de reajuste a ser aplicada. No ano passado, o reajuste da tarifa foi aplicado no dia 14 de fevereiro. A auditoria envolveu cerca de 20 técnicos do TCE e foi coordenada pelo diretor de Execuções do Tribunal, Cláudio Henrique de Castro. O relatório está disponível na página do órgão na internet.

Retirada

Na mesma liminar, Baptista determina à PMC e Urbs a retirada da taxa de gerenciamento, no valor de 4% e que é cobrada pela Companhia de Urbanização, do custo dos Hibribus e da taxa de risco.

Também deverão ser expurgados ou alterados quatro itens na composição da planilha do próximo reajuste: impostos exclusivos (Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica e Contribuição sobre o Lucro Líquido); o parâmetro de compra de combustível, que passará a ser fixado pelo preço mínimo da Agência Nacional do Petróleo – ANP e não pelo atual preço médio; retirada total dos custos com depreciação e remuneração de investimentos em edificações apresentados pelas empresas concessionárias; e redução percentual do consumo do diesel através da readequação para cada um dos lotes licitados, de acordo com os percentuais reais apresentados pelas empresa e não pelo parâmetro superior ao praticado pelo edital de licitação.


Arquivado em:Política

Requião apoia que Beto Richa se defenda das denúncias de corrupção

30 de Janeiro de 2014, 16:15, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Arquivado em:Política

Dilma, Aécio Neves ou Eduardo Campos?

29 de Janeiro de 2014, 12:12, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

dilma-aecio-eduardo-620x450

Discuto política desde 1982, ininterruptamente, quando com oito anos de idade apoiei Franco Montoro (PMDB) para governador de São Paulo, contra o candidato da direita e da ditadura militar-empresarial, Reinaldo de Barros (PDS, ex-ARENA, atual Democratas e PP). Eram candidatos também Jânio Quadros (PTB), Lula (PT) e Rogê Ferreira (PDT).

Portanto, não sou daqueles que discutem política apenas em ano eleitoral ou perto das eleições.

Mas o que vemos neste janeiro de 2014 são pessoas na internet e na velha mídia (Globo, Veja, etc), sem qualquer fundamentação, começando a atacar a presidenta Dilma Rousseff (PT) da mesma forma como atacavam o segundo mandato de Getúlio Vargas, os presidentes Jango e Lula, e agora Dilma.

É claro que o governo federal tem problemas. Algumas privatizações desnecessárias, dependência de um congresso nacional que reflete o poder financeiro do grande capital, escolha de alguns ministros incompetentes, algumas concessões ao mercado financeiro, falta de um maior diálogo com os movimentos sociais, etc.

Devemos manter a crítica, mas com a noção de que 2014 é um ano eleitoral. Devemos analisar as alternativas e, atualmente, as alternativas à Dilma são desanimadoras.

Aécio Neves (PSDB), se vitorioso, seria um desastre para o país. Com a linha “coronel playboy”, levaria o Brasil para um caos a la FHC, com privatarias, redução dos programas sociais, precarização da Administração Pública, venda do país ao grande capital, cassete nos movimentos sociais. Ou seja, neoliberalismo puro.

Uma improvável vitória de Eduardo Campos (PSB) seria ainda pior. O governador de Pernambuco é tão neoliberal quanto Aécio. Viria com um discurso de mudança mas seria uma decepção grande, com mais neoliberalismo, ainda menos apoio no congresso, com possibilidade de um governo semelhante ao de Fernando Collor de Mello (PRN).

É claro que o ideal seria um governo mais a esquerda. Mas atualmente não há partidos e nem pessoas que poderiam sagra-se vencedores com uma política mais progressista.

O PSOL, partido que respeito, que terá Randolfe Rodrigues como candidato, além de infelizmente muitas vezes fazer o jogo da direita, se fosse vencedor não teria apoio necessário do Congresso Nacional para governar.

O PDT e o PMDB de Roberto Requião vão de Dilma. Não há outro partido ou candidato que garanta uma continuidade de tudo de bom que ocorreu no Brasil de 2003 para cá, e com a coragem ou potencial de melhorar o que não deu tão certo.

A tendência, para o bem do Brasil, é uma vitória de Dilma, já que não teremos a candidatura de Lula, ou de pessoas como um Leonel Brizola ou um Carlos Marighella.


Arquivado em:Política Tagged: Aécio Neves, Dilma, Eduardo Campos

Direita Miami, por Juremir Machado da Silva

29 de Janeiro de 2014, 12:12, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

miami-beach-night-florida

Por Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo

Esclarecimentos sobre a Direita Miami

O mais comum é que cada personagem não tenha consciência da sua personalidade. O Brasil vem sendo dominado, na classe média e na mídia, por um tipo muito especial, o lacerdinha, representante da direita Miami.

É um pessoal que se acha sem ideologia, pois, para o lacerdinha autêntico, ideologia é coisa de esquerdista comedor de criancinha. A direita Miami acredita que todo esquerdista é comunista de carteirinha e que sonha com uma sociedade no modelo da Coreia da Norte.

O ideal da direita Miami é comer hambúrguer na Flórida, visitar a Disney todos os anos, ler a Veja, ver BBB, copiar e colar artigos de colunistas que falam todo dia da ameaça vermelha – e não é o Internacional nem o América do Rio -, esbaldar-se em shoppings sem rolezinhos, salvo de patricinhas e mauricinhos, e denunciar programas governamentais, exceto de isenções de impostos para ricos, como esmolas perigosas e inúteis.

A direita Miami tem uma maneira curiosa de raciocinar.

– Se você é esquerdista, por que vai à Europa?

– Não entendi a relação – balbucia o ingênuo.

– Se você é esquerdista, por que tem plano de saúde?

