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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Que em 2014…

30 de Dezembro de 2013, 23:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

2014

Que em 2014 o Brasil seja o campeão do mundo de futebol.

Que em 2014 as esquerdas ganhem e a direita perca as eleições.

Que em 2014 a solidariedade ganhe do egoísmo.

Que em 2014 o interesse público vença o individualismo.

Que em 2014 a liberdade de expressão vença a liberdade das grandes empresas de comunicação.

Que em 2014 a paz vença a guerra.

Que em 2014 as eleições não sejam influenciadas decisivamente pelo dinheiro, pelo grande capital e pelo mercado financeiro.

Que em 2014 a igualdade vença a injustiça.

Que em 2014 a internet seja mais democrática.

Que em 2014 os serviços públicos sejam ainda mais universalizados e gratuitos.

Que em 2014 o Estado ocupe seu papel constitucional.

Que em 2014 haja liberdade para que todos tenham saúde e educação de forma igualitária.

Que em 2014 o Fuleco seja chamado de Tatu Bola.

Que em 2014 o governo do Paraná não se reeleja.

Que em 2014 o Marco Civil da Internet seja aprovado, com a neutralidade na rede.

Que em 2014 o Corinthians continue sendo o Campeão dos Campeões.

Que em 2014 os brasileiros levem mais a sério as eleições para deputados federais e estaduais.

Que em 2014 os brasileiros não elegem governantes neoliberais.

Que em 2014 as novas mídias cresçam mais do que a velha mídia.

Que em 2014 as organizações sociais – OS sejam consideradas inconstitucionais pelo STF.

Que em 2014 o TSE anule a multa de R$ 106 mil aplicada a mim, pela divulgação de duas simples e inofensivas enquetes, a pedido de um ex-prefeito.

Que em 2014 não haja tantas privatizações no Paraná e no Brasil.

Que em 2014 o Blog do Tarso continue crescendo em acessos e relevância.

Que em 2014 o Poder Judiciário seja mais justo.

Que em 2014 eu consiga estudar muito no doutorado em políticas públicas da UFPR.

Que em 2014 os tribunais de contas e Ministério Público sejam mais atuantes.

Que em 2014 os brasileiros vejam menos TV e leiam mais livros.

Que em 2014 o patrimonialismo e o gerencialismo-neoliberal sejam definitivamente enterrados, com uma Administração Pública democrática, participativa, profissionalizada, efetiva, justa e não corrupta.

Que em 2014 o Brasil torne-se um Estado Laico, sem a religião interferindo na política e sem a religião se utilizando de bens e serviços públicos como TVs e rádios, mas com muita liberdade religiosa, desde que compatível com o ordenamento jurídico.

Que em 2014 os juristas não olhem apenas para seus umbigos.

Que em 2014 o preconceito étnico e sexual seja extirpado da face da terra.

Que em 2014 eu continue dando aulas e palestras pelo mundo.

Que em 2014 os ricos paguem mais impostos.

Que em 2014 não haja tanta terceirização na Administração Pública.

Que em 2014 eu continue escrevendo livros, textos e no Blog do Tarso.

Muitas paz, amor, saúde e felicidade para minha família, amigos, alunos e leitores queridos!

E que qualquer acidez ocorra sem se perder a ternura jamais!

Feliz 2014!

Tarso Cabral Violin

http://youtu.be/N8Lfhldo6qg


Arquivo em:Política Tagged: Feliz ano novo

Propostas para a reformulação da lei de licitações

30 de Dezembro de 2013, 23:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Do jornal GGN

Atualmente tramitam no Congresso Nacional inúmeros projetos de lei para “atualização e modernização” da Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Entre estes projetos, chama a atenção aquele apresentado neste mês (dezembro de 2013) pela Comissão Especial Temporária de Modernização da Lei de Licitações e Contratos – CTLICON, sob a relatoria da Senadora Kátia Abreu.

O referido projeto de lei, além da pretensão de modernizar o sistema de contratações públicas, adequando-o “à complexidade da Administração Pública e às vicissitudes do mercado”, objetiva compilar em um único diploma legal a Lei 8.666/93, a Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão) e a Lei 12.462/2011, que instituiu o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (Lei do RDC).
Evidentemente que não temos a pretensão de analisar os pormenores do recém-divulgado projeto de lei, pois além de fugir do propósito deste espaço, seria uma grande perda de tempo, haja vista que o texto divulgado possivelmente sofrerá alterações caso venha ser aprovado. Mesmo assim, destacaremos três pontos que julgamos ser os mais interessantes e que deveriam ser mantidos caso se altere o regime ordinário de licitações (Lei 8.666/93).
O primeiro deles refere-se à inversão de fases. Na redação atual da Lei de Licitações, antes de se analisar as propostas apresentadas pelos licitantes (fase de julgamento das propostas), deve a Administração Pública avaliar se todos os interessados preenchem os requisitos de qualificação previstos no edital de licitação (fase de habilitação). Apenas depois de analisados estes documentos, é que serão abertas as propostas dos licitantes.
A Lei do Pregão e a Lei do RDC contemplam a inversão de fases, que de fato se mostrou extremamente vantajosa à celeridade do processo licitatório. A experiência demonstra que a Administração Pública perde muito tempo com a análise dos documentos de habilitação de todos os interessados e que, vez por outra, tal análise acaba no Poder Judiciário, o que prejudica ainda mais a celeridade da licitação. Ao restringir a análise dos documentos de habilitação apenas ao licitante que apresentou a melhor proposta (nisso consiste a inversão de fases), poupa-se, sem dúvida alguma, muito tempo e recursos públicos.
Tornar a inversão de fases a regra no Direito brasileiro é, aos nossos olhos, uma medida salutar deste projeto de lei.
Outro ponto relevante e positivo do projeto de lei é a ampliação do uso do chamado Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), até o momento restrito às Parceiras Público-Privadas (Lei 11.079/2004) e às concessões e permissões de serviço público (Lei 8.987/1995).
O PMI, comum em diversos países do mundo, nada mais é do que um chamamento da Administração Pública para que eventuais interessados possam apresentar, por sua conta e risco, estudos de viabilidade e propostas relativas aos mais diversos projetos, que, a critério da Administração, poderão ser licitados ou não.
Um bom exemplo de PMI pode ser encontrado na Prefeitura de São Paulo que, através do chamamento nº 01/2013, convocou interessados para a apresentação de estudos técnicos e modelagem de projetos para a manutenção e modernização da infraestrutura da Rede de Iluminação Pública. Por ser um assunto de grande complexidade, a Prefeitura de São Paulo busca, a partir de estudos formulados por interessados, soluções técnicas para melhorar a sua complexa rede de iluminação pública.
A mesma lógica do Procedimento de Manifestação de Interesse nas concessões de serviços públicos pode ser utilizada em processos licitatórios para a contratação de serviços e obras de maior complexidade técnica, na medida em que estas exigem, por óbvio, maior planejamento da Administração Pública.
O terceiro ponto que merece destaque se liga à possibilidade de que todas as licitações, desde que devidamente justificadas, divulguem seus orçamentos somente depois do encerramento do certame. Trate-se da figura do orçamento sigiloso, prevista na Lei do RDC.
Apesar de não ser um tema fácil e merecer duras críticas de autores de nomeada, o orçamento sigiloso, ao nosso ver, não é inconstitucional e possui justificativas suficientes para protrair a divulgação do orçamento do certame: (i) estimular a elaboração de propostas adequadas à capacidade de cada licitante (= proposta sólida); (ii) possibilitar que a administração obtenha contratação mais vantajosa, pois o conhecimento antecipado do orçamento pode desestimular os licitantes a apresentar propostas melhores; (iii) evitar o conluio de licitantes.
Assim, instituir o orçamento sigiloso como regra em todos os processos licitatórios, tal como prevê o projeto de lei em comento, pode ser outra medida salutar para o Direito brasileiro.
Apesar de termos destacado três pontos positivos do projeto de lei, este, obviamente, não é infenso a críticas. Longe disso. Mas estas críticas ficarão para outro momento, pois sabemos que modificar uma lei amplamente difundida no Direito brasileiro não é uma tarefa fácil. O que é preciso é fomentar o debate.
Gustavo Marinho de Carvalho é mestre em Direito Administrativo pela PUC/SP, advogado e membro do Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos da Infraestrutura – IBEJI.

