O historiador inglês Tony Judt, já falecido, em 2010 parece até que previu as manifestações que estão ocorrendo no Brasil em 2015 de moradores de condomínios de luxo que, ao justificarem a sonegação criminosa de impostos, dizendo que seria uma “legítima defesa”, e defenderem o suposto criminoso deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, e ao mesmo tempo propondo o golpe militar e a morte de Dilma, Lula e demais brasileiros de esquerda.
Judt, na imperdível obra “O mal ronda a terra”, editora objetiva, ao criticar as privatizações no âmbito da Administração Pública, também o fez quando chamou de “privatização da vida cotidiana”, alertando que as pessoas que vivem em condomínios fechados contribuem ativamente para o enfraquecimento e a corrosão do espaço público e, quando deixamos de valorizar o que é público em benefício do particular, encontraremos com o tempo dificuldade para entender as razões para valorizar a lei, o bem público por excelência, e passaremos a privilegiar a força.
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