A direita Miami contabiliza as mortes produzidas pelo comunismo, no que tem razão, mas jamais pensa nas mortes produzidas pelo capitalismo no passado e no presente. Mortes por fome, falta de condições sanitárias e doenças evitáveis não impressionam os lacerdinhas. Não parece possível à direita Miami que se possa recusar o comunismo e o capitalismo brasileiro. A social-democracia escandinava, por exemplo, não chama atenção dos sacoleiros de Miami. É uma turma que quer muito Estado para si e pouco para os outros. De preferência, muito Estado para impedir greves, estimular isenções fiscais para grandes empresas e reprimir movimentos sociais.

O mais curioso na direita Miami é que, embora defenda o Estado mínimo na economia, salvo se for a seu favor, gosta de Estado robusto em questões morais como consumo de drogas e de sexualidade, aquelas que, mesmo criticando, costuma praticar e exigir tratamento diferenciado quando o Estado flagra algum dos dela em conflito com a lei. A direita Miami fala ao celular, dirigindo, sobre a sensação de impunidade no Brasil e, se multada, denuncia imediatamente a indústria da multa.

A direita Miami é contra cotas, Bolsa-Família, ProUni e todos esses programas que chama de assistencialistas e eleitoreiros. Vive de olho no impostômetro e, para não colaborar com a excessiva arrecadação dos governos, faz o que pode para sonegar o que deve ao fisco. Roubar do Estado que gasta mal parece-lhe um dever moral superior.

Um imperativo categórico.

A direita Miami vive denunciando Che Guevara, mas nunca fala de Pinochet. Se dá uma melhorada na economia dos camarotes, pode torturar e matar. As vítimas são esquerdistas mesmo. A direita Miami adora metrô em Paris, quando vai até lá, apesar de achar que tem muito museu chato e pouco shopping bacana, mas é contra estação de metrô no seu bairro. Tem medo que atraia “marginais”. A última moda da direita Miami é o sertanejo universitário. Quanto mais a tecnologia evolui, mas a direita Miami se torna primária. O que lhe falta, resolve com silicone.

Outras características da direita Miami

A direita Miami, integrada por lacerdinhas de todos os tipos, é engraçada. Parece um roteiro humorístico de programa de tevê, um misto de piada pobre de duplo sentido com reality show pragmático e cínico.

Adora rotular, mas quando rotulada reage com um clichê:

– Cuidado com os rótulos. Eles simplificam.

Uau!

Rotular não é o problema. Viva o rótulo. Faz parte do jogo. O problema é conseguir afirmar a pertinência dos rótulos. O resto é malandragem ilógica ou joguinho de cena para tentar impressionar os que se assustam com palavrório fácil. A direita Miami parece adolescente emburrado.

– Não generaliza, tá!

Só ela pode generalizar. Lê “todos” onde essa palavra não aparece. O máximo de artimanha “lógica” da direita Miami é fingir  ponderação:

– Não se pode corrigir erro com erro. Assim você faz como os que critica.

Tudo para tentar não ser criticada e ficar com a exclusividade do ataque.

– Malandrinhos, né?

A direita Miami acha que tem o monopólio do rótulo e do insulto. Ultimamente, ela se delicia com um quase plágio: esquerda caviar. Trata-se de um rótulo usado pela extrema-direita francesa há mais de 30 anos. Um brasileiro com cérebro de ervilha e falta de criatividade chupou a expressão. A direita Miami, que lê pouco, salvo as opiniões altamente ideologizadas e anacrônicas da Veja, acha que é uma ideia muito original.

Caviar é de direita. Só certa direita tem bala para comer caviar.

A velha direita, pois a nova só chega ao nível do sushi. Esta prefere mesmo é comer um hambúrguer na Flórida ou, quando é metida a andar na linha, tomates secos com folhas verdes num shopping “bacana” de Miami.

A direita Miami tem seus intelectuais orgânicos. Uma turminha paquidérmica contratada pelos jornalões para escrever com as ferraduras. Destrói um teclado a cada semana. Mas fabrica a realidade desejada pelos consumidores. Nela, estamos às portas do comunismo soviético.

Só escaparemos dele se Joaquim Barbosa nos salvar.

A direita Miami se lixa para a corrupção. Fica feliz mesmo é em ver petista na cadeia, pois para ela todo petista é comunista e merece prisão.

Alguns são comunistas. Outros, merecem prisão.

Cadeia não pelo mensalão, mas pelos programas “assistencialistas”, que tiram dos pobres ricos para dar aos pobres pobres, quando, no entender da direita Miami, deveriam continuar a fazer o contrário como incentivo ao ócio produtivo das classes abastadas e abastardadas desde o escravismo.

Em 2012, os gastos com a dívida pública consumiam R$ 2,52 bilhões por dia, alimentando a preguiça especulativa. Maria Lucia Fattorelli faz uma comparação interessante a esse respeito: o gasto com o Bolsa-Família, no mesmo período, “correspondeu a apenas oito dias do Bolsa Rico”.  A direita sushi, do capitalismo à brasileira, não vive sem as tetas do Estado. Quando ganha, o mérito é dela, embora amparada em benefícios públicos como juros camaradas do BNDES e isenções. Quando perde, quer socializar os prejuízos.

Na direita Miami, não há comunistas, mas não faltam merecedores de prisão. A Alstom que o diga. A cobrança de propina é suprapartidária.

A turma da direita Miami tem problemas cerebrais de conexão com a realidade. Alguém diz que é contra o comunismo, mas, ao mesmo tempo, critica o capitalismo do século XIX praticado no Brasil, a resposta do perfeito cérebro de ervilha lacerdinha de shopping center não se faz esperar. Vem prontinha como um combo do “maravilhoso” Mc Donald’s:

– Bom mesmo é o modelo cubano, né?

Uau!

