Atualizado às 18h30
Os atos que ocorrerão pelo país no dia 15 de março de 2015 defendem o Impeachment da presidenta Dilma Rouseff (Partido dos Trabalhadores). E o mais grave, vários movimentos que organizam o dia 15 também defende a intervenção militar.
Como não há, hoje, qualquer fundamento jurídico para o Impeachment da presidenta, o ato do dia 15 é golpista.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção do Paraná, acabou de divulgar nota que apoia o ato do dia 15 pela “ética” e pelo “combate implacável à corrupção”.
E vejam só, a OAB-PR nem cita a existência dos atos populares que ocorrerão amanhã (13), pela democracia, pela reforma política, pela Petrobras e em defesa dos direitos dos trabalhadores. O que é um absurdo!
O posicionamento oficial da OAB-PR foi aprovado em sessão do Conselho Pleno da entidade na última sexta-feira (6), e será divulgado na Gazeta do Povo e em outras velhas mídias.
Mas sim, há bom senso na OAB-PR. Vários dirigentes do mais “alto coturno” da entidade são contrários à posição golpista da entidade, o que nos dá uma luz no final do túnel.
Eu, como membro da Comissão de Estudos Constitucionais e membro da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração da OAB/PR, informo que sou contra o posicionamento da Ordem no Estado do Paraná.
Estarei amanhã nas ruas em defesa da democracia, e esperava que meu órgão de classe pelo menos apoiasse esse ato também.
E aguardo que a OAB nacional não repita esse tipo de erro regional.
Tarso Cabral Violin – advogado, professor universitário e autor do Blog do Tarso
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