Arquivo em:Direito Tagged: licitações, RDC licitações Copa do Mundo Jogos Olímpicos

Globo, Record, SBT e Rede TV em queda e Globo fechará 2013 com a sua pior marca na história

30 de Dezembro de 2013, 15:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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O Brasil tem salvação. Segundo o Ibope em medição na grande São Paulo, a Rede Globo, Record, SBT e Rede TV fecharam 2013 em queda.

A Globo fechará o ano com 14,3 pontos de média, entre as 7h e meia-noite, a sua pior marca na história.

Ranking: Globo (14,3), Record (6,1), SBT (5,3), Band (2,5), Cultura (1,2) e Rede TV (0,8).


Arquivo em:Política Tagged: Rede Globo

Beth Carvalho: “socialismo pode salvar a humanidade”, “a mídia censura no Brasil” e “CIA quer acabar com o samba”

30 de Dezembro de 2013, 15:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Veja partes da entrevista do portal IG com a sambista Beth Carvalho:

Se tivessem respeitado os Cieps de Leonel Brizola, a atual geração não seria de viciados em crack, mas de pessoas bem informadas. Brizola discutia por que não metem o pé na porta nos condomínios da Avenida Viera Souto (em Ipanema) como metem nos barracos. Ele não podia fazer milagre.”

Eu só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade. Não tem outro (fala de forma enfática). Cuba diz ‘me deixem em paz’. Os Estados Unidos, com o bloqueio econômico, fazem sacanagem com um país pobre que só tem cana de açúcar e tabaco.”

“Eu não me sinto com liberdade de expressão no Brasil.”

“Existe uma ditadura civil no Brasil. Você não pode falar mal de muita coisa.”

Tem uma mídia aí que acaba com você. Existe uma censura. Não tem quase nenhum programa de TV ao vivo que nos permita ir lá falar o que pensamos. São todos gravados. Você não sabe que vai sair o que você falou, tudo tem edição. A censura está no ar.”

“Cuba não precisa ter mais que um partido. É um partido contra todo o imperialismo dos Estados Unidos. Aqui a gente está acostumada a ter vários partidos e acha que isso é democracia.”

iG: “Este não seria um pensamento ultrapassado?” BETH CARVALHO: “Meu Deus do céu! Estados Unidos têm ódio mortal da derrota para oito homens, incluindo Fidel e Che, que expulsaram os americanos usando apenas o idealismo cubano . Os americanos dormem e acordam pensando o dia inteiro em como acabar com Cuba. É muito difícil ter outro Fidel, outro Brizola, outro Lula. A cada cem anos você tem um Pixinguinha, um Cartola, um Vinicius de Moraes… A mesma coisa na liderança política. Não é questão de ditadura, é dificuldade de encontrar outro melhor para ocupar o cargo. É difícil encontrar outro Hugo Chávez.”

“Chávez é um grande líder, é uma maravilha aquele homem. Ele acabou com a exploração dos Estados Unidos. Onde tem petróleo estão os Estados Unidos. Chávez acabou com o analfabetismo na Venezuela, que é o foco dos Estados Unidos porque surgiu um líder eleito pelo povo. Houve uma tentativa de golpe dos americanos apoiada por uma rede de TV.

“Chávez não tirou TV do ar, não deu mais a concessão. É diferente. Aqui no Brasil o governo pode fazer a mesma coisa, televisão aberta é concessão pública. Por que vou dar concessão a quem deu um golpe sujo em mim? Tem todo direito de não dar. Quem cassava direitos era a ditadura militar, é de direito não dar concessão. Isso eu apoio.”

“Hoje dificilmente se consegue senhoras para a ala das baianas nas escolas de samba. Elas estão nas igrejas evangélicas, proibidas de sambar. Não se vê mais garoto com tamborim na mão, vê com fuzil. O samba perdeu espaço para o funk.”

“A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura. Estas armas dos morros vêm de onde? Vem tudo de fora. Os Estados Unidos colocam armas aqui dentro para acabar com a cultura dos morros, nos fazendo achar que é paranoia da esquerda. Mas não é, não.”

“Samba é resistência. Meu disco é uma resistência, não deixa de ser uma passeata: ‘Nosso samba tá na rua’.”

