O jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim divulga o famoso termo “PIG” para denominar o “Partido da Imprensa Golpista”, que representa a imprensa conservadora, a chamada “velha mídia”.
Essa mesma mídia é tão irresponsável com relação ao golpe no Paraguai, que estou preferindo chamar de “Palhaços da Imprensa Golpista”.
Apoiam o golpe contra o presidente democraticamente eleito Fernando Lugo. Justificam que o impeachment está previsto na Constituição do Paraguai. Ora, ampla defesa também está prevista na Constituição paraguaia e ela não foi respeitada. Foi concedido prazo de duas horas para o presidente deposto se defender!
O “impeachment” foi fundado nas mortes que ocorreram no choque entre policiais e camponeses. Será que esses mesmos golpistas defenderiam um impeachment contra o então presidente Fernando Henrique Cardoso – FHC em decorrência do Massacre de Eldorado dos Carajás, que redundou na morte de dezenove sem-terra ocorrido em 1996 no Pará ocasionada pela polícia.
Há ainda os que criticam quem fala em golpe, citando que no Brasil ocorreu o impechment do então presidente Fernando Collor de Mello. E ridículo o argumento, foram meses de discussão com sociedade e foi dado ampla defesa e contraditório ao Collor.
Um jornalista chegou a defender o golpe, uma vez que o representante da Igreja Católica paraguaia foi o primeiro a dar as boas vinda ao novo presidente golpista, Federico Franco. Esquecem do Estado Laico e que a ala da igreja católica conservadora é contrária a Lugo, ex-bispo adepto da Teologia da Libertação.
Por fim, os PIG informam que não há manifestações nas ruas do Paraguai. Mentira! No dia do golpe ocorreram grandes manifestações contra o golpe, e até ontem a noite a TV Pública do Paraguai transmitia manifestações contra o golpe, ao vivo, no chamado “Microfone Aberto”.
O PIG tem saudades do Golpe de 1964 no Brasil, quando a mesma imprensa dizia que foi uma “revolução” apoiada pela população. Deu no que deu!
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