O que Sobral Pinto, Carlos Heitor Cony, Dom Paulo Evaristo Arns, Antônio Callado, a grande maioria dos dirigentes da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, a quase totalidade dos jornais brasileiros e vários outros políticos e personalidades têm em comum?
Eles apoiaram o golpe militar-empresarial de 1ª de abril de 1964.
Cony e Callado arrependeram-se em alguns dias, outros passaram a condenar o golpe após o AI-5 em 1968, alguns após as torturas, desaparecimentos e assassinatos. A Rede Globo, que foi privilegiada e cresceu de forma exponencial durante a ditadura, pediu desculpas pelo apoio apenas recentemente.
Alguns, pasmem, até hoje dizem que foi uma “revolução” para livrar o Brasil do comunismo.
O fato é que não apenas fascistas apoiaram o fim da Democracia em 1964.
Muitos deles foram desculpados pela História, outros não.
Foram 21 anos sem Democracia, sem controle social, sem transparência, sem cidadania, sem Política, o que até hoje pagamos mesmo com a redemocratização na década dos anos 1980.
Que os golpistas de hoje mudem de ideia antes que o pior aconteça: mais uma ruptura na Democracia brasileira.
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