Em tempo, indico uma entrevista com a Beth Carvalho em blog que não é do PIG: Buteco do Edu


Arquivo em:Política Tagged: Beth Carvalho, democracia, socialismo

Por que me tornei a favor das cotas para negros

30 de Dezembro de 2013, 15:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Cotas para negros: por que mudei de opinião. Juiz federal, mestre em Direito e ferrenho opositor das cotas explica as razões que o fizeram mudar de ideia

O escritor e Juiz Federal William Douglas, que era ferrenho opositor das cotas para negros, explica as razões que o fizeram mudar de ideia

Da Revista Fórum e Pragmatismo Político

Por William Douglas, juiz federal (RJ), mestre em Direito (UGF), especialista em Políticas Públicas e Governo (EPPG/UFRJ), professor e escritor, caucasiano e de olhos azuis

Roberto Lyra, Promotor de Justiça, um dos autores do Código Penal de 1940, ao lado de Alcântara Machado e Nelson Hungria, recomendava aos colegas de Ministério Público que “antes de se pedir a prisão de alguém deveria se passar um dia na cadeia”. Gênio, visionário e à frente de seu tempo, Lyra informava que apenas a experiência viva permite compreender bem uma situação.

Quem procurar meus artigos, verá que no início era contra as cotas para negros, defendendo – com boas razões, eu creio – que seria mais razoável e menos complicado reservá-las apenas para os oriundos de escolas públicas. Escrevo hoje para dizer que não penso mais assim. As cotas para negros também devem existir. E digo mais: a urgência de sua consolidação e aperfeiçoamento é extraordinária.

Embora juiz federal, não me valerei de argumentos jurídicos. A Constituição da República é pródiga em planos de igualdade, de correção de injustiças, de construção de uma sociedade mais justa. Quem quiser, nela encontrará todos os fundamentos que precisa. A Constituição de 1988 pode ser usada como se queira, mas me parece evidente que a sua intenção é, de fato, tornar esse país melhor e mais decente. Desde sempre as leis reservaram privilégios para os abastados, não sendo de se exasperarem as classes dominantes se, umas poucas vezes ao menos, sesmarias, capitanias hereditárias, cartórios e financiamentos se dirigirem aos mais necessitados.

Não me valerei de argumentos técnicos nem jurídicos dado que ambos os lados os têm em boa monta, e o valor pessoal e a competência dos contendores desse assunto comprovam que há gente de bem, capaz, bem intencionada, honesta e com bons fundamentos dos dois lados da cerca: os que querem as cotas para negros, e os que a rejeitam, todos com bons argumentos.

Por isso, em texto simples, quero deixar clara minha posição como homem, cristão, cidadão, juiz, professor, “guru dos concursos” e qualquer outro adjetivo a que me proponha: as cotas para negros devem ser mantidas e aperfeiçoadas. E meu melhor argumento para isso é o aquele que me convenceu a trocar de lado: “passar um dia na cadeia”. Professor de técnicas de estudo, há nove anos venho fazendo palestras gratuitas sobre como passar no vestibular para a EDUCAFRO, pré-vestibular para negros e carentes.

Mesmo sendo, por ideologia, contra um pré-vestibular “para negros”, aceitei convite para aulas como voluntário naquela ONG por entender que isso seria uma contribuição que poderia ajudar, ou seja, aulas, doação de livros, incentivo. Sempre foi complicado chegar lá e dizer minha antiga opinião contra cotas para negros, mas fazia minha parte com as aulas e livros. E nessa convivência fui descobrindo que se ser pobre é um problema, ser pobre e negro é um problema maior ainda.

Meu pai foi lavrador até seus 19 anos, minha mãe operária de “chão de fábrica”, fui pobre quando menino, remediado quando adolescente. Nada foi fácil, e não cheguei a juiz federal, a 350.000 livros vendidos e a fazer palestras para mais de 750.000 pessoas por um caminho curto, nem fácil. Sei o que é não ter dinheiro, nem portas, nem espaço. Mas tive heróis que me abriram a picada nesse matagal onde passei. E conheço outros heróis, negros, que chegaram longe, como Benedito Gonçalves, Ministro do STJ, Angelina Siqueira, juíza federal. Conheço vários heróis, negros, do Supremo à portaria de meu prédio.

Apenas não acho que temos que exigir heroísmo de cada menino pobre e negro desse país. Minha filha, loura e de olhos claros, estuda há três anos num colégio onde não há um aluno negro sequer, onde há brinquedos, professores bem remunerados, aulas de tudo; sua similar negra, filha de minha empregada, e com a mesma idade, entrou na escola esse ano, escola sem professores, sem carteiras, com banheiro quebrado. Minha filha tem psicóloga para ajudar a lidar com a separação dos pais, foi à Disney, tem aulas de Ballet. A outra, nada, tem um quintal de barro, viagens mais curtas. A filha da empregada, que ajudo quanto posso, visitou minha casa e saiu com o sonho de ter seu próprio quarto, coisa que lhe passou na cabeça quando viu o quarto de minha filha, lindo, decorado, com armário inundado de roupas de princesa. Toda menina é uma princesa, mas há poucas das princesas negras com vestidos compatíveis, e armários, e escolas compatíveis, nesse país imenso. A princesa negra disse para sua mãe que iria orar para Deus pedindo um quarto só para ela, e eu me incomodei por lembrar que Deus ainda insiste em que usemos nossas mãos humanas para fazer Sua Justiça. Sei que Deus espera que eu, seu filho, ajude nesse assunto. E se não cresse em Deus como creio, saberia que com ou sem um ser divino nessa história, esse assunto não está bem resolvido. O assunto demanda de todos nós uma posição consistente, uma que não se prenda apenas à teorias e comece a resolver logo os fatos do cotidiano: faltam quartos e escolas boas para as princesas negras, e também para os príncipes dessa cor de pele.

Não que tenha nada contra o bem estar da minha menina: os avós e os pais dela deram (e dão) muito duro para ela ter isso. Apenas não acho justo nem honesto que lá na frente, daqui a uma década de desigualdade, ambas sejam exigidas da mesma forma. Eu direi para minha filha que a sua similar mais pobre deve ter alguma contrapartida para entrar na faculdade. Não seria igualdade nem honesto tratar as duas da mesma forma só ao completarem quinze anos, mas sim uma desmesurada e cruel maldade, para não escolher palavras mais adequadas.