A direita Miami ainda está nos anos 1950. Teme a ameaça vermelha. Critica o gosto da esquerda pelas tetas do Estado, mas adora essas boquinhas citadas, que vão da isenção fiscal a empréstimos baratinhos do BNDES terminando na Bolsa-Rico, um esquema para ganhar dinheiro em cima de papéis do governo, que gasta mal, por vários caminhos, enchendo os bolsos de banqueiros, especuladores, espertalhões, empreiteiras, etc. Os lacerdinhas da direita Miami defendem o capitalismo sem riscos.

Para eles.

A classe A da direita Miami é a classe C com silicone comprado em Orlando.

Os intelectuais da direita Miami tem a profundidade de um pires de cafezinho. Apanham todo dia de economistas como Paul Krugman e Stiglitz. Não se dão por vencidos. São pagos para estar errados.

Na internet, a direita Miami tem seus trolladores. É um bando com tendência psicopata e total falta do que fazer. São aqueles que espalham falsas capas da Forbes dizendo que Lula é bilionário. Fazem um bullying primário. Quando cortados, só para vê-los desesperados e ainda mais divertidos, ficam amuados e fazem beicinho e chantagem barata:

– Estão me censurando.

Chega a dar pena. O trollador lacerdinha, representante da direita Miami, volta sempre, ora com o rabo entre as pernas, lambendo o chão para tentar furar o bloqueio, ora rosnando para impressionar, ora se humilhando ainda mais, pedindo desculpas e apresentando justificativas, lambendo as mãos do inimigo, ora bancando o pitbull comedor de criancinhas, ora com uma dezenas de fakes idiotas para não ficar fora da brincadeira. Patético.

Os “pensadores” da direita Miami são os mais que perfeitos indigentes intelectuais lacerdinhas de shopping center da esquina sonhando com um JK nos States. Melancólico mesmo é vê-los ofegantes, à beira da ejaculação precoce, tentando copiar e colar artigos e comentários feitos com 50 anos de atraso por seus ídolos esquálidos, risíveis e oportunistas, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Merval Pereira, Lobão, Raquel Sherazade, qualquer um que os tranquilize com um discurso de extremo direita contra cotas, bolsa-família, programas sociais, Cuba, Venezuela, Cristina Kirchner e outras misturas esotéricas feita para assustar e confundir.

A direita Miami precisa de um novo imaginário. Vive na Guerra Fria. Como se ampara em velhos espíritos, padece com a maldição da múmia: alimenta-se de uma ideologia retrógrada achando que é neutra. O lacerdinha é um crente ideológico xiita, fundamentalista, extremista, terrorista mental, que não tem a menor consciência do seu estado de submissão. Acha que é livre e que só expõe a verdade, mas reza por uma cartilha ideológica disseminada pela mídia, especialmente a Veja, e reproduzida fartamente.

A bibliografia da direita Miami inclui a Caras e a Contigo. As estrelas de referência são a Ana Maria Brega, a Xuxa e a Fátima Bernardes.

A direita Miami é um remake indigente de si mesma.

É um pessoal especulativo: quer ganhar muito e trabalhar pouco.

Direita Miami, direita sushi, direita Barra da Tijuca, direita shopping center, direita siliconada ou direita Mc Donald’s. É só escolher, leitor.

Chora, Larcedinha.

Tua fúria e tua baba me fazem rir.

Que comédia pastelão!

Pastelão, não, hambúrguer.


Arquivado em:Política Tagged: Direita, Juremir Machado da Silva

#NãoVaiTerCopa

28 de Janeiro de 2014, 12:10, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

image


Arquivado em:Política Tagged: Copa do Mundo

Ministério Público vai investigar se irmão de Beto Richa é propineiro

27 de Janeiro de 2014, 20:08, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

pec37-05

Após o “suposto” escândalo de corrupção no governo Beto Richa (PSDB) publicado na revista Istoé desta semana, em matéria jornalística que informa que uma empresária denunciou que o irmão do governador e atual secretário de Beto Richa, Pepe Richa, recebeu propina de R$ 500 mil, o Ministério Público do Estado do Paraná divulgou nota oficial informando que vai investigar o caso.

Leia a nota oficial do MP-PR sobre a abertura da investigação:

“A respeito dos fatos veiculados pela imprensa envolvendo suposto pagamento de propina no caso AGX Log/Renault, o Ministério Público do Paraná abriu nesta segunda-feira (27/01) investigação sobre o assunto. A apuração está a cargo da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba.”

Pepe Richa disse que não é corrupto e nem propineiro, e que vai processar a revista Istoé para tentar calar a revista.


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, corrupção, José "Pepe" Richa, propina

Aeroporto estatal de Curitiba é o melhor do país, melhor do que os privados

25 de Janeiro de 2014, 4:02, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Captura de Tela 2014-01-25 às 03.45.32

O aeroporto internacional de Curitiba (São José dos Pinhais), Afonso Pena, um aeroporto estatal, com gestão estatal realizada pela Infraero, foi eleito pela terceira vez consecutiva pelos passageiros como o melhor do país, segundo levantamento da Secretaria de Aviação Civil, com nota 4,10, mesma nota dada para outro aeroporto estatal, o de Natal/RN.

A escala é de 1 a 5 e é a terceira edição do Relatório Geral dos Indicadores de Desempenho Operacional em Aeroportos (Indaero, versão integral aqui), pesquisa coordenada pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República – SAC. Lançada em 2013 e realizada trimestralmente, a pesquisa foi feita junto a 19.850 usuários da aviação civil, no momento em que estavam dentro dos aeroportos (72% nos terminais domésticos e 28% nas áreas de embarque internacionais). Atribuíram notas a itens como preço do estacionamento, disponibilidade de carrinhos para bagagem, tempo de espera na fila, cordialidade no atendimento, limpeza dos banheiros, restituição de bagagem, informação de voo, internet e também a satisfação geral com o aeroporto. A amostra foi colhida em 15 dos maiores aeroportos do país: Manaus (AM), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Brasília (DF), Salvador (BA), Cuiabá (MT), Confins (MG), Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Curitiba (PR), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ) e Porto Alegre (RS).

