Sim, sou petista desde o segundo turno das eleições de 1989 e filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1999.
Não pratiquei corrupção em mais de 10 anos no exercício da advocacia.
Não pratiquei corrupção nos oito anos que participei do governo Roberto Requião (PMDB) no Paraná (2003-2010), que ajudou na implementação das políticas públicas sociais e econômicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em minhas aulas de Direito Administrativo ensino sobre como deveriam ser o Estado e a Administração Pública ideais, nos termos da Constituição Social, Republicana, Desenvolvimentista e Democrática de Direito de 1988, e incentivo os alunos a serem cidadãos de fato e fazerem controle popular da Administração Pública e a fazerem a perte deles quando forem advogados e agentes públicos, contra o patrimonialismo, a corrupção, o nepotismo e o clientelismo.
No PT, por mais que eu não pertença a nenhuma corrente ou tendência, sempre fiz parte da ala mais a esquerda do partido e votei e confio em candidatos como Tadeu Veneri, Doutor Rosinha, Professora Josete aqui no Paraná, entre outros políticos éticos e comprometidos com a redução das desigualdades e pelo desenvolvimento nacional sustentável.
Não admito que me chamem e a meus companheiros de corruptos ou coniventes com a corrupção!
Os petistas não são mais ou menos corruptos, mais ou menos éticos do que os demais membros de outros partidos e demais cidadãos brasileiros.
Defendo que quem pratique mal feitos sejam responsabilizados na exata medida de sua responsabilização.
Não aceito que a velha mídia queira criminalizar o governo federal ou o PT por responsabilidades que eles não têm.
Tenho direito de questionar a atuação de determinadas autoridades.
Tenho direito de questionar a aplicação da teoria do domínio do fato na AP 470 por parte do STF e da não existência do duplo grau, como faz a maioria dos juristas penalistas sérios do país, de esquerda ou esquerda.
Entendo que a ditadura e a aplicação da Administração Pública gerencial, as privatizações e as terceirizações levam a mais corrupção, e por isso sou defensor do Direito Administrativo do Interesse Público.
Entendo que o poderio econômico e o fundamentalismo religioso estão dificultando o aprimoramento da democracia brasileira.
Defendo que apenas um ser humano vira cidadão se participar da política e, para isso, de preferência as pessoas deverim ser filiadas a partidos políticos.
O PT não é perfeito, pelo contrário, comete erros, mais ainda é o partido mais democrático e que reflete minha ideologia de defesa da Justiça Social, redução das desigualdades, bem estar e desenvolvimento nacional sustentável.
No PT tudo é discutido, tudo é debatido e nada é “engolido a seco” pelos filiados.
Não faço parte da tendência majoritária do Partido.
Sim, perco muitas votações internas.
Mas acredito que é possível fazer o partido melhorar, se oxigenar, e não se tornar um partido de centro.
O PT não assumiu o poder sozinho no âmbito federal. Claro que o governo teve que abrir mão do poder para outros partidos. Mas isso faz parte da democracia e ocorre em demais países com democracias ainda mais consolidadas do que a nossa.
Assim, por enquanto, sou petista sim, com muito orgulho!
Tarso Cabral Violin – autor do Blog do Tarso, é advogado em Curitiba, Professor de Direito Administrativo, mestre e doutorando na UFPR
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