Não se diga que possamos deixar isso para ser resolvido só no ensino fundamental e médio. É quase como não fazer nada e dizer que tudo se resolverá um dia, aos poucos. Já estamos com duzentos anos de espera por dias mais igualitários. Os pobres sempre foram tratados à margem. O caso é urgente: vamos enfrentar o problema no ensino fundamental, médio, cotas, universidade, distribuição de renda, tributação mais justa e assim por diante. Não podemos adiar nada, nem aguardar nem um pouco.

Foi vendo meninos e meninas negros, e negros e pobres, tentando uma chance, sofrendo, brilhando nos olhos uma esperança incômoda diante de tantas agruras, que fui mudando minha opinião. Não foram argumentos jurídicos, embora eu os conheça, foi passar não um, mas vários “dias na cadeia”. Na cadeia deles, os pobres, lugar de onde vieram meus pais, de um lugar que experimentei um pouco só quando mais moço. De onde eles vêm, as cotas fazem todo sentido.

Se alguém discorda das cotas, me perdoe, mas não devem faze-lo olhando os livros e teses, ou seus temores. Livros, teses, doutrinas e leis servem a qualquer coisa, até ao nazismo. Temores apenas toldam a visão serena. Para quem é contra, com respeito, recomendo um dia “na cadeia”. Um dia de palestra para quatro mil pobres, brancos e negros, onde se vê a esperança tomar forma e precisar de ajuda. Convido todos que são contra as cotas a passar conosco, brancos e negros, uma tarde num cursinho pré-vestibular para quem não tem pão, passagem, escola, psicólogo, cursinho de inglês, ballet, nem coisa parecida, inclusive professores de todas as matérias no ensino médio.

Se você é contra as cotas para negros, eu o respeito. Aliás, também fui contra por muito tempo. Mas peço uma reflexão nessa semana: na escola, no bairro, no restaurante, nos lugares que freqüenta, repare quantos negros existem ao seu lado, em condições de igualdade (não vale porteiro, motorista, servente ou coisa parecida). Se há poucos negros ao seu redor, me perdoe, mas você precisa “passar um dia na cadeia” antes de firmar uma posição coerente não com as teorias (elas servem pra tudo), mas com a realidade desse país. Com nossa realidade urgente. Nada me convenceu, amigos, senão a realidade, senão os meninos e meninas querendo estudar ao invés de qualquer outra coisa, querendo vencer, querendo uma chance.

Ah, sim, “os negros vão atrapalhar a universidade, baixar seu nível”, conheço esse argumento e ele sempre me preocupou, confesso. Mas os cotistas já mostraram que sua média de notas é maior, e menor a média de faltas do que as de quem nunca precisou das cotas. Curiosamente, negros ricos e não cotistas faltam mais às aulas do que negros pobres que precisaram das cotas. A explicação é simples: apesar de tudo a menos por tanto tempo, e talvez por isso, eles se agarram com tanta fé e garra ao pouco que lhe dão, que suas notas são melhores do que a média de quem não teve tanta dificuldade para pavimentar seu chão. Somos todos humanos, e todos frágeis e toscos: apenas precisamos dar chance para todos.

Precisamos confirmar as cotas para negros e para os oriundos da escola pública. Temos que podemos considerar não apenas os deficientes físicos (o que todo mundo aceita), mas também os econômicos, e dar a eles uma oportunidade de igualdade, uma contrapartida para caminharem com seus co-irmãos de raça (humana) e seus concidadãos, de um país que se quer solidário, igualitário, plural e democrático. Não podemos ter tanta paciência para resolver a discriminação racial que existe na prática: vamos dar saltos ao invés de rastejar em direção a políticas afirmativas de uma nova realidade.

Se você não concorda, respeito, mas só se você passar um dia conosco “na cadeia”. Vendo e sentindo o que você verá e sentirá naquele meio, ou você sairá concordando conosco, ou ao menos sem tanta convicção contra o que estamos querendo: igualdade de oportunidades, ou ao menos uma chance. Não para minha filha, ou a sua, elas não precisarão ser heroínas e nós já conseguimos para elas uma estrada. Queremos um caminho para passar quem não está tendo chance alguma, ao menos chance honesta. Daqui a alguns poucos anos, se vierem as cotas, a realidade será outra. Uma melhor. E queremos você conosco nessa história.

Não creio que esse mundo seja seguro para minha filha, que tem tudo, se ele não for ao menos um pouco mais justo para com os filhos dos outros, que talvez não tenham tido minha sorte. Talvez seus filhos tenham tudo, mas tudo não basta se os filhos dos outros não tiverem alguma coisa. Seja como for, por ideal, egoísmo (de proteger o mundo onde vão morar nossos filhos), ou por passar alguns dias por ano “na cadeia” com meninos pobres, negros, amarelos, pardos, brancos, é que aposto meus olhos azuis dizendo que precisamos das cotas, agora.

E, claro, financiar os meninos pobres, negros, pardos, amarelos e brancos, para que estudem e pelo conhecimento mudem sua história, e a do nosso país comum pois, afinal de contas, moraremos todos naquilo que estamos construindo.

Então, como diria Roberto Lyra, em uma de suas falas, “O sol nascerá para todos. Todos dirão – nós – e não – eu. E amarão ao próximo por amor próprio. Cada um repetirá: possuo o que dei. Curvemo-nos ante a aurora da verdade dita pela beleza, da justiça expressa pelo amor.”

Justiça expressa pelo amor e pela experiência, não pelas teses. As cotas são justas, honestas, solidárias, necessárias. E, mais que tudo, urgentes. Ou fique a favor, ou pelo menos visite a cadeia.


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Gleisi: “Beto Richa é incapaz e incompetente”

30 de Dezembro de 2013, 15:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Na Gazeta do Povo de domingo (ontem, 29), dia da semana de maior tiragem de forma disparada, foi divulgada entrevista com o governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (PSDB), vulgo Beto Richa. Hoje, dia de menor tiragem, foi a vez da entrevista com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), que volta a assumir sua cadeira no senado no início de 2014. Ele será candidata ao governo do Estado. A pergunta é se a Gazeta vai fazer uma entrevista com o senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB), também pré-candidato ao governo com chances de vencer Richa.

Veja os principais trechos da entrevista:

“Infelizmente, o governo Beto Richa (PSDB) do estado não tem dado os estímulos necessários nem tem feito as concertações necessárias para ampliar esse potencial de desenvolvimento.”

