Segundo o Datafolha a maior parte dos manifestantes que foi ontem (16) à avenida Paulista, na capital de São Paulo é:
Homem (61%),
Tem 51 anos ou mais (40%),
Cursou o ensino superior (76%),
Se declara branca (75%),
Não é ligada a nenhum partido (52%),
Tem renda familiar mensal entre R$ 7.881 e R$ 15.760 (25,17%),
Preferem o PSDB (33%) e
Votaram em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014 (77%).
Apenas 3% de negros e 17% de pardos.
Apenas 6% de jovens de 21 a 25 anos.
Apenas 5% votaram em Dilma Rousseff (PT).
Portanto, a realidade não é o povo nas ruas. Não são os eleitores da esquerda e centro-esquerda nas ruas.
A realidade é que a direita fascista, conservadora ou reacionária, não tem mais vergonha de se expressar e está muito bem organizada, via redes sociais e com muito dinheiro do empresariado.
Não aguentam mais a redução das desigualdades, não aguentam mais ver o filho do pobre na escola, não aguentam mais ver as instituições brasileiras se consolidarem com um governo encabeçado por partido de centro-esquerda.
O movimento, mesmo enfraquecido, se comparado com 15 de março, é um recado importante. O de que devemos radicalizar ainda mais nossa jovem Democracia.
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