A bancada de deputados estaduais que apoiam o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), enterrou a tentativa da oposição de abrir uma CPI para investigar o esquema de corrupção que envolve auditores da Delegacia da Receita Estadual de Londrina.
Os espertos e subservientes deputados que apoiam Richa entraram com pedido de CPI de cinco temas de menor importância, para travar a CPI da Corrupção.
O deputado Felipe Francischini (Solidariedade), filho do secretário de segurança de Richa, Fernando Francischini (delegado federal e deputado federal licenciado) pediu para criar CPI da explosão dos caixas eletrônicos. Um perfeito pateta.
Fernando Scanavaca (PDT) pediu CPI para ocupação funciária de Pontal do Paraná, a cantora gospel Mara Lima (PSDB) pediu duas CPIs, a de maus tratos contra os animais e as mulheres, e Ricardo Arruda (PSC, partido de Ratinho Junior), que investigar a cobrança ilegal de taxas de corretagem na construção civil.
O líder do governo Richa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), foi enfático contra a investigação da corrupção: “não aprovaremos a instalação dessa CPI, que tem fins políticos”.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB, mesmo partido de Richa), entende que as cinco CPIs inúteis não foram uma manobra para barrar as investigações de corrupção no governo: “eu acho que não. São todos temas bem atinentes a questões da sociedade”.
Apenas os seis deputados da oposição Tadeu Veneri, Professor Lemos e Péricles de Mello, do PT, e Requião Filho, Anibelli Neto e Nereu Moura, do PMDB, mais Marcio Pacheco (PPL) e Tercílio Turini (PPS) assinaram pela criação da CPI da Corrupção na Receita.
No Paraná o mar de lama da corrupção é jogado para debaixo do tapete.
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