Enquanto isso o maior aeroporto do Brasil, o de Guarulhos, que é gerido por empresas privadas, cada vez piora mais a sua gestão, que é considerada ineficiente, com nota 3,45. Sua colocação vem piorando, era o 9º, depois 13º, e agora está em 14º lugar entre os aeroportos analisados.

Infelizmente o governo federal, pressionado pelo mercado financeiro e políticos neoliberais, concedeu para a iniciativa privada os aeroportos de Viracopos/Campinas, Guarulhos/SP e Brasília/DF, e no final do ano passado os do Galeão/RJ e Confins/MG.

A pesquisa desmente novamente a falácia de que a iniciativa privada é mais eficiente do que a Administração Pública.


Arquivado em:Política Tagged: Aeroporto, eficiência, privatizações

Empresária diz que irmão/secretário de Beto Richa recebeu propina de R$ 500 mil

25 de Janeiro de 2014, 4:02, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

richas-246x300

A Revista Istoé desta semana (edição  2305, de 24 de janeiro de 2014) informa que a empresária Ana Cristina Aquino registrou em cartório uma denúncia de um esquema do qual participou junto com Pepe Richa, irmão do governador do Estado do Paraná, Carlos Alberto Richa (PSDB), vulgo Beto Richa, e seu atual secretário de Infraestrutura e Logística.

O suposto esquema de corrupção e improbidade administrativa envolve também outro homem de confiança de Beto Richa, o senhor Amaury Escudero, representante do escritório do governo do Paraná em Brasília.

mi_5624507714502996

Segundo a revista queriam fechar um contrato milionário com a montadora Renault do Brasil, empresa que recebeu uma série de isenções ficais concedidas pelo governo Beto Richa nos últimos anos.

A empresária informa que o irmão do governador recebeu propina de R$ 500 mil e Pepe emprestou o seu nome para figurar no convite da festa de inauguração da empresa de transportes AGX Log no Paraná, e o distribuiu aos políticos.

Pepe Richa disse que as declarações de Ana Cristina são “infundadas, caluniosas e irresponsáveis”. Disse ainda que a AG Log não é prestadora de serviços da Renault no Paraná.

Acompanhe a matéria completa publicada na Istoé:

Esquema paranaense

Empresária Ana Cristina Aquino diz que negociatas para abrir filial de sua empresa no Paraná incluíam pagamento de propina para Pepe Richa, irmão do governador do Estado

Izabelle Torres

Em depoimento registrado em cartório sobre os esquemas dos quais participou, a empresária Ana Cristina Aquino envolve a cúpula do governo do Paraná. Em pelo menos quatro páginas desse registro, Ana descreve um emaranhado de ligações de políticos com empresários em torno do interesse em negócios milionários e suspeitos e diz temer pela própria vida desde que decidiu contar o que sabe. Segundo ela, Pepe Richa, hoje secretário de Logística e irmão do governador do Paraná, o tucano Beto Richa, e Amaury Escudero, atual representante do escritório do governo em Brasília, se tornaram seus parceiros no ambicioso plano: o de abrir uma filial da sua empresa no Estado com a finalidade de fechar um contrato com a montadora Renault do Brasil. Um negócio que poderia render milhões por mês.

CORRUPCAO-2B-IE-2305.jpg
MILHÕES EM JOGO
Segundo a empresária, Pepe Richa (abaixo), secretário de Logística
e irmão do governador do Paraná, Beto Richa (acima), queria lucrar com o contrato entre
a AGX Log e a montadora Renault. Acima, cópia da agenda entregue ao MP listando as propinas

chamada.jpg

De acordo com o depoimento da empresária, a negociação era intermediada pelo advogado João Graça, que é do PDT e chegou a ser cotado para a vaga de suplente da senadora e ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em 2010. Segundo Ana Aquino, João Graça se aproximou do poder no Paraná depois de comandar a Superintendência Regional do Trabalho, entre 2007 e 2009. No segundo semestre de 2012, disse a empresária, o advogado marcou uma reunião entre ela e Amaury Escudero. O objetivo era arquitetar como agiriam em grupo para viabilizar o negócio com a Renault. No encontro, segundo a empresária, ficou decidido que o secretário Pepe Richa e Escudero pressionariam a montadora para contratar a transportadora de Ana, usando como instrumento de barganha uma série de isenções ficais concedidas pelo governo a montadoras nos últimos anos. O apoio, entretanto, custaria alto. “Eu perguntei ao Amaury (Escudero): ‘O que o senhor ganha com isso? O senhor vai me botar na Renault de graça, do nada?’ Ele então falou que eles ficariam com 20% da empresa. Mas que colocaria em nome do advogado João Graça. Seriam 10% de um e 10% do outro”, afirmou em entrevista à ISTOÉ.

Documento da Junta Comercial referente à empresa AGX Log – criada também por ela – mostra que João Graça se tornou dono de 20% das cotas em julho de 2012. O advogado apresentou duas versões para o fato. Na primeira, disse que nunca foi sócio da Ana Aquino e nem sequer conhecia a empresária. Confrontado com os registros oficiais, admitiu a sociedade. Graça oficializou sua saída em agosto do ano passado, depois de um desentendimento com Ana Cristina. Procurado novamente na quinta-feira 23, disse que não se manifestaria sobre as denúncias até conhecer o teor das escutas. Na sexta-feira 24, Escudero disse à ISTOÉ que as acusações são falsas e que jamais houve as reuniões citadas pela empresária. Ele afirma que os acessos a seu gabinete são todos registrados e que pode comprovar que a empresária está mentindo. “Não posso aceitar ser objeto de um jogo político que nem sei qual é. Essa pessoa não tem credibilidade para me acusar”, afirma Escudero.