“Uma grande colaboração que o governo do estado poderia dar, em primeiro lugar, é pagar em dia seus fornecedores. Em segundo lugar, deveria estimular principalmente a micro e pequena empresa e rever sua política de substituição tributária. Em terceiro, enfrentar de vez a questão dos pedágios distorcidos e que tanto contribui para onerar a nossa produção.”

Eu lamento que se tente justificar a incapacidade e a incompetência administrativa do governo estadual e do chefe do Executivo colocando a culpa em outras situações e outras pessoas. Os empréstimos do Paraná só não saíram porque o estado estava com pendências no Cadastro Único de Convênios da União e não respeitava a Lei de Responsabilidade Fiscal, já demonstrando uma desgovernança.”

Faltou na realidade gestão financeira e administrativa para o estado. O governo da presidenta Dilma tem se pautado por ter uma administração republicana. Todos os estados brasileiros são contemplados com recursos, programas, com os projetos que o governo federal coloca à disposição da sociedade brasileira. Fizemos um grande esforço para que o Paraná pudesse ser contemplado na maioria desses programas. E o estado foi contemplado com investimentos em rodovias, nas BRs-153, 163 a 487, que são trechos com infraestrutura finalizada. Vamos fazer a licitação da BR-163, de Cascavel a Marmelândia. Finalizamos o contorno oeste de Cascavel. Em janeiro vamos entregar o contorno de Maringá. Estamos fazendo um grande investimento em mobilidade urbana em Curitiba. Temos grandes investimentos para o porto de Paranaguá, para os nossos aeroportos, em São José dos Pinhais, no Bacacheri, em Foz do Iguaçu, em Londrina. O programa Minha Casa, Minha Vida tem um dos maiores investimentos no Paraná. Há entregas de máquinas e equipamentos, reformas de unidades básicas de saúde de unidades de pronto atendimento. Colocamos duas universidades no estado. Ou seja, o governo federal tem feito grandes investimentos no Paraná.”

“Há uma baixa iniciativa do governo do estado em relação à captação de recursos federais e de ampliação de programas e projetos.”

“Eu espero que a campanha para o governo do Paraná, quem quer que sejam os candidatos que participem, possa se pautar por um debate propositivo para o nosso estado. O Paraná é um estado muito pujante. Se tiver boas iniciativas e uma boa coordenação de governo, é um estado que pode despontar ainda mais no cenário nacional e internacional.

O Paraná só está crescendo no ritmo que está crescendo graças à política econômica feita pelo governo federal. Quem faz política econômica não é o governo do estado. Se a agricultura teve esse desenvolvimento, é porque fizemos investimentos fundamentais. Hoje nós financiamos a agricultura brasileira com juros subsidiados, de no máximo 5,5% ao ano. Nós temos um programa de investimentos em máquinas e equipamentos com juro de 3,5% ao ano. E colocamos agora, no Plano Safra 2013/2014, um programa de financiamento de armazenagem também com juro de 3,5% ao ano, três anos de carência e 15 anos para pagar. O Paraná é o estado que tem mais projetos em análise na área de agricultura no Banco do Brasil e que mais liberou recursos até agora. Essa pujança da agricultura, que é um dos fatores que levantam a economia paranaense, tem a ver com uma política de estímulo a crédito e investimentos na agricultura. Se nós formos olhar Mato Grosso, com certeza vai ter o mesmo desempenho. O emprego está bom no Paraná porque está bom no Brasil. Nós temos a menor taxa de desemprego nacional da nossa história. É óbvio que tudo isso tem reflexo no Paraná e se deve a uma política de defesa da produção nacional e, principalmente, da indústria. Não podemos esquecer que o Paraná recebeu três grandes empresas na área de indústria automobilística, a Audi, a Volkswagem e a DAF Caminhões, graças ao estímulo da desoneração de 30% no Imposto sobre Produtos Industrializados. Aqui não tem estímulo do governo do estado. Portanto, a política de proteção de emprego tem a ver com medidas nacionais e não locais.”

O crescimento do Paraná é por conta das políticas que estamos desenvolvendo de proteção do nosso emprego, da nossa renda, da nossa indústria e da produção agrícola. Eu poderia dizer que, a despeito do que o governo do Paraná está fazendo, nós crescemos. Porque nós temos no Paraná um pedágio caro, nós temos fornecedores sem receber e tivemos agora uma política de substituição tributária que praticamente afoga nossas pequenas e micro empresas.

“A economia paranaense é diferente, é diversificada. Tem agricultura, grande, média e familiar, tem indústria, comércio desenvolvido, um bom setor de serviços. Mesmo assim, o governo do estado não consegue captar essa pujança para que a gestão possa ser melhorada. Me preocupa muito. Mostra a falta de zelo, a incompetência, a incapacidade administrativa do governo.

Perfis falsos nas redes sociais foram feitos e estimulados por servidores do governo do estado, o que eu lamento muito.”

“Eu fiz questão de visitar uma unidade de saúde em Curitiba, no Tatuquara, para saber como na prática estava sendo um programa [Programa Mais Médicos] que estávamos começando a discutir em 2012. Foi emocionante ver a população dizer: o médico me atende [nesse momento da entrevista, Gleisi começa a chorar]. Eu acho que isso é dar resultado às pessoas.


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Gleisi: “Beto Richa é incapaz e incompetente”

30 de Dezembro de 2013, 15:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Na Gazeta do Povo de domingo (ontem, 29), dia da semana de maior tiragem de forma disparada, foi divulgada entrevista com o governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (PSDB), vulgo Beto Richa. Hoje, dia de menor tiragem, foi a vez da entrevista com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), que volta a assumir sua cadeira no senado no início de 2014. Ele será candidata ao governo do Estado. A pergunta é se a Gazeta vai fazer uma entrevista com o senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB), também pré-candidato ao governo com chances de vencer Richa.

Veja os principais trechos da entrevista:

“Infelizmente, o governo Beto Richa (PSDB) do estado não tem dado os estímulos necessários nem tem feito as concertações necessárias para ampliar esse potencial de desenvolvimento.”

“Uma grande colaboração que o governo do estado poderia dar, em primeiro lugar, é pagar em dia seus fornecedores. Em segundo lugar, deveria estimular principalmente a micro e pequena empresa e rever sua política de substituição tributária. Em terceiro, enfrentar de vez a questão dos pedágios distorcidos e que tanto contribui para onerar a nossa produção.”

