O amigo íntimo do governador Beto Richa (PSDB) e ex-assessor do governo do Paraná, o fotógrafo Marcelo Caramori “Tchello”, chegou a tatura no braço a frase “100% Beto Richa”. Agora tirou Beto e colocou “100% família”.
Tchello está preso em Londrina, acusado de integrar rede de exploração sexual infantil e tornou-se uma das principais testemunhas de dois casos de corrupção investigados pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Já prestou sete depoimentos aos promotores e fez um acordo de delação premiada. Em troca da liberdade contou o que sabe e citou a “enorme influência” de Luiz Abi Antoun, o primo e amigo íntimo de Richa, no esquema que desviou milhões de reais na Receita estadual. Disse que Abi era o responsável por arrecadar dinheiro para campanhas eleitorais de Richa. Com isso os depoimentos reforçaram as investigações da operação Publicano, na qual auditores fiscais são acusados de cobrar propinas de empresários em troca de reduzir ou até anular dívidas tributárias. Abi é o pivô de organização criminosa que fraudou licitação para a manutenção de carros oficiais. Há também a participação de auditores na rede de exploração sexual.
Tchello organizava churrascos para auditores fiscais, dirigia o carro de Márcio de Albuquerque Lima, um dos cabeças do esquema da Receita, e recebia Richa nas visitas a Londrina e norte do Paraná. O auditor Luiz Antônio de Souza e o empresário José Luiz Favoretto também estão presos.
Leonardo Vianna, advogado de Caramori, disse que Richa é estranho e incoerente, que disse que nem conhecia o Tchello, sendo que vivia “abraçado” e era bem “ligado” a Richa, e “depois fala que não o conhece direito, não lembra, e que era abusador de criança”.
Beto Richa pode sofrer Impeachment.
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