IEpag42e43Corrupcao2-1.jpg

O depoimento da empresária revela outra faceta do negócio. Em troca do apoio para que o grupo AG Log entrasse no Paraná e conseguisse o contrato da Renault, o irmão do governador também teria recebido propina. “O Pepe Richa recebeu R$ 500 mil. Não foi da minha mão, foi da mão da Suzana Leite, uma lobista. O Gabardo (Sergio) me entregou o dinheiro para eu levar ao Paraná. Dei o dinheiro para ela e fiquei dentro do carro esperando”, diz ela. A entrega teria ocorrido na semana anterior à inauguração da sede da AGX Log no Estado, em 11 de abril de 2013. Segundo Ana, Pepe estaria tão envolvido com os negócios da transportadora que emprestou o seu nome para figurar no convite da festa de inauguração, a pretexto de fazer uma palestra, e ainda se encarregou de distribuí-lo aos políticos. “ Como ele estava ganhando, deu essa ajuda porque eu não era conhecida. Não levaria os políticos para o evento”, disse. Suzana Leite afirmou que as acusações não têm fundamento. Já Pepe Richa classificou as declarações de Ana Cristina de “infundadas, caluniosas e irresponsáveis”. Disse ainda que a AG Log não é prestadora de serviços da Renault no Paraná.

Em encontro no segundo semestre de 2012,
ficou decidido que Pepe Richa pressionaria  a montadora
para contratar a transportadora de Ana CRISTINA

No documento que registrou em cartório, a empresária confirma que a negociata não deu certo. O contrato não saiu, mas as dívidas da empresa se multiplicaram. Incentivada pelo grupo a buscar dinheiro no mercado para montar a frota exigida pela montadora, Ana Aquino recorreu a agiotas. Para validar os empréstimos, ela diz que apresentava um contrato assinado pelos integrantes do governo e pelo funcionário da Renault Julio Barrinuevo, que também teria recebido propina para facilitar o negócio com a montadora. O contrato não tinha validade jurídica nem veracidade. “Só quem se deu mal fui eu”, disparou.

“O Pepe Richa recebeu R$ 500 mil. Eu saquei esse dinheiro”

As dívidas acumuladas por Ana Cristina Aquino são, em boa parte, originadas no Paraná. Nas conversas com ISTOÉ, ela contou que montou uma frota de caminhões para ganhar um contrato com a Renault e que pagou R$ 500 mil para o irmão do governador. A seguir, trechos da entrevista:

ISTOÉ – A senhora manteve negócios com integrantes da cúpula do governo do Paraná?
Ana Cristina Aquino – 
O João Graça me chamou e disse que tinha um negócio para mim. Viajei até Londrina e, chegando lá, ouvi que havia um projeto grandioso com a empresa Renault. A proposta era que eu levasse a AG Log para o Paraná. João Graça disse que não tinha problema porque havia muitos políticos envolvidos nesse negócio.

“Para tratar sobre dinheiro, ela (Suzana Leite) falava: o boss  (Pepe Richa)
pediu para você conseguir um agrado  de tantos mil”

ISTOÉ – Mas quem eram esses políticos?
Ana – 
Uma semana depois, foi marcado meu encontro em Curitiba com o João Graça e com o Amaury Escudero. Tivemos uma reunião fechada para discutir esse contrato. Amaury se propôs a pressionar a Renault para colocar a AG Log no negócio. Ele disse que cobraria a conta de uma série de benefícios fiscais que o Estado teria dado à empresa, e que, se a montadora se negasse, ele teria como pressioná-los. Eu disse: e o que o senhor ganha comisso? Ele então explicou que teria 20% da empresa, mas que colocaria em nome do João Graça. Mas seriam 10% de um e 10% do outro. Depois dessa conversa houve mais uns três encontros e aí fui entendendo o negócio. Tinha muita gente do governo do Paraná envolvida. Posso dizer que o Pepe Richa (irmão do governador do Paraná) recebeu R$ 500 mil. Eu saquei esse dinheiro.

ISTOÉ – Recebeu da sua mão?
Ana –
 Não foi da minha mão, foi da mão da Suzana Leite. Ela é uma lobista, uma espécie de Marcos Valério.

ISTOÉ – A senhora tratou sobre esse assunto com o governador Beto Richa?
Ana –
 Cheguei a encontrar com o governador, mas não tratei nada com ele. Era só com o Pepe mesmo. A Suzana Leite chama o Pepe de “boss”. Para tratar sobre dinheiro, ela falava: “O boss pediu para você conseguir um agrado de tantos mil”.


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, José "Pepe" Richa

O Estado – Vladimir Safatle

19 de Janeiro de 2014, 23:49, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

estado

Na Folha de S. Paulo de 14.01.2014

Poucos problemas político-filosóficos têm o dom de produzir tantos conflitos quanto aquele a respeito da função do Estado. A divisão entre os que querem pensar uma sociedade sem Estado e os que não veem sentido algum nessa empreitada ultrapassa a dicotomia tradicional entre esquerda e direita. De toda forma, qualquer reflexão possível sobre o Estado na política contemporânea deve partir da internalização das críticas por ele sofridas nos últimos quarenta anos.

Várias delas insistiam no Estado como aparato disciplinar responsável pela perpetuação de uma vida social normatizada na figura do direito. O cidadão do Estado era, acima de tudo, alguém que deveria se conformar a um aparato normativo legal e uniformizador a fim de ser reconhecido como pessoa capaz de contrair contratos, assumir propriedades, direitos positivos, deveres e funções sociais.