Eu lamento que se tente justificar a incapacidade e a incompetência administrativa do governo estadual e do chefe do Executivo colocando a culpa em outras situações e outras pessoas. Os empréstimos do Paraná só não saíram porque o estado estava com pendências no Cadastro Único de Convênios da União e não respeitava a Lei de Responsabilidade Fiscal, já demonstrando uma desgovernança.”

Faltou na realidade gestão financeira e administrativa para o estado. O governo da presidenta Dilma tem se pautado por ter uma administração republicana. Todos os estados brasileiros são contemplados com recursos, programas, com os projetos que o governo federal coloca à disposição da sociedade brasileira. Fizemos um grande esforço para que o Paraná pudesse ser contemplado na maioria desses programas. E o estado foi contemplado com investimentos em rodovias, nas BRs-153, 163 a 487, que são trechos com infraestrutura finalizada. Vamos fazer a licitação da BR-163, de Cascavel a Marmelândia. Finalizamos o contorno oeste de Cascavel. Em janeiro vamos entregar o contorno de Maringá. Estamos fazendo um grande investimento em mobilidade urbana em Curitiba. Temos grandes investimentos para o porto de Paranaguá, para os nossos aeroportos, em São José dos Pinhais, no Bacacheri, em Foz do Iguaçu, em Londrina. O programa Minha Casa, Minha Vida tem um dos maiores investimentos no Paraná. Há entregas de máquinas e equipamentos, reformas de unidades básicas de saúde de unidades de pronto atendimento. Colocamos duas universidades no estado. Ou seja, o governo federal tem feito grandes investimentos no Paraná.”

“Há uma baixa iniciativa do governo do estado em relação à captação de recursos federais e de ampliação de programas e projetos.”

“Eu espero que a campanha para o governo do Paraná, quem quer que sejam os candidatos que participem, possa se pautar por um debate propositivo para o nosso estado. O Paraná é um estado muito pujante. Se tiver boas iniciativas e uma boa coordenação de governo, é um estado que pode despontar ainda mais no cenário nacional e internacional.

O Paraná só está crescendo no ritmo que está crescendo graças à política econômica feita pelo governo federal. Quem faz política econômica não é o governo do estado. Se a agricultura teve esse desenvolvimento, é porque fizemos investimentos fundamentais. Hoje nós financiamos a agricultura brasileira com juros subsidiados, de no máximo 5,5% ao ano. Nós temos um programa de investimentos em máquinas e equipamentos com juro de 3,5% ao ano. E colocamos agora, no Plano Safra 2013/2014, um programa de financiamento de armazenagem também com juro de 3,5% ao ano, três anos de carência e 15 anos para pagar. O Paraná é o estado que tem mais projetos em análise na área de agricultura no Banco do Brasil e que mais liberou recursos até agora. Essa pujança da agricultura, que é um dos fatores que levantam a economia paranaense, tem a ver com uma política de estímulo a crédito e investimentos na agricultura. Se nós formos olhar Mato Grosso, com certeza vai ter o mesmo desempenho. O emprego está bom no Paraná porque está bom no Brasil. Nós temos a menor taxa de desemprego nacional da nossa história. É óbvio que tudo isso tem reflexo no Paraná e se deve a uma política de defesa da produção nacional e, principalmente, da indústria. Não podemos esquecer que o Paraná recebeu três grandes empresas na área de indústria automobilística, a Audi, a Volkswagem e a DAF Caminhões, graças ao estímulo da desoneração de 30% no Imposto sobre Produtos Industrializados. Aqui não tem estímulo do governo do estado. Portanto, a política de proteção de emprego tem a ver com medidas nacionais e não locais.”

O crescimento do Paraná é por conta das políticas que estamos desenvolvendo de proteção do nosso emprego, da nossa renda, da nossa indústria e da produção agrícola. Eu poderia dizer que, a despeito do que o governo do Paraná está fazendo, nós crescemos. Porque nós temos no Paraná um pedágio caro, nós temos fornecedores sem receber e tivemos agora uma política de substituição tributária que praticamente afoga nossas pequenas e micro empresas.

“A economia paranaense é diferente, é diversificada. Tem agricultura, grande, média e familiar, tem indústria, comércio desenvolvido, um bom setor de serviços. Mesmo assim, o governo do estado não consegue captar essa pujança para que a gestão possa ser melhorada. Me preocupa muito. Mostra a falta de zelo, a incompetência, a incapacidade administrativa do governo.

Perfis falsos nas redes sociais foram feitos e estimulados por servidores do governo do estado, o que eu lamento muito.”

“Eu fiz questão de visitar uma unidade de saúde em Curitiba, no Tatuquara, para saber como na prática estava sendo um programa [Programa Mais Médicos] que estávamos começando a discutir em 2012. Foi emocionante ver a população dizer: o médico me atende [nesse momento da entrevista, Gleisi começa a chorar]. Eu acho que isso é dar resultado às pessoas.


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Imagens de 2013

30 de Dezembro de 2013, 11:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Horizontes da Integração Latino-Americana – Lula

30 de Dezembro de 2013, 11:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Horizontes da Integração Latino-Americana, por Luiz Inácio Lula da Silva

A volta de Michelle Bachelet à presidência do Chile é um fato muito auspicioso para a América do Sul e toda a América Latina. As notáveis qualidades humanas e políticas que ela demonstrou em seu primeiro governo e, posteriormente, no comando da ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas para igualdade de gênero, conferiram-lhe um merecido prestígio nacional e internacional. Sua liderança – ao mesmo tempo firme e agregadora – e o seu compromisso de vida com a liberdade e a justiça social, fazem de Bachelet uma referência importante em nosso continente.

A consagradora vitória que acaba de obter revela também que o povo chileno, tal como os outros povos da região, anseia por um verdadeiro desenvolvimento, capaz de combinar o econômico e o social, a expansão das riquezas com a sua equitativa distribuição, a modernização tecnológica com a redução das desigualdades e a universalização de direitos. E reivindica, além disso, uma democracia cada vez mais participativa.

Por outro lado, a eleição de Bachelet inegavelmente reforça o processo de integração sul-americana e latino-americana, na medida em que sempre apoiou com entusiasmo as iniciativas voltadas para o desenvolvimento compartilhado e a unidade política da região. Basta lembrar a sua contribuição decisiva para a criação e consolidação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), da qual foi a primeira presidente, e para a constituição da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Aliás, nunca houve na América Latina tantos governantes comprometidos com esse processo.