A crítica, peça maior de uma teoria renovada do poder, era pertinente. No entanto, ela não implicava, necessariamente, o abandono do reconhecimento do Estado como instituição política central, mas, sim, sua metamorfose. Pois seu puro e simples abandono trazia problemas insolúveis.

Não queremos apenas a possibilidade de se desenvolver como singularidades, queremos ser reconhecidos enquanto singularidades. Mas não quero ser reconhecido apenas na minha comunidade, entre os meus amigos. Quero ser reconhecido em todo e qualquer contexto social do qual participo e porventura participarei.

Abre-se assim uma dimensão de demanda de universalidade que nos impulsiona em direção a um arranjo institucional de garantias de reconhecimento que nos leva, necessariamente, a um conceito pós-nacional de Estado. Sem tal arranjo, demandas dessa natureza perdem seu direito.

Por outro lado, a atividade econômica é produtora de desigualdades. A ampliação da posse comum minora tais desigualdades, mas uma defesa abstrata do fim da propriedade apenas faria com que o desejo de individualização presente na propriedade se voltasse contra o espaço comum. Hegel era suficientemente astuto para perceber que a propriedade não era o problema, mas sua generalização a toda a esfera social e sua transformação em direito fundamental acima de todos os outros.

Mas que instituição tem a força de quebrar os interesses individuais no campo da economia a fim de impedir o desenvolvimento da desigualdade? Claro que poderíamos recorrer à teoria do Estado como agente da classe dominante, mas, mais de uma vez na história, foi a pressão das classes desfavorecidas sobre o Estado que quebrou tais interesses de classe. O que nos obriga a desenvolver, no mínimo, uma figura um pouco mais contraditória do Estado.


Arquivado em:Política Tagged: Estado

Luta de classes – Paul Singer

19 de Janeiro de 2014, 23:49, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Charge - Choque

Na Folha de S. Paulo de 14.01.2013

Reconhecer a pancadaria ao redor de nossa política econômica como luta de classes é necessário para que o público que vai decidir essa parada nas urnas não seja levado a pensar que se trata de uma contenda entre peritos e jovens ingênuos

Desde que a presidenta Dilma Rousseff denunciou a “guerra psicológica” que estaria sendo travada contra os esforços de seu governo para acelerar o crescimento da economia brasileira, os adversários acirraram suas críticas à política econômica vigente, tornando o debate sobre essas questões um dos mais importantes pomos de discórdia que animam os embates entre os candidatos à Presidência nas próximas eleições.

É interessante observar como esses debates –travados num país como o nosso, em pleno emprego há cinco anos– não se distinguem na essência dos debates travados na maioria dos países capitalistas que são democráticos.

Nestes países, quase sempre o desemprego é o mais importante problema social, causa de profundo sofrimento dos que se sustentam mediante trabalho assalariado, tanto dos que têm emprego e temem perdê-lo como dos que foram demitidos e enfrentam grandes dificuldades em conseguir outro.

Isso se aplica tanto a países tidos como “falidos”, como a Grécia e outros da periferia sul da Europa, como aos Estados Unidos e outros que hospedam poderosas multinacionais financeiras e utilizam seu poderio político-econômico para impor a países esmagados por portentosas dívidas públicas ruinosas políticas de “austeridade”, cujo efeito é produzir recessões sucessivas, que ampliam o desemprego e a desgraça dos que não são donos de empresas nem sequer de instrumentos de trabalho que lhes permitiriam ganhar a vida por conta própria.

A maior parte das divergências que atualmente alimentam as controvérsias giram ao redor da questão do emprego e do tamanho e destino do gasto público e de como o ônus dele decorrente é repartido entre as classes sociais que compõem o universo dos contribuintes.

Ao lado desses dois temas, aparecem assuntos correlatos: como os ganhos de produtividade do trabalho são repartidos entre lucros e salários, como a inflação responde ou não aos aumentos de salários e como a valorização cambial da moeda nacional afeta as exportações e as importações.

A base da maioria dessas controvérsias está no tamanho do poder do Estado em controlar e conduzir a economia nacional, tendo por objetivo atender mais ou menos as reivindicações da maioria pobre da população, que constitui também a maioria do eleitorado.

A classe dominante é formada pelos capitalistas que têm por objetivo a sua “liberdade” de fazer o que quiserem com o câmbio, com a localização geográfica de seus investimentos, com os preços e juros que eles cobram dos clientes. Para tanto, eles reivindicam a exclusão do Estado da arena econômica.

A esse respeito, os interesses dos capitalistas e das classes trabalhadores não podem deixar de se contrapor. O povo trabalhador depende das políticas ditas “sociais” que tomam a forma de serviços públicos essenciais: saúde, segurança, transporte, energia, telecomunicações, educação de crianças, jovens, adultos e idosos, habitação social, previdência, cultura etc..

Embora os serviços públicos estejam à disposição de toda a população, somente os pobres dependem deles. As classes abastadas não os usam, porque quase todos eles têm como contraparte serviços análogos prestados por empresas capitalistas privadas.

O entrechoque de interesses fica flagrante no caso do transporte urbano: o espaço de circulação é disputado por automóveis de passageiros e ônibus e outras modalidades de transporte público.

A mesma disputa fica tristemente óbvia quando os porta-vozes da classe capitalista encenam campanhas contra o tamanho dos impostos, quando todos sabem que o SUS, o Sistema Único de Saúde do qual dependem os trabalhadores, carece de meios para curar e salvar vidas porque o Orçamento do governo federal não dispõe de recursos para tanto.

A luta de classes até o fim do século passado se travava entre liberais extremados, conhecidos como neoliberais, e partidários de diferentes socialismos então sendo praticados em diversos países. Atualmente, a maioria desses socialismos “realmente existentes” não existe mais. A plataforma dos críticos e adversários do capitalismo hoje é inspirada tanto no marxismo como em autores profundamente comprometidos com a democracia como Keynes, Gramsci, Karl Polanyi, Rosa Luxemburgo e Baruch Spinoza.

O que atualmente surge como alternativa mais significativa ao capitalismo é a economia solidária, praticada por setores organizados em movimentos sociais em todos os continentes, geralmente sob a forma do cooperativismo.

A economia solidária é um modo de produção que surgiu nos alvores da primeira revolução industrial, no início do século 19, na Grã-Bretanha e na França, como reação aos salários miseráveis pagos então aos operários, operárias e crianças nas fábricas por jornadas extenuantes de 15 ou mais horas…

Ocorrendo conflitos com os patrões, os grevistas eram despedidos e, em reação, formavam suas próprias oficinas, uma vez tendo aprendido os segredos do ofício.

Desse modo surgiram as primeiras cooperativas de trabalho, empresas pertencentes aos trabalhadores, que as administravam coletivamente, cada sócio tendo um voto nas assembleias em que as decisões eram adotadas. Os ganhos resultantes do trabalho comum eram repartidos por critérios de justiça distributiva entre os sócios, adotados por maioria ou unanimidade nas assembleias.

Esse modelo aperfeiçoado pelos Pioneiros de Rochdale, em 1844, continua sendo praticado, com aprimoramentos de todas as filiadas à Aliança Internacional de Cooperativas, inclusive as agrárias, de consumo, de crédito, de moradia e de diversas outras modalidades.

Hoje, 170 anos depois, o cooperativismo surge como um modo de organizar atividades de produção, comércio justo, poupança e crédito, consumo consciente e responsável e sob a forma de movimento social dedicado à luta contra a miséria e naturalmente como alternativa ao modo de produção dominante –o capitalismo.

Com a difusão da democracia como modelo de normalidade politica, a economia solidária torna-se cada vez mais atraente para os que almejam igualdade e justiça para suas comunidades.

Os seus partidários defendem em geral políticas econômicas inspiradas pelo keynesianismo, cujo objetivo maior é o pleno emprego e a eutanásia do rentista, o que significa o fim da hegemonia global do capital financeiro, que é o maior responsável pelas frequentes crises internacionais, das quais os trabalhadores são as principais vítimas.

O trágico fiasco que precipitou o fim pacífico da maioria dos regimes ditos comunistas abriu um imenso vazio ideológico, político e, por que não, ético que o novo papa Francisco começa a preencher em nome da Igreja Católica.

Por tudo isso, reconhecer a pancadaria ao redor de nossa política econômica como luta de classes é necessário para que o público que vai decidir essa parada nas urnas não seja levado a pensar que se trata de uma contenda entre peritos (experts em inglês) e jovens ingênuos que pouco entendem do que está em jogo.

Os que reagimos aos excessos do neoliberalismo temos em vista, acima de tudo, preservar e enriquecer a democracia em nosso país, como garantia de que a luta por uma sociedade mais justa poderá prosseguir até que seus frutos possam ser usufruídos por todos.

PAUL SINGER, 81, é secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi secretário municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Luiza Erundina)


Arquivado em:Política Tagged: cooperativas, Dilma, luta de classes, Paul Singer

Filmes sobre o golpe e ditadura militar-empresarial no Brasil (1964-1985)

16 de Janeiro de 2014, 3:41, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

ditadura.jpg?w=1181&h=827

Uma lista elaborada por mim de filmes sobre o golpe e sobre a ditadura militar-empresarial que ocorreu no Brasil entre 1964 e 1985. Alguns deles têm a ver com a ditadura porque foram feitos durante o período. Vários em sua versão completa, outros apenas os trailers. Há uma enormidade de outros filmes sobre as ditaduras da América Latina, mas isso fica para uma outra lista. Esqueci algum? Favor informar nos comentários.

Tarso Cabral Violin – autor do Blog do Tarso

Filmes completos:

O dia que durou 21 anos

Jango

Lamarca

Marighella

Batismo de Sangue

Pra frente Brasil

O que é isso, companheiro?

Zuzu Angel

Eles não usam black-tie

Cabra Cega

Lula o filho do Brasil

Peões

Brizola – tempos de luta

Ditadura – tempo de resistência

Perdão Mr. Fiel

Condor

Paula – A história de uma subversiva

O bom burguês

Araguaia: Campo Sagrado

Araguaya conspiração do silêncio

Kuarup

Documentário chileno

Oitenta anos de Resistência – A História da UFPR

Corpo em delito

O ano em que meus pais saíram de férias

Hércules 56

Nunca fomos tão felizes

Quase dois irmãos

O casamento

Vlado – 30 anos depois

Os fuzis

Manhã cinzenta

Libertários

Cabra marcado para morrer

O fio da memória

O caso dos Irmãos Naves

Que bom te ver viva

Dossiê Jango

Barra 68

Trailer:

Repare Bem

Ação entre amigos

Dois córregos

Cara ou coroa

Topografia de um desnudo

Uma longa viagem

Diário de uma busca

Tatuagem

A memória que me contam

Hoje

Sem link:

O profeta das águas

Os anos passaram (curta-metragem)

E agora, José? Tortura do sexo


Arquivado em:Política

OAB/PR vai denunciar na Justiça e na OEA a situação dos presídios geridos pelo governo Beto Richa

14 de Janeiro de 2014, 23:37, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

RichaCadeiao

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná vai protocolar nos próximos dias um requerimento junto à Organização dos Estados Americanos – OEA denunciando as condições dos presídios no Estado do Paraná, geridos pelo governo Beto Richa (PSDB). A Seccional também entrará com ações civis públicas cobrando indenizações para familiares de presos mortos sob custódia do Estado do Paraná.

O advogado Juliano José Breda, presidente da OAB/PR, afirma que a Ordem prepara relatórios de todas as carceragens do Estado há quatro anos e, desde então, tem cobrado solução dos problemas junto às autoridades.