Estive no Chile durante o segundo turno das eleições justamente para debater as perspectivas da integração, participando de um seminário internacional promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Instituto Lula.

Durante dois dias, 120 lideranças politicas, sociais e intelectuais dos nossos países fizeram um diagnóstico atualizado e debateram uma agenda concreta para o desenvolvimento e a integração regional.

Discutiu-se francamente a inserção da América Latina na economia mundial; a arquitetura político-institucional da integração; o papel das políticas sociais, especialmente no combate à pobreza; as cadeias produtivas supra-nacionais; as empresas translatinas; as conexões físicas e energéticas; a cooperação financeira e os mecanismos de investimento; os direitos humanos e laborais; a defesa do patrimônio ambiental e da diversidade cultural.

Há um grande consenso sobre a necessidade da integração, que interessa na prática a todos os nossos povos e países, independentemente da coloração ideológica dos respectivos governos. As diversas regiões do mundo estão se integrando e constituindo blocos econômicos e políticos, e não faria sentido que apenas a América Latina e o Caribe deixassem de unir-se. Nossos países viveram secularmente de costas uns para os outros e todos sabemos o quanto isso foi nefasto em termos de fragilidade geopolítica e de atraso socioeconômico. Não se trata de um movimento contra os países desenvolvidos, com os quais queremos incrementar nosso intercâmbio em todos os níveis, mas de legítima afirmação da nossa própria região. O aprofundamento da integração latino-americana – política, cultural, social, de infraestrutura, de mercados – é um caminho natural e lógico, destinado a aproveitar a nossa proximidade territorial e cultural e as nossas vantagens comparativas. Sem falar que, juntos, seguramente teremos mais força para garantir nossos direitos no âmbito global.

É opinião geral que, na última década, tivemos conquistas extraordinárias em matéria de parcerias e cooperação. Aumentou a confiança e o diálogo substantivo entre os nossos países, sem o que não se conseguiria criar a UNASUL e a CELAC. Mas as relações econômicas também se expandiram consideravelmente. O comércio, por exemplo, cresceu de modo impressionante. Em 2002, segundo a CEPAL, o fluxo total do comércio intra-regional na América do Sul era de U$33 bilhões; em 2011, já havia atingido os U$ 135 bilhões. No mesmo período, o fluxo no conjunto da América Latina passou de U$ 49 bilhões para U$ 189 bilhões. E o seu horizonte de crescimento é enorme, pois somos um mercado de 400 milhões de pessoas e até agora só exploramos uma pequena parte do nosso potencial de trocas.

O mesmo acontece com os investimentos produtivos. As empresas da região estão se internacionalizando e investindo nos países vizinhos. No caso brasileiro, tínhamos poucos investimentos industriais na América Latina. Hoje, são centenas de plantas, em mais de 20 países. E a recíproca, felizmente, é verdadeira: existe um número crescente de empresas argentinas, mexicanas, chilenas, colombianas e peruanas, entre outras, produzindo no Brasil para o mercado brasileiro.

É evidente, no entanto, que precisamos avançar muito mais. Devemos acelerar a integração, que pode ser mais profunda e abrangente. Para isso, com certeza, não bastam as visões de curto prazo. Tenho dito que necessitamos de um pensamento realmente estratégico, capaz de encarar os desafios da integração na perspectiva do futuro, dando-lhes respostas corajosas e inovadoras. Temos que ir, igualmente, além dos governos, por fundamentais que eles sejam. A integração é uma bela empreitada histórica que só se concretizará plenamente se lograrmos comprometer toda a sociedade civil dos nossos países, os sindicatos, os empresários, as universidades, as igrejas, a juventude.

É imprescindível construir uma vontade popular de integração. O principal é que todos compreendam o quanto podemos ganhar coletivamente na economia, na soberania política, na igualdade social, no desenvolvimento cultural e científico com a associação dos nossos destinos.


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Estadão divulga para todo o Brasil que o Paraná de Beto Richa é caloteiro

30 de Dezembro de 2013, 11:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Depois da Folha de S. Paulo detonar Beto Richa (PSDB), agora foi a vez de outro famoso jornal brasileiro, O Estado de S. Paulo, mostrar as incompetências e desmandos do governo tucano de Carlos Alberto. Veja a matéria completa do Estadão de ontem:

Em crise, Paraná para de pagar fornecedores

Gastos do Estado com pessoal chegam a 48,8% (o máximo é 49%) e governador interrompe pagamentos da gestão

Julio Cesar Lima / Curitiba, especial para o Estado – O Estado de S.Paulo

A crise financeira que desequilibrou as contas do governo do Paraná neste ano teve mais um capítulo no final do ano.

Beto Richa, governador do Paraná - Rafael Arbex/Estadão

Rafael Arbex/Estadão
Beto Richa, governador do Paraná

Ao mesmo tempo em que o Estado atingiu a marca de 48,8% da receita comprometida com pagamento de pessoal, aproximando-se do teto de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, a gestão do governador tucano Beto Richa suspendeu pagamentos a parte de seus fornecedores.

Segundo o Decreto 9.623, publicado no último dia 17, “os empenhos não processados do exercício financeiro de 2013, relativos aos recursos de quaisquer fontes” ficarão cancelados, e depois do dia 31 de janeiro de 2014 “os restos a pagar serão automaticamente cancelados, sendo que o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores, mediante o reconhecimento de dívida pela autoridade competente”.

Com base nisso, há o risco de muitos fornecedores ficarem sem receber a partir de fevereiro de 2014. “A inscrição em restos a pagar, decorrente de despesas de investimentos, só ocorrerá se estiver autorizada pela Secretaria da Fazenda, em função do condicionamento ao limite de metas fiscais estabelecidas”.

O governo não quis falar sobre o assunto e nem explicar as metas que foram projetadas. Segundo a assessoria, “os números estão sendo ajustados”.

A suspensão dos pagamentos ocorre em um momento em que o governo paranaense está prestes a receber cerca de R$ 2 bilhões, entre empréstimos internacionais do Banco Mundial e recursos federais.

O líder da bancada do PT, deputado estadual Tadeu Veneri (PT), disse que o decreto – assinado pelo governador Beto Richa, pelas secretárias Jozélia Nogueira (Fazenda) e Dinorah Nogara (Administração) e o secretário de Governo, Cezar Silvestri – mostra o “desequilíbrio das contas no governo”. Ele fala em “oficialização do calote”.

Segundo o petista, o governo perdeu o controle de suas contas no momento em que desejou fazer uma gestão política. “Eles (governo) investiram R$ 600 milhões em publicidade, mais R$ 1 bilhão em software, sendo que já existia um livre e gratuito e têm gasto muitos recursos na reparações de veículos. Além disso, dispensaram apenas 81 comissionados dos 1.000 anunciados há alguns meses em uma jogada de marketing”, acusa o petista Veneri.

O governo tem enfrentado dificuldades nos pagamentos de fornecedores de combustíveis, atrasos nos repasses de obras – hospitais e escolas – do PAC na Região Metropolitana de Curitiba e há ainda o risco de ser suspensa a entrega de comida aos presos do sistema penitenciário, igualmente por falta de pagamento.

Nesta semana, o governo retirou da pauta de votação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), por pressões, a criação da Fundação Estatal em Saúde (Funeas), que seria uma alternativa de contratação de médicos por meio da CLT e que não correria riscos de onerar ainda mais a folha de pagamento e extrapolar o limite da LRF. O projeto voltará a ser discutido em fevereiro de 2014.


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Pronunciamento otimista de final de ano da presidenta Dilma Rousseff (PT)

30 de Dezembro de 2013, 11:03, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Pronunciamento otimista de final de ano da presidenta Dilma Rousseff (PT)

30 de Dezembro de 2013, 11:03, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Estudar faz com que paranaenses não gostem de Beto Richa

30 de Dezembro de 2013, 11:03, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
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Quem estuda desaprova Beto Richa

Antes de divulgar qualquer pesquisa no Paraná devemos levar em conta duas informações importantes: os paranaenses normalmente são governistas, e em regra avaliam muito bem seus governadores; e pesquisas nunca são muito confiáveis, ainda mais quando distantes de períodos eleitorais.

Deixando essa preliminar clara, é importante informar pesquisa divulgada ontem do instituto Paraná Pesquisas pela Gazeta do Povo: 71% dos paranaenses aprovam o governo Beto Richa (PSDB) e 25% desaprovam.

A margem de erro da pesquisa é muito grande, de 4,5% para Curitiba e região metropolitana e 3% para o resto do Paraná.

De setembro de 2011 para os dias de hoje, a desaprovação subiu de 21% para 25%.

Curitiba e RMC não está tão feliz com o governo, pois 36% dos curitibanos desaprovam Beto Richa, bem acima da média do Paraná.

Mas o que mais alarma Beto Richa é que quem mais estuda menos gosta de seu governo. A aprovação entre os paranaenses que têm ensino superior despenca de 71% para 58%, e 39% dos paranaenses que mais estudaram não aprovam o governo de Carlos Alberto.

A tendência é que as informações sobre o péssimo governo de Beto chegue ao interior e aos paranaenses com menos estudo durante o ano de 2014, o que dificultará a reeleição do governador e ajudará a eleição de Roberto Requião (PMDB) ou Gleisi Hoffmann (PT).

Os bons tempos que vivem o Brasil nos últimos dez anos devidos aos presidentes Lula PT, de 2003-2010) e Dilma Rousseff (PT, de 2011-2014) acabam beneficiando a aprovação do governador.

Mas com os programas eleitorais será fácil mostrar que o grupo de Beto Richa é contrário aos avanços econômicos e sociais do Brasil nos últimos 10 anos, e que ele apoia o que há de mais retrógrado e coronelista na política brasileira.


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Pronunciamento otimista de final de ano da presidenta Dilma Rousseff (PT)

30 de Dezembro de 2013, 11:03, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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A Rede Globo é inimiga do povo brasileiro

27 de Dezembro de 2013, 2:54, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

globo manipula

A maioria dos programas de TV são um lixo. Enquanto o povo assiste programas alienantes de baixa qualidades nas TVs aberta e fechada, deixam de ler bons livros ou notícias mais verdadeiras na internet.

Fazia meses que eu não via o Jornal da Globo e hoje (27) tive esse desprazer.

Quem manda na Rede Globo e na maioria dos demais meios de comunicação é o mercado financeiro, que está pouco se lixando para o povo.

Jornalistas, apresentadores, comentaristas, ex-membros do governo FHC e “especialistas” que aparecem nesse jornal de baixa qualidade e credibilidade apenas replicam o ideário de seus patrões.

Em poucos minutos o apresentador de extrema-direita William Waack e o comentarista econômico neoliberal Carlos Alberto Sardenberg destilaram todo o seu ódio contra o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) e contra programas favoráveis aos mais pobres.

1. Criticaram a política econômica de Dilma, mesmo o Brasil estando em crescimento;

2. Exigiram a demissão do Ministro da Fazenda Guido Mantega, atuando como se fossem de um partido político;

3. Defenderam a independência do Banco Central, o que é bom apenas para o mercado financeiro e para o grande capital;

4. Defenderam a privatização/concessão de estradas, ferrovias e portos, como se fosse a salvação da economia brasileira, o que é uma mentira;

5. Defenderam a redução dos impostos, o que atende o interesse dos ricos e vai contra os interesses dos mais pobres;

6. Defenderam o RDC – Regime Diferenciado de Contratações para a construção de presídios, uma forma de fazer licitação que aumenta a possibilidade de corrupção;

7. Não querem que a política e a democracia brasileira, em 2014, influenciem nas políticas públicas, típico de quem é funcionário de uma rede que apoiou o golpe militar de 1964 e a ditadura militar;

8. Querem uma redução do chamado “custo-brasil”, ou seja, querem basicamente menos impostos para os ricos e menos direitos para a classe trabalhadora;

9. Repetem a mentira de que a iniciativa privada é mais eficiente do que o Poder Público.

10. Disseram que no Brasil as coisas não funcionam, repetindo a mentira de uma elite que não reconhece as coisas boas de nosso país.

A Rede Globo não merece sua audiência e o povo mais pobre deveria ter mais opções na TV e, principalmente, mais opções culturais como leitura, cinema e artes em geral, para não serem massa de manobra dessa empresa que quase monopoliza os meios de comunicação no Brasil.


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