Segundo Breda “há milhares de presos em delegacias do Paraná, em situações piores que as unidades do sistema penitenciário” e “a verdade é que o sistema como um todo oferece tratamento indigno e desumano aos presos e falha em cumprir sua missão. Temo que, em poucos anos, a barbárie noticiada nos últimos dias se torne a rotina em todos os estabelecimentos prisionais. Falta pouco, muito pouco, para que isso aconteça”. Para ele “é fundamental reduzir a população carcerária ao invés de construir mais presídios, os quais, mal administrados, irão apenas repetir em maior escala os problemas hoje evidenciados. Para Breda “os agentes públicos precisam ser responsabilizados pelos danos a que a má gestão  causa” e “o Poder Judiciário e o Ministério Público devem ser convocados a discutir a sua parcela de responsabilidade, a partir dos órgãos de cúpula. Os magistrados e promotores devem ser orientados a requerer e adotar as medidas restritivas da liberdade de locomoção nos casos verdadeiramente necessários. Verificamos no Paraná casos de magistrados e promotores que assumidamente se utilizam da prisão preventiva como medida pedagógica”.

O presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB/PR, José Carlos Cal Garcia, disse que o sistema penitenciário do Paraná vive um problema sério que pode gerar crises como a do Maranhão.

A secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, viaja para o Maranhão para dar pitacos ao governo daquele estado. O presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB/PR defende que o estado tem muito pouco para ajudar.

A Secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, de confiança do governador Beto Richa (PSDB), rebateu as críticas de Cal Garcia e defende que, apesar das dificuldades, o Paraná é modelo.

Por favor outubro de 2014, chega logo!


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Maria Tereza Uille Gomes, presídios

Folha de S. Paulo esquece a Constituição e questiona gastos sociais de Itaipu

12 de Janeiro de 2014, 23:33, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

IMG_4400

Uma reportagem do caderno “Mercado” da Folha de S. Paulo de domingo (12) questionou os gastos sociais que a usina hidrelétrica Itaipu Binacional realizou durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014), ambos do Partido dos Trabalhadores – PT.

Para a Folha e os demais neoliberais, a questão social deve ser tratada de acordo com o “mercado”. Típico da Folha.

A reportagem informa que a empresa binacional (Brasil-Paraguai) despendeu US$ 80 milhões em 2012 em hospitais, escolas e projetos sociais, e em 2003 o valor era de apenas US$ 8,7 milhões.

A Folha está indignada que a Itaipu tenha gastado em hospitais, turismo, comunidades indígenas, proteção à criança, incentivo a empresas nascentes, um observatório astronômico e até, vejam só, em uma universidade. Que absurdo não é?

Por causa da Itaipu os municípios afetados pelo reservatório de água da usina melhoraram muito o seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e duas escolas de Foz do Iguaçu estão entre as dez melhores do país na educação básica.

Mas a Folha chamou “especialistas” para que criticassem os projetos sociais.

Chamou o professor da UFRJ Edmar Luiz de Almeida para questionar: “Será que uma empresa de eletricidade não está substituindo o papel do Estado?”.

Por que o jornal não chamou um professor do Paraná, mais conhecedores da realidade da Itaipu?

Para o professor carioca, a Itaipu é uma simples “empresa de eletricidade”. É uma piada!

Mas a Folha não para por aí. Cita ainda Adriano Pires do CBIE: “Itaipu é mais um exemplo do uso que o PT faz das estatais para tocar projetos sociais e alavancar voto”.

A Folha e seus “especialistas” esquecem que a nossa Constituição Social, Republicana e Democrática de Direito de 1988 garante justiça social, igualdade e o papel do Estado de intervir diretamente e  indiretamente na economia e no social por meio de empresas estatais, por razões de interesse público. A Folha esquece da função social da propriedade, da função social das empresas, da dignidade da pessoa humana e demais princípios constitucionais.

Por que a Folha não questiona os gastos sociais e com propaganda da Sabesp dos governos tucanos de São Paulo?

Por que a Folha não questiona os gastos das empresas estatais em propagandas em suas páginas?

Por que a Folha não questiona as assinaturas da Folha realizadas por órgãos e entidades estatais, com dinheiro público?

Pelo menos o jornal escutou Jorge Samek, o diretor-geral de Itaipu: “Nosso foco principal é produzir energia, e com isso não se brinca. Mas, se eu não aproveitasse o pessoal qualificado que tenho para desenvolver a região, não estaria cumprindo meu papel de cidadão”.

Os gastos sociais representam apenas 1% da receita da Itaipu.

A Folha informa que o montante e os projetos apoiados são definidos pela diretoria de Itaipu. Mas é claro que isso passa também pelo Conselho de Administração da empresa e pelos governos do Brasil e do Paraguai. O jornal queria que fossem definidos por quem? Pelos tucanos? Pela Folha? Pela Globo? Pela Veja? Pelo mercado financeiro?

A Folha tem saudades do governo FHC. Para os neoliberais tudo deveria ser privatizado e o Estado deveria servir apenas para garantir os lucros altíssimos e imorais do mercado financeiro e grande capital. Mercado financeiro, inclusive, que manda na Folha, no Estão, na Veja, na Globo, etc.

E se não criarmos o financiamento público de campanha, esse mercado financeiro continuará mandando nas eleições do Brasil.

Viva a Itaipu!

Viva seus gastos sociais e a redução da desigualdade social no Brasil!

Tarso Cabral Violin – advogado, professor de Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado e doutorando em Políticas Públicas pela UFPR, ex-Diretor Jurídico da Celepar – Companhia de Informática do Paraná, autor do Blog do Tarso


Arquivo em:Política Tagged: Folha de S. Paulo, Itaipu Binacional